quinta-feira, 20 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
O instante divino
Não deixes passar,
despercebido, o teu divino instante de ajudar.
Surge, várias vezes
nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.
Repara, vigilante.
Aqui, é o amigo que
espera por uma frase de consolo.
Ali, é alguém que
te roga insignificante favor.
Além, é um
companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de
solidariedade.
Acolá, é um coração
dorido que te pede algumas páginas de esperança.
Mais além, é um
velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.
Agora, é um livro
edificante que podes emprestar ao irmão de luta.
Depois, é o auxílio
eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.
Não te faças
desatento.
Não longe de tua
mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante.
E, enquanto te
cobres, feliz, há quem padeça de frio e nudez, em aflitiva expectação.
As horas voam.
Não te detenhas.
Num simples
momento, é possível fazer muito.
Ao teu lado, a
multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por
tua compreensão...
Vale-te, pois, do instante que foge
e semeia bênçãos para que o mundo se empobreça de miséria e, em se fazendo
hoje mais rico de amor, possa fazer-te, amanhã, mais rico de luz.
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José Ricardo / Chico
Xavier – Livro: Relicário de Luz
Estejamos certos
“Porei minhas leis em seus
corações e as escreverei em seus entendimentos.” Paulo (Hebreus, 10:16)
As instituições
humanas vivem cheias de códigos e escrituras.
Os templos
permanecem repletos de pregações. Os núcleos de natureza religiosa alinham
inúmeros compêndios doutrinários.
O Evangelho,
entretanto, não oculta os propósitos do Senhor.
Toda a
movimentação de páginas rasgáveis, portadoras de vocabulário restrito,
representa fase de preparo espiritual, porque o objetivo de Jesus é inscrever
os seus ensinamentos em nossos corações e inteligências.
Poderemos aderir
de modo intelectual aos mais variados programas religiosos, navegarmos a
pleno mar da filosofia e da cultura meramente verbalistas, com certo proveito
à nossa posição individual, diante do próximo; mas, diante do Senhor, o
problema fundamental de nosso espírito é a transformação para o bem, com a
elevação de todos os nossos sentimentos e pensamentos.
O Mestre
escreverá nas páginas vivas de nossa alma os seus estatutos divinos.
Tenhamos disso a
certeza. E não estejamos menos convencidos de que, às vezes, por acréscimo de
misericórdia, nos conferirá os precisos recursos para que lavemos nosso livro
íntimo com a água das lágrimas, eliminando os resíduos desse trabalho com o
fogo purificador do sofrimento.
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Livro Vinha de Luz –
Emmanuel por Chico Xavier – Lição 81
Hábito
O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante
indução à rotina.
Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas
entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da
correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.
Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos
alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas
necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer
uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base
de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a
nós mesmos.
Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para
além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e,
com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade
e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na
maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que
desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair,
sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.
Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio
da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para
desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com
que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe
avançar.
Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por
ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos
que lhe enobrecem a vida.
A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos
desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de
existência.
É por esse motivo que vemos no Cristo - divino marco da renovação humana
- todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de
qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há
numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do
perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.
No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção
das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os
justos que sabem sofrer.
Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece
o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade
e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado
de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a
redenção do caminho humano.
Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe
a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios
que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente
adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educarmos e com o
dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia,
colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de
nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos
nutrindo o verdadeiro bem.
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Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Pensamento e
Vida
sexta-feira, 7 de junho de 2019
No lar
Não
olvides que teu filho, sendo a materialização de teu sonho, é também tua obra
na Terra.
Às
vezes é um lírio que plantaste no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um
fragmento de mármore que deixaste à distância.
Flor
que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir.
Recebe-o,
pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.
Não
lhe abandones o espírito à liberdade absoluta, para que se não perca ao longo
da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista,
para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o
infinito bem.
Ajuda-o,
acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente,
em ímpeto ascensional para a luz.
Livra-o
das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão
da erva sufocante.
Ser
pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Receber
um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito.
Não
desertes, assim, da abnegação em que deves empenhar todas as forças peculiares
à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça
legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação.
O
lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre
as quatro paredes que lhe constituem a expressão no espaço, recebemos todos os
serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.
Exercitemos,
desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar,
à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos
parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da
eternidade a mais alta e a mais sublime equação.
Emmanuel
/ Chico Xavier – Livro: Luz no Lar
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Como sofres?
“Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a
Deus nesta parte”. Pedro (I Pedro, 4:16)
Não basta
sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual.
Indispensável
é saber sofrer, extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração
sequioso de paz.
Muita gente
padece, mas quantas criaturas se complicam, angustiadamente, por não saberem
aproveitar as provas retificadoras e santificantes?
Vemos os que
recebem a calúnia, transmitindo-a aos vizinhos; os que são atormentados por
acusações, arrastando companheiros às perturbações que os assaltam; e os que
pretendem eliminar enfermidades reparadoras, com a desesperação.
Quantos
corações se transformam em poços envenenados de ódio e amargura, porque
pequenos sofrimentos lhes invadiram o círculo pessoal? Não são poucos os que
batem à porta da desilusão, da descrença, da desconfiança ou da revolta
injustificáveis, em razão de alguns caprichos desatendidos.
Seria útil
sofrer com a volúpia de estender o sofrimento aos outros? Não será agravar a
dívida o ato de agressão ao credor, somente porque resolveu ele chamar-nos a
contas?
Raros homens
aprendem a encontrar o proveito das tribulações. A maioria menospreza a
oportunidade de edificação e, sobretudo, agrava os próprios débitos, confundindo
o próximo e precipitando companheiros em zonas perturbadas do caminho
evolutivo.
Todas as
criaturas sofrem no cadinho das experiências necessárias, mas bem poucos
espíritos sabem padecer como cristãos, glorificando a Deus.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 80
Espiritismo no lar
“Deus permite que, nas
famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos,
com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso”.
ESE- Capítulo 4º - Item 18.
Todos sabemos valorizar o benefício de um copo d’água fria ou
de uma ampola de injetável tranquilizante, ofertados num momento de grande
aflição.
Reconhecemos a bênção do alfabeto que nos descortina as
belezas do conhecimento universal e bendizemos quem no-lo imprimiu nos
recessos da mente.
Mantemos no carinho do espírito aqueles que nos ajudaram nos
primeiros dias da reencarnação, oferecendo-nos amparo e amamentação.
Somos reconhecidos àqueles que nos nortearam em cada hora de
dúvida e não esquecemos o coração que nos agasalhou nos instantes difíceis do
caminho renovador...
Muitos, há, no entanto, que desdenham e esquecem todos os
benefícios que recebem durante a vida...
Há um inestimável benefício que te enriquece a existência na
Terra: o conhecimento espírita.
Esse é guia dos teus passos, luz nas tuas sombras e pão na
mesa das tuas necessidades.
Poucas vezes, porém, pensaste nisso.
Recebeste com o Espiritismo a clara manhã da alegria, quando
carregavas noite nos painéis mentais e segues confiante, de passo firme, com
ele a conduzir-te qual mãe desvelada e fiel.
Se o amas, não o detenhas apenas em ti.
Faze mais. Não somente em propaganda “por fora”, mas
principalmente dentro do teu lar.
No lar se caldeiam os espíritos em luta diária nas tarefas de
reajustamento e sublimação.
Na família os choques da renovação espiritual criam lampejos
de ódios e dissenção, que podes converter em clarões-convites à paz.
Não percas a oportunidade de semear dentro de casa.
Apresenta a tua fé aos teus familiares mesmo que eles não
queiram escutar.
Utiliza o tempo, a Psicologia da bondade e do otimismo e
esparze as luminescências da palavra espírita no reduto doméstico.
Se te recusarem ensejo, apresenta-o, agindo.
Se te repudiarem conduze-o, desculpando.
Se te ferirem espalha-o amando.
Pelo menos, uma vez por semana, reúne a tua família e
felicita-a com o Espiritismo, criando assim, e mantendo, o culto evangélico,
para que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em tua
casa...
Ali, na oportunidade, ouvidos desencarnados se imantarão aos
ouvidos dos teus e escutarão; olhos atentos verão pelos olhos da tua família
e se nublarão de pranto; mentes se ligarão às outras mentes e entenderão.
Sim, ouvidos, olhos e mentes dos desencarnados que habitam a tua residência
se acercarão da mesa de comunhão com o Senhor, recebendo o pão nutriente para
os espíritos perturbados através do combustível espírita que não é somente manancial
para os homens da Terra, mas igualmente para os que atravessaram os portais
do além-túmulo em doloroso estado de sofrimento e ignorância.
Agradece ao Espiritismo a felicidade que possuís, acendendo-o
como chama inapagável no teu lar, para clarear os teus familiares por todos
os dias.
O pão mantém o corpo.
O agasalho guarda o corpo.
O medicamento recupera o corpo.
O dinheiro acompanha o corpo.
Seja o Espiritismo em ti o corpo do teu espírito emboscado no
teu corpo, a caminhar pelo tempo sem fim para a imortalidade gloriosa.
E se desejares felicidade na Terra, incorpora-O ao teu lar,
criando um clima de felicidade geral.
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Joanna de Ângelis / Divaldo
Franco-Livro: SOS Família
domingo, 2 de junho de 2019
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