sexta-feira, 25 de março de 2022

Oração pelos esquecidos

 

Senhor Jesus!

Permita-nos rogar-te a bênção de paz e de socorro, em auxilio de muitos de nossos irmãos habitualmente esquecidos.

Consente-nos, Senhor, pedir-te amparo em favor dos que desprezam a vida, desvalidos de fé, acreditando erroneamente que a morte do corpo seja uma nuvem de cinza e esquecimento;

Em apoio dos que se julgam donos exclusivos dos recursos que a tua misericórdia lhes empresta;

Dos que foram surpreendidos pela velhice na experiência terrestre e banidos do aconchego familiar pelos próprios descendentes, desligados do amor e do reconhecimento que devemos ter no mundo aos benfeitores que nos formam a vida;

Dos que foram deixados em casa de benemerência simplesmente por haverem nascido de corpo deformado, mudos e cegos, nas mutilações congênitas, entre as provações que só por si deveriam merecer a caridade daqueles a quem amam;

Dos que são supostos milionários, por administrarem os bens do mundo, quando, na maioria das vezes, não passam de companheiros segregados em cadeias de ouro, sequiosos da paz e do amor que lhes fogem aos dias;

Dos que renasceram no mundo com distúrbios psicológicos e que atravessam a existência marginalizada pelo sarcasmo daqueles que ignoram as leis que regem a natureza;

Das nossas irmãs em Humanidade que não vacilam em expulsar do próprio seio os filhinhos nascituros que, em vão, lhes suplicam acolhimento, e pelas vítimas do aborto, exterminadas sem defesa, em regime de impunidade, quase sempre entre as paredes do asilo doméstico;

E dos companheiros que se desesperaram por falta de paciência e se recolheram à sucata do desânimo, largando os tesouros do tempo às traças da angústia improdutiva.

Senhor, nós te rogamos proteção em auxilio de todos os que se desviaram do bem, no rumo do desequilíbrio e das trevas, e te suplicamos nos protejas e abençoes agora e sempre.

 

Augusto Cezar / Chico Xavier – Livro: Presença de luz

sábado, 19 de março de 2022

Mais Luz - Edição 570 - 20/03/2022

 Confira nesta edição:

 

  • Brilhe a vossa luz
  • Ante o Evangelho: Missão do homem inteligente na Terra
  • Quem!!?? - Poema
  • Tenhamos fé: Fonte Viva
  • Prece por liberdade

 

https://mailchi.mp/8cd23182fa91/brilhe-a-vossa-luz

Brilhe a vossa luz

            


         Meus filhos:

Permaneça Jesus sendo o nosso zênite e o nosso nadir.

Dealba dia novo!

Não obstante, sombras teimosas permanecem dificultando a claridade solar; as perspectivas de luminosidade plena ainda não se puderam tornar realidade total.

Na grande transição, há predominância do instinto humano sobre a razão, que abre espaço lentamente para a intuição.

O homem e a mulher ancestrais com dificuldade vêm abandonando os arcabouços nos quais se aprisionavam para, encorajados, avançar com decisão no rumo da grande luz.

Neste momento, contabilizamos glórias da Ciência, da Tecnologia, do pensamento, da arte, da beleza, mas não podemos ignorar as devastadoras estatísticas da perversidade que se deriva dos transtornos comportamentais, da sexolatria que resulta da alucinação do ser humano na busca do intérmino gozo sensual, da violência que é um remanescer dos atavismos, ganhando campo nas imensas planícies da perturbação que grassa na Terra, combatidas tenazmente a ética, a moral, as instituições dignificadoras como o matrimônio, a família, o respeito que se deve manter umas pelas outras pessoas.

Sentimos que as criaturas humanas ainda não encontraram o ponto de realização plenificadora. Isto porque Jesus tem sido motivo de excogitações imediatistas no campeonato das projeções pessoais, na religião, na política e nos interesses mesquinhos.

Graças às claridades incomparáveis do Espiritismo, nosso Modelo e Guia assume o verdadeiro lugar que o Pai Lhe concedeu na história do planeta terrestre.

Ao Espiritismo, pois, tem cabido a tarefa de colocar Jesus no centro das aspirações humanas, em considerando a Lei de Amor de que Ele se fez especial modelo para viger entre todas as criaturas.

Madrugada é esta de desafios! …

As incompreensões e as lutas fazem-se amiudadas.  A resistência dos ideais de enobrecimento, porém, deve suportar a ardência dos combates férreos direcionados contra os objetivos em pauta.

Medem-se a força e a grandeza de um ideal pelas resistências que oferece, superando as batalhas que lhe são direcionadas.

É necessário preservar o Espiritismo conforme o herdamos do eminente Codificador, mantendo-lhe a claridade dos postulados, a limpidez dos seus conteúdos, não permitindo que se lhe instale adenda perniciosa, que somente irá confundir os incautos e os menos conhecedores das suas diretrizes.

Não se trata aqui de estabelecer um grupo de conservadores ante o avanço de modernistas. O Espiritismo jamais se candidatará a divisionismos nas suas fileiras. É uma Doutrina séria porque tem a ver com o ser imortal. Não pode converter-se num clube de divertimentos em nome da alegria, do espairecimento e das necessidades de entretenimentos.

A Boa Nova ou notícias de alegria produz júbilo interno e não algazarra exterior. Por isso mesmo, no renascimento do Evangelho, ínsito na Codificação, não é lícito que nos transformemos em pessoas insensatas no trato com as questões espirituais. Preservar, portanto, a pulcritude e a seriedade da Doutrina no Movimento Espírita é dever que nos compete a todos e particularmente ao Conselho Federativo Nacional através das Entidades Federadas.

Jamais o Espiritismo servirá para os prazeres egoicos, as conversações chulas e o preenchimento dos espaços vazios entre mentes ociosas de pessoas frívolas. Por isso mesmo, a mediunidade deve ser exercida santamente, cristãmente, com responsabilidade e critérios de elevação para não se transformar em instrumento de perturbação e desídia.

Vós sois a luz do mundo! – Propõe o Evangelho novo, porquanto a Grande Luz é o Mestre, que deveremos insculpir no mundo íntimo, para que brilhe através de nós.

Não revidar ofensas, manter a consciência do dever acima de quaisquer conjunturas, perseverar quando outros abandonam ou são vítimas de defecções, porfiar no bem comum e viver a caridade sob todos os aspectos possíveis, dominados pelo amor que deflui do incomparável Amigo e Benfeitor, são as diretrizes de ontem como de hoje.

Mantende o espírito de paz, preservando os objetivos abraçados e, caso seja necessário selar vosso compromisso com testemunho, não titubeeis.

Cristo ou Mamon? É fácil eleger Aquele que deu a Sua pela nossa vida, ensinando-nos mansuetude, retidão e paz.

Meus filhos, é necessário que os atos confirmem as palavras e que o Espírito do Cristo, habitando em nós, seja a nossa resposta aos desafios do momento, trabalhando em favor do meio dia da madrugada que começa.

Muita paz! Que o Senhor nos abençoe!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra

Psicofonia de Divaldo Franco, em 9 de novembro de 2003, no encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional, na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília. – Fonte: Jornal Mundo Espírita

Os Pacificadores: Divaldo Franco

 


Tenhamos fé

 “... vou preparar-vos lugar”. Jesus (João, 14:2)

 

Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, "sem lugar" adequado aos sublimes ideais que entesouram.

Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:

Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos.

Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.

Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de relaxamento.

Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.

Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.

Se obedece quanto é justo, é considerado servil.

Se usa a tolerância, é visto por incompetente.

Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.

Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.

Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.

Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses próprios.

Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.

Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.

Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.

"Há muitas moradas na Casa do Pai."

E o Cristo segue servindo, adiante de nós.

Tenhamos fé.


Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 044