Venha ler conosco em mais uma edição do nosso semanário:
- Credores no lar – Emmanuel
- Ante o Evangelho: Piedade filial
- Poema: Carta paternal I – Vallado Rosas
- Não te enganes – Fonte Viva 65
- Oração: Pai nosso - Monsenhor Horta
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“Honrai
vosso pai e vossa mãe…” — Jesus (Mateus, 19.19)
“Honrar
a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los
na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados
como eles fizeram conosco na infância.” — Cap. XIV, 3
No devotamento dos pais, todos os filhos são
joias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te
afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te
apoiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores
de feição diferente.
Subtraindo-te aos choques de caráter negativo,
no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação
funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a
princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto
reaparecem humildes e pequeninos.
Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes
ensines a palavra de apaziguamento e brandura.
Não te rogam a liquidação de débitos, na
intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de
entendimento.
Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos,
instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.
Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.
Não obstante dependerem de ti, alteram-te as
decisões com simples olhar.
De doces numes do carinho, passam, com o tempo,
à condição de examinadores constantes de tua estrada.
Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos,
observam-te as companhias e exigem-te as horas.
Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo,
todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se
em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.
Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes
os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.
Calas os próprios sonhos, para que os sonhos
deles se realizem.
Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em
teu lugar.
Recebes todas as dores que te impõem à alma, com
sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.
E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes
a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e
sem notas de pagamento.
Quando te vejas, diante de filhos crescidos e
lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que
são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.
Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e
ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo
instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para
enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em
silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.
Emmanuel / Chico Xavier / Revista Reformador / fevereiro / 1963
“Olhais para as coisas, segundo as aparências? Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, que assim como ele é do Cristo, também nós do Cristo somos”. Paulo (II Coríntios, 10:7)
Não te enganes, acerca
da nossa necessidade comum no aperfeiçoamento.
Muita vez,
superestimando nossos valores, acreditamo-nos privilegiados na arte da
elevação. E, em tais circunstâncias, costumamos esquecer, impensadamente, que
outros estão fazendo pelo bem muito mais que nós mesmos.
O vagalume acende leves
relâmpagos nas trevas e se supõe o príncipe da luz, mas encontra a vela acesa
que o ofusca. A vela empavona-se sobre um móvel doméstico e se presume no trono
absoluto da claridade, entretanto, lá vem um dia em que a lâmpada elétrica
brilha no alto, embaciando-lhe a chama.
A lâmpada, a seu turno,
ensoberbece-se na praça pública, mas o Sol, cada manhã, resplandece no
firmamento, clareando toda a Terra e empalidecendo todas as luzes planetárias,
grandes e pequenas.
Enquanto perdura a
sombra protetora e educativa da carne, quase sempre somos vítimas de nossas
ilusões, mas, em voltando o clarão infinito da verdade com a renovação da morte
física, verificamos, ao sol da vida espiritual, que a Providência Divina é
glorioso amor para a Humanidade inteira.
Não troques a realidade
pelas aparências.
Respeitemos cada
realização em seu tempo e cada pessoa no lugar que lhe é devido. Todos somos
companheiros de evolução e aperfeiçoamento, guardados ainda entre o bem e o
mal.
Onde acionarmos a nossa
"parte inferior", a sombra dos outros permanecerá em nossa companhia.
Da zona a que projetarmos a nossa “boa parte”, a luz do próximo virá ao nosso
encontro.
Cada alma é sempre uma
incógnita para outra alma. Em razão disso, não será lícito erguer as paredes de
nossa tranquilidade sobre os alicerces do sentimento alheio.
Não nos iludamos.
Retifiquemos em nós
quanto prejudique a nossa paz íntima e estendamos braços e pensamentos
fraternos, em todas as direções, na certeza de que, se somos portadores de
virtudes e defeitos, nas ocasiões de juízo receberemos sempre de acordo com as
nossas obras. E, compreendendo que a Bondade do Senhor brilha para todas as
criaturas, sem distinção de pessoas, recordemos em nosso favor e em favor dos
outros as significativas palavras de Paulo: — “Se alguém confia de si mesmo que
é do Cristo, pense outra vez isto consigo, porque tanto quanto esse alguém é do
Cristo, também nós do Cristo somos.”
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 065
Pai nosso que estás nos
Céus
Na luz dos sóis
infinitos
Pai de todos os aflitos,
Neste mundo de
escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja Teu nome sublime
Que em todo universo
exprime
Ternura, concórdia e
amor.
Venha ao nosso coração
O Teu Reino de bondade,
De paz e de claridade,
Na estrada da redenção.
Cumpra-se o Teu
mandamento
Que não vacila, nem erra
Nos Céus, como em toda
Terra
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho
Feito na Luz no carinho
Do Pão Espiritual.
Perdoa-nos, Senhor,
Os débitos tenebrosos
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.
Auxilia-nos também
Nos sentimentos
cristãos,
A amar aos nossos irmãos
Que vivem distantes do
Bem.
Com a proteção de Jesus
Livra nossa alma do erro
Neste mundo de desterro
Distante da Tua luz.
Que nossa ideal igreja
Seja o altar da
caridade,
Onde se faça a Vontade
Do Teu amor... Assim
seja.
Monsenhor Horta / Chico Xavier – Livro: Senda para Deus
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O convite do Senhor é claro e vazado em termos
de síntese: “Vem hoje trabalhar na minha Vinha”!
De forma impositiva, a ilustração do Mestre
determina tempo e local de ação.
Não deixa condicional liberativa, nem faculta
uma porta de evasão para a irresponsabilidade.
De maneira incisiva, apresenta a necessidade
redentora em termos finalistas.
Não abre ensancha a divagações que permitam a transferência,
tampouco enseja ao discípulo a oportunidade de adiar o compromisso.
Hoje é a medida de tempo que se está vivendo.
Nem ontem — hoje passado —, nem amanhã — hoje porvindouro.
Equivale dizer, agora, porquanto, ontem é a oportunidade
que foi e amanhã, talvez, não seja alcançado nas mesmas circunstâncias, com as
características azadas dentro dos recursos próprios para a realização do
cometimento.
Há tempo, em razão disso, para semear como há oportunidade
para colher.
Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para
que produzamos no bem, a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da
luz a contribuição da claridade que esparzimos.
Nesse sentido, o apelo do Mestre determina,
também, o campo de trabalho.
Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo
da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista
da adoração inoperante.
A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos
e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento.
...
Refletir filosofando, perquirir examinando, para
crer ajudando.
“Vem hoje trabalhar na minha Vinha”, ainda é
apelo para nós, dos mais veementes e concisos.
Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente
os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar: o inadiável socorro aos
irmãos desencarnados em aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante
eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tampouco
a imposição do desequilíbrio.
A palavra de ordem, o roteiro de fé e a
compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta
senão ajudar a fim de ajudar-se, eficazmente, porquanto amanhã estará, também,
transitando pelos mesmos caminhos.
João Cléofas / Divaldo Franco / Livro: Depoimentos vivos