Confira nesta edição do Boletim Mais Luz:
Trabalho e caridade
Ante o Evangelho: Pelas suas obras é que se
reconhece o cristão
Poema: Trabalho
Avancemos – Fonte Viva
Prece por trabalho
Confira nesta edição do Boletim Mais Luz:
Trabalho e caridade
Ante o Evangelho: Pelas suas obras é que se
reconhece o cristão
Poema: Trabalho
Avancemos – Fonte Viva
Prece por trabalho
Meus amigos, que o Senhor nos reúna em sua paz.
Comove-me, sobremaneira, a oportunidade de
falar-vos, igualmente, nesta noite, rica de emoção e alegria para nós todos que
nos harmonizamos nesta casa de amor cristão na sementeira do Evangelho simples
e puro.
Que dizer-vos de nossa expectativa, de nossa
esperança? O tempo voa apressado e a luta modifica os aspectos da experiência
humana, entretanto, os nossos interesses efetivos da alma são os mesmos.
Guardamos no coração o programa de
aperfeiçoamento da primeira hora, programa que se estende além do túmulo,
compelindo-nos a ingente serviço de aplicação com o Divino Mestre.
Ah! Se pudesse, meus irmãos, descerrar-vos o véu
que vos oculta a verdadeira visão da Vida Imperecível. Não obstante todos os
conhecimentos amealhados por minha pequenina inteligência e por meu obscuro
coração, a passagem no rumo da Vida Nova me impôs intraduzível reajustamento
não no capítulo das convicções, mas, no setor da ação pessoal no aprimoramento
íntimo.
Compreendi, aqui, com mais clareza, que
Espiritismo sem caridade e sem trabalho é ruinoso esquecimento dos benefícios
recebidos do Alto, traduzindo endurecimento e ingratidão.
É imprescindível mover nossa mente no espírito
de serviço e santificar o coração no amor com que nos cabe empenhar todas as
energias no bem aos semelhantes.
Todos vós que me ouvis, companheiros de luta e
alegria, irmãos de muitas jornadas na Terra, despertemos nossas forças para a
obra individual que o Senhor espera de nosso concurso em sua colheita de amor e
luz.
Não aguardemos alheia colaboração, situando alma
e pensamento, coração e cérebro nesse abençoado esforço de estender o tesouro
das Bênçãos que nos foi conferido, irradiando de nós mesmos a paz e a bondade,
a fraternidade e a regeneração.
Estreito é o caminho de acesso às Fontes
Superiores e curto é o tempo de experiência construtiva no corpo.
O tempo é o campo sublime que não devemos
menosprezar.
Atualmente, em nossa condição de desencarnados,
para vós outros não passamos de sentinelas, cujo único mérito é o de vos
relacionar os perigos da jornada e os percalços da senda que nos compete
percorrer.
Muita gente acredita, exclusivamente, no
conselho de si própria, entretanto, os que sofreram conhecem o caminho com mais
precisão e é por isto que nos oferecemos ao serviço de doutrinação espiritual,
acreditando que nos relevareis a boa vontade.
Grande, em verdade, é o nosso júbilo
identificando-vos os propósitos elevados na direção do Reino Divino, observando
o cuidado com que vos consagrais à Obra do Mestre Compassivo e Inesquecível,
acompanhando-vos as realizações, a benefício do bem-estar coletivo, inspirados
pelo Espiritismo Cristão em que nos irmanamos; entretanto, meus amigos, é
indispensável cresçamos mais intensamente na academia da Espiritualidade
Superior, dentro da qual os discípulos são, eles mesmos, os livros vivos do
Infinito Bem, invariavelmente prontos a expressarem nas próprias vidas a
mensagem de Jesus, sem reclamar recompensa, sem contar lágrimas, sem alinhavar
queixas, sem intemperança mental, porquanto não ignoram que uma Justiça
Soberana e Salvadora segue, de perto, as lutas de cada aprendiz, ajustando-as
aos gloriosos imperativos da Lei que manda conferir a cada homem o resultado
vivo de suas obras.
Unamo-nos mais extensamente na doutrina operante
e regeneradora.
O trabalho movimenta — a caridade guia.
O trabalho renova — a caridade ilumina.
O trabalho instrui — a caridade educa.
O trabalho modifica — a caridade socorre.
O trabalho esclarece — a caridade santifica.
O trabalho alimenta — a caridade abençoa.
Com o trabalho o homem se engrandece. Com a
caridade o homem se eleva para o Senhor.
Sem trabalho e sem caridade, cada dia, cada
hora, cada minuto da vida, não nos aprimoraremos no santuário que penetramos à
procura de amparo e consolação.
Libertemo-nos das forças entorpecentes da
inércia espiritual, combatendo-as com duplicado fervor.
Com semelhantes afirmativas, meus amigos muito
amados, não desejamos senão impulsionar-vos, com mais calor, para a frente em
direção ao Mais Alto.
Aqui se encontram comigo nossos irmãos Franco,
Ferreira, Lima e muitos outros que nunca se cansarão de colaborar pelo
engrandecimento e prosperidade de nosso querido Grêmio.
Estamos juntos e Jesus permanece conosco.
Nesta convicção de fraternidade e fé vivificante
que mal poderemos temer?
Entrelacemos nossos braços e corações,
confiantes no Mestre, em nós mesmos e avancemos, robustos na esperança,
diligentes na ação e edificados no dever bem cumprido.
A consciência reta é o nosso templo sublime. Aí
dentro, neste templo vivo de nossa experiência no eterno caminho, aprendamos a
amar-nos, sinceramente, uns aos outros e o Senhor nos abençoará para sempre.
E recebereis, com a tolerância e a bondade que
vos caracterizam, um abraço fraternal do humilde servidor reconhecido.
Claudino Dias / Chico Xavier – Livro: Doutrina e aplicação
“Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja
alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas
que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim! Paulo
(Filipenses, 3:13 e 14)
Na estrada cristã, somos
defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da
improdutividade, declarando-se acidentados por desastres espirituais.
É alguém que chora a
perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.
É o trabalhador que se
viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.
É o missionário que se
imobilizou à face da calúnia.
É alguém que lastima a
deserção de um consócio da boa luta.
É o operário do bem que
clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a
dedicação afetiva.
É o idealista que espera
uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.
É o cooperador que
permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às
boas obras.
É a mulher que se enrola
no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.
É o colaborador que se
escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.
É alguém que deplora um
erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.
O passado, porém, se
guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para
o futuro.
É imprescindível exumar
o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham
a alma.
A contrição, a saudade,
a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento
ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.
Paulo de Tarso, que
conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio
coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece
roteiro seguro ao aprimoramento.
“Esqueçamos todas as
expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que
nos esperam” — eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.
Centralizemos nossas
energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem
renovar-se.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 050
Auxilia-nos a servir
para que aprendamos a amar, segundo nos ensinastes.
Nas horas tranquilas,
induze-nos a trabalhar, aproveitando os tesouros do tempo e nas horas de crise,
conserva-nos em mais trabalho a fim de não perdê-los.
Se errarmos, faze-nos
trabalhar na própria corrigenda e sempre que acertarmos no dever a cumprir,
acrescenta-nos o trabalho para sermos mais úteis.
Senhor, ajuda-nos a
compreender que o trabalho afasta a necessidade, imunizando-nos contra o mal e
auxilia-nos a lembrar que unicamente aqueles que aprendem a servir é que
conseguem vencer.
Quando as Ciências se afirmavam e a fé cega
cedia lugar à razão, ele soube arrancar dos fenômenos curiosos das mesas
girantes uma doutrina integral.
Portador de sensibilidade acurada, mantendo um
alto senso crítico, Allan Kardec mergulhou o bisturi da investigação no
organismo da morte e estabeleceu a linha direcional para o comportamento humano
responsável em torno da imortalidade.
Ele não se deteve no umbral das investigações,
fascinado pelas informações espirituais que lhe chegaram. Tampouco se permitiu
apaixonar, em momento nenhum, pelas conquistas enobrecedoras.
Perquiriu, com raciocínio claro, examinou com
imparcialidade, investiu o tempo e a vida na busca da Verdade, para brindar a humanidade
com o Consolador que Jesus havia prometido.
Dotado de uma óptica invulgar, soube separar as
gemas dos seixos, os diamantes estelares dos pedregulhos com eles formando um
colar de rara beleza para adornar a vida, tornando-a bem-aventurada.
Investindo o que havia de mais precioso no
conhecimento, para que a Doutrina Espírita pudesse sobreviver à marcha do
progresso, examinou os mais intrigantes problemas do comportamento humano à luz
da reencarnação, oferecendo uma filosofia pragmática, alicerçada no cartesianismo,
facultando no futuro enfrentar com altivez a derrocada da ética e da cultura,
qual ocorre nestes dias.
Confrontou os dogmas religiosos com a realidade
da Ciência, e, fazendo-os implodir, propôs a religião do amor universal tendo
por fundamento as bases essenciais de todas elas, com os seus componentes
confirmados pela investigação científica, do que resultou uma saudável
filosofia comportamental.
Profetizou a evolução da humanidade e o papel
que o Espiritismo deveria desempenhar na transformação do homem.
Advertiu todos aqueles que se adentrassem no
comportamento espírita para que examinassem em profundidade a Doutrina, não se
deixando embair pelas ideias fantasistas ou pelas profecias de arrastamento,
sem conteúdo.
E hoje, quando o Espiritismo sensibiliza milhões
de vidas, o seu Movimento parece deperecer, perdendo em qualidade o que adquire
em quantidade.
Adeptos precipitados tentam enxertar conceitos
supersticiosos no organismo impoluto da Doutrina que dispensa apêndices,
permanecendo ideal conforme foi legada por Allan Kardec.
A invigilância de alguns simpatizantes procura
adaptar crendices ultramontanas ao texto doutrinário, para acomodar interesses
imediatos e vazios, por falta de coragem para arrostar as consequências da fé
na sua legitimidade.
O Espiritismo sobrepõe-se-lhes, porque nenhum
exotismo pode fazer parte do seu contexto.
Teimam introduzir no seu conteúdo superior
práticas, que, embora respeitáveis, são do Orientalismo, não se coadunando com
a tecedura da verdade de que Allan Kardec se fez intermediário consciente.
A Doutrina Espírita, não obstante, respeitando
todos os comportamentos religiosos e éticos da Humanidade, permanece acima de
qualquer conotação suspeita ou desfiguração nas suas bases.
O mediunismo desorganizado e sensacionalista
atrai a atenção para os fenômenos corriqueiros da saúde e da fantasia, de certo
modo tentando transformar o Espiritismo em uma seita de significado impreciso.
Cabe, desse modo, ao espírita consciente
tolerar, mas, não ser conivente; respeitar, mas, não concordar com as
tentativas de intromissão de seitas, de práticas, de crendices e superstições
que fizeram a glória da ignorância nas gerações passadas, poupando a Doutrina
Espírita desse vandalismo injustificável, ao mesmo tempo convidando todos a uma
releitura das suas bases em confronto com os avanços do conhecimento hodierno,
para que se reafirme a indestrutibilidade dos seus ensinamentos, confirmados, a
cada momento, pelas conquistas da razão, da tecnologia e da ciência.
O Espiritismo é a Doutrina que vem de Jesus
através dos imortais, codificada pelo pensamento ímpar de Allan Kardec para
assinalar a era do espírito imortal e permanecer traçando diretrizes para as
gerações do futuro que nos cumpre, desde agora, preservar através de uma
conduta saudável, impoluta e compatível com os postulados que fulguram nesse
colosso, que é o Espiritismo, a Doutrina libertadora dos novos tempos.
Outros estudiosos, lúcidos e sérios,
empreenderam o tentame de interpretar o homem, elucidando os mistérios nos
quais o mesmo se encontrava oculto. Através dos tempos foram realizadas
pesquisas demoradas e aprofundada a sonda de averiguação no corpo ciclópico do
conhecimento, buscando-se respostas.
Livros memoráveis foram escritos, abordando o
fenômeno da vida e especialmente o ser pensante, significando um passo
audacioso nas interpretações valiosas.
Ninguém, no entanto, logrou penetrar tanto nas
causas geradoras da vida em si mesma conforme ele o conseguiu.
Sócrates contentou-se em ouvir o seu daimon.
Buda mergulhou em profundo silêncio, descobrindo
a felicidade íntima.
Pitágoras construiu a sua escola de sabedoria
iniciática em Crotona e transmitiu a técnica do conhecimento imortalista.
Os cristãos primitivos, que se celebrizaram pela
busca e dedicação à verdade, defrontaram a Espiritualidade e apaziguaram-se.
Os santos da escatologia católica, em retiros,
silêncios e sacrifícios, superaram-se, abrindo espaços para futuras
experiências ditosas...
Dante Alighieri vislumbrou as paisagens post-mortem,
fazendo grandioso legado à posteridade.
Allan Kardec, entretanto, encarou com coragem os
fenômenos da vida e entregou-se por inteiro ao trabalho de demitizá-la dos
tabus teológicos, das superstições da ingenuidade, dos arrazoados
anticientíficos, que desfrutavam de cidadania cultural.
De princípio, sem parti pris, investigou com
absoluta serenidade as manifestações mediúnicas, demandando as suas causas e
procurando compreendê-las com o escalpelo da razão, fato após fato, buscando
encontrar uma linguagem universal lógica, irrecusável, eliminando todas as
hipóteses que não as enfrentasse com segurança.
Identificada essa causa, verificou a qualidade
moral dos agentes propiciadores e suas consequências éticas profundas.
Refundiu, ante as sucessivas evidências, as
conclusões estabelecidas de começo até quando confirmadas pela demonstração
experimental que lhes concedeu legitimidade.
Restituiu a Deus a dignidade perdida ante a
vulgar conceituação antropomórfica que os homens lhe emprestaram e estudou as
origens da vida, nos elementos, espiritual e material, constitutivos do
Universo, para proclamar o mecanismo da evolução num processo constante e
irreversível, através das etapas sucessivas da reencarnação que atesta a
sabedoria divina e propõe a todos os seres a fatalidade da perfeição, relativa,
que certamente alcançarão.
Passou pelo crivo da observação os antigos
postulados religiosos e os analisou com os instrumentos de que dispunha,
mediante a constante comunicação com os Espíritos, o que resultou na reformulação
da ideia da morte, aniquilando em definitivo esse fantasma de que se utilizavam
os fátuos das religiões e das crendices para concederem bênçãos e maldições ao
talante da astúcia e do suborno através dos bens perecíveis.
Allan Kardec situou Jesus no seu devido lugar
como “o ser mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para servir-lhes de
modelo e guia”, tornando-O o amigo e irmão mais sábio, que nos ensinou a
técnica da felicidade, sem fugir, Ele mesmo, à exemplificação até o holocausto,
justo e simples, mestre e companheiro de todas as criaturas.
Enquanto permaneciam os ditames impostos pela
presunção dos teólogos confundindo as leis civis, transitórias, com as leis
divinas, Kardec apoiou-se na lei natural - o amor - para lecionar deveres e responsabilidades
iguais para todos os homens, que são os construtores do próprio destino.
Perscrutou os problemas decorrentes da “exploração
do homem pelo homem” e recordou a igualdade de direitos e deveres, eliminando
todo e qualquer privilégio de casta, credo, posição social e econômica, concedendo
à caridade, envilecida pelo pieguismo e adulteração de finalidade, o seu
verdadeiro sentido paulino e social, que propicia o socorro ao carente, de
imediato, quando for o caso, promovendo-o em seguida, a fim de realizar-se na
comunidade onde vive.
Abriu as portas para a investigação paranormal,
pioneiro que permanece insuperado, pedagogo e psicólogo exemplar, equilibrado
em todas as colocações apresentadas, que fazem de O Livro dos Espíritos, por
ele escrito com a cooperação dos Mentores da Humanidade, uma Obra ímpar, que
desafia o segundo século de publicação sem sofrer qualquer fissura no seu
conteúdo, num período em que todo conhecimento sofreu contestação e alterou a
face cultural da Terra.
O Livro dos Espíritos, desse modo, não é apenas
a pedra angular sobre a qual se ergue a Doutrina Espírita, mas, também, é o
tratado de robusta estrutura para orientar a Economia, a Sociologia, a
Psicologia, a Embriologia, a Ética, então desvairadas, elucidando a Antropologia,
a Biologia, a Fé, cujos fundamentos necessitavam da preexistência e
sobrevivência do ser inteligente, que o Espiritismo comprovou e tomou acessível
a todo examinador consciente e responsável.
Assim, sem O Livro dos Espíritos, com seus
parâmetros soberanos e esclarecedores, não existe Doutrina Espírita, tanto
quanto sem Allan Kardec não existiria esse colosso granítico demarcador da
Humanidade, que é O Livro dos Espíritos, que o porvir bendirá, tornando-se
manual iluminativo para as consciências do presente e do futuro.
Vianna de Carvalho / Divaldo Franco – Reflexões Espíritas
“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz”. Paulo (Efésios, 4:3)
À frente de teus olhos,
mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda
distante.
São milhões de sendas
que marginam a tua.
Não olvides a estrada
que te é própria e avança, destemeroso.
Estimarias, talvez, que
todas as rotas se subordinassem à tua e reportaste à união, como se os demais
viajores da vida devessem gravitar ao redor de teus passos.
Une-te aos outros, sem
exigir que os outros se unam a ti.
Procura o que seja útil
e belo, santo e sublime e segue adiante...
A nascente busca o
regato, o regato procura o rio e o rio liga-se ao mar.
Não nos esqueçamos de
que a unidade espiritual é serviço básico da paz.
Observas o irmão que se
devota às crianças?
Reparas o companheiro
que se dispôs a ajudar aos doentes?
Identificas o cuidado
daquele que se fez o amigo dos velhos e dos jovens?
Assinalas o esforço de
quem se consagrou ao aprimoramento do solo ou à educação dos animais?
Aprecias o serviço
daquele que se converteu em doutrinador na extensão do bem?
Honra a cada um deles,
com o teu gesto de compreensão e serenidade, convencido de que só pelas raízes
do entendimento pode sustentar-se a árvore da união fraterna, que todos
ambicionamos robusta e farta.
Não admitas que os outros
estejam enxergando a vida através de teus olhos.
A evolução é escada
infinita. Cada qual abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se coloca.
Aproxima-te de cada
servidor do bem, oferecendo-lhe o melhor que puderes, e ele te responderá com a
sua melhor parte.
A guerra é sempre o
fruto venenoso da violência.
A contenda estéril é
resultado da imposição.
A união fraternal é o
sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos
respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos
chamados a servir.
Somente alcançaremos
semelhante realização "procurando guardar a unidade do espírito pelo
vínculo da paz".
Nesta Edição:
Clique: