sábado, 21 de setembro de 2019

Palestra lítero-musical na 30ª Semana Espírita de Teófilo Otoni



A palestra lítero-musical com o tema “O Sermão do Monte”, ocorrida na noite do dia 20/09/2019, na 30ª Semana Espírita de Teófilo Otoni, foi transmitida ao vivo no Facebook pelo 12º CRE.


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Filme: Divaldo - O mensageiro da paz



Suicídio


No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo.
Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo indispensável à justa renovação.
Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento íntimo, porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas.
É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições.
Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem.
Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.
Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.
Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham.
Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Religião dos Espíritos

Procuremos

“Antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou.” Paulo (II Timóteo, 1:17)

Todas as sentenças evangélicas permanecem assinaladas de beleza e sabedoria ocultas. Indispensável meditar, estabelecer comparações no silêncio e examinar experiências diárias para descobri-las.
Aquele gesto de Onesíforo, buscando o apóstolo dos gentios, com muito cuidado, na vida cosmopolita de Roma, representa ensinamento sobremaneira expressivo.
A anotação de Paulo designa ocorrência comum, entretanto, o aprendiz aplicado ultrapassa a letra para recolher a lição.
Quantos amigos de Jesus e de seus seguidores diretos lhes aguardam a visita, ansiosos e impacientes? Quantos se fixam, imóveis, nas atitudes inferiores, reclamando providências que não fizeram por merecer? Há crentes presunçosos que procuram impor-se aos Desígnios Divinos, formulando exigências ao Céu, em espinhosas bases de ingratidão e atrevimento. Outros se lamentam, amargurados, quais voluntariosas criancinhas, porque o Mestre não lhes satisfez os desejos absurdos e inconvenientes.
Raros os aprendizes que refletem nos serviços imensos do Cristo.
Estaria Jesus, vagueante e desocupado, na Vida Superior? Respirariam seus colaboradores diretos, cristalizados na ociosidade beatífica?
Imprescindível é meditar na magnitude do trabalho e da responsabilidade dos obreiros divinos.
Lembremo-nos de que se Paulo era um prisioneiro aos olhos do mundo, era já, em si mesmo, uma luz viva e brilhante, na condição de apóstolo que o próprio Jesus glorificara. Não era, ante a visão do espírito, um encarcerado e sim um triunfador. Apesar disso, Onesíforo, a fim de vê-lo, foi constrangido a procurá-lo com muito cuidado.
Semelhante impositivo ainda é o mesmo nos dias que passam. Para encontrarmos Jesus e aqueles que o servem, faz-se mister buscá-los zelosamente.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 95

Valorização da vida – Significado espiritual

Ao ensejo da campanha “Setembro Amarelo” com foco na valorização da vida e prevenção do suicídio tornam-se oportunos alguns comentários sob a ótica espírita.

A questão da imortalidade é tratada de forma aprofundada pelo Espiritismo e esta é sua tarefa fundamental, inclusive evocando o Mestre: “[…] eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João, 10.10).

No livro inaugural do Espiritismo – O livro dos espíritos – há uma clara definição: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? – O de viver. Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal” (questão 880).

Em outras considerações interessantes com base no Cristianismo e no Espiritismo, destacamos o apóstolo Paulo: “Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Cor., 6.20), e, o espírito André Luiz define com clareza em dois comentários: “O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne” (de Conduta Espírita); “[…] temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim” (de Missionários da Luz).

Nas citações de o Novo Testamento, de obras de Allan Kardec e do espírito André Luiz, nota-se a coerência entre os ensinos do Cristo e do Espiritismo a respeito do valor do corpo. A certeza de que somos espíritos reencarnados e em processo de aprimoramento é de fundamental importância para a melhor compreensão dos valores e da oportunidade da vida corpórea e também para se compreender o porquê de se realizar a profilaxia de todos os processos que podem interromper a vida.

À vista desses conceitos, altera-se o conceito de morte, pois o que morre é o corpo; o espírito é imortal. Após a morte do corpo o espírito mantém sua individualidade e identidade, como mostram milhares de cartas psicografadas por Chico Xavier onde os chamados “mortos” se dirigem a seus familiares.

Em mensagens espirituais históricas incluídas por Allan Kardec no livro O céu e o inferno e outras psicografadas por Chico Xavier, nota-se a surpresa de espíritos que partiram para o mundo espiritual na condição de suicidas, pois apesar de terem encerrado a existência material prosseguiam vivos, pensando, reagindo e sentindo a situação de terem interrompido a vida do organismo.

Sempre há caminhos e soluções para os momentos de dificuldades e de impasses existenciais e devem ser procurados e valorizados os apoios de profissionais especializados e de natureza espiritual ou religiosos. O espírito Emmanuel, orientador de Chico Xavier, conclama: “Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus”.

 Antônio César Perri de Carvalho - Ex-presidente da USE-SP e da FEB – Fonte: www.grupochicoxavier.com.br

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Obsessores


Obsessor, em sinonímia correta, quer dizer “aquele que importuna”.
E “aquele que importuna” é, quase sempre, alguém que nos participou a convivência profunda, no caminho do erro, a voltar-se contra nós, quando estejamos procurando a retificação necessária.
No procedimento de semelhante criatura, a antipatia com que nos segue é semelhante ao vinho do aplauso convertido no vinagre da crítica.
Daí a necessidade de paciência constante para que se lhe regenerem as atitudes.
Considerando, desse modo, que o presente continua o pretérito, encontramos obsessores reencarnados, na experiência mais íntima.
Muitas vezes, estão rotulados com belos nomes.
Vestem roupa carnal e chamam-se pai ou mãe, esposo ou esposa, filhos ou companheiros familiares na lareira doméstica.
Em algumas ocasiões, surgem para os outros na apresentação de santos, sendo para nós benemerentes verdugos.
Sorriem e ajudam na presença de estranhos e, a sós conosco, dilaceram e pisam, atendendo, sem perceberem, ao nosso burilamento.
E, na mesma pauta, surpreendemos desafetos desencarnados que nos partilham a faixa mental, induzindo-nos à criminalidade em que ainda persistem.
Espreitam-nos a estrada, à feição de cúmplices do mal, inconformados com o nosso anseio de reajuste, recompondo, de mil modos diferentes, as ciladas de sombra em que venhamos a cair, para reabsorver-lhes a ilusão ou a loucura.
Recebe, pois, os irmãos do desalinho moral de ontem com espírito de paz e de entendimento.
Acusá-los seria o mesmo que alargar-lhes a ulceração com novos golpes.
Crivá-los de reprimendas expressaria indução lamentável a que se desmereçam ainda mais.
Revidar-lhes a crueldade significaria comprometer-nos em culpas maiores.
Condená-los é o mesmo que amaldiçoar a nós mesmos, de vez que nos acompanham os passos, atraídos pelas nossas imperfeições.
Aceita-lhes injúria e remoque, violência e desprezo, de ânimo sereno, silenciando e servindo.
Nem brasa de censura, nem fel de reprovação.
Obsessores visíveis e invisíveis são nossas próprias obras, espinheiros plantados por nossas mãos.
Endereça-lhes, assim, a boa palavra ou o bom pensamento, sempre que preciso, mas não lhes negues paciência e trabalho, amor e sacrifício, porque só a força do exemplo nobre levanta e reedifica, ante o Sol do futuro.

 Emmanuel/Chico Xavier – Livro: Seara dos Médiuns