sábado, 14 de outubro de 2023

O Mestre e o apóstolo

 


O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. I — Item 7.

 

Luminosa, a coerência entre o Cristo e o Apóstolo que lhe restaurou a palavra.

 

Jesus, o Mestre.

Kardec, o Professor.

 

Jesus refere-se a Deus, junto da fé sem obras.

Kardec fala de Deus, rente às obras sem fé.

 

Jesus é combatido, desde a primeira hora do Evangelho, pelos que se acomodam na sombra.

Kardec é impugnado desde o primeiro dia do Espiritismo, pelos que fogem da luz.

 

Jesus caminha sem convenções.

Kardec age sem preconceitos.

 

Jesus exige coragem de atitudes.

Kardec reclama independência mental.

 

Jesus convida ao amor.

Kardec impele à caridade.

 

Jesus consola a multidão.

Kardec esclarece o povo.

 

Jesus acorda o sentimento.

Kardec desperta a razão.

 

Jesus constrói.

Kardec consolida.

 

Jesus revela.

Kardec descortina.

 

Jesus propõe.

Kardec expõe.

 

Jesus lança as bases do Cristianismo, entre fenômenos mediúnicos.

Kardec recebe os princípios da Doutrina Espírita, através da mediunidade.

 

Jesus afirma que é preciso nascer de novo.

Kardec explica a reencarnação.

 

Jesus reporta-se a outras moradas.

Kardec menciona outros mundos.

 

Jesus espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pela próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito.

Kardec esculpe na consciência as leis do Universo.

 

Em suma, diante do acesso aos mais altos valores da vida, Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina.

 

Jesus, a porta.

Kardec, a chave.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Opinião espírita



sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Missionário

                                                                                        Lembrando Allan Kardec


Pés sangrando no trilho solitário,

Dilacerado, exânime, proscrito,

— Ave do sonho em montes de granito

Assim passa no mundo o Missionário.

 

Incompreendido e estranho visionário,

Contendo, a custo, o peito exausto e aflito,

Vai carregando as glórias do Infinito,

Entre as chagas e as sombras do Calvário.

 

Longas jornadas, ásperos caminhos,

No campo de grilhões, trevas e espinhos,

Onde semeia o trigo da Verdade!…

 

  Virão, porém, os dias da colheita

E os celeiros da luz pura e perfeita

No Divino País da Eternidade.

 

Cruz e Souza / Chico Xavier

Livro: Coletânea do Além


Ajudemos sempre

 

“E quem é o meu próximo?” — (Lucas, 10:29)

 

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente…

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.

Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.

Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.

Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.

Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.

Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.

Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.

No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.

Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.

Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 126



sábado, 7 de outubro de 2023

Mais Luz - Edição 651 - 08/10/2023

 

Venha ler e refletir conosco:

https://mailchi.mp/c070201b599e/aos-espritas

 

Auto de fé em Barcelona. Apreensão dos livros

Ante o Evangelho: Escândalos

Mensagem da Semana: Ricamente – Fonte Viva 125

Poema: Aos espíritas – Casimiro Cunha

Oração por auxílio – Emmanuel



sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Jornada com Raul Teixeira - Teófilo Otoni

 


A comunidade espírita de Teófilo Otoni recebeu, com muito carinho, no dia 05/10/2023, os companheiros José Raul Teixeira e Rosiane Guimarães, para importantes e marcantes reflexões.



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Auto de fé em Barcelona. Apreensão dos livros.

 


21 de setembro de 1861. — (Em minha casa; médium: Sr. d’A…)

 

A pedido do Sr. Lachâtre, então residente em Barcelona, eu lhe enviara certa quantidade de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, das coleções da Revista Espírita, além de diversas obras e brochuras espíritas perfazendo um total de cerca de 300 volumes. A expedição da encomenda fora regularmente feita pelo seu correspondente em Paris, num caixão que continha outras mercadorias e sem a menor infração da legalidade. À chegada dos livros, fizeram que o destinatário pagasse os direitos de entrada, mas, antes de os entregarem, houve que ser entregue uma relação das obras ao bispo, pois, naquele país, a polícia de livraria competia à autoridade eclesiástica. O bispo se achava então em Madri. Ao regressar, tomando conhecimento da relação dos livros, ordenou que eles fossem apreendidos e queimados em praça pública pela mão do carrasco. A execução da sentença foi marcada para 9 de outubro de 1861.

Se se houvesse tentado introduzir aquelas obras como contrabando, a autoridade espanhola teria o direito de dispor delas à sua vontade; mas, desde que absolutamente não havia fraude, nem surpresa, como o provava o pagamento espontâneo dos direitos, fora de rigorosa justiça que se ordenasse a reexportação dos volumes, uma vez que não convinha se lhes admitisse a entrada. Ficaram, porém, sem resultado as reclamações apresentadas por intermédio do Cônsul francês em Barcelona. O Sr. Lachâtre me perguntou se valeria a pena recorrer à autoridade superior. Opinei por que se deixasse consumar o ato arbitrário; entendi, porém, acertado ouvir a opinião do meu guia espiritual.

 

Pergunta. (à Verdade) — Não ignoras, sem dúvida, o que acaba de passar-se em Barcelona, com algumas obras espíritas. Quererás ter a bondade de dizer-me se convirá prosseguir na reclamação para restituição delas?

Resposta. — Por direito, podes reclamá-las e conseguirias que te fossem restituídas, se te dirigisses ao Ministro de Estrangeiros da França. Mas, ao meu parecer, desse auto de fé resultará maior bem do que o que adviria da leitura de alguns volumes. A perda material nada é, a par da repercussão que semelhante fato produzirá em favor da Doutrina. Deves compreender quanto uma perseguição tão ridícula, quanto atrasada, poderá fazer a bem do progresso do Espiritismo na Espanha. A queima dos livros determinará uma grande expansão das ideias espíritas e uma procura febricitante das obras dessa doutrina. As ideias se disseminarão lá com maior rapidez e as obras serão procuradas com maior avidez, desde que as tenham queimado. Tudo vai bem.

Obras póstumas — 2ª Parte.

***


"Assistiram ao Auto de Fé: um sacerdote com os hábitos sacerdotais, empunhando a cruz numa mão e uma tocha na outra; um escrivão encarregado de redigir a ata do Auto de Fé; um ajudante do escrivão; um empregado superior da administração das alfândegas; três serventes da alfândega, encarregados de alimentar o fogo; um agente da alfândega representando o proprietário das obras condenadas pelo bispo.”

"Uma multidão incalculável enchia as calçadas e cobria a imensa esplanada onde se erguia a fogueira. Quando o fogo consumiu os trezentos volumes ou brochuras espíritas, o sacerdote e seus ajudantes se retiraram, cobertos pelas vaias e maldições de numerosos assistentes, que gritavam: Abaixo a Inquisição! Em seguida, várias pessoas se aproximaram da fogueira e recolheram as suas cinzas."

Revista Espírita - nov. de 1861: 'Resquícios da Idade Média'

 

***

Na Revista Espírita daquele mesmo mês, Kardec publicou duas comunicações espirituais, dentre tantas, recebidas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; a primeira foi assinada pelo Espírito Dollet, que havia sido um livreiro do século XVI:

 

"O amor da verdade deve sempre fazer-se ouvir: ela rompe o véu e brilha ao mesmo tempo por toda parte. O Espiritismo tornou-se conhecido de todos; logo será julgado e posto em prática. Quanto mais perseguições houver, tanto mais depressa esta sublime doutrina alcançará o apogeu. Seus mais cruéis inimigos, os inimigos do Cristo e do progresso, atuam de maneira que ninguém possa ignorar a permissão de Deus, dada àqueles que deixaram esta Terra de exílio, de voltarem aos que amaram. Ficai certos: as fogueiras apagar-se-ão por si mesmas; e se os livros são lançados ao fogo, o pensamento imortal lhes sobrevive."

Dollet

 

***

“Graças a esse zelo imprudente, todo o mundo na Espanha vai ouvir falar do Espiritismo e quererá saber o que é ele; é tudo quanto desejamos. Podem queimar-se livros, mas não se queimam ideias; as chamas das fogueiras as superexcitam, em vez de abafar. Aliás, as ideias estão no ar, e não há Pireneus bastante altos para as deter. Quando uma ideia é grande e generosa encontra milhares de pulmões prestes a aspirá-la.”

 

Allan Kardec - Revista Espírita, setembro de 1864 - “O novo bispo de Barcelona”

 

***

Referências: Obras póstumas, Revista Espírita nov/1861, cartilha Auto de fé de Barcelona (UEM)


Ricamente

 

“A palavra do Cristo habite em vós, ricamente…” — Paulo. (Colossenses, 3:16)

 

Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação.

Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.

Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando reptos e solicitando reparações.

Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao lamaçal do desencanto.

Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?

Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?

Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à desesperação?

Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?

A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza, ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.

Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 125



quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Aos espíritas

 

Se queres viver à luz

Do Espiritismo cristão,

Guarda o Discípulo Amado

No templo do coração.

 

Ele foi o Mensageiro

Do Espírito da Verdade

Unindo a Ciência e a Fé

Nas lutas da Humanidade.

 

Imita o seu sacrifício

Nas oficinas da Luz,

Praticando o ensinamento

Do Evangelho de Jesus.

 

Suporta a calúnia, o apodo,

O ridículo, o tormento,

Sem fugir à tua fé,

Nos dias do sofrimento.

 

Lembra o Discípulo e o Mestre

Nosso Mestre e Salvador

E farás do teu caminho

Um sacerdócio de Amor.

 

Casimiro Cunha - Chico Xavier

Livro: Mandato de amor



Oração por auxílio

 


Senhor!…

Auxilia-nos para o bem que nos destinas, mas também para extinguir o mal que ainda carregamos.

Auxilia-nos não só a crer, mas também a realizarmos o melhor.

Auxilia-nos a praticar aceitação, mas também a exercermos o discernimento.

Auxilia-nos a usar a paciência, mas também a livrar-nos da inércia.

Auxilia-nos a trabalhar, mas também a servirmos sem reclamação.

Auxilia-nos a estender o amor que nos ensinaste, mas também a cultivar o amor, sem criarmos problemas para ninguém.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro Joia