sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Tua cooperação

O teu próximo necessita de tudo quanto a ti é valioso na vida.
Concede-lhe o tesouro da tua cooperação, irradiando, na sua direção, pensamentos de bondade e de simpatia.
Ninguém vive sem o milagre da cooperação.
Mesmo que o não percebas, tudo e todos cooperam para que vivas e cresças no rumo da meta para a qual renasceste.
O teu próximo, igualmente, não prescinde dos teus pensamentos positivos nem da tua cordialidade.
É certo que há pessoas portadoras de expressões que as tornam antipáticas à tua convivência. Não obstante, é necessário envolvê-las nas tuas vibrações de ternura.
Da mesma forma, não te enganes. Exteriorizas, sem que o percebas, manifestações psíquicas que te fazem animoso e antipático a outras pessoas.
Gostarias que o teu próximo dissimulasse as dificuldades e limitações que possuis, oferecendo-te receptividade agradável e cordial.
Age da mesma forma, em relação aos que te parecem desagradáveis.
Coopera com Deus, na edificação do bem irrepreensível, não te escusando à lavoura da gentileza, nem ao contributo da tua amizade.
Ninguém sobrevive sem o auxílio da afeição de outrem, quanto vida alguma se desenvolve sem o ar de que se nutre, salvadas, apenas, as bactérias anaeróbias de existência breve.
Um tijolo cooperando com outro levanta a construção.
Um grão se une a outro, no silêncio do solo, e eis nascente a seara luxuriante.
Uma molécula se agrega a outra e a galáxia se espraia pelo infinito.
Doa a tua cooperação, por menor te pareça.
Ao fazê-lo, evita o impositivo da tua paixão, a exigência da tua forma de ser, pois que isto representa uma cobrança do que supões ofertar.
Quando alguém oferece algo a outrem, a si próprio se enriquece.
O pólen, arrastado pelo vento, é responsável pela fecundação, sem qualquer imposição de sua parte.
A chuva tomba, generosa e espontânea, sustentando a vida e reverdecendo o solo.
Não te imponhas nunca.
Jesus, cooperando com o homem, não obstante a voz imperativa que lhe caracteriza toda a mensagem, foi claro ao dizer: Aquele que quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me”, mediante a condicional da vontade de cada um.
No entanto, é o sublime Construtor da Terra e tudo que nela existe.
Coopera, portanto, com a vida, esparzindo bênçãos onde estejas, com quem te encontres, conforme surja a oportunidade.
Retribui com amor ao amor que a vida te oferta...

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – Livro: Alerta

Sublime recomendação



“Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos, 5:19)

Eminentemente expressiva a palavra de Jesus ao endemoninhado que recuperara o equilíbrio, ao toque de seu divino amor.
Aquele doente que, após a cura, se sentia atormentado de incompreensão, rogava ao Senhor lhe permitisse demorar ao seu lado, para gozar-lhe a sublime companhia.
Jesus, porém, não lho permite e recomenda-lhe procure os seus, para anunciar-lhes os benefícios recebidos.
Quantos discípulos copiam a atitude desse doente que se fazia acompanhar por uma legião de gênios perversos!
Olhos abertos à verdade, coração tocado de nova luz, à primeira dificuldade do caminho pretendem fugir ao mundo, famintos de repouso ao lado do Nazareno, esquecendo-se de que o Mestre trabalha sem cessar.
O problema do aprendiz do Cristo não é o de conquistar feriados celestes, mas de atender aos serviços ativos, a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.
Se recebeste a luz do Senhor, meu amigo, vai servir ao Mestre junto dos teus, dos que se prendem à tua caminhada. Se não possuis a família direta, possuis a indireta. Se não contas parentela, tens vizinhos e companheiros. Anuncia os benefícios do Salvador, exibindo a própria cura. Quem demonstra a renovação de si mesmo, em Cristo, habilita-se a cooperar na renovação espiritual dos outros. Quanto ao bem-estar próprio, serás chamado a ele, no momento oportuno. 

                                                Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 111


“Nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita”


Meus Filhos: permaneça conosco a paz do Senhor!
Recrudescem as lutas.
Os anunciados tempos de transição chegam e fragorosas batalhas são travadas.
É indispensável a aferição de valores que devem caracterizar os combatentes.
Dificuldades e desafios apresentam-se no planeta em todas as áreas do conhecimento e do comportamento.
As estruturas mal construídas do passado esboroam-se ante o fragor das demolições incessantes.
A árvore que não foi plantada pelo Bem é derrubada, e as casas edificadas sobre as areias movediças ruem desastrosamente.
Mas a obra do bem permanece suportando os vendavais, enfrentando todos os desafios.
Não nos preocupemos com esses momentos que nos chegam, estabelecendo entre as criaturas o desequilíbrio e estimulando à debandada.
Os discípulos da verdade devem permanecer fiéis aos postulados que abraçam vivenciando-os.
Não seja pois, de estranhar, que a incompreensão sitie os nossos passos e obstáculos imprevistos apareçam pela senda que percorremos.
Devemos contar com a consciência ilibada e nunca aguardar o aplauso da insensatez.
Nosso modelo é Jesus, para Quem não houve lugar no mundo.
O Codificador igualmente seguiu-Lhe as pegadas e soube arrostar as consequências do messianato a que se entregou, incorruptível e tranquilo.
Lamentamos que as maiores dificuldades sejam intestinas em nosso Movimento, mas compreendemos que as criaturas se demoram em diferentes patamares de consciência, possuindo a óptica própria para observação dos fatos e interpretação da mensagem.
Já que não nos é lícito impor a proposta espírita libertadora, não nos preocupemos com as imposições que nos chegam.
Todos estamos informados dos fins dos tempos e o egrégio Codificador da Doutrina asseverou-nos que o mundo de provas e de expiações cederia lugar ao mundo de regeneração.
Através dos tempos se tem informado que essa modificação se dará por meio de fenômenos sísmicos dolorosos; através de lutas cruentas, em guerras intermináveis; mediante os conflitos humanos.
No entanto, se observarmos a História encontraremos todos esses acontecimentos assinalando períodos de transição.
A grande luta deste momento se travará no país da consciência de cada discípulo de Jesus. As convulsões serão de natureza interna. A batalha mais difícil será da superação das más inclinações, administrando-as e direcionando-as para o bem.
Por mais difíceis se nos apresentem as acusações, e por mais terrível seja a morbidez direcionada para impossibilitar-nos o avanço, mantenhamos a serenidade.
Que receio nos podem proporcionar aqueles que apenas falam contra nós?!
Atuando no bem e sabendo confiar no tempo, levaremos a mensagem de libertação da Doutrina Espírita às diferentes Nações da Terra, pulcra, conforme no-la legaram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec e dos seus discípulos mais dedicados.
O Movimento expande-se; nada pode deter a marcha da Doutrina Espírita, nem mesmo aqueles que, se dizendo adeptos da palavra do Codificador, erguem-se para zurzir-nos com as expressões destrutivas, utilizando-se das armas da impiedade disfarçada de dedicação à Causa.
O servidor da verdade permanece-lhe fiel, não divulgando o mal, mas apresentando o bem; mesmo do erro tirando a melhor parte, aquela que serve de lição para não se voltar ao engano ou não se estabelecerem novos compromissos negativos.
Confiai, filhos dedicados!
Vossos passos na Terra devem deixar sinais que possam servir de roteiro para os que vierem depois.
O nosso compromisso é com Jesus, o Amor, e com Allan Kardec, a razão, para que a religião cósmica da verdade domine os corações humanos, restaurando no planeta a era da legítima fraternidade.
O Espiritismo vem desempenhando o papel para o qual foi codificado.
Não nos detenhamos na análise dos impedimentos, dos erros, mas examinemos a extensão dos benefícios que hoje conduzem milhões de vidas que se norteiam para o Bem.
Não guardemos qualquer ressentimento, nem nos deixemos entristecer ou entibiar, quando as forças parecerem diminuídas.
Não nos permitamos desanimar, porquanto o nosso é um trabalho pioneiro, a nossa é uma tarefa caracterizada pelo estoicismo.
Nossa jornada deve estar assinalada pelo amor, e é natural que ainda não haja lugar para ele entre muitos Espíritos que se encontram em níveis de evolução diferentes.
Avancemos unidos. O ideal de unificação vem do mundo espiritual para a Terra.
Se não formos capazes de discutir as nossas dificuldades idealísticas em clima de paz, de fraternidade, de respeito mútuo, de dignificação dos indivíduos e das Instituições, que mensagem podemos oferecer ao mundo e às criaturas estúrdias deste momento?!
Tem-se a medida do valor moral do homem pelas resistências que vive nas lutas que trava.
Os ideais tornam-se grandiosos pelo que provocam nos inimigos gratuitos do progresso.
A Doutrina Espírita, repitamos, é Jesus, meus filhos, em nova linguagem perfeitamente compatível com os arroubos da Ciência e os fatos demonstrados pela experimentação de laboratório, assim como pelas conquistas tecnológicas.
Mas, a criatura humana, que é o laboratório da própria evolução, no seu encontro com Jesus através da fé racional, clara e nobre, é o campo onde o bem se instalará em definitivo, como célula do organismo social. E dessa criatura transformada teremos a sociedade melhor que o Espiritismo deve construir.
Fiquem, no passado, todos os problemas-desafio.
Fiquem, no silêncio das nossas palavras e no verbo das nossas ações edificantes, os nossos propósitos de servir, confiando que a casa construída na rocha sobreviverá aos fatores externos que, aparentemente, a ameaçam, e o ideal sobrepairará conduzindo todos ao imenso fanal da plenitude.
Senhor de nossas vidas, prossegue conduzindo-nos. Ovelhas tresmalhadas que somos do Teu rebanho, apiada-Te da nossa tibieza de caráter, da nossa fragilidade moral e conduze-nos com a Tua paciência de Pastor multimilenário, que nos aguarda pelas trilhas da evolução.
Despede-nos, Excelente Filho de Deus, enriquecidos de paz e de entusiasmo, na certeza de que nunca nos deixarás a sós, mesmo quando, por qualquer circunstância, nos resolvamos afastar de Ti, concede-nos então uma outra oportunidade, permanecendo conosco por todo o tempo.
Que assim seja!
Muita paz, meus filhos.
Que o Senhor permaneça conosco, são os votos do servidor humílimo e fraternal de sempre,
Bezerra

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco ao encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, da Federação Espírita Brasileira, no dia 10/11/1996 – Revista Reformador - janeiro/1997

sábado, 4 de janeiro de 2020

Visita aos asilos



























Tarefa que traz excelentes reflexões para as nossas vidas.
Investimento para o nosso crescimento espiritual.
Estágio para a Vida Maior; um ato de amor!

Coordenação: Cláudia e Rosélia

Novas turmas do ESDE


Aqui no Joseph!

Inscrições no Departamento de Estudos com Macilene e Maciléa.

UEM Entrevista | DENIS SOARES - Livro Imortal


A União Espírita Mineira entrevista Denis Soares, autor do projeto 'Viajante do Universo', que acaba de lançar mais um belo trabalho: o álbum 'Livro Imortal'.

A coletânea está disponível nas plataformas musicais digitais e à venda em CD na Livraria Espírita Mineira (Rua dos Guaranis, 313 - Centro, Belo Horizonte / MG).

"E A Vida Continua..." - Entrevista com Álvaro de Castro



Entrevista com Álvaro de Castro, conselheiro da União Espírita
Mineira e expositor espírita, sobre o livro “E A Vida Continua...”, de autoria
de André Luiz e psicografia de Chico Xavier.


A obra completa 51 anos de lançamento em 2019 e é a 13ª abordada
pela Microcampanha “A Vida no Mundo Espiritual” - realizada pela União Espírita Mineira e Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais (COFEMG).

Carência de Luz



Vale pensar no tempo que passa, celeremente, a exigir providências efetivas para que o bem consiga alcançar o âmago da Humanidade, onde dúvidas cruéis e pessimismo vêm desestruturando mentes, consumindo vidas.
O Espiritismo é chamado à liça, a fim de apresentar o conjunto das suas lições, a força dos seus ensinamentos, como opção nova para os pés trôpegos de tantas criaturas.
Divulgá-lo é dever impostergável, conscientes que estamos da sua importância.
Vivenciá-lo é compromisso intransferível, cientes que estamos das verdades ínsitas nas suas propostas felizes.
Sem dúvida, não são muitos os que se sensibilizam com a Doutrina vigorosa que o Espiritismo alberga. Poucos se deram conta de que há muito a extrair-se do majestoso conteúdo espírita.
O Espiritismo, como entendemos na Pátria Espiritual, assemelha-se a um imenso oceano, enquanto a maioria de nós, que nos vinculamos aos seus contextos, mantemo-nos tão-só em suas praias.
Há muito o que aprender, para que melhor o possamos divulgar. Há necessidade de estabelecermos ou mantermos grupos, pequenos ou grandes, de companheiros entusiasmados com essa vertente das bênçãos de Deus, chegada à Terra para renovar-nos o convite de Jesus para buscarmos a riqueza que não pode ser usurpada.
Faz-se urgente a disseminação do Pensamento Espírita, sem pieguices e acréscimos provenientes de vários contextos do Espiritualismo do mundo que, em si mesmos, não correspondem às vistas da formosa Doutrina.
Espiritismo! Quanto te necessitamos. Quanto te buscamos, muitas vezes sem utilizarmos eficiente roteiro ou metodologia adequada. O tempo de agora é o mais apropriado a esse entendimento e a essas providências divulgadoras.
O mundo carece mais do Espiritismo, do que de qualquer outra coisa. Não foi sem razão que o Codificador indagou dos Imortais sobre a possibilidade de a Doutrina Espírita vir a tornar-se crença geral ou se permaneceria partilhada por pequenos grupos, por poucas pessoas. Os guias do mundo informaram que estava chegado o tempo da expansão dos seus princípios. Seria crença geral. Seus fundamentos estão vinculados às leis naturais. Informaram que isso não se daria sem dificuldades, mas que se daria.
Assim, eis chegado o tempo do nosso esforço pessoal e institucional para que isso possa dar-se. O tempo urge. Unamo-nos por difundi-lo com maturidade, com alegria, com verdade, a fim de que os espíritas – encarnados ou não – possamos cooperar com os empenhos de Jesus Cristo, nessa quadra de graves definições e ajustes da Humanidade.

Camilo – Revista Reformador – Janeiro/2002

Caridade essencial

“E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes; que andeis nele.” João (II João, 6)

Em todos os lugares e situações da vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.
Quem dá o pão ao faminto e água ao sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi chamado.
A voz compassiva e fraternal que ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.
Assistência, medicação e ensinamento constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e completam-se num todo nobre e digno.
Ninguém pode assistir a outrem, com eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com proveito, se não adquiriu o espírito de boa vontade para com os que necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio fraternais.
Em razão disso, as menores manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança, gratidão, conforto e intercessões benditas.
Antes, porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós mesmos.
Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade de vivermos verdadeiramente n’Ele para que Ele viva em nós.
Sem esta, poderemos levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 110

Morada dos bem-aventurados

Falemos das últimas espirais da glória, habitadas pelos Espíritos puros. Ninguém as atinge antes de haver atravessado os ciclos dos Espíritos errantes. Júpiter está no mais alto grau da escala. Quando um Espírito, longamente purificado por sua estada nesse planeta, é julgado digno da suprema felicidade, é disso advertido por um redobramento de ardor; um fogo sutil anima todas as partes delicadas de sua inteligência, que parece irradiar e tornar-se visível; deslumbrante, transfigurado, ele clareia a luz que parecia tão radiosa aos olhos dos habitantes de Júpiter; seus irmãos reconhecem o eleito do Senhor e, trêmulos, ajoelham-se ante a sua vontade. Entretanto, o Espírito escolhido eleva-se, e os céus, na sua suprema harmonia, lhe revelam belezas indescritíveis.

À medida que sobe, compreende, não mais como na erraticidade, não mais vendo o conjunto das coisas criadas, como em Júpiter, mas abarcando o infinito. Sua inteligência transfigurada eleva-se como uma flecha até Deus, sem tremor e sem terror, como num foco imenso alimentado por mil objetos diversos. O amor, nesses diversos Espíritos, reveste a cor de sua personalidade; eles se reconhecem e se regozijam. Refletidas, suas virtudes repercutem, por assim dizer, as delícias da visão de Deus e aumentam incessantemente com a felicidade de cada eleito. Mar de amor que cada afluente aumenta, essas forças puras não ficam mais inativas que as forças de outras esferas. Logo investidos do dom da ubiquidade, abrangem ao mesmo tempo os detalhes infinitos da vida humana, desde a sua eclosão até as últimas etapas. Irresistível como a luz, sua vista penetra por toda parte simultaneamente e, ativos como a força que os move, espalham a vontade do Senhor. Como de uma cheia escapa a onda benfazeja, sua bondade universal aquece os mundos e confunde o mal.

Esses diversos intérpretes têm como ministros de seu poder os Espíritos já depurados.  Assim, tudo se eleva, tudo se aperfeiçoa e a caridade irradia sobre os mundos, que alimenta em seu seio poderoso.

Os Espíritos puros têm como atributo a posse de tudo quanto é bom e verdadeiro, porque possuem o próprio princípio, que é Deus. O próprio pensamento humano limita tudo que abrange e não admite o infinito, que a felicidade não limita. Depois de Deus, que pode haver? Deus ainda, sempre Deus. O viajante vê os horizontes se sucederem aos horizontes e um é apenas começo de outro; assim, o infinito se desdobra incessantemente. A maior alegria dos Espíritos puros é precisamente essa extensão tão profunda quanto a própria eternidade.

Do mesmo modo que não se descreve uma graça, uma chama e um raio, não posso descrever os Espíritos puros. Mais vivos, mais belos e mais resplandecentes que as mais etéreas imagens, uma palavra resume seu ser, seu poder e seus prazeres: Amor! Preenchei com esta palavra o espaço que separa a Terra do Céu, e ainda não tereis senão a ideia de uma gota de água no mar. Por mais grosseiro que seja, só o amor terrestre pode vos dar ideia de sua divina realidade.

Georges - Revista Espírita - outubro/1860