sexta-feira, 25 de março de 2022
Somente assim
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” Jesus (João, 15:8)
Em nossas aflições, o
Pai é invocado.
Nas alegrias, é adorado.
Na noite tempestuosa, é
sempre esperado com ânsia.
No dia festivo, é
reverenciado solenemente.
Louvado pelos filhos
reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos
de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos.
Ensina o verme a
rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém,
quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em
existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos,
vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo.
Nunca chegaremos,
contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração
brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores
são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas
da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência,
constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são
preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos
são imperativos da colheita.
Assim também ocorre nos
domínios da alma.
Somente é possível
glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal,
produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre
foi claro em sua afirmação.
Que nossa atividade,
dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e
alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante,
porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição
seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 045
Oração pelos esquecidos
Senhor Jesus!
Permita-nos rogar-te a
bênção de paz e de socorro, em auxilio de muitos de nossos irmãos habitualmente
esquecidos.
Consente-nos, Senhor,
pedir-te amparo em favor dos que desprezam a vida, desvalidos de fé,
acreditando erroneamente que a morte do corpo seja uma nuvem de cinza e
esquecimento;
Em apoio dos que se
julgam donos exclusivos dos recursos que a tua misericórdia lhes empresta;
Dos que foram
surpreendidos pela velhice na experiência terrestre e banidos do aconchego
familiar pelos próprios descendentes, desligados do amor e do reconhecimento
que devemos ter no mundo aos benfeitores que nos formam a vida;
Dos que foram deixados
em casa de benemerência simplesmente por haverem nascido de corpo deformado,
mudos e cegos, nas mutilações congênitas, entre as provações que só por si
deveriam merecer a caridade daqueles a quem amam;
Dos que são supostos
milionários, por administrarem os bens do mundo, quando, na maioria das vezes,
não passam de companheiros segregados em cadeias de ouro, sequiosos da paz e do
amor que lhes fogem aos dias;
Dos que renasceram no
mundo com distúrbios psicológicos e que atravessam a existência marginalizada
pelo sarcasmo daqueles que ignoram as leis que regem a natureza;
Das nossas irmãs em
Humanidade que não vacilam em expulsar do próprio seio os filhinhos nascituros
que, em vão, lhes suplicam acolhimento, e pelas vítimas do aborto, exterminadas
sem defesa, em regime de impunidade, quase sempre entre as paredes do asilo
doméstico;
E dos companheiros que
se desesperaram por falta de paciência e se recolheram à sucata do desânimo,
largando os tesouros do tempo às traças da angústia improdutiva.
Senhor, nós te rogamos
proteção em auxilio de todos os que se desviaram do bem, no rumo do desequilíbrio
e das trevas, e te suplicamos nos protejas e abençoes agora e sempre.
Augusto Cezar / Chico Xavier – Livro: Presença de luz
sábado, 19 de março de 2022
Mais Luz - Edição 570 - 20/03/2022
Confira nesta edição:
- Brilhe a vossa luz
- Ante o Evangelho: Missão do homem inteligente na Terra
- Quem!!?? - Poema
- Tenhamos fé: Fonte Viva
- Prece por liberdade
Brilhe a vossa luz
Meus filhos:
Permaneça Jesus sendo o nosso zênite e o nosso
nadir.
Dealba dia novo!
Não obstante, sombras teimosas permanecem
dificultando a claridade solar; as perspectivas de luminosidade plena ainda não
se puderam tornar realidade total.
Na grande transição, há predominância do
instinto humano sobre a razão, que abre espaço lentamente para a intuição.
O homem e a mulher ancestrais com dificuldade
vêm abandonando os arcabouços nos quais se aprisionavam para, encorajados,
avançar com decisão no rumo da grande luz.
Neste momento, contabilizamos glórias da
Ciência, da Tecnologia, do pensamento, da arte, da beleza, mas não podemos
ignorar as devastadoras estatísticas da perversidade que se deriva dos
transtornos comportamentais, da sexolatria que resulta da alucinação do ser
humano na busca do intérmino gozo sensual, da violência que é um remanescer dos
atavismos, ganhando campo nas imensas planícies da perturbação que grassa na
Terra, combatidas tenazmente a ética, a moral, as instituições dignificadoras
como o matrimônio, a família, o respeito que se deve manter umas pelas outras
pessoas.
Sentimos que as criaturas humanas ainda não
encontraram o ponto de realização plenificadora. Isto porque Jesus tem sido
motivo de excogitações imediatistas no campeonato das projeções pessoais, na
religião, na política e nos interesses mesquinhos.
Graças às claridades incomparáveis do
Espiritismo, nosso Modelo e Guia assume o verdadeiro lugar que o Pai Lhe
concedeu na história do planeta terrestre.
Ao Espiritismo, pois, tem cabido a tarefa de
colocar Jesus no centro das aspirações humanas, em considerando a Lei de Amor
de que Ele se fez especial modelo para viger entre todas as criaturas.
Madrugada é esta de desafios! …
As incompreensões e as lutas fazem-se
amiudadas. A resistência dos ideais de
enobrecimento, porém, deve suportar a ardência dos combates férreos
direcionados contra os objetivos em pauta.
Medem-se a força e a grandeza de um ideal pelas
resistências que oferece, superando as batalhas que lhe são direcionadas.
É necessário preservar o Espiritismo conforme o
herdamos do eminente Codificador, mantendo-lhe a claridade dos postulados, a
limpidez dos seus conteúdos, não permitindo que se lhe instale adenda perniciosa,
que somente irá confundir os incautos e os menos conhecedores das suas
diretrizes.
Não se trata aqui de estabelecer um grupo de
conservadores ante o avanço de modernistas. O Espiritismo jamais se candidatará
a divisionismos nas suas fileiras. É uma Doutrina séria porque tem a ver com o
ser imortal. Não pode converter-se num clube de divertimentos em nome da
alegria, do espairecimento e das necessidades de entretenimentos.
A Boa Nova ou notícias de alegria produz júbilo
interno e não algazarra exterior. Por isso mesmo, no renascimento do Evangelho,
ínsito na Codificação, não é lícito que nos transformemos em pessoas insensatas
no trato com as questões espirituais. Preservar, portanto, a pulcritude e a
seriedade da Doutrina no Movimento Espírita é dever que nos compete a todos e
particularmente ao Conselho Federativo Nacional através das Entidades
Federadas.
Jamais o Espiritismo servirá para os prazeres
egoicos, as conversações chulas e o preenchimento dos espaços vazios entre
mentes ociosas de pessoas frívolas. Por isso mesmo, a mediunidade deve ser
exercida santamente, cristãmente, com responsabilidade e critérios de elevação
para não se transformar em instrumento de perturbação e desídia.
Vós sois a luz do mundo! – Propõe o Evangelho
novo, porquanto a Grande Luz é o Mestre, que deveremos insculpir no mundo
íntimo, para que brilhe através de nós.
Não revidar ofensas, manter a consciência do
dever acima de quaisquer conjunturas, perseverar quando outros abandonam ou são
vítimas de defecções, porfiar no bem comum e viver a caridade sob todos os
aspectos possíveis, dominados pelo amor que deflui do incomparável Amigo e
Benfeitor, são as diretrizes de ontem como de hoje.
Mantende o espírito de paz, preservando os
objetivos abraçados e, caso seja necessário selar vosso compromisso com
testemunho, não titubeeis.
Cristo ou Mamon? É fácil eleger Aquele que deu a
Sua pela nossa vida, ensinando-nos mansuetude, retidão e paz.
Meus filhos, é necessário que os atos confirmem
as palavras e que o Espírito do Cristo, habitando em nós, seja a nossa resposta
aos desafios do momento, trabalhando em favor do meio dia da madrugada que
começa.
Muita paz! Que o Senhor nos abençoe!
São os votos do servidor humílimo e paternal de
sempre,
Bezerra
Psicofonia de Divaldo Franco, em 9 de novembro de 2003, no encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional, na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília. – Fonte: Jornal Mundo Espírita
Tenhamos fé
“... vou preparar-vos lugar”. Jesus (João, 14:2)
Sabia o Mestre que, até
à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na
condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas,
todavia, "sem lugar" adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão
leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase
sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a
descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a humildade,
é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples,
é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser bondoso, é
categorizado por tolo.
Se administra
dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece quanto é
justo, é considerado servil.
Se usa a tolerância, é
visto por incompetente.
Se mobiliza a energia, é
conhecido por cruel.
Se trabalha, devotado, é
interpretado por vaidoso.
Se procura melhorar-se, assumindo
responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções
consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao
próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea,
muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses
próprios.
Apesar de semelhantes
conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio
de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes
prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois,
trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores
provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.
"Há muitas moradas
na Casa do Pai."
E o Cristo segue
servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.