sexta-feira, 12 de maio de 2023

A missão da maternidade

 


Que mistério é esse que envolve as mães?

Eis uma pergunta difícil de explicar. Não existe uma única criatura no mundo que não haja experimentado o envolvimento de sua mãe.

Seja um envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio, patológico. Mas, ninguém escapa da presença da mãe.

Alguém pode nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a presença da mãe.

A mãe é essa criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa de impulsionar a vida do filho.

Muitas vezes abafa o filho, querendo protegê-lo e, desse modo, verificamos quanto é importante essa figura no mundo!

Em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ele chega a perguntar aos seres espirituais qual é a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra e às mulheres. Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante é a da mulher. E complementam – porque é ela que educa o homem.

Quando nós pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem esse apercebimento do seu papel e quando tem essa certeza de sua influência, porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.

Podemos mesmo ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.

Porque foi ela que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta.

Mas, por baixo da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe a figura de uma mulher, de sua mãe.

Foi ela que disse: Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho, se lava em casa.

Então, desse modo, nós encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que empurraram seus filhos para baixo.

Encontramos aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os deverão educar.

Há outras que supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.

Daí, então, começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os políticos.

Quando ela admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os países, que responsabilidades terão em suas mãos. Elas próprias se tratarão melhor, para que não tenham a cabeça infernizada por complexos de culpa, por conflitos e possam passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse respeito aos outros.

Jamais ensinando aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinando aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser vivente. E aí, a mãe ensinará os filhos a amar os vegetais, a proteger as florestas, começando a cuidar dos jardins em casa. Ela ensinará o respeito aos animais.

E, desse modo, então, quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas complexas.

Ah, mulher mãe! Que mistérios envolverão a sua figura?

*   *   *

A missão da mulher, desse modo, é uma missão misteriosa, porque ela consegue penetrar a alma do seu filho, ela consegue conhecer seu filho como ninguém.

Se pararmos para pensar, a mulher passa nove meses lunares carregando nas entranhas o seu rebento, nove meses em que ela faz um curso de especialização em percepção fluídica, em percepção psíquica.

Ela capta as emissões do seu feto, do seu filho ainda feto e as interpreta, como qualquer sensitivo interpretaria uma influenciação espiritual sobre seu psiquismo.

É dessa interpretação, das emissões do filho reencarnante que nascem os famosos desejos da mulher durante a gravidez: a interpretação que ela faz do que está sentindo.

Nem sempre são verdadeiras as interpretações, como nem sempre as criaturas transmitem corretamente aquilo que recebem de seres espirituais. O fenômeno é o mesmo.

Daí, podermos afirmar que a gravidez corresponde ao período de maior transe mediúnico de que se tem notícia. São nove meses em que a mulher mãe filtra o psiquismo de seu filho. São nove meses em que ela projeta sobre ele seu próprio psiquismo.

Tanto ele conhece a sua mãe intimamente, tanto ela conhece seu filho como ninguém.

A mãe conhece os filhos pelo andar deles, pelo modo deles respirarem, pelo modo de olharem. Ela conhece seu filho.

Jamais um filho se esconderá de sua mãe. Não é pelos olhos. É porque ela conhece suas emissões, seus fluidos, seu psiquismo.

Do mesmo modo, jamais uma mãe se esconderá do seu filho. Ele consegue ler na sua mãe se ela está contente, se ela está triste, se ela está feliz, se ela está aborrecida. Ele consegue ler sem que ela diga nada, por causa dessa habitualidade em conviver um com o outro, com essa intimidade visceral.

As nossas mães são aquele instrumento de que Deus lançou mão para que Ele se manifestasse na Terra, enviando-nos à Terra através delas.

A mulher rica, a mulher inteligente, intelectual quanto a mulher pobre, a mulher simples e ignorante, elas têm a mesma habilidade para ser mãe. Toda mulher, psiquicamente, nasce com essa estrutura para a maternidade.

Às vezes, elas não conseguem ser mães de filhos carnais, mas elas são mães dos sobrinhos, elas são mães dos irmãos mais novos, elas são mães de todas as crianças que se lhes acerquem, porque é da mulher esse instinto da maternidade, ainda que não tenha seus próprios filhos carnais.

É dessa maneira que nós verificamos que há um mistério notável na maternidade, e esse mistério se chama amor.

Esse amor que vem se desenvolvendo do instinto para a razão. É esse amor, nas devidas dimensões, que faz o ninho entre os irracionais, que faz com que a galinha guarde seus pintainhos sob as asas, que faz com que os felinos lambam suas crias, que faz com que os pássaros ponham na boca dos seus filhotes o alimento que trouxeram no seu próprio estômago.

É isso que se desenvolveu ao longo dos milênios e explodiu cá em cima na coroa humana e recebeu o nome de amor de mãe, profundamente irracional.

A mãe ama seu filho independentemente do que ele seja, de quem ele seja.

O maior santo recebe o amor de sua mãe, o maior vilão, o mais espúrio dos seres recebe o amor de sua mãe.

Em todas as cadeias públicas, nos dias de visita, pode faltar a esposa, o filho, o amigo, nunca a mãe. Ela estará sempre lá, amando seu filho, na felicidade ou na desdita, na alegria ou na tristeza. Porque ser mãe é de fato trazer uma proposta de Deus para aliviar as lutas do mundo.

Enquanto Deus mandar à Terra Seus filhos no seio das mulheres-mães é porque Ele ainda confia no progresso da Humanidade. 

 

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 147, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em abril de 2008.

Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 10 de maio de 2009.

Texto extraído do site FEP - Federação Espírita do Paraná


quinta-feira, 11 de maio de 2023

Oração na festa das mães

 


Senhor Jesus!

 

Junto dos irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros que mereceram, embora atentos à lei de causa e efeito que a Doutrina Espírita nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as mães esquecidas, para quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição!…

Pelas que jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue, para que não morram de frio;

pelas que estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o sustento que o mundo lhes deve à necessidade;

pelas que se refugiam, nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes dos animais;

pelas que revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães se afastam com nojo;

pelas que pintam o rosto, escondendo lágrimas, no impulso infeliz de venderem o próprio corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão medicar os filhos que a enfermidade ameaça com a morte;

pelas que descobriram calúnia e fel nas bocas que amamentaram;

pelas que foram desprezadas nos momentos difíceis;

pelas que se converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;

pelas que a viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;

pelas que enlouqueceram de dor e foram trancadas nos manicômios;

e por aquelas outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as quisesse; foram acolhidas como sombras do mundo, nos braços da caridade!…

São elas, Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam à Terra os mais altos tributos de sofrimento…

Tu que reconfortaste a samaritana e secaste o pranto da viúva de Naim, que restauraste o equilíbrio de Madalena e levantaste a menina de Jairo, recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher!… 

Reunião pública de 12-5-1961

Emmanuel / Chico Xavier – Livro Justiça Divina


quarta-feira, 10 de maio de 2023

Carta às mães

 

Minha irmã, se Deus te deu

A luz da maternidade

Deu-te a tarefa divina

Da renúncia e da bondade.

 

Busca imitar no caminho

A Rosa de Nazaré,

Irradiando o perfume

De amor, de humildade e fé.

 

 Lembra sempre em tua estrada,

Que a paz de tua missão

É feita dessa ternura

Que nasce do coração.

 

 Contempla em cada filhinho

Um luminoso sorriso

Da alegria dolorosa

Que te leva ao paraíso.

 

 Porque, ser mãe, minha irmã,

É ser prazer sobre as dores,

É ser luz, embora a estrada

Tenha sombras e amargores.

 

Ser mãe é ser a energia

Que domina os escarcéus,

É ser nas mágoas da Terra

Um sacrifício dos céus.

 

 Pensa nisso e não duvides

Da grande misericórdia,

Que te deu na senda escura

A lâmpada da concórdia.

 

 Ouve ainda. Tem cuidado

Com o teu próprio coração.

Não deixes que se transforme

O teu amor em paixão.

 

 Muita vez, a mãe terrestre

Em vez de salvar, condena,

Porque do amor que redime

Faz a paixão que envenena.

 

Há muitas mães nos Espaços

Chorando na desventura,

Os perigosos desvios

De sua imensa ternura.

 

Ama o filho de outra mãe

Qual se fora teu também,

E estarás santificando

Teu lar nas luzes do Bem.

 

Castiga amando o teu filho

Em teu carinho profundo.

Prefere o teu próprio ensino

Às tristes lições do mundo.

 

Recorda que está contigo

A missão de renovar,

De corrigir perdoando,

De esclarecer e ensinar.

 

Nos teus exemplos repousa

A esperança do Senhor,

Que há de salvar este mundo

Por meio de teu amor.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Cartas do Evangelho e outros poemas


terça-feira, 9 de maio de 2023

Diante da multidão

 

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte…” — (Mateus, 5:1)

 

O procedimento dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos corações.

Infelizmente, até agora, raramente a multidão tem encontrado, por parte das grandes personalidades humanas, o tratamento a que faz jus.

Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois.

Sacerdotes inúmeros enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.

Políticos astuciosos exploram-lhe as paixões em proveito próprio.

Tiranos disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o matadouro.

Juízes menos preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o raciocínio.

Administradores menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de efeitos contrários ao progresso.

Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela ignorância que estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.

Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da fé, o padrão de Jesus brilha soberano.

Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar…

É imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação.

Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se.

Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.

Ao leste e ao oeste, ao norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de criaturas, em posição inferior à nossa.

Estendamos os braços, alonguemos o coração e irradiemos entendimento, fraternidade e simpatia, ajudando-as sem condições.

Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade inteira.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 104


sábado, 6 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 629 - 07/05/2023

 

Confira conosco:

https://mailchi.mp/e03fec7b6911/espiritismo-estudado

 

Espiritismo Estudado – Vianna de Carvalho

Ante o Evangelho: Consolador prometido

Mensagem da semana: Esperar e alcançar – Fonte Viva cap. 103

Poema: Paciência – Narcisa Amália

Oração por paciência – Emmanuel

Projeto Examinando o Livro da Esperança: Meio-bem



sexta-feira, 5 de maio de 2023

Palestras CEJG - Maio/2023

 


Paciência

 

Paciência é a palavra calma e boa

Atenuando a cólera sombria,

Silêncio para a injúria que atordoa,

Retendo em si a bênção da harmonia.

 

  É a voz do entendimento que perdoa

O fel da incompreensão e da ironia,

Sorriso que restaura e que alivia,

Resistência da paz que aperfeiçoa.

 

 Paciência!… — sustento da esperança,

Mensageira do amor que não se cansa,

Do puro amor, sem que a Terra o degrade!…

 

  A quem te siga a excelsa companhia,

Serás, no Grande Além, amparo e guia

Na luz sublime da Imortalidade.

  

Narcisa Amália/ Chico Xavier

Livro: Estrelas no chão


quinta-feira, 4 de maio de 2023

Esperar e alcançar

 

“E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.” — Paulo. (Hebreus, 6:15)

 

A esperança de atingir a paz divina, com felicidade inalterável, vibra em todas as criaturas.

O anseio dos patriarcas da Antiguidade é análogo ao dos homens modernos.

O lar coroado de bênçãos.

O dever bem cumprido.

A consciência edificada.

O ideal superior convenientemente atendido.

O trabalho vitorioso.

A colheita feliz.

As aspirações da alma são sempre as mesmas em toda parte.

Contudo, esperar significa persistir sem cansaço, e alcançar expressa triunfar definitivamente.

Entre o objetivo e a meta, faz-se imperativo o esforço constante e inadiável.

Esperança não é inação.

E paciência traduz obstinação pacífica na obra que nos propomos realizar.

Se pretendes materializar os teus propósitos com o Cristo, guarda a fórmula da paciência como a única porta aberta para a vitória.

Há sofrimento em teus sonhos torturados? Incompreensão de muitos em derredor de teus desejos? A ingratidão e a dor te visitam o Espírito?

Não chores perdendo os minutos, nem maldigas a dificuldade.

Aguarda as surpresas do tempo, agindo sem precipitação.

Se cada noite é nova sombra, cada dia é nova luz.

Lembra-te de que nem todas as águas se acham no mesmo nível e nem todas as árvores são iguais no tamanho, no crescimento ou na espécie.

Recorda as palavras do apóstolo dos gentios.

Esperando com paciência, alcançaremos a promessa.

Não te esqueças de que o êxito seguro não é de quem o assalta, mas sim daquele que sabe agir, perseverar e esperar por ele.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 103



quarta-feira, 3 de maio de 2023

Meio-bem / Projeto Examinando o Livro da Esperança

 


“E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” — Jesus — Mateus, 7:14.

 

“Amados irmãos, aproveitai dessas lições; é difícil o praticá-las, porém, a alma colhe delas imenso bem. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço: “Amai-vos” e vereis a Terra em breve transformada em paraíso, onde as almas dos justos virão repousar.” — Cap. XI, 9.

  

Frequentemente, somos defrontados por aqueles que admiram o amor aos semelhantes e que, sem coragem para cortar as raízes do apego a si próprios, se afeiçoam às atividades do meio-bem, continuando envolvidos no movimento do mal.

Emprestam valioso concurso a quem administra, mas requisitam favores e privilégios, suscitando dificuldades.

Financiam tarefas beneficentes, distendendo reais benefícios, no entanto, cobram tributos de gratidão, multiplicando problemas.

Entram em lares sofredores, fazendo-se necessários pelo carinho que demonstram, mas solicitam concessões que ferem, quais rijos golpes.

Oferecem cooperação preciosa, em socorrendo as aflições alheias, no entanto, exigem atenções especiais, criando constrangimentos.

Alimentam necessitados e põem-lhes cargas nos ombros.

Acolhem crianças menos felizes, reservando-lhes o jugo da servidão no abrigo familiar.

Elogiam companheiros para que esses mesmos companheiros lhes erijam um trono.

Protegem amigos diligenciando convertê-los em joguetes e escravos.

Não desconhecemos que todo cultivador espera resultados da lavoura a que se dedica e nem ignoramos que semear e colher conforme a plantação, constituem operações matemáticas no mecanismo da Lei.

Examinamos aqui tão somente a estranha atitude daqueles que não negam a eficácia da abnegação, entregando-se, porém, ao desvairado egoísmo de quem costuma distribuir cinco moedas, no auxílio aos outros, com a intenção de obter cinco mil.

Efetivamente, o mínimo bem vale por luz divina, mas se levado a efeito sem propósitos secundários, como no caso da humilde viúva do Evangelho que se destacou, nos ensinamentos do Cristo por haver cedido de si mesma a singela importância de dois vinténs sem qualquer condição.

Precatemo-nos desse modo, contra o sistema do meio-bem, por onde o mal se insinua, envenenando a fonte das boas obras.

Estrada construída pela metade patrocina acidentes.

Víboras penetram em casa, varando brechas.

O bem pede doação total para que se realize no mundo o bem de todos.

É por isso que a Doutrina Espírita nos esclarece que o bem deve ser praticado com absoluto desinteresse e infatigável devotamento, sem que nos seja lícito, em se tratando de nossa pessoa, reclamar bem algum.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro da Esperança – cap. 29


terça-feira, 2 de maio de 2023

Oração por paciência

 


Senhor!

Fortalece-nos a fé para que a paciência esteja conosco.

Por tua paciência, vivemos.

Por tua paciência, caminhamos.

Auxilia-nos, por misericórdia, a aprender tolerância, a fim de que estejamos em tua paz.

É por tua paciência que a esperança nos ilumina e a compreensão se nos levanta no íntimo da alma.

Agradecemos todos os dons de que nos enriqueces a vida, mas te rogamos nos resguarde a paciência de uns para com os outros, para que estejamos contigo, tanto quanto estás conosco, hoje e sempre.


Emmanuel / Chico Xavier – livro: Tesouro de alegria