terça-feira, 11 de maio de 2021
segunda-feira, 10 de maio de 2021
domingo, 9 de maio de 2021
sábado, 8 de maio de 2021
sexta-feira, 7 de maio de 2021
Prece à mãe santíssima
Mãe Santíssima!...
Enquanto as mães do mundo são
reverenciadas, deixa te recordemos a pureza incomparável e o exemplo sublime...
Soberana, que recebeste na palha
singela o Redentor da Humanidade, sem te rebelares contra as mães felizes, que
afagavam espíritos criminosos em palácios de ouro, ensina-nos a entesourar as
bênçãos da humanidade.
Lâmpada de ternura, que apagaste o
próprio brilho para que a luz do Cristo fulgurasse entre os homens, ajuda-nos a
buscar na construção do bem para os outros o apoio de nossa própria felicidade.
Benfeitora, que te desvelaste,
incessantemente, pelo Mensageiro da Eterna Sabedoria, sofrendo-lhe as dores e
compartilhando-lhe as dificuldades, sem qualquer pretensão de furtá-lo aos
propósitos de Deus, auxilia-nos a extirpar do sentimento as raízes do egoísmo e
da crueldade com que tantas vezes tentamos reter na inconformação e no
desespero os corações que mais amamos.
Senhora, que viste na cruz da morte o
Filho Divino, acompanhando-lhe a agonia com as lágrimas silenciosas de tua dor,
sem qualquer sinal de reclamação contra os poderes do Céu e sem qualquer
expressão de revolta contra as criaturas da Terra, conduza-nos para a fé que
redime e para a renúncia que eleva.
Missionária, salva-nos do erro.
Anjo, estende sobre nós as níveas
asas!...
Estrela, clareia-nos a estrada com teu
lume...
Mãe querida, agasalha-nos a existência
em teu manto constelado de amor!...
E que todas nós, mulheres
desencarnadas e encarnadas em serviço na terra, possamos repetir, diante de
Deus, cada dia, a tua oração de suprema felicidade:
“- Senhor, eis aqui tua serva,
cumpra-se em mim segundo a tua palavra”.
Anália Franco / Chico Xavier – Livro: Mãe
No apostolado feminino
O apostolado das Mães é o serviço silencioso com o Céu, em que
apenas a Sabedoria Divina pode ajuizar com exatidão.
Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à
multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.
Ele conhece o holocausto das mães sofredoras e desoladas e
sustenta-lhes o ânimo através de processos maravilhosos de sua sabedora
infinita, assim como alimenta a seiva recôndita das árvores benfeitoras.
Um instituto doméstico, em muitos casos, é cadinho
purificador.
Aí dentro, as opiniões fervilham na contenda inútil das
palavras, sem edificações úteis; velhos ódios surgem à tona das discussões e
sentimentos, que deveriam permanecer esquecidos para sempre, aparecem à
superfície das situações, embora muitas vezes imanifestos nos entendimentos
verbais.
O que nos interessa, porém, é a nossa redenção.
O sacrifício é a nossa abençoada oportunidade de iluminação.
Sabemos, no entanto, que para o carinho maternal, o combate é
intraduzível.
Na batalha sem sangue no coração.
No espinheiro ignorado.
Na dor que os olhos não visitam.
O devotamento feminino será sempre o manancial do conforto e
da benção.
Quando se interrompe o curso dessa fonte divina, ainda mesmo
temporariamente, a vida do lar sofre ameaças cruéis.
As experiências no sexo masculino conferem à alma um senso
maior de liberdade ante os patrimônios da vida, e o homem sente maior
dificuldade para apreciar as questões do sentimento como convém.
Para os que se confundem na enganosa claridade dos dias
terrenos, a existência carnal é somente recurso a incentivar paixões e alegrias
mentirosas, todavia, para quantos fixem o problema da eternidade, com a crença
renovadora no altar do espírito, a romagem planetária é divino aprendizado para
a redenção. O lar terreno é a antecâmara do Lar Divino, quando lhe aproveitamos
as bênçãos do trabalho santificante, porque, na realidade, se o martelo e o buril
são os elementos que aprimoram a pedra, a dor e o serviço são as forças que nos
aperfeiçoam a alma.
Trabalhar e sofrer são talvez os maiores bens que nossa alma
pode recolher nos pedregulhos da Terra.
Toda dor é renascimento, toda renúncia é elevação e toda morte
é ressurreição na verdade.
O Tesouro Divino não se empobrece e, para Deus, os filhos mais
ricos são aqueles que canalizaram os recursos do serviço a bem de todos, sem
cristalizarem a fortuna amoedada nos cofres de ferro, que às vezes, cedo se
convertem nos fantasmas de angústia além do sepulcro.
Aqui, entendemos, com clareza mais ampla, o caminho da
eternidade.
Mais vale semear rosas entre espinhos para a colheita do
futuro, que nos inebriarmos no presente, com as rosas efêmeras dos enganos
terrestres, preparando a seara de espinhos na direção do porvir.
Não percamos o dia para que o tempo não nos desconheça.
A dificuldade é nossa benção.
Amemos, trabalhando nas sombras de hoje, a fim de que possamos
penetrar em companhia do Amor, na divina luz do Amanhã.
Agar / Chico Xavier – Livro: Mãe