sexta-feira, 24 de junho de 2022

Estudo Minucioso do Livro Paulo e Estêvão



Jesus ensinou-nos as verdadeiras leis de Deus e que para ser um bom cristão é imprescindível praticar a mensagem do Evangelho. A Doutrina Espírita tem a missão de restaurá-la, pois foi esquecida ou mal compreendida e para penetrarmos em sua pureza é fundamental conhecer o Cristianismo nascente e a conduta de vida dos primeiros cristãos.

A Obra Paulo e Estevão relata o testemunho de vida de alguns desses mártires para que a mensagem do Evangelho pudesse prosperar nos corações e consolidar o Cristianismo no mundo como a base de nossa transformação moral.

Participe do estudo online desta Obra e conheça os exemplos de vida dos primeiros cristãos.

Os estudos são uma iniciativa da Área de Estudo do Evangelho de Jesus (AEEJ) e acontecerão a partir de 02 de julho de 2022, todo primeiro e terceiro sábados do mês, sempre de 17 às 18h15. Em cada sábado será um capítulo do livro a ser estudado de forma sequenciada.

Acompanhem as transmissões pelos canais do Youtube e Facebook da UEM. Os links serão divulgados nas redes sociais sempre às quartas e sábados.

Notícia extraída do site da UEM

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Educação evangélica

Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho.

Como? – Podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos.

O plano pedagógico que implica esse grandioso problema tem de partir ainda do simples para o complexo. Ele abrange atividades multiformes e imensas, mas não é impossível.

Primeiramente, o trabalho de vulgarização deverá intensificar-se, lançando, através da palavra falada ou escrita do ensinamento, as diminutas raízes do futuro.


O RESULTADO DOS ERROS RELIGIOSOS

Toda essa demagogia filosófico-doutrinária, que vedes nas fileiras do Espiritismo, tem sua razão de ser. As almas humanas se preparam para o bom caminho. A missão do Cristianismo na Terra não era a de mancomunar-se com as forças políticas que lhe desviassem a profunda significação espiritual para os homens. O Cristo não teria vindo ao mundo para instituir castas sacerdotais e nem impor dogmatismos absurdos. Sua ação dirigiu-se, justamente, para a necessidade de se remodelar a sociedade humana, eliminando-se os preconceitos religiosos, constituindo isso a causa da sua cruz e do seu martírio, sem se desviar, contudo, do terreno das profecias que o anunciavam.

Todas essas atividades bélicas, todas as lutas antifraternas no seio dos povos irmãos, quase a totalidade dos absurdos, que complicam a vida do homem, vieram da escravização da consciência ao conglomerado de preceitos dogmáticos das Igrejas que se levantaram sobre a doutrina do Divino Mestre, contrariando as suas bases, digladiando-se mutuamente, condenando-se umas às outras em nome de Deus.

Aliado ao Estado, o Cristianismo deturpou-se, perdendo as suas características divinas.


FIM DE UM CICLO EVOLUTIVO

Sabemos todos que a Humanidade terrena atinge, atualmente, as cumeadas de um dos mais importantes ciclos evolutivos. Nessas transformações, há sempre necessidade do pensamento religioso para manter-se a espiritualidade das criaturas em momentos tão críticos. À ideia cristã se encontrava afeto o trabalho de sustentar essa coesão dos sentimentos de confiança e de fé das criaturas humanas nos seus elevados destinos; todavia, encarcerada nas grades dos dogmas católico-romanos, a doutrina de Jesus não poderia, de modo algum, amparar o espírito humano nessas dolorosas transições.

Todas as exterioridades da Igreja deixam nas almas atuais, sedentas de progresso, um vazio muito amargo.


URGE REFORMAR

Foi justamente quando o Positivismo alcançava o absurdo da negação, com Auguste Comte, e o Catolicismo tocava às extravagâncias da afirmativa, com Pio IX proclamando a infalibilidade papal, que o Céu deixou cair à Terra a revelação abençoada dos túmulos.

O Consolador prometido pelo Mestre chegava no momento oportuno. Urge reformar, reconstruir, aproveitar o material ainda firme, para destruir os elementos apodrecidos na reorganização do edifício social. E é por isso que a nossa palavra bate insistentemente nas antigas teclas do Evangelho cristão, porquanto não existe outra fórmula que possa dirimir o conflito da vida atormentada dos homens. A atualidade requer a difusão dos seus divinos ensinamentos. Urge, sobretudo, a criação dos núcleos verdadeiramente evangélicos, de onde possa nascer a orientação cristã a ser mantida no lar, pela dedicação dos seus chefes. As escolas do lar são mais que precisas, em vossos tempos, para a formação do espírito que atravessará a noite de lutas que a vossa Terra está vivendo, em demanda da gloriosa luz do porvir.


NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO PURA E SIMPLES

Há necessidade de iniciar-se o esforço de regeneração em cada indivíduo, dentro do Evangelho, com a tarefa nem sempre amena da autoeducação. Evangelizado o indivíduo, evangeliza-se a família; regenerada esta, a sociedade estará a caminho de sua purificação, reabilitando-se simultaneamente a vida do mundo.

No capítulo da preparação da infância, não preconizamos a educação defeituosa de determinadas noções doutrinárias, mas facciosas, facilitando-se na alma infantil a eclosão de sectarismos prejudiciais e incentivando o espírito de separatividade, e não concordamos com a educação ministrada absolutamente nos moldes desse materialismo demolidor, que não vê no homem senão um complexo celular, onde as glândulas, com as suas secreções, criam uma personalidade fictícia e transitória. Não são os sucos e os hormônios, na sua mistura adequada nos laboratórios internos do organismo, que fazem a luz do espírito imortal. Ao contrário dessa visão audaciosa dos cientistas, são os fluidos, imponderáveis e invisíveis, atributos da individualidade que preexiste ao corpo e a ele sobrevive, que dirigem todos os fenômenos orgânicos que os utopistas da biologia tentam em vão solucionar, com a eliminação da influência espiritual. Todas as câmaras misteriosas desse admirável aparelho, que é o mecanismo orgânico do homem, estão repletas de uma luz invisível para os olhos mortais.


FORMAÇÃO DA MENTALIDADE CRISTÃ

As atividades pedagógicas do presente e do futuro terão de se caracterizar pela sua feição evangélica e espiritista, se quiserem colaborar no grandioso edifício do progresso humano.

Os estudiosos do materialismo não sabem que todos os seus estudos se baseiam na transição e na morte. Todas as realidades da vida se conservam inapreensíveis às suas faculdades sensoriais. Suas análises objetivam somente a carne perecível. O corpo que estudam, a célula que examinam, o corpo químico submetido à sua crítica minuciosa, são acidentais e passageiros. Os materiais humanos postos sob os seus olhos pertencem ao domínio das transformações, através do suposto aniquilamento. Como poderá, pois, esse movimento de extravagância do espírito humano presidir à formação da mentalidade geral que o futuro requer, para a consecução dos seus projetos grandiosos de fraternidade e de paz? A intelectualidade acadêmica está fechada no círculo da opinião dos catedráticos, como a ideia religiosa está presa no cárcere dos dogmas absurdos.

Os continuadores do Cristo, nos tempos modernos, terão de marchar contra esses gigantes, com a liberdade dos seus atos e das suas ideias.

Por enquanto, todo o nosso trabalho objetiva a formação da mentalidade cristã, por excelência, mentalidade purificada, livre dos preceitos e preconceitos que impedem a marcha da Humanidade. Formadas essas correntes de pensadores esclarecidos do Evangelho, entraremos, então, no ataque às obras. Os jornais educativos, as estações radiofônicas, os centros de estudo, os clubes do pensamento evangélico, as assembleias da palavra, o filme que ensina e moraliza, tudo à base do sentimento cristão, não constituem uma utopia dos nossos corações. Essas obras que hoje surgem, vacilantes e indecisas no seio da sociedade moderna, experimentando quase sempre um fracasso temporário, indicam que a mentalidade evangélica não se acha ainda edificada. A andaimaria, porém, aí está, esperando o momento final da grandiosa construção.

Toda a tarefa, no momento, é formar o espírito genuinamente cristão; terminado esse trabalho, os homens terão atingido o dia luminoso da paz universal e da concórdia de todos os corações.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Emmanuel

Discípulos

 “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”. Jesus (Lucas. 14:27)

Os círculos cristãos de todos os matizes permanecem repletos de estudantes que se classificam no discipulado de Jesus, com inexcedível entusiasmo verbal, como se a ligação legítima com o Mestre estivesse circunscrita a problema de palavras.

Na realidade, porém, o Evangelho não deixa dúvidas a esse respeito.

A vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade inteira.

E não é tão fácil desempenhar todas essas obrigações com aprovação plena das diretrizes evangélicas.

Imprescindível se faz eliminar as arestas do próprio temperamento, garantindo o equilíbrio que nos é particular, contribuir com eficiência em favor de quantos nos cercam o caminho, dando a cada um o que lhe pertence, e servir à comunidade, de cujo quadro fazemos parte.

Sem que nos retifiquemos, não corrigiremos o roteiro em que marchamos.

Árvores tortas não projetam imagens irrepreensíveis.

Se buscamos a sublimação com o Cristo, ouçamos os ensinamentos divinos.

Para sermos discípulos dele é necessário nos disponhamos com firmeza a conduzir a cruz de nossos testemunhos de assimilação do bem, acompanhando-lhe os passos.

Aprendizes existem que levam consigo o madeiro das provas salvadoras, mas não seguem o Senhor por se confiarem à revolta através do endurecimento e da fuga.

Outros aparecem, seguindo o Mestre nas frases bem feitas, mas não carregam a cruz que lhes toca, abandonando-a à porta de vizinhos e companheiros.

Dever e renovação.

Serviço e aprimoramento.

Ação e progresso.

Responsabilidade e crescimento espiritual.

Aceitação dos impositivos do bem e obediência aos padrões do Senhor.

Somente depois de semelhantes aquisições é que atingiremos a verdadeira comunhão com o Divino Mestre.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 058

Oração pelos entes queridos

 


Senhor Jesus!

Concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos empresta.

Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas. Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e ajuda-nos a não lhes violentar o sentimento em nome do amor, no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista.

Quando tristes, transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança e, quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam, não nos deixes na sombra do egoísmo ou da inveja, mas sim ilumina-nos o entendimento para que lhes saibamos acrescentar a paz e a esperança.

Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço, em desacordo com os recursos de que disponham.

Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos fazem, sem reclamar-lhes benefícios ou vantagens, homenagens ou gratificações que não nos possam proporcionar.

Esclarece-nos para que lhe vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso, entendendo que os prováveis defeitos de que se mostrem ainda portadores desaparecerão no amparo de tua benção.

E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os corações, e sim entregando-os a Ti, através da oração, porque apenas Tu, Senhor, pode sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas Leis de Deus.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Mãos unidas

Palestras CEJG - Junho/2022

 


sábado, 18 de junho de 2022

Mais Luz - Edição 583 - 19/06/2022

Confira nesta edição:

  • Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB: *108 anos de verdadeira luz
  • Ante o Evangelho: Simplicidade e pureza de coração
  • Mensagem da Semana: Apóstolos - Fonte Viva
  • Poema - VidaEdmundo Xavier de Barros
  • Mestre e Senhor - Oração

Clique: https://mailchi.mp/5bcceca722fe/evangelizao-esprita-de-crianas-e-jovens-na-feb

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB

*108 anos de verdadeira luz


Foi aos 14 de junho de 1914, na Sede Histórica da Federação Espírita Brasileira (FEB), situada na Av. Passos, 30, no Rio de Janeiro, então sob a gestão do presidente Dr. Aristides Spínola (1850-1925) e do vice-presidente Pedro Richard (1858-1914), que se inaugurou a Escola Dominical de Doutrina Cristã, evento a ser comemorado por todo o Movimento Espírita brasileiro, sob as inspirações e bênçãos de Jesus e Ismael. O ensejo foi motivo de grande júbilo para os corações que lá estavam: “[...] o ambiente se achava repleto de crianças desencarnadas, entoando hinos de alegria e de louvor a Deus, ao som de música celestial”.¹

Iniciava-se, na Casa de Ismael, para as crianças e, anos mais tarde, para os adolescentes, a grande tarefa da evangelização, que é importantíssima dentre as atividades desenvolvidas pelas instituições espíritas, no afã de prepará-los para receber os ensinamentos sobre os princípios fundamentais do Espiritismo, que lhes permitam compreender e aplicar os conhecimentos doutrinários e a moral evangélica pregada pelo Cristo.

Desde a sua fundação, em 1° de janeiro de 1884, a Federação Espírita Brasileira jamais deixou de pensar nos cuidados com a formação moral da criança e do jovem, apenas aguardava o momento propício de levar a efeito esse nobilíssimo projeto. Considerando que a primeira providência deveria ser a divulgação de livros infantis, a FEB publicou, em 1901, a obra do Espírito Bittencourt Sampaio (1834-1895): De Jesus para as crianças.

O expoente trabalhador da seara do Mestre, entre outras produções espirituais de sua autoria, transmitiu o texto do sugestivo livro, por meio da psicografia do médium Frederico Pereira da Silva Júnior (1858-1914), contribuindo para o êxito do futuro tentame, conforme registros do ano de seu lançamento.²

Entre os servidores que legaram exemplos de perseverança entusiasta e ardorosa em favor da evangelização está Antônio Lima (1864-1946), considerado um dos pioneiros do ensino espírita-cristão à criança no Brasil. Em janeiro de 1904, foi criada uma seção em Reformador, denominada “Diálogos”, onde o autor “desenvolvia sugestivas e atraentes historietas, nos moldes didáticos dos melhores educadores”.³

Antônio Lima, no ano do Centenário Kardequiano, em 31 de dezembro de 1904, proferiu importante conferência sobre a “Educação da Infância sob o ponto de vista espírita”. Em 1915, a FEB publica o seu livro Espiritismo na infância, esgotando-se rapidamente os exemplares.

Em pouco tempo, o movimento iniciado pela Casa de Ismael em 1914 se expandiu para todo o País com a criação de novos agrupamentos de evangelização para a infância, tornando-se a proposta vitoriosa bem como sua colheita de excelentes frutos. “Em meados de 1932, cerca de 50 Grupos, Asilos, Centros, Federações”,4 todos seguidores do modelo de ensino sugerido pela FEB, mantinham aulas de educação moral-cristã desempenhando a abençoada tarefa de formar os futuros espíritas, que haveriam de continuar o trabalho de amor ao próximo entre as criaturas. Os registros históricos, nesse período, apontam uma pequena interrupção no funcionamento do núcleo de evangelização infantil da FEB, sobretudo em função da carência de trabalhadores para execução das tarefas junto às crianças.

Em maio de 1946, o abnegado confrade Dr. Carlos Lomba (1886-1958) assume a direção da Escola de Evangelho, que há muito vinha sendo denominada dessa forma, em substituição ao nome dado anteriormente: Escola Dominical de Doutrina Cristã. O preclaro obreiro, que a meninada carinhosamente chamava “vovô Lomba”, dedicou-se com fervor ao trabalho desse importante setor e, em sua gestão, muitas foram as providências apropriadas para o engrandecimento e a qualidade das atividades que melhor atendessem às necessidades pedagógicas das crianças. Entre elas, o lançamento, em dezembro de 1950, do “Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho segundo a Doutrina Espírita”, encaminhado a todas as instituições que ministravam aulas desse gênero, conforme se tinha notícia na ocasião. Nessa época, já funcionava o Departamento de Infância e Juventude (DIJ) da FEB, responsável pela elaboração da proposta, aprovada pelo Conselho Federativo Nacional, a qual recomendava às Sociedades Espíritas que adotassem o referido Programa, como preceituado no item 29, dos “Preceitos Gerais – Pró-Unificação do Espiritismo Nacional”. O Programa estabelecia a estrutura e o funcionamento das aulas a serem ministradas, separando as crianças por idades e ciclos.5

Em 1951, “a antiga Escola Dominical de Doutrina Cristã da FEB, que há muito vinha sendo carinhosamente chamada Escola de Evangelho da Federação”,6 passou a ser denominada “Escola de Evangelho Maria de Nazaré”, constituindo-se em manancial de preciosas oportunidades no trato dos assuntos evangélico-doutrinários da infância e juventude. Com o afastamento do Dr. Lomba, após 9 anos de trabalhos ininterruptos, o grupo da juventude, a partir de 1954, e ao longo dos anos 60, assessorou a Secretaria de Assuntos Infantis, órgão auxiliar do DIJ, colaborando para continuidade dos trabalhos de organização e operacionalização da Escola.6

Nesse período, assume a direção do DIJ o saudoso companheiro Alberto Nogueira da Gama (1918-2003), que se devotou ao serviço com afinco e denodo.

Em dezembro de 1975, reativou-se o Departamento de Infância e Juventude, sendo nomeada como diretora Maria Cecília Paiva Barros (1912-1995), cargo que ocupou até 1980, quando passou a exercer a vice-presidência da Casa de Ismael. Valiosas foram as contribuições trazidas pela digníssima companheira e seus dedicados auxiliares. Juntos, promoveram encontros e seminários, reunindo representantes do Rio de Janeiro e de outros Estados, constituindo-se em equipes altamente qualificadas para a execução de determinações mais amplas de ações efetivas sobre a evangelização. Ao engajar-se com empenho na Campanha Nacional de Evangelização Espírita Infantojuvenil, divulgada ao público espírita em 9 de outubro de 1977, por determinação do Conselho Federativo Nacional (CFN), Maria Cecília realizou viagens para disseminação de seu lançamento, com vistas ao aprimoramento e a expansão do movimento de evangelização da criança e do adolescente, no Brasil e no exterior.7

Em 1980, assume a direção do Departamento de Infância e Juventude da FEB, a professora Cecília Rocha (1919-2012), insigne educadora e ativa colaboradora, durante muitos anos, do Movimento Espírita do Rio Grande do Sul, seu Estado de nascença. Sua orientação foi decisiva para a organização e o desenvolvimento da implantação e do aperfeiçoamento das escolas de evangelização espírita, no campo Federativo Nacional. Participou do planejamento, da elaboração e do cumprimento da operacionalização da “Campanha de Evangelização Espírita”, da infância e da juventude, no início, ao lado de Maria Cecília Paiva, tornando-se, após alguns anos, “Campanha Permanente”, e difundindo-a em todo território nacional.8

O dinamismo ardoroso em prol da causa da evangelização permitiu-lhe realizar inúmeros eventos como cursos, seminários, encontros nacionais e internacionais, e a formação de equipes de trabalho para a elaboração de planos de aulas e do Currículo para as escolas de evangelização espírita infantojuvenil, com o interesse primordial de sugerir uma metodologia que garantisse a unidade de princípios e de objetivos a serem atingidos pelo programa. Como vice-presidente, de 1983 até março de 2012, nunca deixou de atuar junto à área da evangelização de crianças e adolescentes, contribuindo para a eficiência dos trabalhos realizados na área Federativa e no Campo Experimental de Brasília, auxiliada pela nova diretora, Rute Vieira Ribeiro, que a substituiu, com eficácia e dedicação, na execução das atividades do DIJ, de 1984 a 2009. (...)

(...) As palavras do Espírito Bezerra de Menezes, através do médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro (1935-1999), convidam-nos a prosseguir, sem esmorecimentos:

[...] Que não haja desânimo nem apressamento, mas, acima de tudo, equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!

A Evangelização Espírita Infantojuvenil amplia-se como um sol benfazejo abençoando os campos ao alvorecer.

[...] Unamo-nos, que a tarefa é de todos nós. Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços, trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia de êxito.9

 

Referências:

1. Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas de Evangelho” para a infância.

2. WANTUIL, Zêus. (Organizador.) Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 253.

3. Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança – 50 anos.

4. Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas de Evangelho” para a infância.

5. Opúsculo do Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho. Posfácio de Carlos Lomba. Rio de Janeiro: FEB, s/d. p. 1 a 22.

6. Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança – 50 anos.

7. Reformador, ano 113, n. 1.995, p.34(190) a 35(191), junho de 1995.

8. Reformador, ano 130, n. 2.205, p.32(470) a 33(471), dezembro de 2012.

9. SEPARATA DE REFORMADOR. Rio de Janeiro: FEB, 1986. p. 17

 

Clara Lila Gonzalez de Araújo– Revista Reformador – janeiro/2014

*100 anos de verdadeira luz – atualizamos para 108