domingo, 23 de abril de 2023

Mais Luz - Edição 627 - 23/04/2023

 

Venha ler e refletir conosco:

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A Inconfidência Mineira – Humberto de Campos

Ante o Evangelho: O egoísmo

Mensagem da semana: A cortina do “eu” – Fonte viva 101

Poema: Soneto – João de Deus

Oração por Nós – Maria Dolores



sexta-feira, 21 de abril de 2023

A Inconfidência Mineira

 

(...) O mártir da inconfidência, depois de ter examinado, amarguradamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel a ele somente reservada, já que seus irmãos de ideal poderiam continuar na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael cercam-lhe a alma leal e forte, inundando-a de santificadas consolações.

 Tiradentes entrega o Espírito a Deus, nos suplícios da forca, no dia 21 de abril de 1792. Um arrepio de angustiosa ansiedade percorre a multidão, no instante em que o seu corpo balança, pendente das traves do campo da Lampadosa.  

Mas, nesse momento, Ismael recebia nos seus braços carinhosos e fraternais a alma edificada do mártir.

— “Irmão querido, — exclama ele, — resgatas hoje os delitos cruéis levados a efeito por ti, quando te ocupavas do nefando mister de inquisidor, nos tempos passados… Resgataste o pretérito obscuro e doloroso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores… Novo gênio que surges, espargirás novas bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro… Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um será justiçado de acordo com as suas obras e se o Brasil se aproxima da sua maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra…”

Um sulco luminoso desenhou-se nos Espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o Espírito iluminado do mártir que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do esquartejamento.

Daí a alguns dias, a piedosa rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI,  a independência do Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas, dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida terrestre.

 

Humberto de Campos — Trecho extraído do capítulo 14 do livro: Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.


Espiritismo Estudado

 


É impostergável, nos cometimentos diários, o dever de estudar e aplicar as nobres lições do Espiritismo, no atual estágio da evolução do pensamento.

À medida que as luzes da Doutrina Espírita clarificam o entendimento humano, mais imperioso se torna o cultivo das informações que ressumam da Revelação, a fim de que a ignorância em torno dos problemas do espírito seja em definitivo combatida.

A responsabilidade dos que travaram contato com a Mensagem de Jesus, desvelada e atualizada pelos Espíritos, é muito grande, pois que àquele que usufrui a bênção do esclarecimento não se pode conceder a indulgência da leviandade, nem tampouco a reprochável conduta da indiferença em face das magnas questões que se agigantam em todo lugar.

Até hoje o egoísmo tem exercido sobre o espírito humano um soberano comando, O Espiritismo, preconizando o amor que liberta e a fraternidade que socorre, é o mais severo adversário desse sicário destruidor.

Todavia, para que o adepto do Espiritismo se integre realmente no espírito da Doutrina, exige-se-lhe aprofundamento intelectual no conteúdo da informação espírita, de modo a poder corporificá-la conscientemente no comportamento moral e social, na jornada diária.

Nesse sentido, há que fazer justa quão indispensável diferença entre o Espiritismo e o Movimento Espírita.

Vigem, em muitos setores da prática espiritista, normas e diretrizes ultrajantes à Mensagem de que Allan Kardec foi instrumento do Alto, seja por negligência de muitos dos seus membros, seja pela crassa ignorância daqueles que assumem responsabilidades definidas, ante os dispositivos abraçados, sem os necessários recursos culturais indispensáveis.

Ante a grandeza da Revelação, por estarem acostumados às limitações típicas das seitas do passado, ou porque ainda vinculados às superstições nefandas dos dias recuados, muitos pseudo-espíritas pretendem reduzir a grandeza imensurável do Espiritismo à estreiteza de uma nova seita, em cujo organismo grassem os erros derivados da incompetência e do abastardamento, de que o desconhecimento da Codificação se faz motivação poderosa.

O Movimento Espírita é o resultado do labor dos homens, enquanto o Espiritismo é a Doutrina dos Espíritos dirigida aos homens.

O Espiritismo, pois, não cessemos de repetir, é ciência de observação e investigação incessante. Tateamos agora as primeiras constatações, ante o infinito das realidades que ele busca, devassa e esclarece.

Há, ainda e continuamente, infindo campo de informação a perquirir e constatar no eloquente continente da vida espiritual, a verdadeira, a joeirar.

Estudado, o Espiritismo dealba a antemanhã luminosa da humanidade do futuro, desde agora.

Como Filosofia, a sua escola de indagação não se limita às linhas clássicas da discussão, nem se empareda na estreiteza dos conceitos ultramontanos ou do debate limitado, porquanto estas não são as primeiras nem as últimas palavras das elucidações que faculta, nem dos esclarecimentos que oferta.

Religião da ciência, como ciência da filosofia, é, ao mesmo tempo, a filosofia da religião, e sua ética não se estratifica na moralidade das convenções transitórias, nem se resume a dogmas atentatórios à razão.

Com fundamentos na Revelação Moisaica, através do insubstituível código do Decálogo, sempre oportuno e novo em toda a sua elaboração — segurança para cada homem e arbítrio para todas as nações — abranda, com a excelsa beleza do Evangelho do Cristo, a aspereza severa das antigas leis de Talião, dando cumprimento às promessas dos Profetas e de Jesus.

Doutrina que acompanha o progresso do Conhecimento e estimula novas formas de averiguação e pesquisa, não se detém nas conquistas conseguidas, antes projeta para o mundo das causas as suas alocuções filosóficas, facultando empreendimentos mais audaciosos e profundos, tendo em vista o investimento homem — esse objetivo essencial da sua obstinada busca transcendente.

Convertê-lo em resíduo seitista é desfigurá-lo danosamente, ceifando os elevados objetivos a que se propõe. Mantê-lo em círculo de mediunismo desregrado, significa desconsiderá-lo no aspecto superior das suas realizações: o da pesquisa científica, por cujos roteiros a ciência e a fé se unirão na romagem para a vida e para Deus.

É verdade que se alastram formas primitivas de mediunismo em toda parte, merecendo esta questão mais cuidadoso exame, para melhor serem debeladas as nefastas consequências de tal fenômeno. E, por essa razão, maior deve ser o nosso empenho na sadia divulgação dos postulados espíritas, lavrados no estudo sistemático e constante do contexto doutrinário, para que o medicamento com que pretendemos amenizar ou erradicar os males morais da sociedade hodierna, não venha a produzir maiores danos, como resultado da sua má dosagem e aplicação.

A princípio, o Cristianismo foi eficiente remédio aplicado sobre as feridas do Paganismo. A indiscriminada e irracional utilização da Doutrina do Cristo, deformada nos seus pontos básicos, sobre as chagas sociais da época, produziu cânceres mais virulentos do que aqueles que visava a combater e de cujos danos ainda sofrem as comunidades modernas...

Fenômeno consentâneo pode ocorrer nestes dias com o Espiritismo... Sem dúvida, a Doutrina é irreversível e sadia. Todavia, a Boa Nova também o é...

Dilatam-se as referências espíritas no organismo social do momento; multiplicam-se as Casas Espíritas; há adesões em massa ao Espiritismo; surgem os primeiros sintomas de cultos espíritas; aparecem fartas concessões ao Espiritismo... Respeitando e considerando todas as formas de divulgação, não nos podemos furtar à conclusão de que a quantidade tem recebido maior valorização do que a qualidade, que deve manter o caráter específico de pureza que não podemos subestimar.

O movimento espírita cresce e se propaga, mas a Doutrina Espírita permanece ignorada, quando não adulterada em muitos dos seus postulados, ressalvadas as excelentes e incontáveis exceções.

O que se possa lucrar pela quantidade pode redundar em prejuízo na qualidade.

No que diz respeito ao capítulo das obsessões, aventureiros inescrupulosos se intrometem, inspirados por mentes desencarnadas afeiçoadas à lavoura da perturbação, fazendo que promovam espetáculos lamentáveis, nos quais a mediunidade se transforma em chaga espiritual, por cuja purulência exsudam as misérias pretéritas...

Alardeiam perseguições, esses malfazejos diretores de trabalhos, e, em nome do esclarecimento, apavoram os neófitos, fazendo que, pelo medo e através do desconhecimento do Espiritismo, se vinculem aos seus desafetos desencarnados, mediante a fixação mental ou ao pavor que os dominam, após as incursões inconscientes em misteres de tal monta.

O Espiritismo é doutrina de otimismo, de educação integral, de higiene mental e moral. É o retorno do Cristo ao atormentado homem do século ciclópico da Tecnologia, através dos seus emissários, renovando a Terra e multiplicando a esperança e a paz nas mentes e nos corações que Lhe permaneçam fiéis.

Nos redutos em que o estudo da Doutrina Espírita é considerado desnecessário, afirma-se que ele se faz adversário da cultura e, a pretexto de auxílio aos que sofrem, atenta-se contra a ciência médica, principalmente, reduzindo-o a superstição danosa e inconsequente.

Destinado aos infelizes, estes não são apenas os que sofrem as dificuldades econômicas e são conhecidos como constituintes das classes humildes. A dor não se limita a questões de circunstância, tempo e lugar. Dessa maneira, não prescreve a ignorância, mas proscreve-a.

Impostergável, portanto, o compromisso que temos, todos nós, desencarnados e encarnados, de estudar e divulgar o Espiritismo nas bases nobres com que no-lo apresentou Allan Kardec, a fim de que o Consolador, de que se faz instrumento, não apenas enxugue em nós os suores e as lágrimas, mas faça estancar, nas fontes do sofrimento, as causas de todas as aflições que produzem as lágrimas e os suores.

Nesta aferição de valores, para o elevado mister da divulgação espírita, oremos e vigiemos, conforme a recomendação do Mestre, para que nos desincumbamos a contento do cometimento aceito, dando conta da nossa responsabilidade, com o espírito tranquilo e a mente pacificada.

 

Vianna de Carvalho / Divaldo Franco – Livro: Sementeira da Fraternidade



quinta-feira, 20 de abril de 2023

Oração por Nós

 

 

Senhor!

Sabemos nós que nos disseste:

“Amai-vos uns aos outros,

Tal qual eu vos amei.”

Todos estamos certos quanto à lei.

Que em ti refulge sob a luz celeste,

— A luz do Eterno Amor!

 

Entretanto, Senhor,

Os nossos raciocínios

De fé e aceitação

Sempre desaparecem no barulho

Da vaidade e do orgulho

Em que nos mergulhamos com frequência,

Ensombrando a existência

Ao recusar-te o coração.

 

É por isto, Jesus,

Que te rogamos luz

Para rever-te a vida e escutar-te os chamados

Nos companheiros desesperançados,

Nos últimos das filas

Das multidões cansadas e intranquilas

De que passamos ao redor,

Das quais nos chamas à cooperação

Por um mundo melhor.

 

Sabemos que nos falas

Através das crianças desnutridas,

Das mães que lutam por alimentá-las.

Dos enfermos que esperam

A vaga do hospital,

Dos irmãos outros de outros sanatórios,

Daqueles nosocômios diferentes,

Onde a justiça guarda os corações doentes

Que pulsaram no bem, vezes e vezes.

E atiraram-se ao mal…

 

Temos nós a certeza

De que nos buscas, dia a dia,

Nos que esmorecem de tristeza,

Dos que se vão na estrada escura e fria

Da deserção que os desconforta,

Naqueles cujo peito

Inda nutre a esperança quase morta,

De pés sangrando no caminho

Das grandes provações…

 

Conhecemos a luta em que te pões.

Pedindo-nos concurso e entendimento,

A fim de atenuar o sofrimento

De tantos corações

Atolados na sombra em velhos climas

De rebeldia, angústia e indiferença,

Companheiros dos quais nos aproximas

Agora e em toda parte.

A fim de interpretar-te

A divina presença.

É por isto, Senhor, que te imploramos:

Faze-nos olvidar as bagatelas

Entre as quais nos perdemos…

Arreda-nos do passo todas elas

De modo que possamos entender

O serviço contigo por dever.

 

Ajuda-nos. Senhor,

A lembrar-te e a esquecer

Tudo quanto se ligue a pensamento vão,

Para que o nosso amor jamais se torça,

Porque somente em ti, Jesus, existe a força

Que nos leva a entregar-te o coração.

 

 Maria Dolores - Livro: Na hora do testemunho – Chico Xavier


quarta-feira, 19 de abril de 2023

A cortina do “eu”

 “Porque todos buscam o que é seu e não o que é do Cristo Jesus.” — Paulo. (Filipenses, 2:21)

 

Em verdade, estudamos com o Cristo a ciência divina de ligação com o Pai, mas ainda nos achamos muito distantes da genuína comunhão com os interesses divinos.

Por trás da cortina do “eu”, conservamos lamentável cegueira diante da vida.

Examinemos imparcialmente as atitudes que nos são peculiares nos próprios serviços do bem, de que somos cooperadores iniciantes, e observaremos que, mesmo aí, em assuntos da virtude, a nossa percentagem de capricho individual é invariavelmente enorme.

A antiga lenda de Narciso permanece viva, em nossos mínimos gestos, em maior ou menor porção.

Em tudo e em toda parte, apaixonamo-nos pela nossa própria imagem.

Nos seres mais queridos, habitualmente amamos a nós mesmos, porque, se demonstram pontos de vista diferentes dos nossos, ainda mesmo quando superiores aos princípios que esposamos, instintivamente enfraquecemos a afeição que lhes consagrávamos.

Nas obras do bem a que nos devotamos, estimamos, acima de tudo, os métodos e processos que se exteriorizam do nosso modo de ser e de entender, porquanto, se o serviço evolui ou se aperfeiçoa, refletindo o pensamento de outras personalidades acima da nossa, operamos, quase sem perceber, a diminuição do nosso interesse para com os trabalhos iniciados.

Aceitamos a colaboração alheia, mas sentimos dificuldade para oferecer o concurso que nos compete.

Se nos achamos em posição superior, doamos com alegria uma fortuna ao irmão necessitado que segue conosco em condição de subalternidade, a fim de contemplarmos com volúpia as nossas qualidades nobres no reconhecimento de longo curso a que se sente constrangido, mas raramente concedemos um sorriso de boa vontade ao companheiro mais abastado ou mais forte, posto pelos Desígnios Divinos à nossa frente.

Em todos os passos da luta humana, encontramos a virtude rodeada de vícios e o conhecimento dignificante quase sufocado pelos espinhos da ignorância, porque, infelizmente, cada um de nós, de modo geral, vive à procura do “eu mesmo”.

Entretanto, graças à Bondade de Deus, o sofrimento e a morte nos surpreendem, na experiência do corpo e além dela, arrebatando-nos aos vastos continentes da meditação e da humildade, onde aprenderemos, pouco a pouco, a buscar o que pertence a Jesus-Cristo, em favor da nossa verdadeira felicidade, dentro da glória de viver.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 101


terça-feira, 18 de abril de 2023

Seminário - Evangelizar de todo coração

 


💌 A Área da Infância e Juventude (AIJ) - AME /TO - 12°CRE, traz um CONVITE ESPECIAL...

 

🗓️ SEMINÁRIO PARA EVANGELIZADORES, PAIS E TRABALHADORES.

🔖 DIA: 06/05

HORÁRIO: 15h30 às 17h30.

👀  FORMATO: online.

 

Vocês, PAIS, EVANGELIZADORES ATUANTES E/OU  TRABALHADORES que desejam adentrar a essa tarefa do Cristo, venham participar conosco!

💌 "Eu Sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva. Entrará e sairá; e encontrará pastagem." ( João 10:9 ).📖

 

#VemPraEvangelização.



sábado, 15 de abril de 2023

Mais Luz - Edição 626 - 16/04/2023

 

Reflita conosco:

https://mailchi.mp/1b24406d06e2/o-evangelho-segundo-o-espiritismo

 

Imitação do Evangelho – Obras Póstumas

Ante o Evangelho: Objetivo desta Obra

Mensagem da semana: Ausentes – Fonte Viva 100

Poema: A escola de Jesus convida – Casimiro Cunha

Oração: Prece de aprendiz- Albino Teixeira



Abril: Mês do Livro Espírita

 



A Livraria Joanna de Ângelis,  em comemoração ao "Mês do Livro Espírita", todas as sextas-feiras do mês de abril, estará aberta promovendo a venda de livros infantis com preços acessíveis e exposição de todo o seu acervo.

Um bom livro, um bom presente.
Visite-nos: será das 19h00 às 21h30.