sábado, 27 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 632 - 28/05/2023

 Confira conosco:

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Persevera – Bezerra de Menezes

Ante o Evangelho: Maneira de orar

Mensagem da semana: Sirvamos ao Bem – Fonte Viva, cap.106

Poema: Segue servindo – Auta de Souza

Oração do pomicultor – Meimei

 

 

sábado, 20 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 631 - 21/05/2023

 Não perca nesta edição:

 

O brilho do bem – Richard Simonetti

Ante o Evangelho: Fora da caridade não há salvação

Mensagem da semana: Sois a luz – Fonte Viva, cap. 105

Poema: A lâmpada – Casimiro Cunha

Oração: Prece por luz – Emmanuel

 

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sexta-feira, 19 de maio de 2023

O brilho do bem

 


"Vós sois a luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus." (Mateus, 5:14-16.)

 

Jesus compara seus seguidores à luz que afugenta as trevas. O Cristianismo, com seus valores morais elevados, com seu empenho pela construção do Reino de Deus, fatalmente se destacaria na História, da mesma forma que seria impossível deixar de ver uma cidade edificada sobre a montanha. Se está claro, nota-se perfeitamente o contorno de seus edifícios; se escurece, suas luzes destacam-se.

Individualizando a figura do cristão, Jesus oferece a sugestiva imagem da candeia. Alqueire era uma espécie de vaso usado para medir líquidos ou cereais. Ninguém acende uma candeia para colocá-la prisioneira sob o alqueire. A luz deve estar no velador, suporte colocado no alto para que ilumine o ambiente. Em linguagem atual: não se liga uma lâmpada dentro de recipiente fechado. Para cumprir sua função ela deve estar livre.

O mesmo acontece com o Evangelho. É a luz que ilumina, que dá significado à Vida e a valoriza, mas, se procurarmos em suas lições apenas conforto e bem-estar para nós, sem compreender seu apelo maior, convocando-nos à Fraternidade, então sua claridade ficará aprisionada no vaso do egoísmo e de nada valerá, pois, apesar de detê-la, continuaremos na escuridão de nossas mazelas.

Ao recomendar "brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus", Jesus ensina que o luzir do Evangelho em nós está condicionado à prática do Bem.

Por isso, o verdadeiro cristão é alguém cujo comportamento é invariavelmente edificante; que estimula à virtude, cultivando seus valores e que converte irresistivelmente ao Evangelho com a força do exemplo.

A esse propósito, lembramos a extraordinária figura de Alcíone, do livro "Renúncia", autoria de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier. Atingindo estágios angelicais de evolução, eximira-se de voltar à Terra, mas voltou, por iniciativa própria, a fim de ajudar um grupo de tutelados seus.

Sua presença em nosso mundo, embora no anonimato de condição humilde, tornou-se tão marcante que todos quantos com ela conviveram foram invariavelmente influenciados por ela. E como Alcíone realizava semelhante prodígio? Fazendo prevalecer sua autoridade de Anjo? Impondo sua vontade?

Não! Discípula fiel do Cristo, ela simplesmente observava o Evangelho em sua expressão mais pura, não se limitando a perdoar os ofensores, mas achando uma desculpa para eles; não se limitando a tolerar as imperfeições alheias, mas ajudando as pessoas a superá-las com a serenidade de uma paciência sem limites; não apenas cumprindo os deveres de filha, religiosa, serviçal, mas comportando-se com valores de renúncia, dedicação e heroísmo, que fizeram dela uma inesquecível figura de mulher.

Um pequeno episódio nos oferece a medida de seu caráter. Alcíone trabalhava como governanta em rica mansão. Era muito estimada pelo dono da casa, Cirilo, a filha Beatriz e seu sogro Jacques, mas detestada por Susana, a patroa, enciumada de sua benquerença. E não se cansava de fustigá-la, impondo-lhe tarefas rudes, desvinculadas de suas atribuições, com o propósito de levá-la a deixar aquela casa, já que não podia tomar a iniciativa de despedi-la, com o que seus familiares não concordariam.

Certo dia chama a governanta:

Alcíone, a lavadeira está doente e deverás substituí-la.

Sim, senhora.

E lá vai Alcíone cumprir a tarefa alheia às suas responsabilidades. A menina Beatriz, vendo-a no tanque, revolta-se. Chama o pai e acusa a mãe de explorar a serva. O marido irrita-se, recrimina a esposa com aspereza. Susana agita-se. Nervosa, debulha-se em lágrimas. O ambiente torna-se tenso.

Então, Alcíone, que tudo observava, dirige-se ao patrão:
Senhor Cirilo, desculpe-me entrar na conversa, mas pode crer que a senhorita Beatriz está enganada. Dona Susana não me impôs a substituição da lavadeira. Fui eu mesma que ofereci minha colaboração. Não se preocupe. Estou acostumada com esse serviço.

As palavras de Alcíone, pronunciadas com evidente inflexão de sinceridade e boa vontade, desanuviam o ambiente. Pai e filha tranquilizam-se. O gesto da serva, somado a outros iguais em circunstâncias semelhantes, acaba por sensibilizar Susana, que se torna sua amiga.

Assim é o cristão autêntico. Onde ele está a Vida sempre se faz plena de claridades, pois refletem-se nele as luzes do Céu, marcadas por uma dedicação sem limites à causa do Bem.

 

Richard Simonetti – Livro "A voz do monte”.


quinta-feira, 18 de maio de 2023

Oração do pomicultor

 

Senhor!…

Quando o desânimo me entorpeça o espírito, largando-me à feição de terra seca, dá que a chuva de tuas bênçãos me restaure a coragem.

Quando a tua proteção me renove as energias, reaquece-me no calor de tua bondade, a fim de que me faça útil.

Quando eu consiga mostrar algum proveito, concede-me o privilégio de trabalhar à maneira das árvores benfeitoras.

Quando, porém, a felicidade de servir me valorize as horas e a tarefa me absorva tempo e repouso, não me deixe desertar do dever com receio do sacrifício.

Ensina-me a permanecer de pé, qual a planta nobre que suporta assaltos da estrada e vicissitudes do tempo, pragas e golpes, agindo em silêncio e auxiliando constantemente sem nunca reclamar para si mesma os próprios frutos.

Senhor!…

Apara-me a fim de que eu aprenda obediência e serventia com os vegetais amigos aos quais devo atenção e cuidado e coloca a bênção de tua inspiração sobre os meus desejos, de modo a que obtenha da vida a incessante alegria de atender-te aos desígnios.

Assim seja.

 Meimei / Chico Xavier – Livro: Fé 




Sirvamos ao Bem

“A luz resplandece nas trevas…” — (João, 1:5)

 

Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.

Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa…

Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje em construção na Terra, para a felicidade humana.

Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.

Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de todas as situações e em todas as criaturas.

Não perdeu tempo em reprovações descabidas.

Não se confiou a polêmicas inúteis.

Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.

Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos a sós.

Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.

Foge a sombra ao fulgor da luz.

Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 106


Prece por luz

 


Senhor!…

Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas consequências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, onde as estradas mais retas que nos conduzam à integração com os teus propósitos.

Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas sobretudo para que aprendamos a saber quais os planos que traçaste a nosso respeito.

Ilumina-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.

Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.

Inspira-nos, ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são, sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.

Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.

Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.

Senhor!…

Abençoa-nos e estende-nos as mãos compassivas, em tua infinita bondade, para que te possamos perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia, hoje e sempre.

 Assim seja.

 

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Ceifa de Luz


quarta-feira, 17 de maio de 2023

A lâmpada

Em casa, a lâmpada acesa,

Singela e despercebida,

Constitui lição patente

Das mais nobres que há na vida.

 

Contra a noite escura e espessa,

Que se espalha e reproduz,

Envolve-se de energia,

Resplandece e traz a luz.

 

Seu trabalho é grande e simples,

Difundindo o sol do bem.

Não discute, não pergunta,

Dá sempre, não olha a quem.

 

Ilumina o gabinete

De pesquisa ou de leitura,

Como aclara a agulha humilde

Da máquina, de costura.

 

Envolve com a mesma luz

A velhice, a enfermidade,

A infância, a alegria, a dor,

E os sonhos da mocidade.

 

Há tumultos, há prazeres?

Amarguras, agonia?

Se não sofre violência,

Eis que a lâmpada irradia.

 

Serena, silenciosa,

Não se aflige, não consulta,

Nada pede, além da força

Que lhe vem da usina oculta.

 

Revela todo detalhe,

Sem contendas, sem perigo.

A sua demonstração

É o foco que traz consigo.

 

Não exige condições

Por servir e iluminar,

E define seu ruído

Cada cousa em seu lugar.

 

Pensemos em nossa glória

Quando formos, irmãos meus,

Como lâmpadas do Cristo

Na usina do amor de Deus.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Cartilha da Natureza


terça-feira, 16 de maio de 2023

Sois a luz

“Vós sois a luz do mundo.” — Jesus. (Mateus, 5:14)

 

Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.

A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.

A chama da candeia gasta o óleo do pavio.

A iluminação elétrica consome a força da usina.

E a claridade, seja do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranquilizando aqueles em torno dos quais resplandece.

Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.

Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.

Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.

Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.

Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.

“Vós sois a luz do mundo.” — Exortou-nos o Mestre, — e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 105


segunda-feira, 15 de maio de 2023

Persevera


Perseveremos no bem, sobretudo.

A estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente…

Perseveremos servindo para transpô-la.

 

O ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem…

Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.

 

Ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar…

Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.

 

As lutas e desafios se nos avolumam na marcha…

Perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranquilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.

 

Discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças…

Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos, atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.

 

Filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão…

No entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.

 

Perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir…

Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo…

Perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.

 

De mensagem recebida em 18.11.1972

Bezerra de Menezes / Chico Xavier – Livro: Bezerra, Chico e você