quarta-feira, 12 de abril de 2023

Prece de aprendiz

 


Senhor Jesus,

dá-me forças para viver com alegria,

coragem para sustentar o fardo das provas com dignidade,

compreensão para não perder a fé em Deus,

boa vontade para servir ao próximo,

discernimento para trilhar o melhor caminho…


Que eu nada faça que prejudique a ninguém e que aprenda a não me queixar senão de minhas próprias fraquezas!

Que acima de todas as sombras da vida, eu possa enxergar a tua divina luz a nortear-me os passos nas lutas de cada dia.

Amado Mestre, que eu saiba me esforçar para não decepcionar os companheiros que depositam em mim a sua confiança e que eu não me sinta decepcionado quando esse ou aquele amigo tropeçar nas pedras da invigilância…

Não me abandones às trevas de mim mesmo!

Toma-me, Senhor o coração de aprendiz e guarda-me contigo, hoje e sempre.

Assim seja!

 

Albino Teixeira / Carlos. A. Baccelli – Livro: Palavras da coragem



terça-feira, 11 de abril de 2023

Ausentes

 “Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.” — (João, 20:24)

 

Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.

Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.

A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.

O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento. Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.

Prevalece idêntico processo no aprimoramento do Espírito.

Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glórias eternas?

Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.

Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.

Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.

Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.

A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.

Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer.

O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 100


sábado, 8 de abril de 2023

Mais Luz - Edição 625 - 09/04/2023

 

Venha ler e refletir conosco: https://mailchi.mp/f7987c5651c3/verdadeiro-sentido-da-pscoa

 

PÁSCOA - "Qual o verdadeiro sentido?" – Haroldo Dutra

Ante o Evangelho: Felicidade que a prece proporciona

Mensagem da semana: Persiste e segue – Fonte Viva 99

Poema: A cruz – João de Deus

Oração: Senhor Jesus! – Emmanuel

Projeto “Examinando o Livro da Esperança” - Psicologia da caridade



PÁSCOA - "Qual o verdadeiro sentido?"

 


(...) “uma grande celebração cujas raízes repousam no judaísmo, mas que foram absorvidas pelo mundo cristão, pelo Cristianismo e depois de certo modo, deturpadas e se transformaram na celebração atual da páscoa, com seus coelhinhos, com seus ovos da páscoa, e com uma festa que quase não guarda nenhuma relação com a páscoa genuína.

O que é então a páscoa?

A páscoa é uma celebração judaica do momento em que o povo foi libertado da escravidão no Egito.

É importante salientar que quando nós falamos de páscoa, nós estamos num universo que é o da religiosidade. Nós estamos no mundo religioso. E no universo da religiosidade nós lidamos com símbolos, com metáforas. Por que isso? Porque religiosidade tem a ver com o sentimento, e religiosidade tem a ver com a experiência pessoal, com a experiência que a criatura faz de Deus, como ela experimenta Deus, como ela experimenta a vida, como ela experimenta a si mesma diante da vida e diante de Deus.

É óbvio que é impossível traduzir uma experiência tão subjetiva, tão espiritualmente rica com a linguagem da ciência, que é uma linguagem matemática, uma linguagem analítica; ou com a linguagem da filosofia, que é uma linguagem especulativa, cheia de um vocabulário complexo e às vezes até prolixo. Por essa razão, a religiosidade opta pela linguagem da metáfora, que é quase uma linguagem dos sonhos. Uma linguagem onírica e, portanto, a páscoa tem muito dessa simbologia onírica do sonho.

O que diz a páscoa?

Que o povo hebreu estava escravo há 400 anos no Egito. O Egito foi invadido então por um anjo da morte. Mas naquelas casas que tivessem uma marca de sangue de um cordeiro, o anjo pularia aquela casa. Como o verbo pular em hebraico é pesah, daí vem páscoa. A páscoa então é o pulo do anjo, o pulo que ele dá nas casas que tem a marca do cordeiro, e que, portanto, foram poupados da tragédia de perderem o filho mais velho da casa. Essa é a simbologia.

Por que o cordeiro? E é interessante: na celebração da páscoa judaica o cordeiro ficava uma semana com a família. Eles pegavam um cordeirinho e ele ficava dentro de casa. Ali as crianças brincavam com o bichinho, criavam uma relação de afeto com ele. Daí uma semana o animalzinho era quase que um membro da família, então, ao entardecer da sexta-feira toda a família se reunia e o animal era sacrificado. E tinha que ser assim, porque se alimentar do cordeiro da páscoa precisava ser uma experiência de dor. É a experiência da perda de alguém amado, então a páscoa tem a ver com essa experiência espiritual. A experiência da libertação espiritual, mas que é uma experiência de desilusão, e você não se desilude sem perder. Por isso esse choque do cordeirinho sendo imolado.

Com a vinda de Jesus, o que ele faz? Ele convive três anos com seus discípulos; cura cegos; cura paralíticos; janta todo dia na casinha de Simão Pedro; cura até mesmo a sogra de Simão Pedro que morava com ele; trabalha com eles; acorda cedinho e vai pescar com eles até o entardecer; convive com eles diariamente; participa das suas dores; sofre as imperfeições de cada um deles; e no momento final dos três anos, reúne os 12 e diz assim para eles: vocês vão me perder. Eu estou agora me despedindo de vocês porque eu vou deixar o mundo corpóreo para voltar ao mundo incorpóreo, e vocês vão experimentar uma tremenda tristeza, uma profunda dor porque vocês criaram uma conexão emocional comigo. Eu não chamo vocês mais de servos, eu chamo vocês de amigos porque tudo o que eu aprendi eu compartilhei com vocês. Eu amei vocês da maneira maior que eu poderia amar; eu amei tanto, que você Pedro, vai me negar, vai me trair, mas eu continuo te amando e nada vai alterar o meu amor por você. Eu amo tanto você Judas, e mesmo sabendo que você vai me trair, eu não estou te expulsando. Eu estou comendo com você, e eu te perdoo, mas eu irei embora e vocês vão viver a maior experiência de solidão, e de ascensão espiritual das suas vidas.

Mas o que eu posso prometer? Que do mundo espiritual eu estarei junto com vocês. Vou ampará-los em todas as suas atividades. Estarei eu mesmo do mundo espiritual comandando a expansão do Cristianismo, portanto, essa crise da morte é apenas um portal para a imortalidade porque a vida não cessa no túmulo, e toda vez que vocês se sentirem solitários, toda vez que vocês sentirem falta da minha amizade, do meu amor, da minha dedicação, da minha presença, vocês vão se reunir, vão celebrar a páscoa em minha memória, em memória da minha amizade, em memória do meu amor, e sobretudo, em memória da libertação de que eu sou o mensageiro, porque Jesus veio libertar o homem da escravidão da matéria, da escravidão dos sentidos.

Egito em hebraico chama-se Mitsraim e Mitsraim em hebraico é estreiteza, prisão. A matéria é opressora, os sentidos físicos são estreitos. A mensagem de Jesus é libertadora porque ela vem trazer um amor incondicional, um amor que ama independente de... Portanto, é um amor que liberta, então ele recomenda: reúnam-se para celebrarem a páscoa, para celebrar o amor, para celebrar a minha dedicação, e para celebrar a imortalidade da alma, a vida espiritual.

Mas infelizmente os séculos passaram, e nós transformamos a páscoa em coelhos e ovinhos coloridos de chocolate, apagando completamente a dimensão espiritual e a experiência religiosa que a páscoa propõe, que é uma experiência de Deus, é uma experiência de solidão, é uma experiência de amar e de se sentir amado, não importam as circunstâncias.

Essa é a páscoa!” 

Haroldo Dutra

 Transcrição da fala de Haroldo Dutra Dias sobre a páscoa no vídeo abaixo.






Senhor Jesus!

 


Auxilia-nos, perante os companheiros impelidos à desencarnação violenta, por força das provas redentoras.

Sabemos que nós mesmos, antes do berço terrestre, suplicamos das Leis Divinas as medidas que nos atendam às exigências do refazimento espiritual. Entretanto, Senhor, tão encharcados de lágrimas se nos revelam, por vezes, os caminhos do mundo, que nada mais conseguimos realizar, nesses instantes, senão pedir-te socorro para atravessá-los de ânimo firme.

Resguarda em tua assistência compassiva todos os nossos irmãos surpreendidos pela morte, em plena floração de trabalho e de esperança e acende-lhes nos corações, aturdidos de espanto e retalhados de sofrimento, a luz divina da imortalidade oculta neles próprios, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível.

Não ignoramos que colocas o lenitivo da misericórdia sobre todos os processos da justiça, mas tocados pela dor dos corações que ficam na Terra — tantos deles tateando a lousa ou investigando o silêncio, entre o pranto e o vazio — aqui estamos a rogar-te alívio e proteção para cada um!… Dá-lhes a saber, em qualquer recanto de fé ou pensamento a que se acolham, que é preciso nos levantemos de nossas próprias inquietações e perplexidades, a cada dia, para continuar e recomeçar, sustentar e valorizar as lutas de nossa evolução e aperfeiçoamento, no rumo da Vida Maior que a todos nos aguarda, nos planos da União Sem Adeus.

E, enquanto o buril da provação esculpe na pedra de nossas dificuldades, conquanto as nossas lágrimas, novas formas de equilíbrio e rearmonização, embelezamento e progresso, engrandece em teu amor aqueles que entrelaçam providências no amparo aos companheiros ilhados na angústia.

Agradecemos, ainda, a compreensão e a bondade que nos concedes em todos os irmãos nossos que estendem os braços, cooperando na extinção das chamas da morte; que oferecem o próprio sangue aos que desfalecem de exaustão; que umedecem com o bálsamo do leite e da água pura os lábios e as gargantas ressequidas que emergem do tumulto de cinza e sombra; que socorrem os feridos e mutilados para que se restaurem; e os que pronunciam palavras de entendimento e paz, amor e esperança, extinguindo a violência no nascedouro!…

Senhor Jesus!…

Confiamos em ti e, ao entregarmo-nos em Tuas mãos, ensina-nos a reconhecer que fazes o melhor ou permites se faça constantemente o melhor em nós e por nós, hoje e sempre.

 

Emmanuel – Livro Diálogo dos vivos

Esta prece foi ditada por Emmanuel na ocasião do incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, em fevereiro de 1972, e nós a transcrevemos aqui, neste momento, por ocasião da desencarnação das quatro crianças na creche em Blumenau (SC). Que o Senhor nos ampare a todos!


sexta-feira, 7 de abril de 2023

Projeto “Examinando o Livro da Esperança” - abril/2023

 


Psicologia da caridade


“Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.” — Jesus — Mateus, 7:12.

“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.” — Cap. XI, 4.

 

Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.

Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.

Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão. Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência. Não se restringe, porém, à emotividade. Para e atende.

Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.

Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.

No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.

Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.

No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.

Sentiu e agiu, auxiliou e passou.

Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.

 Emmanuel / Chico Xavier – Livro da Esperança – cap. 28

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Persiste e segue


“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados.” — Paulo. (Hebreus, 12:12)

 

O lavrador desatento quase sempre escuta as sugestões do cansaço. Interrompe o serviço, em razão da tempestade, e a inundação lhe rouba a obra começada e lhe aniquila a coragem incipiente. Descansa, em virtude dos calos que a enxada lhe ofereceu, e os vermes se incumbem de anular-lhe o serviço.

Levanta as mãos, no princípio, mas não sabe “tornar a levantá-las”, na continuidade da tarefa, e perde a colheita.

O viajor, por sua vez, quando invigilante, não sabe chegar convenientemente ao termo da jornada. Queixa-se da canícula e adormece na penumbra de ilusórios abrigos, onde inesperados perigos o surpreendem. De outras vezes, salienta a importância dos pés ensanguentados e deita-se às margens da senda, transformando-se em mendigo comum.

Usa os joelhos sadios, não se dispondo, todavia, a mobilizá-los quando desconjuntados e feridos, e perde a alegria de alcançar a meta na ocasião prevista.

Assim acontece conosco na jornada espiritual.

A luta é o meio.

O aprimoramento é o fim.

A desilusão amarga.

A dificuldade complica.

A ingratidão dói.

A maldade fere.

Todavia, se abandonarmos o campo do coração por não sabermos levantar as mãos, de novo, no esforço persistente, os vermes do desânimo proliferarão, precípites, no centro de nossas mais caras esperanças, e se não quisermos marchar, de joelhos desconjuntados, é possível sejamos retidos pela sombra de falsos refúgios, durante séculos consecutivos.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 99

 

sábado, 1 de abril de 2023

Mais Luz - Edição 624 - 02/04/2023

 

Venha ler e refletir conosco: https://mailchi.mp/0c58c04dc93e/chico-xavier-quem-voc

 

Chico Xavier, quem é você? (Entrevista em 1977)

Ante o Evangelho: O orgulho e a humildade

Mensagem da semana: Couraça da Caridade – Fonte Viva 98

Poema: Supremacia da Caridade – Casimiro Cunha

Oração por humildade - Meimei