sábado, 30 de setembro de 2023

Mais Luz - Edição 650 - 01/10/2023

 

Confira conosco:

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Lembrando Allan Kardec – Irmão X

Ante o Evangelho: Consolador prometido

Mensagem da Semana: Não te canses – Fonte Viva 124

Poema: Allan Kardec – F. Xavier

Oração: Senhor Jesus – Emmanuel



quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Lembrando Allan Kardec

 


Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado João Huss e falou, generosamente:

— Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e consciências.

A assembleia de orientadores das atividades terrestres estava comovida. E ao passo que o antigo campeão da verdade e do bem se sentia alarmado de santas comoções, Jesus continuava:

— Preparam-se os círculos da vida planetária a grandes transformações nos domínios do pensamento. Imenso número de trabalhadores no mundo, desprezando o sentido evolucionário da vida, crê na revolução e nos seus princípios destruidores, organizando-lhe movimentos homicidas. Em breve, não obstante nossa assistência desvelada, que neutralizará os desastres maiores, a miséria e o morticínio se levantarão no seio de coletividades invigilantes. A tirania campeará na Terra, em nome da liberdade, cabeças rolarão nas praças públicas em nome da paz, como se o direito e a independência fossem frutos da opressão e da morte. Alguns condutores do pensamento, desvairados de personalismo destruidor, convertem a época de transição do orbe em turbilhão revolucionário, envenenando o espírito dos povos. O sacerdócio organizado em bases econômicas não pode impedir a catástrofe. A Filosofia e a Ciência intoxicaram as próprias fontes de ação e conhecimento!… É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da humanidade. O Evangelho do Amor permanece eclipsado no jogo de ambições desmedidas dos homens viciosos!… Vai, meu amigo. Abrirás novos caminhos à sagrada aspiração das almas, descerrando a pesada cortina de sombras que vem absorvendo a mente humana. Na restauração da verdade, no entanto, não esperes os louros do mundo, nem a compreensão de teus contemporâneos.

Meus enviados não nascem na Terra para serem servidos, mas por atenderem às necessidades das criaturas. Não recebem palmas e homenagens, facilidades e vantagens terrestres, contudo, minha paz os fortalece e levanta-os, cada dia. Muitas vezes, não conhecem senão a dificuldade, o obstáculo, o infortúnio, e não encontram outro refúgio além do deserto. É preciso, porém, erigir o santuário da fé e caminhar sem repouso, apesar de perseguições, pedradas, cruzes e lágrimas!…

Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terrestre, o abnegado João Huss recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento.

Daí a algum tempo, no albor do século XIX, nascia Allan Kardec em Lyon, por trazer a divina mensagem.

Espírito devotado, jamais olvidou o compromisso sublime. Não encontrou escolas de preparação espiritual, mas nunca menosprezou o manancial de recursos que trazia em si mesmo. E como se quisera demonstrar que as fontes do profetismo devem manar de todas as regiões da vida para sustentáculo e iluminação do Espírito eterno, embora no quadro dos grandes homens do pensamento, estimou desferir os primeiros voos de sua missão divina na zona comum onde permanece a generalidade das criaturas. Consoante a previsão do Cristo, a Revolução Francesa preparara com sangue o império das guerras napoleônicas.

Enquanto os operários da cultura moderna lançavam novas bases ao edifício do progresso mundial, o grande missionário, sem qualquer preocupação de recompensa ou exibicionismo, dá cumprimento à tarefa sublime. E foi assim que o século XIX, que recebeu a navegação a vapor, a locomotiva, a eletrotipia, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cabo submarino, a anestesia, a turbina a vapor, o fonógrafo, a máquina de escrever, a luz elétrica, o sismógrafo, a linotipo, o radium, o cinematógrafo e o automóvel, tornou-se receptor da Divina Luz da revivescência do Evangelho.

O discípulo dedicado rasgou os horizontes estreitos do ceticismo e o Plano invisível encontrou novo canal a fim de projetar-se no mundo, atenuando-lhe as sombras densas e renovando as bases da fé.

Alguns dos companheiros de luta espiritual, embora em seguida às hostilidades do meio, recebiam aplausos do mundo e proteção de governos prestigiosos, mas o emissário de Jesus, no deserto das grandes cidades, trabalhava em silêncio, suportando calúnias e zombarias, vencendo dificuldades e incompreensões.

Ao fim da laboriosa tarefa, o trabalhador fiel triunfara.

Em breve, a Doutrina Consoladora dos Espíritos iluminava corações e consciências, nos mais diversos pontos do globo.

É que Allan Kardec, se viera dos Círculos mais elevados dos processos educativos do mundo, não esquecera a necessidade de sabedoria espiritual. Discípulo eminente de professores consagrados, como Pestalozzi, não esqueceu a ascendência do Cristo. Trabalhador no serviço da redenção, compreendeu que não viera à Terra por atender a caprichos individuais e sim aos poderes superiores da vida.

 Sua exemplificação é um programa e um símbolo. Conquistando a auréola dos missionários vitoriosos, não se incorporou à galeria dos grandes do mundo, por que apenas indicasse o caminho salvador à humanidade terrestre.

Allan Kardec não somente pregou a doutrina consoladora; viveu-a. Não foi um simples codificador de princípios, mas um fiel servidor de Jesus e dos homens.

  

Irmão X (Humberto de Campos) / Chico Xavier – Livro: Doutrina-escola



Jornada com Raul Teixeira


 

COEZMUC 2024

 


Vencer na vida é viver: Um alerta aos pais


A Área da Infância e da Juventude do C. E. Joseph Gleber, 
convida aos "cuidadores de Vidas", para juntos refletirmos acerca de temática de tão expressiva importância.

Lembrando que, a semente, em germinando sem preparo do meio, é quase sempre sufocada pela resistência da crosta planetária ou exterminada por vermes cruéis, inevitáveis na leira que o zelo não visita.

Quem ama, cuida!

Aguardamos-te.

C. E. JOSEPH GLEBER
Rua Coronel Ramos, 55
Fátima
Teófilo Otoni MG


 

Senhor Jesus

 


Senhor Jesus,

Reunidos na Casa de Ismael rogamos para que nos abençoes os propósitos de servir ante os problemas da atualidade terrestre.

Deixa-nos saber que estamos todos interligados em teu coração compassivo e sábio para que não venhamos a desertar da fraternidade que nos reúne!

Orienta-nos o raciocínio de modo a verificarmos que as nossas necessidades e aspirações se irmanam no mesmo campo de experiência, a fim de que o respeito recíproco nos presida atividades e relações.

Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos cria pelo sistema de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual enxerga a vida e os processos da evolução de maneira diferente. Ainda assim, induze-nos a registrar que, embora as nossas disparidades de interpretação diante dos fenômenos que nos cercam, todos podemos e devemos ser cada vez mais irmãos uns dos outros nas áreas de vivência e solidariedade, ação e tolerância.

Ajuda-nos a entender que a ciência pode governar a matéria no plano físico e eliminar as distâncias no espaço cósmico, entretanto faze-nos reconhecer que nós outros, os obreiros da fé viva, fomos chamados para reacender a luz de teus ensinamentos nos corações, objetivando a edificação espiritual do futuro, a começar de nós mesmos. Para isso, Senhor, para que o título de servidores nos honorifique as tarefas, ampara-nos o desejo de trabalhar aprendendo e de servir elevando sempre! E auxiliando-nos a desterrar qualquer fórmula de violência de nossas resoluções e atitudes, ensina-nos que somente o amor, em nossas realizações de cultura e de inteligência, pode construir em nós e por nós o teu reino de sabedoria e felicidade, no qual estaremos incessantemente contigo, tanto quanto já estás conosco, hoje e para sempre.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Cartas do Alto




Não te canses

 

“Não nos desanimemos de fazer o bem, pois, a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” — Paulo. (Gálatas, 6:9)

 

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.

A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o voo feliz.

O ferro, colocado na bigorna, rubro*, espantou-se e sofreu, inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera.

A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio.

Não te canses de fazer o bem.

Quem hoje te não compreende a boa vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.

Jamais te desesperes, e auxilia sempre.

A perseverança é a base da vitória.

Não olvides que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 124

* [No original: “O ferro, colocado na bigorna rubra,”]



Allan Kardec

 

Kardec, foste aqui o grande iluminado

E do amor de Jesus o excelso mensageiro,

Da verdade e da luz o fúlgido luzeiro,

Da cruzada do bem o mestre abnegado!

 

Em grandiosa missão, tu deste ao caminheiro

Do terreno viver tristonho e desolado

Um clarão todo em flor — archote alcandorado —

Norteando-lhe ao bem, supremo e verdadeiro!

 

A tua alma sublime, iluminada e pura,

Espargiu neste mundo os raios da ventura

Entre nós, afinal, os rudes fariseus.

 

Mestre amado da Luz, tu foste, na existência,

O luzente fanal do amor e da ciência

Na marcha ascensional das almas para Deus!

 

F. Xavier

Livro: Chico Xavier, a aurora de uma vida entre o Céu e a Terra






sábado, 23 de setembro de 2023

Mais Luz - Edição 649 - 24/09/2023

 

Reflita conosco nesta edição que fecha o mês dedicado à campanha contra o suicídio:

https://mailchi.mp/8d01bff6787a/doao-esquecida

 

Doação esquecida – Valérium

Ante o Evangelho: Bem e mal sofrer

Mensagem da Semana: Viver em paz – Fonte Viva, 123

Poema: Sonho inútil – Hermes Fontes

Oração: Ante os outros – Meimei




quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Viver em paz

 “… Vivei em paz…” — Paulo. (2 Coríntios, 13:11)

 

Mantém-te em paz.

É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém.

Para isso, contudo, — para que a tranquilidade te banhe o pensamento, — é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.

Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito.

Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho…

Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços… Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas.

Uns acusam, outros choram.

Ajuda-os, enquanto podes.

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.

Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.

Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 123