O convite do Senhor é claro e vazado em termos
de síntese: “Vem hoje trabalhar na minha Vinha”!
De forma impositiva, a ilustração do Mestre
determina tempo e local de ação.
Não deixa condicional liberativa, nem faculta
uma porta de evasão para a irresponsabilidade.
De maneira incisiva, apresenta a necessidade
redentora em termos finalistas.
Não abre ensancha a divagações que permitam a transferência,
tampouco enseja ao discípulo a oportunidade de adiar o compromisso.
Hoje é a medida de tempo que se está vivendo.
Nem ontem — hoje passado —, nem amanhã — hoje porvindouro.
Equivale dizer, agora, porquanto, ontem é a oportunidade
que foi e amanhã, talvez, não seja alcançado nas mesmas circunstâncias, com as
características azadas dentro dos recursos próprios para a realização do
cometimento.
Há tempo, em razão disso, para semear como há oportunidade
para colher.
Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para
que produzamos no bem, a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da
luz a contribuição da claridade que esparzimos.
Nesse sentido, o apelo do Mestre determina,
também, o campo de trabalho.
Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo
da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista
da adoração inoperante.
A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos
e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento.
...
Refletir filosofando, perquirir examinando, para
crer ajudando.
“Vem hoje trabalhar na minha Vinha”, ainda é
apelo para nós, dos mais veementes e concisos.
Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente
os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar: o inadiável socorro aos
irmãos desencarnados em aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante
eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tampouco
a imposição do desequilíbrio.
A palavra de ordem, o roteiro de fé e a
compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta
senão ajudar a fim de ajudar-se, eficazmente, porquanto amanhã estará, também,
transitando pelos mesmos caminhos.
João Cléofas / Divaldo Franco / Livro: Depoimentos vivos
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