quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Valorização da vida – Significado espiritual

Ao ensejo da campanha “Setembro Amarelo” com foco na valorização da vida e prevenção do suicídio tornam-se oportunos alguns comentários sob a ótica espírita.

A questão da imortalidade é tratada de forma aprofundada pelo Espiritismo e esta é sua tarefa fundamental, inclusive evocando o Mestre: “[…] eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João, 10.10).

No livro inaugural do Espiritismo – O livro dos espíritos – há uma clara definição: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? – O de viver. Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal” (questão 880).

Em outras considerações interessantes com base no Cristianismo e no Espiritismo, destacamos o apóstolo Paulo: “Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Cor., 6.20), e, o espírito André Luiz define com clareza em dois comentários: “O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne” (de Conduta Espírita); “[…] temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim” (de Missionários da Luz).

Nas citações de o Novo Testamento, de obras de Allan Kardec e do espírito André Luiz, nota-se a coerência entre os ensinos do Cristo e do Espiritismo a respeito do valor do corpo. A certeza de que somos espíritos reencarnados e em processo de aprimoramento é de fundamental importância para a melhor compreensão dos valores e da oportunidade da vida corpórea e também para se compreender o porquê de se realizar a profilaxia de todos os processos que podem interromper a vida.

À vista desses conceitos, altera-se o conceito de morte, pois o que morre é o corpo; o espírito é imortal. Após a morte do corpo o espírito mantém sua individualidade e identidade, como mostram milhares de cartas psicografadas por Chico Xavier onde os chamados “mortos” se dirigem a seus familiares.

Em mensagens espirituais históricas incluídas por Allan Kardec no livro O céu e o inferno e outras psicografadas por Chico Xavier, nota-se a surpresa de espíritos que partiram para o mundo espiritual na condição de suicidas, pois apesar de terem encerrado a existência material prosseguiam vivos, pensando, reagindo e sentindo a situação de terem interrompido a vida do organismo.

Sempre há caminhos e soluções para os momentos de dificuldades e de impasses existenciais e devem ser procurados e valorizados os apoios de profissionais especializados e de natureza espiritual ou religiosos. O espírito Emmanuel, orientador de Chico Xavier, conclama: “Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus”.

 Antônio César Perri de Carvalho - Ex-presidente da USE-SP e da FEB – Fonte: www.grupochicoxavier.com.br

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