Senhor!
Ensina-nos a
gratidão pelos bens que recebemos constantemente de tua Infinita Bondade, sem
desconsiderar os supostos males com que a tua justiça misericordiosa nos amplia
o patrimônio de bens.
Agradecemos a
presença dos amigos que nos acrescentam os recursos capazes de nos garantirem o
reconforto próprio e agradecemos também o concurso dos irmãos que nos ofertam
ensejo de despendê-los, tanto quanto possível, pelos canais do trabalho ou ante
a luz da beneficência; os que nos amparam a vida e aqueles outros que nos rogam
apoio, exercitando-nos na assistência com que fomos chamados a aprender o amor
a que nos destinamos; os benfeitores que nos administram aulas de educação e os
que se nos fazem examinadores do grau de paciência ou de tolerância em que
estagiamos presentemente; a bênção dos amigos que nos consolam e a escora dos
adversários, cujo policiamento nos disciplina; os companheiros que nos
incentivam a caminhar para a frente e os outros que nos socorrem, através da
crítica construtiva.
Agradecemos,
Senhor, a luz e a sombra, quando a sombra nos auxilia a buscar mais luz; a
harmonia que nos pacifica as estradas do dia a dia e a tormenta de
incompreensão, quando a incompreensão nos fortalece para descobrir a concórdia
em que se reúnam os esforços de todos para a felicidade comum.
Diante da
luta, induze-nos a entender que somente na luta encontramos os ingredientes
precisos para a vitória em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja,
faze-nos reconhecer que somente aprendendo e reaprendendo é que conseguiremos
fixar a lição.
Senhor, não
nos deixes entregues ao suposto bem que se transforma em mal e não nos permitas
menosprezar o suposto mal que nos conduz ao bem.
Assim seja.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Irmão
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