Senhor Jesus!
Permita-nos rogar-te a
bênção de paz e de socorro, em auxilio de muitos de nossos irmãos habitualmente
esquecidos.
Consente-nos, Senhor,
pedir-te amparo em favor dos que desprezam a vida, desvalidos de fé,
acreditando erroneamente que a morte do corpo seja uma nuvem de cinza e
esquecimento;
Em apoio dos que se
julgam donos exclusivos dos recursos que a tua misericórdia lhes empresta;
Dos que foram
surpreendidos pela velhice na experiência terrestre e banidos do aconchego
familiar pelos próprios descendentes, desligados do amor e do reconhecimento
que devemos ter no mundo aos benfeitores que nos formam a vida;
Dos que foram deixados
em casa de benemerência simplesmente por haverem nascido de corpo deformado,
mudos e cegos, nas mutilações congênitas, entre as provações que só por si
deveriam merecer a caridade daqueles a quem amam;
Dos que são supostos
milionários, por administrarem os bens do mundo, quando, na maioria das vezes,
não passam de companheiros segregados em cadeias de ouro, sequiosos da paz e do
amor que lhes fogem aos dias;
Dos que renasceram no
mundo com distúrbios psicológicos e que atravessam a existência marginalizada
pelo sarcasmo daqueles que ignoram as leis que regem a natureza;
Das nossas irmãs em
Humanidade que não vacilam em expulsar do próprio seio os filhinhos nascituros
que, em vão, lhes suplicam acolhimento, e pelas vítimas do aborto, exterminadas
sem defesa, em regime de impunidade, quase sempre entre as paredes do asilo
doméstico;
E dos companheiros que
se desesperaram por falta de paciência e se recolheram à sucata do desânimo,
largando os tesouros do tempo às traças da angústia improdutiva.
Senhor, nós te rogamos
proteção em auxilio de todos os que se desviaram do bem, no rumo do desequilíbrio
e das trevas, e te suplicamos nos protejas e abençoes agora e sempre.
Augusto Cezar / Chico Xavier – Livro: Presença de luz
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