quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Você conhece a história de José Grosso?

No ano de 1896, em território brasileiro, nos recantos áridos do Ceará, em pequeno lugarejo próximo a Crato, nasceu como José da Silva, tendo como pais Gerônimo e Francisca, pais de outros 8 filhos. No princípio da década de 1930, os rumores invadiram toda a vastidão do sofrido Nordeste. Miséria, seca, sofrimentos, falta de tudo. Nessa época alguns homens se apropriaram dos bens dos ricos para distribuí-los aos pobres, e isso empolgou muito o coração de José da Silva que em seu íntimo sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos, com uma terra de paz, sem fome e com a justiça amparando também os pobres e fracos. Essa turba de homens tinha como chefe Lampião. Animado por esses anseios, se integrou ao grupo, por ocasião de sua passagem pela região de Orós (hoje município do estado do Ceará).

Mas, com a convivência com o bando, José da Silva, então conhecido como José Grosso, percebeu que eles extrapolavam nas suas aspirações. Em desacordo com as atitudes do grupo mudou seu comportamento, apesar de não delatar os companheiros de bando às autoridades policiais, passou a alertar as cidades que seriam invadidas para que as pessoas (especialmente mulheres e crianças) não fossem violentadas e assassinadas. Esse comportamento levou Lampião a perfurar-lhe os olhos com uma faca, vingando-se da traição sofrida. José Grosso perdido na mata com infecção generalizada desencarnou em 1936 aos 40 anos de idade sem ter notícia alguma de sete dos seus irmãos. Conhecia apenas o paradeiro de um único irmão, que hoje conhecemos como Palminha e que na época vivia o mesmo tipo de vida, mas pertencendo a outro grupo.

Afirma-se que após o seu desencarne esteve algum tempo vagando em cegueira no plano espiritual sendo amparado pelo espírito Nina Arueira. Ficou por longos anos sob a orientação do Espírito Sheilla e de Joseph Gleber, que tiveram vínculos com ele na Germânia, e também sob a orientação do Espírito Glacus.

Em 1949, acontece sua primeira manifestação no Centro Espírita Oriente em Belo Horizonte. Teria então afirmado ser “folha caída dos ventos do Norte”. Também levado por Scheilla e Joseph começou a manifestar-se no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, através de alguns médiuns principalmente através do extraordinário médium de efeitos físicos conhecido como Peixotinho (Francisco Peixoto Lins).

Desde então o Espírito José Grosso, o “cangaceiro do bem”, vem cooperando junto a vários movimentos espíritas integrando as hostes espirituais onde transitam outros espíritos benfazejos que viveram no sofrido.


* Parte do Relato feito pelo médium Ênio Wendling intuído pelo Irmão Palminha.

Fonte: FEIG




Nenhum comentário:

Postar um comentário