Venha conferir nesta edição:
- Poluição e Psicosfera - Joanna de Ângelis
- Ante o Evangelho: O verdadeiro cilício
- Poema: Ao sol do campo (Auta de Souza)
- Procuremos com zelo – Fonte Viva – 54
- Orando cada dia - Meimei
Venha conferir nesta edição:
Ecólogos de todo o mundo preocupam-se, na
atualidade, com a poluição devastadora, que resulta dos detritos superlativos
que são atirados nos oceanos, nos rios, lagos e “terras inúteis” circunjacentes
às grandes metrópoles, como o tributo pago pelo conforto e pelas conquistas tecnológicas,
desde os urgentes ingredientes e artefatos para a sobrevivência, às indústrias bélicas,
às de explorações novas, às “de inutilidade” que atiram centenas de milhões de
toneladas de lixo, óleos e resíduos em todo lugar.
Além dessas, convém recordarmos a de natureza
sonora, dos centros urbanos, produzindo distonias graves e contínuas...
Os mais pessimistas, porém, preveem a possível
destruição da vida vegetal, animal e hominal como efeito dos excessivos restos produzidos pelos engenhos de que
o homem se utiliza, e logo o esmagarão após transformar a Terra num caos...
Mais grave, demonstram os técnicos no assunto
importante, é a poluição atmosférica, graças às substâncias venenosas que são expelidas
pelas fábricas em forma de resíduos, pelos motores de explosão a se
multiplicarem fantástica, insaciavelmente, e os inseticidas usados para a agricultura...
Voluptuoso e desconsertado por desvarios múltiplos
do homem, as máquinas avançam, dirigidas pela inconcebível ganância, desbastando
reservas florestais e influindo climatericamente com transformações penosas nas
regiões, então, vencidas...
O espectro de calamidades não imaginadas ronda e
domina com segurança muitos departamentos ambientais ora reduzidos à aridez...
Cifras assustadoras denotam o quanto se
desperdiça na inutilidade — embora a elevada estatística chocante dos que se
estorcegam na mais ínfima miséria, rebolcando-se na coleta dos montes de lixo,
à cata de destroços de que possam retirar o mínimo para sobreviver! —, comprovando
que no galvanizar das paixões, o homem moderno, à semelhança de Narciso,
continua a contemplar a imagem refletida nas águas perigosas da vaidade e do egoísmo
em que logo poderá asfixiar-se, inerme ou desesperado. No entanto, irrefletido,
impõe-se exigências dispensáveis, a que se escraviza, complicando a própria e a
situação dos demais usuários dos recursos da generosa mãe-Terra.
Nesse panorama deprimente, e para sanar alguns
dos males imediatos e outros do futuro, sugestões e programas hão surgido preocupando
as autoridades responsáveis pelos Organismos Mundiais, no sentido de serem tomadas
providências coletivas e salvadoras urgentes. Algumas já estão sendo postas em
prática, embora em número reduzido, tais o reflorestamento; a ausência de tráfego
com motores de explosão em algumas cidades uma vez por semana; a tentativa da industrialização
do lixo, com aproveitamento de energia, adubos e outros; controle no uso de pesticidas
na lavoura; técnicas não poluentes com o fim de gerar energia; as áreas verdes
nas cidades; a segurança por meio de controle das experiências nucleares, a fim
de ser evitada a contaminação ...
Afirma-se que por onde o homem e a civilização
passam ficam os sinais danosos da sua jornada, em forma de aridez, destruição e
morte.
As grandes Nações materialmente, estruturadas e guindadas
ao ápice pela previsão futurológica de mentes e computadores que prometiam tudo
resolver, fazendo soberbas e vãs as criaturas, foram surpreendidas, há pouco,
pelas consequências gerais da própria impetuosidade, no resultado da guerra no
Oriente Médio, fazendo-as parar e modificando, em muitas delas, as estruturas e
programas, previsões e soberania pelas exigências do deus petróleo em que
estabeleceram as bases do seu poderio e das suas glórias, decepcionadas,
atônitas...
Algumas tiveram a economia abalada, padecendo
crises que resultaram do gravame geral, modificando a política interna e externa,
num atestado de nulidade quanto aos compromissos humanos assumidos, à segurança
e precariedade das humanas forças.
Como resultado, apressam-se as negociações
internacionais por acordos diplomáticos e conchavos político-econômicos,
enquanto a fome, campeando desassombradamente, confirma a falência dos cálculos
e das fantasias materialistas, visivelmente perturbadas no testemunho dos seus
líderes em convulsas transações com que tentam reequilibrar o poderio avassalado,
quando, não, perdido...
O poder de um dia, qual efêmera glória, sempre
muda de mão e local, fazendo oscilarem, mudarem de rumo os interesses e as supostas
proteções, fruto, indubitavelmente, de uma poluição descuidada — a de natureza
moral!
A força e a grandeza de alguns povos até há
pouco mandatários da Terra cederam lugar aos potentados reais, que se demoravam
desconsiderados e as exigências da fome ameaçadora e voraz os situou como as
legítimas potências que são disputadas, após o deus negro: o arroz, o trigo, o
milho e o sorgo cujos celeiros, quase vazios no mundo, deles necessitam com urgência
para a sobrevivência dos seres.
Todavia, o homem ingere e disparte mais terrível
poluição, venenosa quão irrefreável graças ao cultivo de lamentáveis atitudes em
que persevera e se compraz: referimo-nos à poluição mental que interfere na
ecologia psicosférica da vida inteligente, intoxicando de dentro para fora e
desarticulando de fora para dentro.
Estando a Terra vitimada pelo entrechoque de
vibrações, ondas e mentes em desalinho, como decorrência do desamor, das ambições
desenfreadas, dos ódios sistemáticos, as funestas consequências se fazem
presentes não apenas nas guerras externas e destrutivas, mas também nas rudes batalhas
no lar, na família, no trabalho, nas ruas da comunidade, no comportamento.
Intoxicado pela ira, vencido pelo desespero que agasalha, foge na direção dos prazeres
selvagens nos quais procura relaxar tensões, adquirindo mais altas cargas de
desequilíbrio em que se debate.
A poluição mental campeia livre, favorecendo o
desbordar daquela de natureza moral, fator primacial para as outras que são visíveis
e assustadoras.
O programa, no entanto, para o saneamento de tão
perigoso estado de coisas, já foi apresentado por Jesus, o Sublime Ecólogo que
em a Natureza, preservando-a, abençoando-a, dela se utilizou, apresentando os
métodos e técnicas da felicidade, da sobrevivência ditosa nos incomparáveis
discursos e realizações de que inundou a História, estabelecendo as bases para
o reino de amor e harmonia, sem fim, sem dores, sem apreensões...
Nunca reagiu o Mestre — sempre agiu com
sabedoria.
Jamais se permitiu ferir — deixou-se, porém,
crucificar.
Nenhuma agressão de Sua parte — facultou-se, no
entanto, ser agredido.
Por onde passou, deixou concessões de esperança,
bálsamo de reconforto, amenidade e paz.
Seus caminhos ficaram floridos pelas alegrias e
abençoados pelos frutos da saúde renovada.
Rei Solar, fez-se servo humilde de todos,
mantendo-se inatingido, embora o ambiente em que veio construir a Vida Nova para
os tempos futuros...
Repassa-Lhe a sublime trajetória.
Busca-O!
Faze uma pausa na terrível conjuntura em que te
encontras e recorda-O.
Para toda enfermidade, Ele tem a eficiente
terapia; para as calamidades destes dias, Ele tem a solução.
Ama e serve, portanto, como possas, quanto
possas, quando possas.
A Terra sairá do caos que a absorve e voltarão o
ar puro, a água cristalina, a relva repousante, o trinar dos pássaros, o fulgor
do sol e o faiscar das estrelas em nome do Pai Criador e de Jesus, o Salvador Perene
de todos nós.
Joanna de Angelis/Divaldo Franco – Livro: Após a Tempestade...
“Procurai com zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. Paulo (I Coríntios, 12:31)
A ideia de que ninguém
deve procurar aprender e melhorar-se para ser mais útil à Revelação Divina é
muito mais uma tentativa de consagração à ociosidade que um ensaio de humildade
incipiente.
A vida é curso avançado
de aprimoramento, através do esforço e da luta, e se a própria pedra deve
sofrer o burilamento para refletir a luz, que dizer de nós mesmos, chamados,
desde agora, a exteriorizar os recursos divinos?
Ninguém interrompa o
serviço abençoado da sua educação, a pretexto de cooperar com o Céu, porque o
progresso é um comboio de rodas infatigáveis que relega para trás os que se
rebelam contra os imperativos da frente.
É indispensável avançar
com a melhoria consequente de tudo o que nos rodeia.
E o Evangelho não
endossa qualquer atitude de expectativa displicente.
A palavra de Paulo é
demasiado significativa.
Dirigindo-se aos
coríntios, o apóstolo da gentilidade exorta-os a procurarem com fervor os
melhores dons.
É imprescindível nos
disponhamos a adquirir as qualidades mais nobres de inteligência e coração,
sublimando a individualidade imperecível.
Cultura e santificação,
através do trabalho e da fraternidade, constituem dever para todas as
criaturas.
Autoaperfeiçoamento é
obrigação comum.
Busquemos, zelosos, a
elevação de nós mesmos, assinalando a nossa presença, seja onde for, com as
bênçãos do serviço a todos, e tão logo estejamos integrados no esforço digno,
dentro da ação pessoal e incessante no bem, o Alto nos descortinará mais
iluminados caminhos para a ascensão.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 054
Senhor!...
Faze-me perceber que o
trabalho do bem me aguarda em toda parte.
Não me consintas perder
tempo, através de indagações inúteis.
Lembra-me, por
misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes, não
para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria.
Induze-me a respeitar os
direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados.
Dá-me consciência do
lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me
pertence.
Não me permitas sonhar
com realizações incompatíveis com meus recursos, entretanto por acréscimo de
bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance.
Apaga-me os melindres
pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais
devo convivência e cooperação.
Auxilia-me a reconhecer
que o cansaço e a dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas
mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e
coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Concede-me forças para
irradiar a paz e o amor que nos ensinastes.
E, sobretudo, Senhor,
perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre
em ti, servindo aos outros.
Assim seja.
Meimei / Chico Xavier – Livro: Sentinelas da alma
Nesta edição:
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