sábado, 31 de agosto de 2024

Ante o Cristo Libertador

 

“Eu sou a porta.” — Jesus. (João, 10:7)

 

Segundo os léxicos, a palavra “porta” designa “uma abertura em parede, ao rés-do-chão ou na base de um pavimento, oferecendo entrada e saída”.

Entretanto, simbolicamente, o mundo está repleto de portas enganadoras. Dão entrada sem oferecerem saída.

Algumas delas são avidamente disputadas pelos homens que, afoitos na conquista de posses efêmeras, não se acautelam contra os perigos que representam.

Muitos batem à porta da riqueza amoedada e, depois de acolhidos, acordam encarcerados nos tormentos da usura.

Inúmeros forçam a passagem para a ilusão do poder humano e despertam detidos pelas garras do sofrimento.

Muitíssimos atravessam o portal dos prazeres terrestres e reconhecem-se, de um momento para outro, nas malhas da aflição e da morte.

Muitos varam os umbrais da evidência pública, sequiosos de popularidade e influência, acabando emparedados na masmorra do desespero.

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.

Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a Imortalidade.

Vê, pois, a que porta recorres na luta cotidiana, porque apenas por intermédio do ensinamento do Cristo alcançarás o caminho da verdadeira libertação.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 172



Palestras CEJG - Setembro/2024

 


Ilumina-te

 


Absorves a longos haustos o ar puro das manhãs ensolaradas, enchendo os pulmões deste planeta abençoado que vos mantém perfeita a vitalidade do aparelho físico.

Esforça-te, para igualmente preservares a pureza de vosso Espírito buscando banhar-se na esplendorosa luz do Evangelho cristão.

Aquece teu coração no lume santo das palestras renovadoras, a fim de que a luz da verdade brilhe no santuário da tua alma.

Ama, serve, pacifica.

Contempla o teu semelhante com os olhos do amor sereno e compreensivo capaz de vasculhar-lhe os mais recônditos pensamentos com o fito único de auxiliar.

Uma multidão nos cerca, observando-nos os atos e palavras. Nossos exemplos trarão, para muitos, renovação e paz. Nossa serenidade ajudará aqueles que se acham em desespero. Nossa paciência iluminará o caminho daqueles que se acham desalentados.

Nossa bondade abrirá o caminho da verdade para todos que de nós se acercarem.

Guardemos a paz, aplicando no dia a dia as leis sábias e divinas que regem a nossa vida e estaremos convictos de que realmente seremos discípulos esforçados do Mestre, na escola terrena.

Iluminemo-nos intimamente em cada palavra e em cada gesto, e o Mestre estará mais conosco, conduzindo-nos a passos rápidos através de nossa renovação aos caminhos excelsos da Espiritualidade maior, rumo ao glorioso ápice divino para todos os seres.

Muita paz e amor!

 

José Grosso

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli na reunião pública do Grupo da Fraternidade Joseph Gleber em 13/01/1978.


sábado, 24 de agosto de 2024

Testemunho

 

“Pois para isto é que fostes chamados, porque também o Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que lhe sigais as pegadas.” — Pedro. (I Pedro, 2:21)

 

Muitos se queixam da luta moral em que se sentem envolvidos, depois da aceitação do Evangelho.

Em caminhos diferentes, sentem-se modificados.

Não mais mergulham nas correntes escuras da vaidade.

Não mais se comprazem no orgulho.

Não mais se compadecem com o egoísmo.

Não mais rendem culto à discórdia.

E, por isso, de alma desenfaixada, por perderem velhos envoltórios da ilusão, reconhecem que a sensibilidade se lhes aguça, agravando-lhes as aflições na romagem do mundo.

Sentem-se expostos a doloroso processo de burilamento e admitem padecer, mais que os outros, angustiosas provas. Mas, na sublimação espiritual de que oferecem testemunho, outros filhos da Terra tomam contato com a Boa Nova, descobrindo as excelsitudes da vida cristã e estendendo-lhe a luz divina.

Se nos encontrarmos, pois, em extremos desajustes na vida íntima, à face dos problemas suscitados pela fé, saibamos superar corajosamente os conflitos da senda, optando sempre pelo sacrifício de nós mesmos, em favor do bem geral, de vez que não fomos trazidos à comunhão com Jesus, simplesmente para o ato de crer, mas para contribuir na extensão do Reino de Deus, ao preço de nossa própria renovação.

Ninguém recue, diante do sofrimento. Aprendamos a usá-lo, na edificação da vida mais eficiente, em frutos de paz e luz, serviço e fraternidade, bom ânimo e alegria, porque, segundo o Evangelho, “a isso fomos chamados”, com o exemplo do Divino Mestre, que renunciou em nosso benefício, deixando-nos o padrão de altura espiritual que nos compete atingir.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 171

 


sábado, 17 de agosto de 2024

Rotulagem

 


“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse não é dele.” — Paulo. (Romanos, 8:9)

 

A rotulagem não tranquiliza.

Procuremos a essência.

Há louvores em memória do Cristo, em muitos estandartes que estimulam a animosidade entre irmãos.

Há símbolos do Cristo, em numerosos tribunais, que, em muitas ocasiões, apenas exaltam a injustiça.

Há preciosas referências ao Cristo, em vozes altamente categorizadas da cultura terrestre, que, em nome do Evangelho, procuram estender a miséria e a ignorância.

Há juramentos por Cristo, através de conversações que constituem vastos corredores na direção das trevas.

Há invocações verbais ao Cristo, em operações puramente comerciais, que são escuros atentados à harmonia da consciência.

Meditemos na extensão de nossos deveres morais, no círculo das responsabilidades que abraçamos com a fé cristã.

Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração.

É sempre fácil externar entusiasmo e convicção, votos brilhantes e frases bem-feitas.

Acautelemo-nos, porém, contra o perigo da simples rotulagem. Com o apóstolo, não nos esqueçamos de que, se não possuímos o espírito do Cristo, dele nos achamos ainda consideravelmente distantes.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 170

 


sábado, 10 de agosto de 2024

Busquemos a Eternidade

 

“… Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova dia a dia.” — Paulo. (II Coríntios, 4:16)

 

Não te deixes abater, ante as alterações do equipamento físico.

Busquemos a Eternidade.

Moléstias não atingem a alma, quando não se filiam aos remorsos da consciência.

A velhice não alcança o Espírito, quando procuramos viver segundo a luz da imortalidade.

Juventude não é um estado da carne.

Há moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de pavorosas ruínas.

Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter.

O espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.

Recorda que o estágio na Terra é simples jornada espiritual.

Assim como o viajante usa sandálias, gastando-as pelo caminho, nossa alma apropria-se das formas, utilizando-as na marcha ascensional para a Grande Luz.

Descerra, pois, o receptor de teu coração à onda sublime dos mais nobres ideais e dos mais belos pensamentos e aprendamos a viver longe do cupim do desânimo, e nosso Espírito, ainda mesmo nas mais avançadas provas da enfermidade ou da senectude, será como sol radiante, a exteriorizar-se em cânticos de trabalho e alegria, expulsando a sombra e a amargura, onde estivermos.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 169

 

 


domingo, 4 de agosto de 2024

sábado, 3 de agosto de 2024

Palestras CEJG - Agosto/2024

 


Na rota evolutiva

 

O Espírito jamais retrocede na viagem da evolução.

No entanto, muitas vezes, embora não perca na essência os tesouros adquiridos no campo da inteligência, o viajor da imortalidade é compelido à paradas necessárias ao justo refazimento, sempre que moralmente se envolva em compromissos escusos perante a Justiça da Vida.

Semelhante imperativo da regeneração, na senda do progresso, determina dificuldades e inibições no plano da forma, em que somos habitualmente internados, para essa ou aquela reparação no Plano Físico.

É assim que o malfeitor genial, não obstante trazer consigo o acervo da própria cultura devidamente arquivado, volta ao corpo enfermiço, quase sempre para sanar na idiotia os desequilíbrios com que se fez o empreiteiro da delinquência.

E é ainda aí que todos nós, apesar de conservarmos intactos, adentro do cérebro e do coração, os nossos valores íntimos, sem quebra de qualquer dos recursos que possuímos, padecemos, na Terra, a incursão de moléstias difíceis tanto quanto o domínio de circunstâncias constrangedoras a nos asfixiarem as melhores aspirações, pagando, através do vaso físico atormentado, os erros conscientemente cometidos no pretérito próximo ou remoto, perante a Lei de Amor que nos governa os caminhos.

Lembremo-nos de que o presidiário, por trás da grade que lhe desfigura o semblante, não perde a riqueza da instrução ou do ideal, da sensibilidade ou da memória, não obstante indicado à sentença que o segrega no resgate preciso.

E, sabendo que cada um de nós é o arquiteto do próprio destino, saibamos afeiçoar-nos ao serviço incessante do bem, porque todo bem é degrau de ascensão para o Alto, arrebatando-nos do império da sombra para a bênção da luz.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Linha duzentos, cap. 8

 


Entre o berço e o túmulo

 


“Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem, porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas.” — Paulo. (2 Coríntios, 4:18)

 

 A flor que vemos passa breve, mas o perfume que nos escapa enriquece a economia do mundo.

O monumento que nos deslumbra sofrerá insultos do tempo, contudo, o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista.

A Acrópole de Atenas, admirada por milhões de olhos, vai desaparecendo, pouco a pouco, entretanto, a cultura grega que a produziu é imortal na glória terrestre.

A cruz que o povo impôs ao Cristo era um instrumento de tortura visto por todos, mas o Espírito do Senhor, que ninguém vê, é um sol crescendo cada vez mais na passagem dos séculos.

Não te apegues demasiado à carne transitória.

Amanhã, a infância e a mocidade do corpo serão madureza e velhice da forma.

A terra que hoje reténs será no futuro inevitavelmente dividida. Adornos de que te orgulhas presentemente serão pó e cinza. O dinheiro que agora te serve passará depois a mãos diferentes das tuas.

Usa aquilo que vês, para entesourar o que ainda não podes ver.

Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da terra, com o fim de aperfeiçoar-se.

Não te agarres, pois, à enganosa casca dos seres e das coisas. Aprendendo e lutando, trabalhando e servindo com humildade e paciência na construção do bem, acumularás na tua alma as riquezas da vida eterna.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 168