Venha ler com a gente:
- Vem, hoje – Livro: Depoimentos vivos
- Ante o Evangelho: Os últimos serão os primeiros
- Poema: Ide, irmãos - Bittencourt Sampaio
- Semeadores- Fonte viva 64
- Oração do pintor - Meimei
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O convite do Senhor é claro e vazado em termos
de síntese: “Vem hoje trabalhar na minha Vinha”!
De forma impositiva, a ilustração do Mestre
determina tempo e local de ação.
Não deixa condicional liberativa, nem faculta
uma porta de evasão para a irresponsabilidade.
De maneira incisiva, apresenta a necessidade
redentora em termos finalistas.
Não abre ensancha a divagações que permitam a transferência,
tampouco enseja ao discípulo a oportunidade de adiar o compromisso.
Hoje é a medida de tempo que se está vivendo.
Nem ontem — hoje passado —, nem amanhã — hoje porvindouro.
Equivale dizer, agora, porquanto, ontem é a oportunidade
que foi e amanhã, talvez, não seja alcançado nas mesmas circunstâncias, com as
características azadas dentro dos recursos próprios para a realização do
cometimento.
Há tempo, em razão disso, para semear como há oportunidade
para colher.
Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para
que produzamos no bem, a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da
luz a contribuição da claridade que esparzimos.
Nesse sentido, o apelo do Mestre determina,
também, o campo de trabalho.
Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo
da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista
da adoração inoperante.
A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos
e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento.
...
Refletir filosofando, perquirir examinando, para
crer ajudando.
“Vem hoje trabalhar na minha Vinha”, ainda é
apelo para nós, dos mais veementes e concisos.
Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente
os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar: o inadiável socorro aos
irmãos desencarnados em aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante
eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tampouco
a imposição do desequilíbrio.
A palavra de ordem, o roteiro de fé e a
compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta
senão ajudar a fim de ajudar-se, eficazmente, porquanto amanhã estará, também,
transitando pelos mesmos caminhos.
João Cléofas / Divaldo Franco / Livro: Depoimentos vivos
“Eis que o semeador saiu a semear”. Jesus (Mateus, 13:3)
Todo ensinamento do
Divino Mestre é profundo e sublime na menor expressão. Quando se dispõe a
contar a parábola do semeador, começa com ensinamento de inestimável
importância que vale relembrar.
Não nos fala que o
semeador deva agir, através do contrato com terceiras pessoas, e sim que ele
mesmo saiu a semear.
Transferindo a imagem
para o solo do espírito, em que tantos imperativos de renovação convidam os
obreiros da boa vontade à santificante lavoura da elevação, somos levados a
reconhecer que o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim
de beneficiar corações alheios.
É necessário desintegrar
o velho cárcere do "ponto de vista" para nos devotarmos ao serviço do
próximo.
Aprendendo a ciência de
nos retirarmos da escura cadeia do "eu", excursionaremos através do
grande continente denominado "interesse geral". E, na infinita
extensão dele, encontraremos a "terra das almas", sufocada de
espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos,
oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.
Foi nesse roteiro que o
Divino Semeador pautou o ministério da luz, iniciando a celeste missão do
auxílio entre humildes tratadores de animais e continuando-a através dos amigos
de Nazaré e dos doutores de Jerusalém, dos fariseus palavrosos e dos pescadores
simples, dos justos e dos injustos, ricos e pobres, doentes do corpo e da alma,
velhos e jovens, mulheres e crianças...
Segundo observamos, o
semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós,
espalhando as claridades da Revelação e aumentando-nos a visão e o
discernimento. Humilhou-se para que nos exaltássemos e confundiu-se com a
sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se
substituído por milhões de mensageiros, se desejasse.
Afastemo-nos, pois, das
nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear.
Senhor!...
Através de pincéis e
tintas, cores e telas, concedeste-me o trabalho de que se me honorifica a
existência.
Obtenho os recursos que
se me fazem necessários, criando imagens com que influencio o espírito alheio. Deste-me,
porém, tanta facilidade para exteriorizar a minha própria imaginação que, às
vezes, receio descambar para figurações menos felizes, capazes de conturbar
quem as vê, simplesmente pela sede de popularidade ou dinheiro fácil.
Ensina-me, Senhor, a
compreender a harmonia com que distribuíste sabidamente as cores nos quadros da
natureza, no orbe que nos emprestaste para viver.
Tingiste o firmamento de
azul e a vegetação de verde, as cores repousantes que nos tranquilizam o campo
mental, mas, imprimiste ao sangue o vermelho alarmante e agressivo para que, ao
menor sinal de perigo, venhamos a defender prontamente a vida corpórea.
Situaste as cores resplendentes
do Sol, de cima para baixo, como dar-nos a ideia da marcha que a todos nos
compele da sombra para a luz.
Entretanto, não puseste
cor alguma no ar, a fim de que ninguém possa criar o mínimo traço de privilégio
ou separatividade na distribuição do agente essencial à sustentação de todas as
criaturas da Terra.
Coloriste a verdade com
o realismo que lhe é próprio, mas não desprezaste a beleza e o sonho inventando
para o nosso olhar as maravilhas do arco-íris que não existe como elemento
substancial e, sim, como inspiração de paz e harmonia que nos sublime os
impulsos.
Senhor!...
Ensina-me equilíbrio e o
respeito aos outros para que eu apenas crie formas do bem e para o bem, a fim
de que eu possa cooperar na segurança e na ordem, na serenidade e na alegria
permanentes de tua obra, hoje e sempre.