sábado, 16 de outubro de 2021

Boletim Mais Luz - Edição 548

 Leia conosco a edição 548 do Boletim Eletrônico Mais Luz!

Vamos refletir sobre a educação na família e mais...

Conheça nossa programação e as campanhas desenvolvidas no meio espírita.

https://mailchi.mp/c98d8a4c6b11/boletim-mais-luz

Além da tela - Dicas de filmes da FEB

 


A nossa indicação desse mês é o filme Os Outros. Dirigido e roteirizado por Alejandro Amenábar, o longa conta a história de Grace, interpretada por Nicole Kidman, que decide se mudar para uma mansão isolada com seus dois filhos que têm uma rara doença que os impede de receber luz direta do sol. Esse fato dá ao roteiro um toque bem peculiar, já que as janelas e portas sempre estão fechadas, fazendo com que todos vivam em total escuridão. Como vivem sozinhos, todos seguem regras, nunca abrindo uma porta sem fechar a outra, mas tudo muda quando decidem contratar empregados para a casa e estes acabam por quebrar as regras, trazendo diversas consequências para a trama. 

O filme é ambientado durante a 2ª Guerra Mundial e traz para reflexão temas como: desencarnação, vida após a morte, mediunidade, conflitos familiares, entre outros. Prepare uma pipoca, junte a família e aproveite a nossa dica do mês do Além da Tela!

Fonte: https://www.febnet.org.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Educação na família

 

A Educação Espírita, como bem frisou Kardec, se inicia nas famílias espíritas. Exemplos cristãos, reencarnação, compreensão de Deus, amor, fraternidade, possibilidade de intercâmbio entre encarnados e desencarnados, fazem parte dos conhecimentos que os pais devem ministrar aos seus filhos.

Os pais espíritas utilizarão os recursos da prece, do Evangelho no Lar e do passe. Dedicar-se-ão, ainda, ao auxílio às casas espíritas.

Não farão do filho um tirano doméstico, ou um inadaptado para o mundo. Mas o encaminharão para as escolas de evangelização espírita. Não colocarão as crianças em escolas protestantes ou católicas, não por preconceitos tolos, mas para não confundi-las.

É grande o número de pais espíritas que levam seus filhos às aulas de evangelização espírita, aos sábados e domingos, e permitem que eles aprendam religião católica ou protestante, durante a semana. A criança acredita nos pais, mas também nos professores, e se interroga: afinal, quem está com a razão? Como conciliar opiniões tão diversas?

Isso é horrível para a criança.

Uma vez por semana, a família espírita se reunirá para fazer o Evangelho no Lar. Não é um ritual, mas uma disciplina que permitirá a nossa ligação com o mundo espiritual. Após o Evangelho, a família poderá analisar, à luz do Espiritismo, os problemas atuais que preocupam sobretudo os jovens: a guerra, a fome, o desemprego, as injustiças sociais, a falta de amor. A compreensão da reencarnação e da lei de Ação e Reação facultará o entendimento do “porquê” das dificuldades do mundo em que vivemos.

Os pais espíritas explicarão aos seus filhos que não somos robôs.

Que podemos modificar o nosso destino, atenuar as nossas provas e transformar para melhor o mundo à nossa volta. Esforço de evolução não é esperar, inerte, pelo auxílio divino, acreditando que tudo lhe será dado. É modificar-se, através do amor e com energia. Gandhi é o exemplo do indivíduo que entendeu, como ninguém, a necessidade de agir no mundo que o rodeava. É o exemplo de não aceitarmos tudo, e “deixar como está, para ver como fica”.

Antes de Gandhi, um homem louro e doce, deu o exemplo de como lutar contra as injustiças. O Meigo Nazareno soube usar de energia, quando verberou os fariseus chamando-os de “sepulcros caiados por fora e cheios de podridão por dentro”, acrescentando, ainda: “sereis lançados nas trevas exteriores, e aí haverá choro e ranger de dentes”.

Como bem diz Herculano Pires, evoluir não é ficar indiferente, com falsas atitudes de humildade e amor. Isso é ser igual aos fariseus. Evoluir é desenvolver a energia amorosa de Jesus, de Paulo de Tarso, de Gandhi, da Madre Teresa de Calcutá, de Joana d’Arc e de tantos outros que iluminaram o mundo com seus exemplos edificantes.

Como alguns membros da família espírita se acham, ainda, ligados às leis cármicas, à luz do Espiritismo se fortalecerão, e irão corrigir suas imperfeições e colaborar para um mundo melhor.

A função da família espírita é desenvolver, em casa, sob as claridades do Evangelho, todas as boas qualidades, as quais serão, posteriormente, colocadas em prática fora dela.

Uma nova Humanidade surgirá, sem barreiras geográficas.

Uma humanidade que praticará, realmente, as Leis de Deus. Não mais o “meu”, o “teu”. A “minha” família, a “tua” família, mas a compreensão da família espiritual, resumida num só rebanho, com um só pastor, de que nos fala o profeta.

Quando o lindo bebê surge em nossa casa e começa a se desenvolver, o dever de todos os membros da família é auxiliá-lo na sua sociabilidade. Infelizmente, o que vemos é estimular-lhe o egoísmo. Se ele faz malcriações, todos acham graça. Se bate, exige, não empresta os brinquedos, a família se encanta com a sua personalidade forte. Logo se transforma numa criatura exigente, depois em um adolescente difícil, e finalmente em um adulto insuportável. De quem a culpa? Dos pais, dos tios, de todos os que incentivaram as tendências inferiores do reencarnado. A finalidade da educação é, exatamente, desenvolver as tendências boas e eliminar os defeitos trazidos de outras encarnações.

O mundo cruel de hoje é o produto do egoísmo que ainda existe nos corações. E se esse egoísmo vem de séculos, é comum encontrar estímulos na educação pragmática deste século.

A Educação Espírita, trazendo nova visão do mundo, auxiliará a formação da família espiritual.

A família espírita participará do Evangelho no Lar como fonte que é, da harmonização de seus membros. Não é um ritual, mas um momento de sintonia com o plano espiritual superior. É quando os corações, unidos, agradecerão a Deus todo o auxílio que lhes tem dispensado.

 

Heloísa Pires – Livro: Educação Espírita

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A retribuição

 " Pedro disse-lhe: — E nós que deixamos tudo e te seguimos, que receberemos?"

(Mateus, 19:27)


A pergunta do apóstolo exprime a atitude de muitos corações nos templos religiosos.

Consagra-se o homem a determinado círculo de fé e clama, de imediato:

— "Que receberei?"

A resposta, porém, se derrama silenciosa, através da própria vida.

Que recebe o grão maduro, após a colheita?

O triturador que o ajuda a purificar-se.

Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre?

O fermento que a transforma para a utilidade geral.

Que privilégio caracteriza o pão, depois do forno?

A graça de servir.

Não se formam cristãos para adornos vivos do mundo e sim para a ação regeneradora e santificante da existência.

Outrora, os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos e, com eles, se rodeavam de gratificações de natureza física, com as quais abreviavam a própria morte.

Em Cristo, contudo, o quadro é diverso.

Vencemos, em’ companhia dele, para nos fazermos irmãos de quantos nos partilham a experiência, guardando a obrigação de ampará-los e ser-lhes úteis.

Simão Pedro, que desejou saber qual lhe seria a recompensa pela adesão à Boa Nova, viu, de perto, a necessidade da renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a fé, maiores testemunhos de amor à Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais conhecimento adquiriu, a mais ampla caridade foi constrangido, até o sacrifício extremo.

Se deixaste, pois, por devoção a Jesus, os laços que te prendiam às zonas inferiores da vida, recorda que, por felicidade tua, recebeste do Céu a honra de ajudar, a prerrogativa de entender e a glória de servir.

 

Emmanuel/ Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 022

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Oração da criança

 


Amigo:

Ajuda-me agora, para que eu te auxilie depois. Não me relegues ao esquecimento, nem me condenes à ignorância ou à crueldade.

Venho ao encontro de tua aspiração, do teu convívio, de tua obra...

Em tua companhia estou na condição da argila nas mãos do oleiro.

Hoje, sou sementeira, fragilidade, promessa...

Amanhã, porém, serei tua própria realização.

Corrige-me, com amor, quando a sombra do erro envolver-me o caminho, para que a confiança não me abandone.

Protege-me contra o mal.

Ensina-me a descobrir o bem, onde estiver.

Não me afastes de Deus e ajude-me a conservar o amor e o respeito que devo às pessoas, aos animais e às coisas que me cercam.

Não me negues tua boa vontade, teu carinho e tua paciência.

Tenho tanta necessidade do teu coração, quanto a plantinha tenra precisa da água para prosperar e viver.

Dá-me tua bondade e dar-te-ei cooperação.

De ti depende que eu seja pior ou melhor amanhã.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Antologia da criança

sábado, 9 de outubro de 2021

Mais Luz - Edição 547

 Leia conosco: Educação no lar, agenda espírita e muito mais.


https://mailchi.mp/446bac1583e8/boletim-mais-luz

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Educação no lar

 


A educação espírita começa no lar. Nas famílias espíritas é dever dos pais iniciar os filhos nos princípios doutrinários desde cedo. A falta de compreensão da doutrina faz que certas pessoas pensem que as crianças não devem preocupar-se com o assunto. Essas pessoas se esquecem de que os seus filhos necessitam de orientação espiritual e que essa orientação será tanto mais eficiente quanto mais cedo lhes for dada. Kardec, num trecho da Revista Espírita, conta como na França, já no seu tempo, a educação espírita no lar começava a produzir maravilhosos efeitos.

É preciso não esquecer que as crianças são espíritos reencarnados, espíritos adultos que se vestem, como ensina Kardec: "com a roupagem da inocência" para voltarem à Terra e iniciarem uma vida nova. Os espíritos que se reencarnam em famílias espíritas já vêm para esse meio para receberem desde cedo o auxílio de que necessitam. Os pais que, a pretexto de respeitar a liberdade de escolha de quem ainda não pode escolher, ou de não forçar os filhos a tomarem um rumo certo na vida, deixam de iniciar os filhos no Espiritismo, estão faltando com os seus deveres mais graves.

Ensinar às crianças o princípio da reencarnação, da lei de causas e efeitos, da presença do anjo-guardião em suas vidas, da comunicabilidade dos espíritos e assim por diante, é um dever inalienável dos pais. Pensar que isso pode assustar as crianças e criar temores desnecessários é ignorar que as crianças já trazem consigo o germe desses conhecimentos e também que estão mais próximos do mundo espiritual do que os adultos.

Descuidar da educação espírita dos filhos é negar-lhes a verdade. O maior patrimônio que os pais podem legar aos filhos é o conhecimento de uma doutrina que vai garantir-lhes a tranquilidade e a orientação certa no futuro. Os pais que temem dar educação espírita às crianças não têm uma noção exata do Espiritismo e por isso mesmo não confiam no valor da doutrina que esposam.

Porque razão os católicos e os protestantes podem ensinar aos filhos que existe o inferno e o diabo, que a condenação eterna os ameaça e que o anjo da guarda pode protegê-los, e o espírita não pode ensinar princípios muito mais confortadores e racionais? Se o medo do diabo e do inferno não traumatiza as crianças das religiões formalistas, por que razão o ensino de que não existe o inferno nem existe o diabo vai apavorá-las? Não há lógica nenhuma nessa atitude que decorre apenas de preconceitos ainda não superados pelos pais, na educação errônea que receberam quando crianças.

As crianças de hoje estão preparadas para enfrentar a realidade do novo mundo que está nascendo. Esse novo mundo tem por alicerce os fundamentos do Espiritismo, porque os princípios da doutrina estão sendo confirmados dia a dia pelas Ciências. A mente humana se abre neste século para o conhecimento racional dos problemas espirituais. Chegou o momento do Consolador prometido pelo Cristo. Os pais espíritas precisam compreender isso e iniciar sem temor os seus filhos na doutrina que lhes garantirá tranquilidade e confiança na vida nova que iniciam.

A melhor maneira de desenvolver a educação espírita no lar é organizar festinhas domingueiras com prece, recitativos infantis de tema evangélico, explicação de parábolas, canções espíritas e brincadeiras criativas, que ajudem a despertar a criatividade das crianças. Espiritismo é alegria, espontaneidade, sociabilidade. Essas festinhas preparam o espírito da criança para o aprendizado nas aulas dos Centros e para as aulas de Espiritismo na escola.

Esconder às crianças de hoje a verdade espírita é cometer um verdadeiro crime contra o seu progresso espiritual e a sua integração na cultura espírita do novo mundo que está nascendo. Que os pais espíritas não se furtem a esse dever. A educação no lar é a base de todo o processo posterior de educação escolar e de educação social, que os adolescentes e os jovens irão enfrentar na vida.

Não importa que alguns espíritas metidos a sabichões combatam a educação espírita. Deus os perdoará, porque eles não sabem o que fazem. O que importa é os pais se inteirarem de suas responsabilidades pessoais, que não podem transferir a ninguém, e tratem de cumpri-las.

Se forem realmente espíritas, os pais saberão quanto o Espiritismo lhes tem valido na vida. Que direito terão de negar aos filhos o conhecimento dessa doutrina que tanto bem lhes faz?

Quererão que os filhos se extraviem no materialismo e na irresponsabilidade que desgraça tantos jovens de hoje?

José Herculano Pires – Livro: Pedagogia Espírita