sábado, 24 de agosto de 2019

Tim e Vanessa lançam novo CD: ‘Cântaro’




“Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo: ‘Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo?’” - (João 4, 28:29)

Os irmãos Tim e Vanessa presenteiam o público com mais um belo trabalho: Cântaro. O álbum foi lançado essa semana, em parceria com a União Espírita Mineira (UEM) e o COFEMG (Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais), e reúne sete canções inéditas e regravações de outras já consagradas pelo público.

Fruto de uma apresentação musical realizada no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte/MG, em setembro de 2016, Cântaro é uma coletânea com 16 músicas selecionadas para proporcionar uma sensação de encontro íntimo com Jesus e com a verdade de Seu Evangelho.

O CD Cântaro pode ser adquirido no site Tim e Vanessa - CLIQUE AQUI - ou na Livraria Espírita Mineira (rua dos Guaranis, 313, Centro de BH). Também está disponível para assinantes de plataformas musicais digitais, como Spotify, Deezer, SoundCloud, etc.

Cântaro era um vaso de barro usado na época do Cristo para armazenar e servir água. De acordo com o músico Tim Santos, o novo álbum teve esse nome propositalmente escolhido.

“Nossa inspiração veio da passagem de Jesus com a mulher samaritana no poço de Jacó. A ideia foi usar o cântaro como símbolo, objeto que serve e mata a sede - no caso, a nossa sede da luz do Evangelho. É uma alegria imensa conseguirmos disponibilizar aos irmãos esse trabalho, pelo qual agradecemos muito a Deus”, disse Tim.

Vanessa Santos também fez coro às palavras do irmão: “Essa passagem é muito significativa, envolve uma atmosfera mística e nos convida a refletir sobre a missão de Jesus na Terra. Nossas canções buscam convidar o público a ter a mesma sensação de saciedade que teve a mulher da Samaria ao ver o Mestre”.

O CD traz gravações inéditas das canções:  Aprendiz, O Apóstolo da Samaria, Bilha, Cântaro, Espelho Meu, Nosso Natal e Re-vida. Também compõe o álbum regravações de:  A Casa-lar, A Prece, Ave, Caim e Abel, Caminhando Juntos, Concepção Astral, Luzes da Luz, Pedro  e Vaso Escolhido.

Fonte: uemmg.org.br

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

30ª Semana Espírita de Teófilo Otoni/MG


A Aliança Municipal Espírita de Teófilo Otoni irá realizar sua 30ª Semana Espírita, entre os dias 17 e 21 de setembro de 2019, a partir das 20h, na sede social do Automóvel Clube.

Com o tema "Cristianismo e Espiritismo", o evento irá abordar, em suas palestras diárias, temáticas extraídas do Evangelho de Jesus, e explanadas sob a luz da Doutrina Espírita.

Em sua 30ª Edição, a Semana Espírita de Teófilo Otoni trará, em seu ponto alto, Palestra Lítero-Musical, com o tema "O Sermão do Monte", espetáculo montado por grupo de artistas espíritas da cidade especialmente para a ocasião.

Semaninha Espírita

Mantendo a tradição dos anos anteriores, será realizada a 3ª Edição da Semaninha Espírita na Fraternidade Espírita Joaquim Portugal, de terça a sexta, com culminância sábado no Automóvel Clube.

Realizado pela Área de Infância e Juventude da AME, o evento busca desenvolver a temática de cada dia em atividades evangelizadoras com as crianças ao longo da Semana Espírita.

Mais informações e a programação completa na página do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/455985318318165/ 

Comunicação Social Espírita
12º Conselho Regional Espírita
Teófilo Otoni

160 anos - O que é o Espiritismo






































O livro O que é o Espiritismo (em francês: Qu'est-ce que le Spiritisme) completa 160 anos em 2019. Editada em 1859, em Paris, França, por Allan Kardec, a obra é um complemento ao pentateuco espírita que visa apresentar a Doutrina de forma didática e objetiva.

É dividida em três capítulos. O primeiro traz diálogos de Kardec com um crítico, um cético e um padre, na forma de respostas aos que desconhecem os princípios básicos doutrinários e de refutações aos seus contraditores.

O segundo expõe partes da ciência prática e experimental, fornecendo maiores subsídios aos iniciantes do Espiritismo e constituindo-se um resumo de O Livro dos Médiuns.

Já o terceiro capítulo apresenta um resumo de O Livro dos Espíritos, apontando soluções para problemáticas de ordem psicológica, moral e filosófica – amplamente levantadas no dia a dia.

Além disso, O que é o Espiritismo também traz uma biografia de Allan Kardec redigida pelo biógrafo e escritor Henri Sausse. Nela é possível o leitor conhecer melhor a vida pessoal, familiar e acadêmica do professor Hippolyte-Léon-Denizard Rivail (verdadeiro nome de Kardec), os desafios econômicos e sociais enfrentados por ele, a codificação e difusão do Espiritismo na Europa e a fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Em seu preâmbulo, a obra já sintetiza a que veio: responder e dar a definição da Doutrina Espírita. “O Espiritismo é uma ciência que trata da Natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”, diz o livro.

           Em 2019, a Federação Espírita Brasileira (FEB) e as Federativas Espíritas estaduais lançam uma campanha comemorativa visando divulgar e incentivar os espíritas - e não espíritas - a conhecer esta importante obra: O que é o Espiritismo.


Fonte: uemmg.org.br

Ação e reação






































"Ação e Reação" é o 9º livro da Microcampanha "A Vida no Mundo Espiritual" por iniciativa da UEM/COFEMG.

Ante a palavra do Cristo


".... As palavras que eu vos disse, são espírito e vida." Jesus (João, 6:63).

Em todos os tempos surgem no mundo grandes Espíritos que manejam a palavra, impressionando multidões; entretanto, falam em âmbito circunscrito, ainda quando se façam ouvidos em vários continentes.
Dante define uma época.
Camões exalta uma raça.
Shakespeare configura as experiências de um povo.
Voltaire exprime determinada transformação social.
A palavra de Jesus, no entanto, transcende lavores artísticos, joias literárias, plataformas políticas, postulados filosóficos, fórmulas estanques. Dirige-se a todas as criaturas da Terra, com absoluta oportunidade, estejam elas nesse ou naquele campo de evolução.
É por isso que a Doutrina Espírita a reflete, não por mera reforma dos conceitos superficiais do movimento religioso, à maneira de quem desmontasse antigo prédio para dar disposição diferente aos materiais que o integram, em novo edifício destinado a simples efeitos exteriores.
Os ensinamentos do Mestre, nos princípios espíritas cristãos, constituem sistema renovador, indicação de caminho, roteiro de ação, diretriz no aperfeiçoamento de cada ser.
Quando os manuseies, não te julgues, assim apenas como quem se vê à frente de um espetáculo de beleza, junto do qual devas tão somente chorar, seja nutrindo a fonte da própria emotividade ou penitenciando-te, quanto aos próprios erros.
Além das lágrimas, aprendamos igualmente a pensar, a purificar-nos, a reerguer-nos e servir.
A necessidade da alma é semelhante à sede ou à fome, ao desajuste moral ou à moléstia, que são iguais em qualquer clima.
A lição do Cristo é também comparável à fonte e ao pão, ao fator equilibrante e ao medicamento, que são fundamentalmente os mesmos, em toda parte.
No trato, pois, de nós ou dos outros, é forçoso não olvidar que o próprio Senhor nos avisou de que as suas palavras são espírito e vida.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Palavras de vida eterna

Migalha e multidão

“E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os  olhos ao céu, os abençoou e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.” (Mateus, 14:19.)

Ante o quadro da legião de famintos, qualquer homem experimentaria invencível desânimo, considerando a migalha de cinco pães e dois peixes. Mas Jesus emprega o imenso poder da bondade e consegue alimentar a todos, sobejamente.
Observemos, contudo, que para isso toma os discípulos por intermediários.
O ensinamento do Mestre, nesse passo do Evangelho, é altamente simbólico.
Quem identifica a aluvião de males criados por nós mesmos, pelos desvios da vontade, na sucessão de nossas existências sobre a Terra, custa a crer na migalha de bem que possuímos em nós próprios.
Aqui, corrói a enfermidade, além, surge o fracasso, acolá, manifestam-se expressões múltiplas do crime.
Como atender às necessidades complexas?
Muitos aprendizes recuam ante a extensão da tarefa.
Entretanto, se o servidor fiel caminha para o Senhor, a migalha de suas luzes é imediatamente suprida pelo milagre da multiplicação, de vez que Jesus, considerando a oferta espontânea, abençoar-lhe-á o patrimônio pequenino, permitindo-lhe nutrir verdadeiras multidões de necessitados.
A massa de nossas imperfeições ainda é inaquilatável.
Em toda parte, há moléstias, deficiências, ruínas...
É imprescindível, no entanto, não duvidar de nossas possibilidades mínimas no bem.
Nossas migalhas de boa vontade na disposição de servir santamente, quando conduzidas ao Cristo, valem mais que toda a multidão de males do mundo.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 91

Convivência com Jesus

Dizes que é quase impossível manter a mente em clima de equilíbrio, face às invitações aberrantes para o prazer e o consequente desgaste existencial, no qual se encontra a sociedade contemporânea.
Em toda parte, as paixões subalternas explodem com vigor, levando os indivíduos a comportamentos inexplicáveis, não fosse o baixo nível emocional em que se encontram, aumentam voluptuosamente a violência, o sexismo sempre exaltado e disputado, como artigo de uso exaustivo, devorador.
As antigas cidades de Sodoma e Gomorra parecem uma caricatura singela da agressiva realidade hodierna. Condenadas, segundo a tradição velho testamentária, foram destruídas de maneira inclemente.
De igual maneira, ocorre na atualidade a consumpção dos corpos e das existências pelo desgaste exagerado das energias, no banquete insaciável do gozo.
As ambições do luxo e da extravagância atingem índices de quase loucura no exibicionismo virtual, no qual, os fenômenos da vaidade alcançam o requinte da ausência de pudicícia e privacidade. Expõe-se o real e o fantasioso com naturalidade, chegando-se à extravagância em detrimento do equilíbrio e da sensatez.
A tecnologia que tantos benefícios tem ensejado à cultura social, torna-se objeto de projeção pessoal e de inveja para os menos favorecidos.
Duas classes destacam-se no relacionamento humano: a dos que possuem e a dos carentes. Entre elas tem prioridade a dos que furtam e se tornam criminosos por ódios e perversidades mal conduzidos, que pretendem arrancá-los da miséria e os promoverem ao primeiro status.
Impossibilitados de adquirir recursos de forma lícita e mediante o trabalho, acompanham o desfilar da futilidade dourada, desejando igualar-se aos poderosos sem maior esforço de honra e sacrifício. Discriminados pela pobreza e atormentados pela inveja, recorrem ao crime em que se comprazem, aumentando os níveis de desconforto e insegurança dos demais membros da sociedade.
Nesse báratro, a dor visível, disfarçada ou desconhecida, estabelece pouso em todo o organismo social, chamando-o à razão mediante a reflexão. Sem exceção, penetra tugúrios e mansões fiel ao seu papel de auxiliar os Espíritos ao amadurecimento e ao bem proceder.
Enfermidades físicas e distúrbios psicológicos mesclam-se nos seres humanos e os empurram, por falta de estrutura moral, a situações deploráveis.
Tudo poderia ser resolvido de maneira simples e exitosa, caso tivesse lugar nos comportamentos maior vigilância ao egoísmo e ao orgulho, essas chagas purulentas que ainda predominam em a natureza humana.
Se fossem adotadas as propostas de Jesus como encontrar-se a plenitude e se poderia viver em saudável ambiente de paz.
Procura experimentar viver um pouco mais Jesus.
Acalma as ansiedades do prazer por um pouco e silencia o desespero que urde soluções perversas para as situações mais complexas e tormentosas.
Pensa n’Ele, na Sua vida, na filosofia que propôs.
Traze-O para conviver no lar, no teu dia a dia, em tuas emoções e pensamentos.
Familiariza-te com os Seus ensinamentos, incorporando-os às tuas atividades.
Observa os tipos que Ele elegeu para conviver e ficarás surpreso, considerando-se os preconceitos e caprichos da época, a situação perversa e ingrata em que viviam os miseráveis. Foram esses, exatamente, aqueles que eram detestados pela conduta que se permitiam, pela situação deplorável em que viviam, que Ele elegeu para amigos e companheiros de convivência diária, nas tascas ultrajantes e nas ruas do abandono, levando-lhes o conforto e a esperança.
Com facilidade, no entanto, trasladava-se das baiucas sórdidas para as multidões que orientava, dando diretrizes para a edificação do reino de paz e de alegria nas paisagens destroçadas do coração.
Pergunta-Lhe, quando estiveres em dúvida, qual a melhor solução, que faria Ele em teu lugar?
Descobrirás a verdadeira ventura que não te impedirá de viver no mundo, após superadas as ilusões, as fantasias de efeito frustrante. No contato com Ele passarias a ver beleza e encantamento num grão de areia como numa estrela de primeira grandeza, tanto quanto no sorriso descontraído de uma criança ou na lágrima na face de um ancião.
 Na convivência com Ele aprenderias a ter paciência e a harmonizar-te, conseguindo tornar-te um evangelho de feitos.
Não consideres as quinquilharias que abarrotam os espaços domésticos mais importantes do que os tesouros que Ele oferece e apenas ocupam a mente e o sentimento, acompanhando-te sempre.
Lê mais os Seus ensinamentos e impregna-te deles.
Conhecerás a razão do existir e trilharás a via que conduz ao pouso de segurança.
Se conseguires conduzir Jesus ao teu lar, de imediato Ele irá possuindo o teu coração e tudo se transformará em tua vida, ensejando-te a conquista da plenitude.
Imagina o que aconteceu a Zaqueu e família naquela noite em que Ele dormiu no seu ninho doméstico! Quais teriam sido os temas tão extraordinários que modificaram completamente a existência do detestado cobrador de impostos? Qual a psicosfera que permaneceu naquele lar, após a saída d’Ele, que fez o homem infeliz dedicar-se no fim da vida ao ministério do amor e da caridade?
A sua existência nunca mais foi a mesma e até hoje, à semelhança daquele homem felizardo, pede-Lhe para que também te visite, passe uma noite em tua casa.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia, em 2 de janeiro de 2017.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

FEB aprova mudança em seu Estatuto

Em 10.08.2019, em Assembleia Geral Extraordinária, aprovou-se a alteração do artigo 1º, do Estatuto da FEB, cujo parágrafo único, assim preconizava:
Parágrafo único – Além das obras básicas a que se refere o inciso I, o estudo e a difusão compreenderão, também, a obra de J.B. Roustaing e outras subsidiárias e complementares da Doutrina Espírita.(destacamos)

A seguir, apontamentos de Allan Kardec acerca da referida obra:

Os Evangelhos explicados
(Pelo Sr. Roustaing)

(...) O autor desta nova obra julgou dever seguir outro caminho; em vez de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto. Assim, tratou certas questões que não tínhamos julgado oportuno abordar ainda e das quais, por consequência, lhe deixamos a responsabilidade, bem como aos Espíritos que as comentaram. Consequente com o nosso princípio, que consiste em regular nossa marcha pelo desenvolvimento da opinião, até nova ordem não daremos às suas teorias nem aprovação, nem desaprovação, deixando ao tempo o cuidado de as sancionar ou as contraditar. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas, e que, em todo o caso, necessitam da sanção do controle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da Doutrina Espírita.
Quando tratarmos destas questões, fá-lo-emos categoricamente. Mas é que então teremos recolhido documentos bastante numerosos nos ensinos dados de todos os lados pelos Espíritos, a fim de poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar de acordo com a maioria; é assim que temos feito, toda vez que se trata de formular um princípio capital. Já dissemos cem vezes: Para nós a opinião de um Espírito, seja qual for o nome que traga,  tem apenas o valor de uma opinião individual; nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma lógica rigorosa, para as coisas que não podemos controlar com os próprios olhos.
De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como verdade absoluta se, mais tarde, devesse ser combatida pela generalidade dos Espíritos?
Dissemos que o livro do Sr. Roustaing não se afasta dos princípios de O Livro dos Espíritos e de O Livro dos Médiuns.
Nossas observações assentam sobre a aplicação desses mesmos princípios à interpretação de certos fatos. É assim, por exemplo, que ele dá ao Cristo, em vez de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, tendo todas as aparências da materialidade, e dele faz um agênere. Aos olhos dos homens que então não tivessem podido compreender sua natureza espiritual, deve ter passado em aparência, expressão incessantemente repetida no curso de toda a obra, para todas as vicissitudes da Humanidade. Assim se explicaria o mistério de seu nascimento: Maria não teria tido senão as aparências da gravidez. Este ponto, posto como premissa e pedra angular, é a base sobre a qual ele se apoia para a explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus.
Sem dúvida nada há nisso de materialmente impossível para quem quer que conheça as propriedades do invólucro perispiritual. Sem nos pronunciarmos a favor ou contra essa teoria, diremos que ela é, pelo menos, hipotética, e que se um dia fosse reconhecida errônea, faltando a base, o edifício desabaria.
Esperamos, pois, os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão. Sem a prejulgar, diremos que já foram feitas sérias objeções a essa teoria, e que, em nossa opinião, os fatos podem perfeitamente ser explicados sem sair das condições da humanidade corporal.
Estas observações, subordinadas à sanção do futuro, em nada diminuem a importância desta obra, que, ao lado de coisas duvidosas, em nosso ponto de vista, encerra outras incontestavelmente boas e verdadeiras, e será consultada com proveito pelos espíritas sérios.
Se o fundo de um livro é o principal, a forma não é para desdenhar e também concorre com algo para o sucesso. Achamos que certas partes são desenvolvidas muito extensamente, sem proveito para a clareza. A nosso ver, se a obra se tivesse limitado ao estritamente necessário, poderia ter sido reduzida a dois, ou mesmo a um só volume, com isso ganhando em popularidade.   
                     
Allan Kardec - Revista Espírita: junho/1866

De coração puro


“Amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro”. (I Pedro, 1:22)

Espíritos levianos, em todas as ocasiões, deram preferência às interpretações maliciosas dos textos sagrados.
O “amai-vos uns aos outros” não escapou ao sistema depreciativo.
A esfera superior, entretanto, sempre observa a ironia à conta de ignorância ou infantilidade espiritual das criaturas humanas.
A sublime exortação constitui poderosa síntese das teorias de fraternidade.
O entendimento e a aplicação do “amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra. E a quantos experimentam dificuldade para interpretar a recomendação divina temos o providencial apontamento de Pedro, quando se reporta ao coração puro.
Conhecem os homens alguns raios do amor que não passam de réstias fugidias, a luzirem através das muralhas dos interesses egoísticos, porque a maioria das aproximações de criaturas, na Crosta da Terra, inspiram-se em móveis obscuros e mesquinhos, no terreno dos prazeres fáceis ou das associações que se dirigem para o lucro imediatista.
O amor a que se refere o Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
Muita gente afirma que ama, contudo, logo que surjam circunstâncias contra os seus caprichos, passa a detestar.
Gestos que aparentavam dedicação convertem-se em atitudes do interesse inferior.
Relativamente ao assunto, porém, o apóstolo fornece a nota dominante da lição. Amemo-nos uns aos outros, ardentemente, mas guardemos o coração elevado e puro.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 90