Leia conosco a edição 548 do Boletim Eletrônico Mais Luz!
Vamos refletir sobre a educação na família e mais...
Conheça nossa programação e as campanhas desenvolvidas no meio espírita.
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Vamos refletir sobre a educação na família e mais...
Conheça nossa programação e as campanhas desenvolvidas no meio espírita.
A nossa indicação desse mês é o filme Os Outros. Dirigido e roteirizado por Alejandro Amenábar, o longa conta a história de Grace, interpretada por Nicole Kidman, que decide se mudar para uma mansão isolada com seus dois filhos que têm uma rara doença que os impede de receber luz direta do sol. Esse fato dá ao roteiro um toque bem peculiar, já que as janelas e portas sempre estão fechadas, fazendo com que todos vivam em total escuridão. Como vivem sozinhos, todos seguem regras, nunca abrindo uma porta sem fechar a outra, mas tudo muda quando decidem contratar empregados para a casa e estes acabam por quebrar as regras, trazendo diversas consequências para a trama.
O filme é ambientado durante a 2ª Guerra Mundial e traz para reflexão temas como: desencarnação, vida após a morte, mediunidade, conflitos familiares, entre outros. Prepare uma pipoca, junte a família e aproveite a nossa dica do mês do Além da Tela!
Fonte: https://www.febnet.org.br
A Educação Espírita, como bem frisou Kardec, se inicia
nas famílias espíritas. Exemplos cristãos, reencarnação, compreensão de Deus,
amor, fraternidade, possibilidade de intercâmbio entre encarnados e
desencarnados, fazem parte dos conhecimentos que os pais devem ministrar aos
seus filhos.
Os pais espíritas utilizarão os recursos da prece, do
Evangelho no Lar e do passe. Dedicar-se-ão, ainda, ao auxílio às casas espíritas.
Não farão do filho um tirano doméstico, ou um inadaptado para
o mundo. Mas o encaminharão para as escolas de evangelização espírita. Não
colocarão as crianças em escolas protestantes ou católicas, não por
preconceitos tolos, mas para não confundi-las.
É grande o número de pais espíritas que levam seus filhos
às aulas de evangelização espírita, aos sábados e domingos, e permitem que eles
aprendam religião católica ou protestante, durante a semana. A criança acredita
nos pais, mas também nos professores, e se interroga: afinal, quem está com a
razão? Como conciliar opiniões tão diversas?
Isso é horrível para a criança.
Uma vez por semana, a família espírita se reunirá para
fazer o Evangelho no Lar. Não é um ritual, mas uma disciplina que permitirá a
nossa ligação com o mundo espiritual. Após o Evangelho, a família poderá
analisar, à luz do Espiritismo, os problemas atuais que preocupam sobretudo os
jovens: a guerra, a fome, o desemprego, as injustiças sociais, a falta de amor.
A compreensão da reencarnação e da lei de Ação e Reação facultará o
entendimento do “porquê” das dificuldades do mundo em que vivemos.
Os pais espíritas explicarão aos seus filhos que não
somos robôs.
Que podemos modificar o nosso destino, atenuar as nossas provas
e transformar para melhor o mundo à nossa volta. Esforço de evolução não é
esperar, inerte, pelo auxílio divino, acreditando que tudo lhe será dado. É
modificar-se, através do amor e com energia. Gandhi é o exemplo do indivíduo
que entendeu, como ninguém, a necessidade de agir no mundo que o rodeava. É o exemplo
de não aceitarmos tudo, e “deixar como está, para ver como fica”.
Antes de Gandhi, um homem louro e doce, deu o exemplo de como
lutar contra as injustiças. O Meigo Nazareno soube usar de energia, quando
verberou os fariseus chamando-os de “sepulcros caiados por fora e cheios de
podridão por dentro”, acrescentando, ainda: “sereis lançados nas trevas
exteriores, e aí haverá choro e ranger de dentes”.
Como bem diz Herculano Pires, evoluir não é ficar
indiferente, com falsas atitudes de humildade e amor. Isso é ser igual aos fariseus.
Evoluir é desenvolver a energia amorosa de Jesus, de Paulo de Tarso, de Gandhi,
da Madre Teresa de Calcutá, de Joana d’Arc e de tantos outros que iluminaram o
mundo com seus exemplos edificantes.
Como alguns membros da família espírita se acham, ainda, ligados
às leis cármicas, à luz do Espiritismo se fortalecerão, e irão corrigir suas
imperfeições e colaborar para um mundo melhor.
A função da família espírita é desenvolver, em casa, sob
as claridades do Evangelho, todas as boas qualidades, as quais serão, posteriormente,
colocadas em prática fora dela.
Uma nova Humanidade surgirá, sem barreiras geográficas.
Uma humanidade que praticará, realmente, as Leis de Deus.
Não mais o “meu”, o “teu”. A “minha” família, a “tua” família, mas a compreensão
da família espiritual, resumida num só rebanho, com um só pastor, de que nos
fala o profeta.
Quando o lindo bebê surge em nossa casa e começa a se
desenvolver, o dever de todos os membros da família é auxiliá-lo na sua sociabilidade.
Infelizmente, o que vemos é estimular-lhe o egoísmo. Se ele faz malcriações,
todos acham graça. Se bate, exige, não empresta os brinquedos, a família se
encanta com a sua personalidade forte. Logo se transforma numa criatura
exigente, depois em um adolescente difícil, e finalmente em um adulto insuportável.
De quem a culpa? Dos pais, dos tios, de todos os que incentivaram as tendências
inferiores do reencarnado. A finalidade da educação é, exatamente, desenvolver
as tendências boas e eliminar os defeitos trazidos de outras encarnações.
O mundo cruel de hoje é o produto do egoísmo que ainda
existe nos corações. E se esse egoísmo vem de séculos, é comum encontrar
estímulos na educação pragmática deste século.
A Educação Espírita, trazendo nova visão do mundo,
auxiliará a formação da família espiritual.
A família espírita participará do Evangelho no Lar como
fonte que é, da harmonização de seus membros. Não é um ritual, mas um momento
de sintonia com o plano espiritual superior. É quando os corações, unidos,
agradecerão a Deus todo o auxílio que lhes tem dispensado.
Heloísa Pires – Livro: Educação Espírita
" Pedro disse-lhe: — E nós que deixamos tudo e te seguimos, que receberemos?"
(Mateus, 19:27)
A pergunta do apóstolo exprime a
atitude de muitos corações nos templos religiosos.
Consagra-se o homem a determinado
círculo de fé e clama, de imediato:
— "Que receberei?"
A resposta, porém, se derrama
silenciosa, através da própria vida.
Que recebe o grão maduro, após a
colheita?
O triturador que o ajuda a purificar-se.
Que prêmio se reserva à farinha alva e
nobre?
O fermento que a transforma para a
utilidade geral.
Que privilégio caracteriza o pão,
depois do forno?
A graça de servir.
Não se formam cristãos para adornos
vivos do mundo e sim para a ação regeneradora e santificante da existência.
Outrora, os servidores da realeza
humana recebiam o espólio dos vencidos e, com eles, se rodeavam de
gratificações de natureza física, com as quais abreviavam a própria morte.
Em Cristo, contudo, o quadro é
diverso.
Vencemos, em’ companhia dele, para nos
fazermos irmãos de quantos nos partilham a experiência, guardando a obrigação
de ampará-los e ser-lhes úteis.
Simão Pedro, que desejou saber qual
lhe seria a recompensa pela adesão à Boa Nova, viu, de perto, a necessidade da
renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a fé, maiores testemunhos de amor à
Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais conhecimento adquiriu, a mais
ampla caridade foi constrangido, até o sacrifício extremo.
Se deixaste, pois, por devoção a
Jesus, os laços que te prendiam às zonas inferiores da vida, recorda que, por
felicidade tua, recebeste do Céu a honra de ajudar, a prerrogativa de entender
e a glória de servir.
Emmanuel/ Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 022
Amigo:
Ajuda-me agora, para que eu te auxilie
depois. Não me relegues ao esquecimento, nem me condenes à ignorância ou à
crueldade.
Venho ao encontro de tua aspiração, do
teu convívio, de tua obra...
Em tua companhia estou na condição da
argila nas mãos do oleiro.
Hoje, sou sementeira, fragilidade,
promessa...
Amanhã, porém, serei tua própria
realização.
Corrige-me, com amor, quando a sombra
do erro envolver-me o caminho, para que a confiança não me abandone.
Protege-me contra o mal.
Ensina-me a descobrir o bem, onde
estiver.
Não me afastes de Deus e ajude-me a
conservar o amor e o respeito que devo às pessoas, aos animais e às coisas que
me cercam.
Não me negues tua boa vontade, teu
carinho e tua paciência.
Tenho tanta necessidade do teu
coração, quanto a plantinha tenra precisa da água para prosperar e viver.
Dá-me tua bondade e dar-te-ei
cooperação.
De ti depende que eu seja pior ou
melhor amanhã.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Antologia da criança
Leia conosco: Educação no lar, agenda espírita e muito mais.
https://mailchi.mp/446bac1583e8/boletim-mais-luz
A educação espírita começa no lar. Nas famílias espíritas
é dever dos pais iniciar os filhos nos princípios doutrinários desde cedo. A
falta de compreensão da doutrina faz que certas pessoas pensem que as crianças
não devem preocupar-se com o assunto. Essas pessoas se esquecem de que os seus
filhos necessitam de orientação espiritual e que essa orientação será tanto
mais eficiente quanto mais cedo lhes for dada. Kardec, num trecho da Revista
Espírita, conta como na França, já no seu tempo, a educação espírita no lar
começava a produzir maravilhosos efeitos.
É preciso não esquecer que as crianças são espíritos
reencarnados, espíritos adultos que se vestem, como ensina Kardec: "com a
roupagem da inocência" para voltarem à Terra e iniciarem uma vida nova. Os
espíritos que se reencarnam em famílias espíritas já vêm para esse meio para
receberem desde cedo o auxílio de que necessitam. Os pais que, a pretexto de
respeitar a liberdade de escolha de quem ainda não pode escolher, ou de não
forçar os filhos a tomarem um rumo certo na vida, deixam de iniciar os filhos
no Espiritismo, estão faltando com os seus deveres mais graves.
Ensinar às crianças o princípio da reencarnação, da lei
de causas e efeitos, da presença do anjo-guardião em suas vidas, da
comunicabilidade dos espíritos e assim por diante, é um dever inalienável dos
pais. Pensar que isso pode assustar as crianças e criar temores desnecessários
é ignorar que as crianças já trazem consigo o germe desses conhecimentos e
também que estão mais próximos do mundo espiritual do que os adultos.
Descuidar da educação espírita dos filhos é negar-lhes a
verdade. O maior patrimônio que os pais podem legar aos filhos é o conhecimento
de uma doutrina que vai garantir-lhes a tranquilidade e a orientação certa no
futuro. Os pais que temem dar educação espírita às crianças não têm uma noção
exata do Espiritismo e por isso mesmo não confiam no valor da doutrina que
esposam.
Porque razão os católicos e os protestantes podem ensinar
aos filhos que existe o inferno e o diabo, que a condenação eterna os ameaça e
que o anjo da guarda pode protegê-los, e o espírita não pode ensinar princípios
muito mais confortadores e racionais? Se o medo do diabo e do inferno não
traumatiza as crianças das religiões formalistas, por que razão o ensino de que
não existe o inferno nem existe o diabo vai apavorá-las? Não há lógica nenhuma
nessa atitude que decorre apenas de preconceitos ainda não superados pelos
pais, na educação errônea que receberam quando crianças.
As crianças de hoje estão preparadas para enfrentar a
realidade do novo mundo que está nascendo. Esse novo mundo tem por alicerce os
fundamentos do Espiritismo, porque os princípios da doutrina estão sendo
confirmados dia a dia pelas Ciências. A mente humana se abre neste século para
o conhecimento racional dos problemas espirituais. Chegou o momento do
Consolador prometido pelo Cristo. Os pais espíritas precisam compreender isso e
iniciar sem temor os seus filhos na doutrina que lhes garantirá tranquilidade e
confiança na vida nova que iniciam.
A melhor maneira de desenvolver a educação espírita no
lar é organizar festinhas domingueiras com prece, recitativos infantis de tema
evangélico, explicação de parábolas, canções espíritas e brincadeiras
criativas, que ajudem a despertar a criatividade das crianças. Espiritismo é
alegria, espontaneidade, sociabilidade. Essas festinhas preparam o espírito da
criança para o aprendizado nas aulas dos Centros e para as aulas de Espiritismo
na escola.
Esconder às crianças de hoje a verdade espírita é cometer
um verdadeiro crime contra o seu progresso espiritual e a sua integração na
cultura espírita do novo mundo que está nascendo. Que os pais espíritas não se
furtem a esse dever. A educação no lar é a base de todo o processo posterior de
educação escolar e de educação social, que os adolescentes e os jovens irão
enfrentar na vida.
Não importa que alguns espíritas metidos a sabichões
combatam a educação espírita. Deus os perdoará, porque eles não sabem o que
fazem. O que importa é os pais se inteirarem de suas responsabilidades
pessoais, que não podem transferir a ninguém, e tratem de cumpri-las.
Se forem realmente espíritas, os pais saberão quanto o
Espiritismo lhes tem valido na vida. Que direito terão de negar aos filhos o
conhecimento dessa doutrina que tanto bem lhes faz?
Quererão que os filhos se extraviem no materialismo e na
irresponsabilidade que desgraça tantos jovens de hoje?
José
Herculano Pires – Livro: Pedagogia Espírita