“Mas tudo isto aconteceu para
que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos,
deixando-o, fugiram.” (Mateus, 26:56)
O desígnio
a cumprir-se não constitui característica exclusiva para a missão de Jesus.
Cada homem
tem o mapa da ordem divina em sua existência, a ser executado com a
colaboração do livre arbítrio, no grande plano da vida eterna.
Acima de
tudo, nesse sentido, toda criatura pensante não ignora que será compelida a
restituir o corpo de carne à terra.
Os
companheiros menos educados sabem, intuitivamente, que comparecerão a exame
de contas, que se lhes defrontarão paisagens novas, além do sepulcro, e que
colherão, sem mais nem menos, o fruto das ações que houverem semeado no seio
da coletividade terrestre.
Em geral,
porém, ao homem comum esse contrato, entre o servo encarnado e o Senhor
Supremo, parece extremamente impreciso, e prossegue, experiência afora, de
rebeldia em rebeldia.
Nem por
isso, todavia, a escritura, principalmente nos parágrafos da morte, deixará
de cumprir-se.
O momento,
nesse particular, surge sempre, com múltiplos pretextos, para que as
determinações divinas se realizem. No minuto exato, familiares e amigos
excursionam em diferentes mundos de ideias, através das esferas da
perplexidade, do temor, da tristeza, da dúvida, da interrogação dolorosa e,
apesar da presença tangível dos afeiçoados, no quadro de testemunhos que lhe
dizem respeito, o homem atende, sozinho, no capítulo da morte, aos itens da
escritura grafada por ele próprio, diante das Leis do Eterno Pai, com seus
atos, palavras e pensamentos de cada dia.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 94
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