NOTA OFICIAL –
Posicionamento perante a evolução da pandemia pelo novo coronavírus
27 de março de 2020
A Associação
Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil) vem, através desta nota, se posicionar
perante a evolução da pandemia pelo novo coronavírus (SARS-cov-2) no Brasil.
Reiteramos as orientações
já emitidas no documento prévio, quanto às medidas e cuidados a serem tomados
com o objetivo de controlar a disseminação do vírus no país. Permanecemos
apoiando os órgãos técnicos tais como Organização Mundial da Saúde (OMS),
Ministério da Saúde do Brasil e Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) em suas recomendações no enfrentamento da pandemia.
Até o presente momento,
duas estratégias de controle da disseminação do vírus foram identificadas no
âmbito coletivo. Uma delas é testar toda a população e promover o isolamento
social apenas dos casos positivos, tal como experimentado na Coréia do Sul.
Deve-se considerar que para esta estratégia é necessário uso do teste
molecular, por Protein Chain Reaction (PCR), utilizado para
detecção viral em espécimes respiratórios. Os testes rápidos não permitem a
execução desta medida, pois sua positividade é tardia. A outra estratégia é
promover o isolamento social para a população geral, reduzindo consecutivamente
a transmissão, e testar apenas as pessoas com sintomas respiratórios. Essa
medida foi adotada em países como China e Japão e também evidenciaram elevada
capacidade de controle da pandemia.
Na atual condição que nos encontramos
no Brasil, sem possibilidade de testagem em massa da população, as medidas de
isolamento social se mostram como opção estratégica. Sem dúvida, esta
intervenção acarreta diversos danos colaterais, com prejuízos na economia e nos
recursos financeiros para muitas pessoas. No entanto, até o presente momento,
esta é a única medida factível para o país. Ainda não se tem definido o tempo
para se manter o isolamento social. A avaliação contínua é necessária para se
encontrar um equilíbrio entre os benefícios e prejuízos que esta estratégia
oferece.
Ressaltamos a necessidade
de revisar essas medidas ao longo dos dias, podendo haver mudanças a partir de
novos avanços que ciência médica vem alcançando sobre SARS-cov-2.
Gostaríamos de reforçar que
as estratégias de contenção não garantem que a pandemia ocorra em determinada
localidade, mas desacelera seu processo de entrada, causando uma incidência
mais gradual e permitindo que os serviços de saúde garantam o atendimento
médico. Por isso, este esforço torna-se necessário.
Também é de grande
importância relembrar que este tipo de fenômeno é ferramenta para acelerar o
progresso da humanidade, que neste momento encontra-se em processo de
transição. Estamos passando por uma experiência nova, na qual ainda temos muito
que aprender. Que possamos vibrar positivamente, mantendo a fé e a esperança e
aproveitar a oportunidade para desenvolver em nós inteligência, paciência,
resignação, abnegação e o amor ao próximo.
Diretoria
da AME-Brasil
Dr.
Gilson Luis Roberto – Médico homeopata e presidente da AME-Brasil.
Dr. Vicente Pessoa Jr – Médico infectologista e vice-presidente da AME Goiânia (GO).
Dr. Ricardo de Souza Cavalcante – Médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP e presidente da AME Botucatu (SP).
Dr. Vicente Pessoa Jr – Médico infectologista e vice-presidente da AME Goiânia (GO).
Dr. Ricardo de Souza Cavalcante – Médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP e presidente da AME Botucatu (SP).