quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Oração no trabalho

 


Senhor!

Ensina-nos a trabalhar mais, produzindo mais, e a produzir mais, a fim de conquistarmos recursos maiores, para distribuir o auxílio sempre mais amplo de Tua Misericórdia.

E ensina-nos, Senhor, a descansar menos, pedindo menos, e a pedir menos, a fim de pesarmos menos em nossos semelhantes, para exigir menos, de modo a nos sentirmos menos fracos para servir em Tua Bondade.

Senhor!

Tanto quanto nos seja possível receber, concede-nos mais trabalho para sermos mais úteis e que sejamos sempre menos nós, diante de Ti, a fim de que estejas mais em nós, hoje e sempre.

Assim seja.

Bezerra de Menezes / Chico Xavier – Livro: Marcas do caminho


 

Esforça-te

 

Meu irmão, nunca procures,

Com os mensageiros do Além,

Outra coisa que não seja

A luz, a verdade, o bem.


Estudos? Dificuldades?

Problemas sem solução?

É possível que os resolvas

Com a tua própria atenção.


Negócios e compromissos

Da vida material?

A consciência é o roteiro

Da vida de cada qual.


Vai aprender. Vai lutar.

Alegra-te em tua cruz.

Apoiado em força estranha

Ninguém se eleva a Jesus.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Cartas do Evangelho e outros poemas



quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Que tendes?

 

“Quantos pães tendes? E disseram-lhe: — Sete.” — (Marcos, 8:5)

 

Quando Jesus, à frente da multidão faminta, indagou das possibilidades dos discípulos para atendê-la, decerto procurava uma base, a fim de materializar o socorro preciso.

“Quantos pães tendes?”

A pergunta denuncia a necessidade de algum concurso para o serviço da multiplicação.

Conta-nos o evangelista Marcos que os companheiros apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos quais se alimentaram mais de quatro mil pessoas, sobrando apreciável quantidade.

Teria o Mestre conseguido tanto se não pudesse contar com recurso algum?

A imagem compele-nos a meditar quanto ao impositivo de nossa cooperação, para que o Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de vida abundante.

Poderá o Cristo edificar o santuário da felicidade em nós e para nós, se não puder contar com os alicerces da boa vontade em nosso coração?

A usina mais poderosa não prescinde da tomada humilde para iluminar um aposento.

Muitos esperam o milagre da manifestação do Senhor, a fim de que se lhes sacie a fome de paz e reconforto, mas a voz do Mestre, no monte, continua ressoando, inesquecível:

— Que tendes?

Infinita é a Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de nosso “eu”, em nosso favor.

Em qualquer terreno de nossas realizações para a vida mais alta, apresentemos a Jesus algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e estejamos convictos de que o Senhor fará o resto.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 133



sábado, 25 de novembro de 2023

Mais Luz - Edição 658 - 26/11/2023

 

Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/10a0158c52e9/tendo-medo

 

ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

Ante o Evangelho: Missão dos espíritas

Mensagem da Semana: Tendo medo… (Fonte Viva, 132)

Poema: Não temas – Cornélio Bastos

Oração: Agradecemos, Senhor! (Emmanuel)





sexta-feira, 24 de novembro de 2023

ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

 

(...) “Não temais a luta. Ponde-vos de pé! É instante de definição de tarefas. Dificuldades são testes de avaliação já feitos; sofrimentos são aferições de valores em torno do que fizestes e do que sois. A luta é o nosso campo de autoaprimoramento e os esforços são o nosso clima aplicado no progresso da Humanidade. Ontem éramos informados, mas não conhecíamos a Verdade. Hoje sabemos, porque intercambiamos convosco, como mantendes conosco o intercurso espiritual. Convocados para auxiliar os Construtores do Orbe, neste processo de transição, não há outra alternativa. Segui adiante, conscientes das vossas responsabilidades com Cristo e Kardec, no cérebro e no coração, edificando pelas vossas mãos a Humanidade melhor, num mundo mais feliz por que todos anelamos. Estudemos o Espiritismo e melhor viveremos o Cristianismo. Penetremo-nos do conhecimento kardequiano para melhor sentirmos a Palavra Viva de Jesus. Cristo e Kardec estão erguendo o homem do caos em que jaz para os píncaros da imortalidade. Saudamos neste esforço, quando a Federação Espírita Brasileira se prepara para celebrar o seu primeiro Centenário de tarefas com o Cristo e com Kardec, saudamos, repetimos, esta Era Nova que se inicia com o programa de estudo sistematizado da Doutrina, voltado ao nobre esforço de iluminar o homem dos séculos do futuro. Que o Senhor vos abençoe e nos ampare a todos, é o que deseja o companheiro de sempre e servidor humílimo, Bezerra."

 

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, na Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, no dia 27 de novembro de 1983, em Brasília, DF, no lançamento da Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita).

Fonte: Revista Reformador, da FEB, de janeiro de 1984

 

O Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) surgiu como ferramenta didática de estudo do Espiritismo, oferecendo oportunidade de ampliação do conhecimento da base fundamental da Doutrina nos aspectos científico, filosófico e religioso.

Lançado em 1983, em Brasília, na reunião anual do Conselho Federativo Nacional (CFN), o ESDE busca atender às expectativas do Movimento Espírita quanto à ampliação dos estudos de forma sistematizada nas casas espíritas. Atende também ao objetivo do próprio Espiritismo, que é a transformação moral dos indivíduos a partir da fé raciocinada.

O ESDE é, portanto, um programa de estudo metódico, contínuo e sério da Doutrina Espírita, a ser realizado em grupo privativo, fundamentado nas cinco obras básicas de Allan Kardec – O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Sua ação é complementar a outras realizadas pela instituição espírita, como o estudo das obras básicas e da mediunidade, o Estudo Aprofundado do Espiritismo, a Infância e Juventude, o atendimento fraterno, as ações de assistência e promoção social, constituindo-se em instrumento de preparação de trabalhadores para todas as áreas da casa.

O seu conteúdo doutrinário está distribuído em dois programas, assim especificado:

  • Programa Fundamental: subdividido em dois tomos, cada um contendo nove módulos de estudo
  • Programa Complementar: Constituído de um único tomo, também com nove módulos de estudo.


Fonte: SEBEM (Sociedade Espírita Bezerra de Menezes)

https://sebem.org/esde-estudo-sistematizado-da-doutrina-espirita/

 

Conheça os programas e caso queira faça o download aqui:

https://www.febnet.org.br/portal/2021/02/05/conteudo-programatico/





quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Agradecemos, Senhor!

 


Senhor!

Ensina-nos a gratidão pelos bens que recebemos constantemente de tua Infinita Bondade, sem desconsiderar os supostos males com que a tua justiça misericordiosa nos amplia o patrimônio de bens.

Agradecemos a presença dos amigos que nos acrescentam os recursos capazes de nos garantirem o reconforto próprio e agradecemos também o concurso dos irmãos que nos ofertam ensejo de despendê-los, tanto quanto possível, pelos canais do trabalho ou ante a luz da beneficência; os que nos amparam a vida e aqueles outros que nos rogam apoio, exercitando-nos na assistência com que fomos chamados a aprender o amor a que nos destinamos; os benfeitores que nos administram aulas de educação e os que se nos fazem examinadores do grau de paciência ou de tolerância em que estagiamos presentemente; a bênção dos amigos que nos consolam e a escora dos adversários, cujo policiamento nos disciplina; os companheiros que nos incentivam a caminhar para a frente e os outros que nos socorrem, através da crítica construtiva.

Agradecemos, Senhor, a luz e a sombra, quando a sombra nos auxilia a buscar mais luz; a harmonia que nos pacifica as estradas do dia a dia e a tormenta de incompreensão, quando a incompreensão nos fortalece para descobrir a concórdia em que se reúnam os esforços de todos para a felicidade comum.

Diante da luta, induze-nos a entender que somente na luta encontramos os ingredientes precisos para a vitória em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja, faze-nos reconhecer que somente aprendendo e reaprendendo é que conseguiremos fixar a lição.

Senhor, não nos deixes entregues ao suposto bem que se transforma em mal e não nos permitas menosprezar o suposto mal que nos conduz ao bem.

 E, sejam quais forem as provas a que sejamos chamados, auxilia-nos a saber — mas a saber com certeza indestrutível — que o teu amor reina sobre nós e que acima de todas as tribulações e dificuldades, obstáculos e lágrimas, estamos todos reunidos em teu coração e incessantemente sustentados por teus braços eternos.

Assim seja.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Irmão

 



quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Não temas

 

Somente com Jesus a alma cansada

Volve à praia do amor no mar da vida,

O viajor errante encontra a estrada,

Que o reconduz à terra estremecida.

 

A esperança, adiada e emurchecida

Refloresce ao clarão de outra alvorada;

Todo o trabalho e dor da humana lida

São luzes da vitória desejada.

 

Sem Jesus, cresce a treva entre os escombros;

Ama a cruz que te pesa sobre os ombros,

Vence o deserto áspero e inclemente.

 

A aflição inda é grande em cada dia?

Não desprezes a Doce Companhia,

Vai com Jesus! Não temas! Crê somente!

 

Cornélio Bastos / Chico Xavier

Livro: Parnaso de Além-Túmulo



 

Tendo medo…

 

“E, tendo medo, escondi na terra o teu talento…” — (Mateus, 25:25)

 

Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.

Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.

Medo de trabalhar.

Medo de servir.

Medo de fazer amigos.

Medo de desapontar.

Medo de sofrer.

Medo da incompreensão.

Medo da alegria.

Medo da dor.

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.

Na vida, agarram-se ao medo da morte.

Na morte, confessam o medo da vida.

E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 132




sábado, 18 de novembro de 2023

Mais Luz - Edição 657 - 19/11/2023


Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/9ed8fa8d0239/amlie-gabrielle-boudet


Amélie-Gabrielle Boudet – Biografia

Ante o Evangelho: Missão do homem inteligente na Terra

Mensagem da Semana: No campo social – Fonte Viva 131

Poema: Mensageiros do bem – Leôncio Correa

Oração do Caminho – Emmanuel




Amélie-Gabrielle Boudet

 


Amélie-Gabrielle Boudet (futura Sra. Kardec) nasceu em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês – o Sena, em 23 de novembro de 1795. Filha única de Julien-Louis Boudet, proprietário e antigo tabelião, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, era conhecida na intimidade familiar pelo diminutivo Gaby.

Aliando desde cedo grande vivacidade e forte interesse pelos estudos, não foi um problema para os pais, que, a par de fina educação moral, lhe proporcionaram apurados dotes intelectuais. Após cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada em professora de 1ª classe.

De acordo com o Dr. Canuto de Abreu, a senhorinha Amélie foi, também, professora de Letras e Belas Artes, trazendo de encarnações passadas a tendência inata, por assim dizer, para a poesia e o desenho. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras: Contos Primaveris (1825); Noções de Desenho (1826), e O Essencial em Belas Artes (1828).

Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o Destino que a Srta. Amélie deparasse com o Professor Hippolyte Denizard Rivail.

De estatura baixa, mas bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando inteligência admirável, Amélie Boudet, aliando ainda a todos esses predicados um sorriso terno e bondoso, logo se fez notar pelo circunspecto Prof. Rivail, em quem reconheceu, de imediato, um homem verdadeiramente superior, culto, polido e reto.

Casaram-se, então, no dia 6 de fevereiro de 1832. Amélie tinha nove anos mais que o Prof. Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e espiritual, que a olhos vistos aparentava a mesma idade do marido. Jamais essa diferença constituiu entrave à felicidade de ambos.

Após concluir seus estudos com Pestalozzi, o Prof. Rivail fundara em Paris um Instituto Técnico, com orientação baseada nos métodos pestalozzianos. Madame Rivail associou-se ao esposo na difícil tarefa educacional que ele vinha desempenhando no referido Instituto há mais de cinco anos.

Em 1835, o casal sofreu doloroso revés. O Instituto foi obrigado a cerrar suas portas e a entrar em liquidação. Possuindo, porém, esposa altamente compreensiva, resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses tormentosos acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores trabalhos. Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos gratuitos que haviam organizado na própria residência, e que funcionaram de 1835 a 1840.

À noite, novamente juntos, não se davam a descanso justo e merecido, mas improdutivo. Além de escrever novas obras de ensino, que, aliás, tiveram grande aceitação, o Prof. Rivail realizava traduções de obras clássicas, preparava para os cursos de Lévi-Alvarès, frequentados por toda a juventude parisiense do bairro de São Germano, e se dedicava, ainda, em dias certos da semana, juntamente com sua esposa, a lecionar as matérias estatuídas para cursos gratuitos a crianças e jovens.

Amélie Boudet era dessas mulheres boas, nobres e puras, e que, despojadas das vaidades mundanas, descobrem no matrimônio missões nobilitantes a serem desempenhadas. Nos cursos públicos de Matemáticas e Astronomia que o Prof. Rivail semanalmente lecionou, de 1843 a 1848, e aos quais assistiram não só alunos, mas também professores, no “Liceu Polimático” que fundou e dirigiu até 1850, não faltou em tempo algum o auxílio eficiente e constante de sua dedicada consorte.

Todas essas realizações e outras mais, a bem do povo, se originaram das palestras costumeiras entre os dois cônjuges, mas, como salientou a Condessa de Ségur, deve-se principalmente à mulher, as inspirações que os homens concretizam. No que toca à Madame Rivail, além de conselheira, ela foi a inspiradora de vários projetos que o marido pôs em execução. Aliás, é o que confirma o Sr. P.J. Leymarie (que com ambos estivera) ao declarar que Kardec tinha em grande consideração as opiniões de sua esposa. (...)

 

Fonte: https://www.uemmg.org.br/biografias/amelie-gabrielle-boudet