sábado, 4 de abril de 2020

O Evangelho e o Lar (Palestra pública) - César Henrique


Ainda impossibilitados de comparecermos presencialmente à Casa Espírita, a Equipe de Divulgação juntamente com a Direção do CEJG envida esforços no sentido de manterem as atividades de estudo e reuniões da melhor maneira possível em ambientes virtuais. 

Na noite de sexta-feira, 03/04/2020, o companheiro César Henrique ministrou  a palestra "O Evangelho e o Lar" que foi ao ar ao vivo pelo Youtube. 

Devido a problemas técnicos a exposição não se encontra disponível, entretanto, em todos os dias de reuniões públicas, quais sejam domingo, quarta e sexta-feira haverá transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Acesse o canal Joseph Gleber no YouTube e confira!

A caridade maior


Ao Homem que alcançara o Céu, pedindo orientação sobre as tarefas de benemerência social que pretendia estender na Terra, o Anjo da Caridade falou compassivo:
– Volta ao mundo e cumpre, de boa vontade, as obrigações que o destino te assinalou!...
Para que te sintas de pé, cada dia, milhões de vidas microscópicas esforçam-se em tua carne, garantindo-te o bem-estar...
Cada órgão e cada membro de teu corpo amparam-te, abnegadamente, para que te facas abençoado discípulo da civilização.
Os olhos identificam as imagens que já podes perceber, livrando-te da desordem interior.
Os ouvidos selecionam sons e vozes para que não vivas desorientado.
A língua auxilia-te a expressar os pensamentos, enriquecendo-te de sabedoria.
As mãos realizam-te os sonhos, engrandecendo-te o caminho na ciência e na arte, no progresso e na indústria.
Os pés sustentam-te a máquina física para que te não arrojes à inércia.
A boca mastiga os alimentos para que te não condenes à inação.
Os pulmões asseguram-te o ar puro contra a asfixia.
O estômago digere as peças com que nutrirás o próprio sangue.
O fígado gera forças vitais que te entretêm a harmonia orgânica.
O coração movimenta-se sem parar, escorando-te a existência.
Vives da caridade de inúmeras vidas inferiores que te obedecem a mente.
Torna, pois, ao lugar em que o Senhor te situou e satisfaze as tarefas imediatas que o mundo te reserva!...
Caridade é servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso;
é cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros ;
é não incomodar quem trabalha;
é aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil;
é suportar sem revolta a bílis do companheiro;
é auxiliar os parentes, sem reprovação ;
é rejubilar-se com a prosperidade do próximo;
é resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases;
é não afligir quem nos acompanha;
é ensurdecer-se para a difamação;
é guardar o bom humor, cancelando a queixa de qualquer procedência;
é respeitar cada pessoa e cada coisa na posição que lhes é própria...
E por que o Homem ensaiasse inoportunas indagações, o Anjo concluiu:
– Volta ao corpo e age incessantemente no bem!...
Não percas um minuto em descabidas inquirições. Conduze os problemas que te atormentam o espírito ao teu próprio trabalho e o teu próprio trabalho liquidá-los-á...
A experiência aclara o caminho de quantos lhe adquirem o tesouro de luz. Recolhe as crianças desvalidas, ampara os doentes, consola os infelizes e socorre os necessitados. Não olvides, pois, que a execução de teus deveres para com o próximo será sempre a tua caridade maior.

 Humberto de Campos / Chico Xavier – Livro: Cartas e Crônicas

Poema em homenagem a Chico Xavier


Permita que o meu verso aqui registre
A pura candidez de tuas ternuras
Muito embora o sofrer das amarguras
Que o chão da terra impõe se administre!

Por amor a Jesus tu te apagaste
Em meio à ignorância deste mundo
Sorvendo a taça escura do contraste
Num esforço sincero e mais fecundo.

Em vão a sombra espessa te envolveu
Acenando com híbridas quimeras…
Estandarte das novas primaveras
Tua fé não vacilou e nem tremeu.

Teu coração se fez em pouso santo
A iluminar os dias da descrença
A enxugar o mais pungente pranto
Dos pequenos do mundo em dor intensa.

A nova era enfim, Jesus de novo!
Trazendo pão e paz, luz e agasalho
Amar e esclarecer a alma do povo
É o ideal, teu lema de trabalho!

Por isto eu canto o pobre do meu verso
Sabendo que és tudo, menos cisco…
Para nós, tu serás sempre Francisco
O Cândido Xavier, do Universo.

Auta de Souza

Amargura


“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” Paulo (Hebreus, 12:15)

Para bem servir ao Senhor, não é razoável marchemos ao longo do trabalho honroso à maneira de cooperadores lacrimosos e descontentes.
A mágoa, muitas vezes, traduz desconfiança e deslealdade.
O coração operoso e confiante nunca perde o otimismo, colocando-se, antes de tudo, à frente do Infinito e da Eternidade.
Há dificuldades e problemas?
Prossigamos em serviço e o Mestre Divino oferecer-nos-á a solução.
Há sombras?
Lembremo-nos de que não existem nuvens eternas, porque o Centro da Criação é Luz Imperecível.
Há quedas?
Estejamos convictos de que o reerguimento não se fará esperar.
O dever do trabalhador é continuar a tarefa que lhe foi conferida, tanto quanto a obrigação do servo fiel é marchar na realização do programa de quem lhe concedeu a bênção do serviço edificante.
Tenhamos em mente que, em favor do êxito geral de nosso esforço, é imprescindível o incessante combate às raízes de amargura no coração. Se brotarem livremente, serão venenosos arbustos, prejudicando a movimentação dos interesses coletivos de elevação e paz.
Guardemos reflexão e prudência, mas destruamos a amargura injustificável, para que não perturbemos a obra do Mestre e para que os nossos amados não se privem da graça de Deus.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 123