quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Escritura individual

“Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” (Mateus, 26:56)

O desígnio a cumprir-se não constitui característica exclusiva para a missão de Jesus.
Cada homem tem o mapa da ordem divina em sua existência, a ser executado com a colaboração do livre arbítrio, no grande plano da vida eterna.
Acima de tudo, nesse sentido, toda criatura pensante não ignora que será compelida a restituir o corpo de carne à terra.
Os companheiros menos educados sabem, intuitivamente, que comparecerão a exame de contas, que se lhes defrontarão paisagens novas, além do sepulcro, e que colherão, sem mais nem menos, o fruto das ações que houverem semeado no seio da coletividade terrestre.
Em geral, porém, ao homem comum esse contrato, entre o servo encarnado e o Senhor Supremo, parece extremamente impreciso, e prossegue, experiência afora, de rebeldia em rebeldia.
Nem por isso, todavia, a escritura, principalmente nos parágrafos da morte, deixará de cumprir-se.
O momento, nesse particular, surge sempre, com múltiplos pretextos, para que as determinações divinas se realizem. No minuto exato, familiares e amigos excursionam em diferentes mundos de ideias, através das esferas da perplexidade, do temor, da tristeza, da dúvida, da interrogação dolorosa e, apesar da presença tangível dos afeiçoados, no quadro de testemunhos que lhe dizem respeito, o homem atende, sozinho, no capítulo da morte, aos itens da escritura grafada por ele próprio, diante das Leis do Eterno Pai, com seus atos, palavras e pensamentos de cada dia.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 94

Vampirismo

CAUSAS EFETIVAS = {Desregramentos emocionais, glutonaria, excessos alcoólicos, cólera, tristeza, ódio, etc., etc.
(...) -  Como evitaremos a vampirização?
E a resposta será, lógica e simplesmente: Pela conduta reta e pelo cultivo, incessante, de hábitos opostos aos acima caracterizados.
Só e só.
(...) Pelos excessos, na alimentação ou noutras manifestações mais caracteristicamente espirituais, de ordem inferior, criaremos tais larvas, com o que atrairemos, para o nosso campo mental e fisiológico, entidades ociosas.
O estômago, o fígado, o aparelho digestivo, etc., passarão a constituir delicioso pasto (e repasto, também...) para tais Espíritos, ainda não felicitados pela luz da renovação interior.
Com o mesmo automatismo com que, ao meio-dia, buscamos, num restaurante ou em nossa própria casa, o alimento indispensável ao corpo, tais entidades buscarão e encontrarão sempre, em nós, aquilo de que necessitam, aquilo de que se nutrem, as larvas criadas pelos nossos pensamentos e ações.
Isto porque «as ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões».
Os excessos físicos ou mentais são a fonte geradora dessa fauna estranha.
«A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma.”
As criaturas que se entregam à embriaguez e aos desvarios do sexo, são grandes produtoras dessas larvas que se localizam, naturalmente, na parte do corpo onde mais diretamente se refletem os desajustes.
Aqueles que julgam que a vida se resume, apenas, em comer e beber, dormir e procriar, não fogem ao imperativo da lei.
Os amigos espirituais observam, penalizados, que «aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo as larvas servem de alimento habitual», referindo-se aos desencarnados que se não despojaram dos hábitos cultivados enquanto no mundo.
Assim sendo, de conformidade com a natureza de nossa vida mental, fornecemos alimento para as entidades não esclarecidas.
Somos os seus sustentadores, os que lhes asseguram a economia organopsíquica.
(...) Não nos compenetrando, real e definitivamente, de que devemos ser comedidos na alimentação, estaremos à mercê das entidades vampirizantes, que, aos milhões, nos observam.
Enquanto não reconhecermos que «a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida», o campo do mediunismo, particularmente, oferecerá sérios perigos aos que, invigilantes, lhe penetrem os domínios...
Os amigos espirituais têm-nos trazido, bondosa e insistentemente, tais advertências.
Não nos deixam ignorantes de tais notícias, do mundo espiritual.
São pacientes e generosos, compreensivos e fraternos, suportando-nos, longos anos, a rebeldia e a desobediência aos princípios de temperança e moderação que nos compete exercitar.
Não desanimam no esforço de nos ajudar, à maneira do Senhor Jesus que, desde a Manjedoura, espera por nós.
Confiam que, mais adiante, evangelicamente esclarecidos, possamos servir, operosa e cristãmente, com efetivos e reais benefícios para os outros e, também, para nós mesmos.
Aguardam que nos capacitemos, em definitivo, de que o corpo físico, embora transitório na configuração que lhe é peculiar, é o maravilhoso Templo do Espírito, segundo São Paulo.
Em face de tamanha tolerância, compete-nos o esforço para equilibrarmos a própria vida.
A nossa experiência, como encarnados, não se resume, exclusivamente, em comer e dormir, em beber e procriar.
Com o mais sincero respeito aos nossos irmãos irracionais, lembremo-nos de que os animais comem e dormem, bebem e procriam...
A vida é a mais bela sinfonia de Amor e Luz que o Divino Poder organizou.
A prece e o estudo, a boa vontade e o trabalho, o cultivo dos pensamentos enobrecedores e a bondade desinteressada, farão de nossas almas harmoniosa nota de celestial beleza, enriquecendo a sublime orquestração que exalta as glórias do Ilimitado...
Reconhecendo, embora, que a nossa mente desequilibrada gera, ainda, criações e formas inferiores, dificultando-nos o acesso aos planos elevados, não nos podemos mais acomodar a semelhante clima, uma vez que já estamos informados de que a perseverança no Bem dar-nos-á, indubitavelmente, poderosos recursos para a realização, à luz do Evangelho, do sublime ideal de cristianização de nossas almas, com o que se concretizará, em definitivo, a promessa do Senhor Jesus:
«Aquele que perseverar até ao fim será salvo».

Martins Peralva – Livro: Estudando a mediunidade

sábado, 7 de setembro de 2019

7 de setembro: Independência do Brasil


Suicídio: Falar é prevenir!


CVV: Disque 188


Setembro amarelo


Janelas da alma


O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.
De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz. Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana. De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séquito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranquilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinquente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.

Joanna de Angelis / Divaldo Franco – Livro: Momentos de felicidade