CAUSAS EFETIVAS = {Desregramentos emocionais,
glutonaria, excessos alcoólicos, cólera, tristeza, ódio, etc., etc.
(...) - Como evitaremos a vampirização?
E a resposta será,
lógica e simplesmente: Pela conduta reta e pelo cultivo, incessante, de
hábitos opostos aos acima caracterizados.
Só e só.
(...) Pelos excessos,
na alimentação ou noutras manifestações mais caracteristicamente espirituais,
de ordem inferior, criaremos tais larvas, com o que atrairemos, para o nosso
campo mental e fisiológico, entidades ociosas.
O estômago, o fígado, o
aparelho digestivo, etc., passarão a constituir delicioso pasto (e repasto,
também...) para tais Espíritos, ainda não felicitados pela luz da renovação
interior.
Com o mesmo automatismo
com que, ao meio-dia, buscamos, num restaurante ou em nossa própria casa, o
alimento indispensável ao corpo, tais entidades buscarão e encontrarão
sempre, em nós, aquilo de que necessitam, aquilo de que se nutrem, as larvas
criadas pelos nossos pensamentos e ações.
Isto porque «as ações
produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a
formas e consequências de infinitas expressões».
Os excessos físicos ou
mentais são a fonte geradora dessa fauna estranha.
«A cólera, a
desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos
na esfera da alma.”
As criaturas que se
entregam à embriaguez e aos desvarios do sexo, são grandes produtoras dessas
larvas que se localizam, naturalmente, na parte do corpo onde mais
diretamente se refletem os desajustes.
Aqueles que julgam que
a vida se resume, apenas, em comer e beber, dormir e procriar, não fogem ao
imperativo da lei.
Os amigos espirituais
observam, penalizados, que «aos infelizes que caíram em semelhante condição
de parasitismo as larvas servem de alimento habitual», referindo-se aos
desencarnados que se não despojaram dos hábitos cultivados enquanto no mundo.
Assim sendo, de
conformidade com a natureza de nossa vida mental, fornecemos alimento para as
entidades não esclarecidas.
Somos os seus
sustentadores, os que lhes asseguram a economia organopsíquica.
(...) Não nos
compenetrando, real e definitivamente, de que devemos ser comedidos na
alimentação, estaremos à mercê das entidades vampirizantes, que, aos milhões,
nos observam.
Enquanto não
reconhecermos que «a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida», o
campo do mediunismo, particularmente, oferecerá sérios perigos aos que,
invigilantes, lhe penetrem os domínios...
Os amigos espirituais
têm-nos trazido, bondosa e insistentemente, tais advertências.
Não nos deixam
ignorantes de tais notícias, do mundo espiritual.
São pacientes e
generosos, compreensivos e fraternos, suportando-nos, longos anos, a rebeldia
e a desobediência aos princípios de temperança e moderação que nos compete
exercitar.
Não desanimam no
esforço de nos ajudar, à maneira do Senhor Jesus que, desde a Manjedoura,
espera por nós.
Confiam que, mais
adiante, evangelicamente esclarecidos, possamos servir, operosa e
cristãmente, com efetivos e reais benefícios para os outros e, também, para
nós mesmos.
Aguardam que nos
capacitemos, em definitivo, de que o corpo físico, embora transitório na
configuração que lhe é peculiar, é o maravilhoso Templo do Espírito, segundo
São Paulo.
Em face de tamanha
tolerância, compete-nos o esforço para equilibrarmos a própria vida.
A nossa experiência,
como encarnados, não se resume, exclusivamente, em comer e dormir, em beber e
procriar.
Com o mais sincero
respeito aos nossos irmãos irracionais, lembremo-nos de que os animais comem
e dormem, bebem e procriam...
A vida é a mais bela
sinfonia de Amor e Luz que o Divino Poder organizou.
A prece e o estudo, a
boa vontade e o trabalho, o cultivo dos pensamentos enobrecedores e a bondade
desinteressada, farão de nossas almas harmoniosa nota de celestial beleza,
enriquecendo a sublime orquestração que exalta as glórias do Ilimitado...
Reconhecendo, embora,
que a nossa mente desequilibrada gera, ainda, criações e formas inferiores,
dificultando-nos o acesso aos planos elevados, não nos podemos mais acomodar
a semelhante clima, uma vez que já estamos informados de que a perseverança
no Bem dar-nos-á, indubitavelmente, poderosos recursos para a realização, à
luz do Evangelho, do sublime ideal de cristianização de nossas almas, com o
que se concretizará, em definitivo, a promessa do Senhor Jesus:
«Aquele que perseverar até ao fim será salvo».
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