sábado, 1 de fevereiro de 2020

O quadro negro


Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito.” Jesus (João, 16:4)

Referia-se Jesus aos próprios testemunhos, entretanto, podemos igualmente aplicar-lhe os divinos conceitos a nós mesmos, desencarnados e encarnados.
Cada discípulo terá sua hora de revelações do aproveitamento individual.
As escolas primárias não dispensam o habitual quadro negro, destinado às demonstrações isoladas do aluno.
À frente do professor consciencioso, o aprendiz mostrará quanto lucrou, sem os recursos do plágio afetuoso, entre companheiros.
Sobre a zona escura, o giz claro definirá, fielmente, a posição firme ou insegura do estudante.
E não será isto mesmo o que se repete na escola vasta do mundo?
O homem, nas lutas vulgares, poderá socorrer-se, indefinidamente, dos bons amigos. O Pai permite semelhantes contatos para que as oportunidades de aprender se lhe tornem irrestritas; no entanto, lá vem “aquela hora” em que a criatura deve tomar o giz alvo e puro das realizações espirituais, colocando-se junto ao quadro negro das provas edificantes.
Alguns aprendizes fracassam porque não sabem multiplicar os bens, nem dividi-los.
Ignoram como subtrair a luz das trevas, somam os conflitos e formam equações de ódio e vingança. Esquecem-se de que Jesus salientou o amor, por máxima glória, em todas as situações do apostolado evangélico e que, mesmo na cruz, depois de receber os fatores da injúria, da perseguição, da ironia e do desprezo, somou-os na tábua do coração, extraindo a divina equação de serenidade, entendimento e perdão.
Oh! Vós, que ides ao quadro negro das atividades terrestres, abandonai o giz escuro da desesperação! Escrevei em caracteres de luz o que aprendestes do Mestre Divino! Revela o próprio valor! Lembrai-vos que instrutores benevolentes e sábios vos inspiram as mãos! Abençoai o quadro negro que vos pede o giz de suor e lágrimas, porque junto dele podereis conquistar o curso maior!…

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 114

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Irmão da Natureza

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  (Falando a S. Francisco de Assis)



Enquanto a sociedade estertorava nas guerras cruentas de dominação de povos e vidas, sentiste a necessidade de lutar pela Pátria, evitando o abuso daqueles que consideravam com o direito a escravizar os seus irmãos.
Não compreendendo a luta que deverias travar, pensaste que as glórias antevistas em sonho referiam-se aos tesouros terrestres, e para melhor compreenderes o amor do Cristo, marchaste para a defesa dos fracos, pensando em servir a Deus e ao país.
Nascido para a paz, jamais poderias combater com armas destruidoras, e por isso tombaste prisioneiro dos hábeis verdugos, que te encarceraram e te fizeram sofrer.
Humilhado e enfermo, retornaste ao lar, quando foste visitado pelo Amigo-Amor que te convocou para diferente luta, cujas armas seriam a mansidão, a renúncia, o sacrifício.
Eras jovem e sonhador, trovador das noites estreladas e amigo da ilusão. No entanto, possuías uma tristeza invencível que nada conseguia diminuir.
Dissimulavas a melancolia com a jovialidade, mas sabias que a tua vida não te pertencia, embora não entendesses a solidão interior que te macerava, preparando-te para a soledade entre todos pelo resto da tua existência.
Mas quando ouviste o chamado do Cantor da misericórdia, todo o teu ser tremeu de emoção e perdeste o interesse pela existência convencional.
Começaste o despojamento, liberando-te das coisas, para poderes libertar-te de ti mesmo, a fim de te entregares a Ele por inteiro.
Os teus não te compreenderam, mas os leprosos de Rivotorto te receberam as doações de pão, de paz, de carinho com lágrimas que os olhos da alma vertiam em abundância, na decomposição em que se consumiam.
Mais tarde, outros solitários vieram unir-se à tua soledade, a fim de formarem o rebanho submisso ao cajado do Pastor.
Ignorando a teologia, sabias o Evangelho na sua integral pureza, sem disfarces nem dissimulações, e saíste a vivê-lo, enquanto o pregavas com palavras simples e atos de coragem incomum.
Transformaste as noites festivas de cantos e banquetes em um perene poema de beleza, enaltecendo os irmãos Sol, Lua, Chuva, Pássaros, Lobo, Neve, enquanto o mundo de então te espreitava com desconfiança e desinteresse. Mas, o teu exemplo de abnegação continuou sensibilizando outros corações ansiosos de vida nova, que te passaram a acompanhar pelas estradas da Úmbria, albergando-se na Porciúncula modesta e desprovida de tudo, menos da ternura.
Quando menos esperaste, havia multidões que se comprimiam para ouvir as tuas canções de esperança e caridade, tocadas pela tua presença e a dos teus cancioneiros, tão desprotegidos como tu mesmo, no entanto amparados pelo Sublime Cantor.
Irmão Francisco! Canta outra vez para nós o teu poema de amor, nestes calamitosos dias que vivemos!
As noites da Terra já não são ricas de canções, mas de expectativas dolorosas.
Os grupos juvenis raramente se reúnem para sorrir ou para os folguedos inocentes, e sim para a embriaguez alcoólica ou o envenenamento por drogas alucinantes.
O enamoramento que procede à união dos corpos foi sucedido pela volúpia do sexo em desalinho e a posterior dilaceração dos sentimentos face ao abandono e às suas consequências perversas.
O relacionamento fraternal tem sido transformado em gangues violentas que se arremetem umas contra as outras em fúria desconhecida.
A literatura gentil e cavalheiresca cede lugar à pornografia desabrida e às narrações de funestos acontecimentos.
A música romântica transformou-se em vulcão de ruídos metálicos que induzem à loucura e à bestialidade.
A poesia perdeu a inocência e a beleza, passando às arremetidas de palavras sem nexo ou construções de palavras sem ritmo, sem rima, sem mensagem.
É certo que ainda permanecem em alguns grupos o sentimento de amor, de fraternidade, de beleza e de harmonia, afirmando que nem tudo está perdido na grande noite adornada de ciência e de tecnologia, na qual as almas estorcegam sob os camartelos do sofrimento.
Existe muito conforto para uns e nenhum para outros. Aliás, também nos teus dias era assim, razão porque preferistes os últimos, oferecendo-lhes carinho por faltarem outros recursos.
O progresso facilitou o intercâmbio entre as criaturas e propiciou o desenvolvimento da criminalidade e do ódio.
Há grandeza, sim, na arte e no pensamento, na cultura e no sentimento, porém, a fé empalideceu e agoniza ante a predominância do comportamento hedonista que se espalha por toda a parte.
O firmamento está cortado a cada momento por grandiosas naves conduzindo milhões de indivíduos de um para outro lado, com todo luxo e facilidade. Todavia, milhares de ogivas nucleares carregadas de bombas de alta destruição aguardam o simples movimento para dispararem suas cargas terríveis de desagregação de tudo.
Nesse pandemônio de alegrias e pavor, de riquezas e misérias, de esperanças e desencantos, há milhões de pessoas anelando por conhecer-te ou reencontrar-te, a fim de que a tua canção, Irmão da Natureza, as reconduza a Jesus a quem tanto amas!
Volta novamente à Terra, Trovador de Deus, para que tua pobreza inunde de poder todos aqueles que acreditam na força de não ter nada, nas infinitas possibilidades da não violência e no infinito amor do Pai!
Irmão Francisco: O teu irmão lobo transformou-se no monstro devastador de drogas que consomem a juventude, em especial, e a outros indivíduos, em particular.
As lutas de cidades, umas contra as outras, ainda continuam e agora mais graves, na violência urbana.
A poluição química da atmosfera, que ameaça a Terra, filha daquela de natureza mental e moral, lentamente destrói a Irmã Natureza que tanto amas.
Homens dominadores e perversos ameaçam-se ainda através da política escravizadora das moedas que subjugam os povos que não têm voz no concerto das Nações poderosas.
As vozes que proclamam a paz estão muito comprometidas com a guerra.
O mundo de hoje aguarda o retorno da tua Canção, pobrezinho de Deus, porque ela impregna as vidas com ternura, amor e paz.
Iremos fazer um grande silêncio interior, preparar os caminhos e aguardar que tu chegues, simples e nobre como o lírio do campo, bom e doce como o mel silvestre, amigo e irmão como o Sol, para que tua voz nos reconduza de volta ao rebanho que te segue e levas ao Irmão Liberdade, que é Jesus.

Pensamentos extraídos da mensagem Irmão da Natureza, escrita em Assis, 
Itália, no dia 27 de maio de 2001.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro: Nascente de Bênçãos

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Programas espíritas na Rádio Teófilo Otoni


O Espiritismo Diante da História e da Igreja


 (Pelo abade Poussin, professor do Seminário de Nice)

(...) É verdade que o Espiritismo não reconhece nos fenômenos psíquicos um caráter sobrenatural; ele os explica pelas faculdades e pelos atributos da alma; e como a alma está na Natureza, os considera como efeitos naturais, que se produzem em virtude de leis especiais, até então desconhecidas, e que o Espiritismo dá a conhecer. Realizando-se esses fenômenos aos nossos olhos, em condições idênticas, acompanhados das mesmas circunstâncias e por intermédio de indivíduos que nada têm de excepcional, daí conclui pela possibilidade dos que se passaram em tempos mais recuados, e isto pela mesma causa natural.
O Espiritismo não se dirige às pessoas convictas da existência desses fenômenos, e que são perfeitamente livres para neles ver milagres, se tal é sua opinião, mas aos que os negam precisamente por causa do caráter miraculoso que lhes querem dar.
Provando que esses fatos não têm de sobrenatural senão a aparência, ele os faz aceitar pelos mesmos que os repeliam. Os espíritas foram recrutados, em imensa maioria, entre os incrédulos e, contudo, hoje não há um só que negue os fatos realizados pelo Cristo. Ora, o que vale mais: crer na existência desses fatos, sem o sobrenatural, ou neles não crer absolutamente? Os que os admitem a um título qualquer não estão mais perto de vós do que os que os rejeitam completamente? Desde que o fato seja admitido, não resta senão provar a sua fonte miraculosa, o que deve ser mais fácil, se a fonte for real, do que quando o próprio fato é contestado. (...)
Como dissemos, o Espiritismo é recrutado, em grande maioria, entre os incrédulos. Com efeito, perguntai aos nove décimos dos adeptos, em que acreditavam antes de ser espíritas; eles responderão que não acreditavam em nada ou, pelo menos, que duvidam de tudo; para eles a existência da alma era uma hipótese, sem dúvida desejável, mas incerta; a vida futura uma quimera; Cristo era um mito ou, no máximo, um filósofo; Deus, se existisse, devia ser injusto, cruel e parcial, daí por que tanto gostavam de crer que ele não existia.
Hoje creem e sua fé é inabalável, porque assentada na evidência e na demonstração, e porque satisfaz à razão; o futuro não é mais uma esperança, mas uma certeza, porque veem a vida espiritual manifestar-se aos seus olhos; dela não duvidam mais do que duvidam do nascer do Sol. É verdade que não creem nos demônios e nem nas chamas eternas do inferno, mas, em compensação, acreditam firmemente num Deus soberanamente justo, bom e misericordioso; não creem que o mal venha dele, que é a fonte de todo bem, nem dos demônios, mas das próprias imperfeições do homem; que o homem se reforma e o mal não existirá mais; vencer-se a si mesmo é vencer o demônio. Tal é a fé dos espíritas, e a prova de sua força é que se esforçam por se tornarem melhores, domarem suas inclinações más e porem em prática as máximas do Cristo, olhando todos os homens como irmãos, sem acepção de raças, de castas, nem de seitas, perdoando aos seus inimigos, retribuindo o mal com o bem, a exemplo do divino modelo.
Sobre quem o Espiritismo devia ter mais fácil acesso?
Não é sobre os que tinham fé e a quem esta bastava, que nada pediam e de nada precisavam; mas sobre aqueles a quem faltava a fé. Como o Cristo, foi aos doentes, e não aos que gozam de saúde; aos que têm fome, e não aos que estão saciados. Ora, os doentes são os que se acham torturados pelas angústias da dúvida e da incredulidade.
E que fez para os trazer a si? Uma maciça propaganda? Indo pregar a doutrina nas praças públicas? Violentando consciências? Absolutamente, porque estes são os meios da fraqueza; e se os tivesse usado, teria mostrado que duvidava de sua força moral. Ele tem como regra invariável, conforme a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, não constranger ninguém, respeitar todas as convicções; contentou-se em enunciar os seus princípios, desenvolver em seus escritos as bases sobre as quais estão assentadas as suas crenças, e deixou vir a ele os que quisessem. Se vieram muitos, é que a muitos conveio e muitos nele acharam o que não haviam encontrado alhures. Se recrutou principalmente entre os incrédulos, e se em alguns anos enlaçou o mundo, é porque os incrédulos e os que não estão satisfeitos com o que lhes dão são numerosos, desde que não se é atraído senão para onde se encontra algo melhor do que o que se tem. Dissemos centenas de vezes:
Querem combater o Espiritismo? Que deem melhor que ele. (...)

Allan Kardec – Excertos extraídos da Revista Espírita de janeiro/1868, rebatendo o livro "O Espiritismo diante da história e da igreja", de autoria do abade Poussin, que tem por objetivo refutar o Espiritismo.

A fuga

“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.” Jesus (Mateus, 24:20)
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa. Para que alguém se retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
Raramente, porém, a vítima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral, salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o “inverno” ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades.
Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas.
Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda-feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 113

No campo Espírita

Amigos, Jesus nos ampare.
Em verdade, partilhamos no Espiritismo os júbilos de uma festa.
Assemelhamo-nos a convivas privilegiados num banquete de luz.
Tudo claro. Tudo sublime.
No entanto, ninguém se iluda. Não somos trazidos à exaltação da gula. Fomos chamados a trabalhar.
A Terra de agora é a Terra de há milênios. E somos, por nossa vez, os mesmos protagonistas do drama evolutivo.
Remanescentes da animalidade e da sombra...
Ossuários na retaguarda, campos de luta no presente...
Meta luminosa por atingir no futuro distante. Somos almas transitando em roupagens diversas.
Cada criatura renasce no Planeta vinculada às teias do pretérito. Problemas da vida espiritual são filtrados no berço.
E, por isso, na carne, somos cercados por escuros enigmas do destino.
Obsessões renascentes. Moléstias congeniais. Dificuldades e inibições. Ignorância e miséria.
Em todos os escaninhos da estrada, o serviço a desafiar-nos.
Cristo em nós, reclamando-nos o esforço. A renovação mental rogando a renovação da existência.
O Evangelho insistindo por expressar-se. Mas, quase sempre, esposamos a fantasia.
Cegos, ante a Revelação Divina, suspiramos por facilidades.
E exigimos consolações e vantagens, doações e favores. Suplicamos intercessões indébitas. Requisitamos bênçãos imerecidas. Nossa Doutrina, porém, é um templo para o coração, uma escola para o cérebro e uma oficina para os braços.
Ninguém se engane. Não basta predicar. Não vale fugir aos problemas da elevação.
Muitos possuem demasiada ciência, mas ciência sem bondade.
Outros guardam a bondade consigo, mas bondade sem instrução.
No trabalho, porém, que é de todos, todos devemos permutar os valores do concurso fraterno para que o Espiritismo alcance os seus fins. Precisamos da coragem de subir para aprender.
Necessitamos da coragem de descer dignamente para ensinar. Caridade de uns para com os outros. Compreensão incansável e auxílio mútuo.
Em nossos lares de fé, lamentamos as aflitivas questões que surgem...
As rogativas extravagantes, exibindo mazelas morais.
As frustrações domésticas. Os desequilíbrios da treva. Os insucessos da luta material. As calamidades do sentimento. As escabrosas petições.
E proclamamos com azedia que semelhantes assuntos não constituem temas espíritas.
Realmente, temas espíritas não são.
Mas são casos para a caridade do Espiritismo e de nós outros que lhe recolhemos a luz.
Problemas que nos solicitam a medicina espiritual preventiva contra a epidemia da obsessão.
Mais vale atender ao doente, antes da crise mortal, que socorrê-lo, em nome do bem, quando o ensejo da cura já passou. Em razão disso, o trabalho para nós é desafio constante.
Trabalho que não devemos transferir a companheiros da Vida Espiritual, algumas vezes mais necessitados de luz que nós mesmos.
O serviço de amparo moral ao próximo é das nossas mais preciosas oportunidades de comunhão com Jesus, Nosso Mestre e Senhor, porque, comumente, uma boa conversação extingue o incêndio da angústia. Um simples entendimento pode ajudar muitas vidas.
No reino da compreensão e da amizade, uma prece, uma frase, um pensamento, conseguem fazer muito.
Quem ora, auxilia além do corpo físico. Ao poder da oração, entra o homem na faixa de amor dos anjos. Mas, se em nome do Espiritismo relegamos ao mundo espiritual qualquer petição que aparece, somos servidores inconscientes, barateando o patrimônio sagrado, transformando-nos em instrumentos da sombra, quando somente à luz nos cabe reverenciar e servir.
Também fui médium, embriagado nas surpresas do intercâmbio. Deslumbrado, nem sempre estive desperto para o justo entendimento.
Por esse motivo, ainda sofro o assédio dos problemas que deixei insolúveis nas mãos dos companheiros que me buscavam, solícitos. Ajudemos a consciência que nos procura, na procura do Cristo. Só Jesus é bastante amoroso e bastante sábio para solucionar os nossos enigmas.
Formemos, assim, pequenas equipes de boa-vontade em nossos templos de serviço, amparando-nos uns aos outros e esclarecendo-nos mutuamente.
Assim como nos preocupamos no auxílio às crianças e aos velhos, aos famintos e aos nus, não nos esqueçamos do irmão desorientado que a guerra da treva expia.
Doemos, em nome do Espiritismo, a esmola de coração e do cérebro, no socorro à mente enfermiça, porque se é grande a caridade que satisfaz aos requisitos do corpo, em trânsito ligeiro, divina é a caridade que socorre o Espírito, infatigável romeiro da Vida Eterna.

Pascoal Comanducci / Chico Xavier – Livro: Instruções Pisicofônicas

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Campanha: Conduta Espírita

UEM e COFEMG lançam a campanha "Conduta Espírita - Atitudes Cristãs", que é dedicada às Casas Espíritas e tem por objetivo divulgar e incentivar ações de conduta e boas práticas através das obras doutrinárias e do Evangelho de Jesus.