Não
olvides que teu filho, sendo a materialização de teu sonho, é também tua obra
na Terra.
Às
vezes é um lírio que plantaste no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um
fragmento de mármore que deixaste à distância.
Flor
que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir.
Recebe-o,
pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.
Não
lhe abandones o espírito à liberdade absoluta, para que se não perca ao longo
da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista,
para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o
infinito bem.
Ajuda-o,
acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente,
em ímpeto ascensional para a luz.
Livra-o
das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão
da erva sufocante.
Ser
pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Receber
um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito.
Não
desertes, assim, da abnegação em que deves empenhar todas as forças peculiares
à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça
legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação.
O
lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre
as quatro paredes que lhe constituem a expressão no espaço, recebemos todos os
serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.
Exercitemos,
desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar,
à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos
parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da
eternidade a mais alta e a mais sublime equação.
Emmanuel
/ Chico Xavier – Livro: Luz no Lar
Texto lindo...
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