quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Vampirismo

CAUSAS EFETIVAS = {Desregramentos emocionais, glutonaria, excessos alcoólicos, cólera, tristeza, ódio, etc., etc.
(...) -  Como evitaremos a vampirização?
E a resposta será, lógica e simplesmente: Pela conduta reta e pelo cultivo, incessante, de hábitos opostos aos acima caracterizados.
Só e só.
(...) Pelos excessos, na alimentação ou noutras manifestações mais caracteristicamente espirituais, de ordem inferior, criaremos tais larvas, com o que atrairemos, para o nosso campo mental e fisiológico, entidades ociosas.
O estômago, o fígado, o aparelho digestivo, etc., passarão a constituir delicioso pasto (e repasto, também...) para tais Espíritos, ainda não felicitados pela luz da renovação interior.
Com o mesmo automatismo com que, ao meio-dia, buscamos, num restaurante ou em nossa própria casa, o alimento indispensável ao corpo, tais entidades buscarão e encontrarão sempre, em nós, aquilo de que necessitam, aquilo de que se nutrem, as larvas criadas pelos nossos pensamentos e ações.
Isto porque «as ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões».
Os excessos físicos ou mentais são a fonte geradora dessa fauna estranha.
«A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma.”
As criaturas que se entregam à embriaguez e aos desvarios do sexo, são grandes produtoras dessas larvas que se localizam, naturalmente, na parte do corpo onde mais diretamente se refletem os desajustes.
Aqueles que julgam que a vida se resume, apenas, em comer e beber, dormir e procriar, não fogem ao imperativo da lei.
Os amigos espirituais observam, penalizados, que «aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo as larvas servem de alimento habitual», referindo-se aos desencarnados que se não despojaram dos hábitos cultivados enquanto no mundo.
Assim sendo, de conformidade com a natureza de nossa vida mental, fornecemos alimento para as entidades não esclarecidas.
Somos os seus sustentadores, os que lhes asseguram a economia organopsíquica.
(...) Não nos compenetrando, real e definitivamente, de que devemos ser comedidos na alimentação, estaremos à mercê das entidades vampirizantes, que, aos milhões, nos observam.
Enquanto não reconhecermos que «a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida», o campo do mediunismo, particularmente, oferecerá sérios perigos aos que, invigilantes, lhe penetrem os domínios...
Os amigos espirituais têm-nos trazido, bondosa e insistentemente, tais advertências.
Não nos deixam ignorantes de tais notícias, do mundo espiritual.
São pacientes e generosos, compreensivos e fraternos, suportando-nos, longos anos, a rebeldia e a desobediência aos princípios de temperança e moderação que nos compete exercitar.
Não desanimam no esforço de nos ajudar, à maneira do Senhor Jesus que, desde a Manjedoura, espera por nós.
Confiam que, mais adiante, evangelicamente esclarecidos, possamos servir, operosa e cristãmente, com efetivos e reais benefícios para os outros e, também, para nós mesmos.
Aguardam que nos capacitemos, em definitivo, de que o corpo físico, embora transitório na configuração que lhe é peculiar, é o maravilhoso Templo do Espírito, segundo São Paulo.
Em face de tamanha tolerância, compete-nos o esforço para equilibrarmos a própria vida.
A nossa experiência, como encarnados, não se resume, exclusivamente, em comer e dormir, em beber e procriar.
Com o mais sincero respeito aos nossos irmãos irracionais, lembremo-nos de que os animais comem e dormem, bebem e procriam...
A vida é a mais bela sinfonia de Amor e Luz que o Divino Poder organizou.
A prece e o estudo, a boa vontade e o trabalho, o cultivo dos pensamentos enobrecedores e a bondade desinteressada, farão de nossas almas harmoniosa nota de celestial beleza, enriquecendo a sublime orquestração que exalta as glórias do Ilimitado...
Reconhecendo, embora, que a nossa mente desequilibrada gera, ainda, criações e formas inferiores, dificultando-nos o acesso aos planos elevados, não nos podemos mais acomodar a semelhante clima, uma vez que já estamos informados de que a perseverança no Bem dar-nos-á, indubitavelmente, poderosos recursos para a realização, à luz do Evangelho, do sublime ideal de cristianização de nossas almas, com o que se concretizará, em definitivo, a promessa do Senhor Jesus:
«Aquele que perseverar até ao fim será salvo».

Martins Peralva – Livro: Estudando a mediunidade

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