sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Alguma coisa

 “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos”. Jesus (Lucas, 5:31)

 

Quem sabe ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou.

Quem dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da frase correta e expressiva.

Quem desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a possibilidade de auxiliar o doente.

Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não se abriu a mínima noção de responsabilidade perante o Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se das trevas.

Quem possua recursos para trabalhar, não olvide o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o, sempre que possível, a atividade digna.

Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com as vibrações da prece.

Quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indispensáveis ao reajuste.

Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância.

Quem estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados.

Quem guarde alegria, divida a graça do contentamento com os tristes.

Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas, sim, os enfermos.

Lembra-te dos que transitam no mundo entre dificuldades maiores que as tuas.

A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 028

Rogativa de fé

 


Senhor Jesus:

Uma sementeira tão grande, uma tão escassa colheita de luz!

A gleba fértil e a plantação danificada.

O solo ubérrimo e o verdor fenecendo.

Dois mil anos de Cristianismo e tão pouca manifestação de bênçãos.

Até quando Te requereremos ajuda, por quanto tempo Te suplicaremos socorro, rogando a Tua misericórdia?

Convidaste-nos, Senhor, para o aprisco da fraternidade.

Chamaste-nos para o dever da solidariedade humana.

Penosamente detemo-nos a rés-do-chão, negando-nos a ascender na direção dos rumos felizes.

Apiada-te de nós, Amigo Bem-aventurado de todas as horas, e enriquece os vazios depósitos do nosso espírito com as messes fecundas da tua paz!    

Não somos outros, Senhor, senão aqueles atormentados, que volvemos ao Teu coração magnânimo a rogar.

Ainda repetimos a experiência sem êxito, de pedir sem doar, de rogar sem oferecer, de suplicar sem ajudar.

Apiada-te de nós e favorece-nos com os tesouros, apreciáveis das tuas mercês, para que Te possamos honrar os títulos de enobrecimento e de amor.

Neste momento de comunhão, em que confraternizamos, encarnados e desencarnados, em atitude reverente, nós Te pedimos, Amigo Divino, que nos abençoes, que mitigues a nossa sede de paz, que socorras as nossas necessidades, que amenizes as nossas aflições.

Despede-nos em paz, neste breve momento, Senhor, concedendo-nos a fortuna da harmonia íntima, nesta hora de tanta tecnologia e de tanta amargura, de tanto poder e de quanta mesquinhez!

No excesso de glórias e no acume de misérias, sê Tu a força que nos comande.

Seja a Tua a presença que nos harmonize.

Permaneça em nós, Amigo de todos, a Tua paz, a Tua bênção e a Tua caridade. 

Francisco Spinelli / Divaldo Franco – Livro: Terapêutica de emergência

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Deveres imediatos

 

Porque perseverem, no mundo, as separações discriminativas da sociedade, isolando as classes e as raças humanas e formando grupos infelizes; porque o abuso do poder propicie a subtração das liberdades e dos direitos humanos; porque o homem continue escravo do homem e as conjunturas econômicas respondam pela miséria das massas; porque o obscurantismo a respeito da cultura real domine verdadeiras multidões e o acesso às escolas que libertam e burilam o pensamento constitua um privilégio para as minorias dominantes, devemo-nos empenhar em esforço hercúleo para mudar as estruturas vigentes.

Enquanto a dor física desgaste a alma, ou os problemas psíquicos gerem enfermidades orgânicas, ou as conjunturas emocionais produzam distúrbios na economia espiritual dos homens; enquanto a indiferença dos ricos marginalize o sofrimento dos pobres e o menor esforço receba estipêndios vultosos num atentado ao sacrifício das classes trabalhadoras; enquanto a morte pela fome dizime centenas de milhões de vidas ou apenas uma vida, o homem necessita modificar a forma de comportar-se, na Terra, ampliando os recursos da solidariedade e do auxílio fraterno.

Viceje o vício, que ceifa a juventude e entenebrece a vida; predomine a corrupção, que envilece a criatura; permaneçam os promotores da degradação dos costumes; assente-se o triunfo nos pântanos da vergonha moral; prospere a injustiça, mascarada de direito; reinem a violência e a agressividade, atestando a situação de primitivismo e semibarbárie da civilização, faz-se imprescindível educar o ser humano e conscientizá-lo das superiores finalidades da sua vilegiatura no curto período do trânsito somático.

Desde que o egoísmo tenha prioridade no relacionamento entre os homens em face do êxito da intriga e da calúnia bem forjadas; diante da traição que se mascara de amizade; frente ao suborno da dignidade e da consciência, na disputa dos valores de monta insignificante, porque mui passageiros; perante a vitória da impunidade, da delinquência de qualquer espécie, a real cultura não se pode entorpecer pelos vapores do adesismo de frutos apodrecidos, mas levantar-se para profligar o abuso e exalçar as conquistas do bem, do verdadeiro e do belo.

Como ainda predomine o comércio de vidas, nos bordéis da licenciosidade e nos escritórios de luxo, que vendem "imagens" ao público ávido de sensações; desde que permanece o tráfico de drogas e de alucinógenos, enlouquecendo dezenas de milhões de vidas jovens e aniquilando-as sob os disfarces da insensatez e do prazer; porque sobreviva a chantagem moral e a financeira e a submissão indigna faça parte da metodologia de situações vantajosas, eleitas pelo equívoco dos aproveitadores, é justo que o silêncio acumpliciador das mentes e caracteres honrados seja substituído pelo verbo quente e pela ação repulsiva ao estado de decomposição moral em que se encontra a quase totalidade do organismo social.

A quietação do homem justo diante do disparate do crime é conivência inconsciente para com a delinquência.

A acomodação da dignidade responde pela prevalência da desordem.

A imoralidade não espera a anuência da virtude para assentar o seu quartel, antes impõe-se, chocante e intempestiva, produzindo, pela violência dos costumes, uma aceitação a princípio tímida e depois aplaudida.

Justo que os contornos da honra não fiquem diluídos em sombras, nem os deveres do bem cedam lugar às permissividades a pretexto de tolerância e progresso.

O código irrefragável do "amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" tem preferência a quaisquer outras posturas, porque é uma síntese soberana da lei moisaica e do antigo direito romano, que ainda, teoricamente, serve de base à Justiça humana.

As débeis tentativas da persistência do bem e da ordem deverão fortalecer-se e amiudar-se tomando o terreno que foi arbitrariamente cedido às paixões nefastas para prejuízo da harmonia social.

O homem tem o dever de recompor-se moralmente para viver em harmonia consigo mesmo e com as leis que vigem em a Natureza, refletindo a ordem da Criação.

Nunca se fizeram tão necessários quanto hoje os esforços pelo bem geral das comunidades e jamais houve tão grande urgência para as lideranças enobrecidas.

Substituir os hábitos perniciosos por comportamentos corretos; gerar atitudes e compromissos salutares no relacionamento com as demais criaturas; promover o trabalho realizador e educar o povo; produzir leis justas e fomentar o respeito pela sua vigência são as tarefas do homem integrado na vera filosofia do Cristianismo, desvestido de arbitrariedades e sofismas, acomodações utilitaristas e dogmas absurdos, numa tentativa de restauração do otimismo, que cede lugar à angústia e à neurose, ao mesmo tempo antecipando o amanhã pacífico e ditoso da Humanidade.

 Victor Hugo / Divaldo Franco – Livro: Roteiro de libertação

Destruição e miséria

 “Em seus caminhos há destruição e miséria” Paulo (Romanos. 3:16)

 

Quando o discípulo se distancia da confiança no Mestre e se esquiva à ação nas linhas do exemplo que o seu divino apostolado nos legou, preferindo a senda vasta de infidelidade à própria consciência, cava, sem perceber, largos abismos de destruição e miséria por onde passa.

Se cristaliza a mente na ociosidade, elimina o bom ânimo no coração dos trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de servir.

Se desce ao desfiladeiro da negação, destrói as esperanças tenras no sentimento de quantos se abeiram da fé e tece vasta rede de sombras para si mesmo.

Se transfere a alma para a residência escura do vício, sufoca as virtudes nascentes nos companheiros de jornada e adquire débitos pesados para o futuro.

Se asila o desespero, apaga o tênue clarão da confiança na alma do próximo e chora inutilmente, sob a tormenta de lágrimas destrutivas.

Se busca refúgio na casa fria da tristeza, asfixia o otimismo naqueles que o acompanham e perde a riqueza do tempo, em lamentações improfícuas.

A determinação divina para o aprendiz do Evangelho é seguir adiante, ajudando, compreendendo e servindo a todos.

Estacionar é imobilizar os outros e congelar-se.

Revoltar-se é chicotear os irmãos e ferir-se.

Fugir ao bem é desorientar os semelhantes e aniquilar-se.

Desventurados aqueles que não seguem o Mestre que encontraram, porque conhecer Jesus Cristo em espírito e viver longe dele será espalhar a destruição, em torno de nossos passos, e conservar a miséria dentro de nós mesmos. 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 027

Oração fraternal

 


Irmão nosso, que estás na Terra!

Glorificada seja tua vontade, em favor do Infinito bem.

Trabalha incessantemente pelo Reino Divino, com tua cooperação espontânea.

Seja atendida a tua aspiração elevada, com esquecimento de todos os caprichos inferiores.

Tanto no lar da Carne, quanto no Templo do Universo.

O pão nosso de cada dia, que vem do Celeste Celeiro, usa com respeito e divide santamente.

Desculpa nossas faltas para contigo, assim como o Eterno Pai tem perdoado nossa dividas em comum.

Não permitas que a tua existência se perca pela tentação dos maus pensamentos.

Livra-te dos males que procedem do próprio coração.

Porque te pertence, agora, a gloriosa oportunidade de elevação para o reino do poder, da justiça, da paz, da glória e do amor para sempre.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Duzentas mensagens

sábado, 13 de novembro de 2021

Mais Luz: Edição 552

 Leia conosco:

  • Identidade dos Espíritos nas Comunicações
  • Qualificação de Santo Aplicada a Certos Espíritos
  • Os falsos Profetas da Erraticidade
  • Obreiro Sem Fé - Fonte Viva
  • Em Oração

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