“Mas
tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos
lembreis de que já vo-lo tinha dito.” Jesus (João, 16:4)
Referia-se
Jesus aos próprios testemunhos, entretanto, podemos igualmente
aplicar-lhe os divinos conceitos a nós mesmos, desencarnados e
encarnados.
Cada
discípulo terá sua hora de revelações do aproveitamento
individual.
As
escolas primárias não dispensam o habitual quadro negro, destinado
às demonstrações isoladas do aluno.
À
frente do professor consciencioso, o aprendiz mostrará quanto
lucrou, sem os recursos do plágio afetuoso, entre companheiros.
Sobre
a zona escura, o giz claro definirá, fielmente, a posição firme ou
insegura do estudante.
E
não será isto mesmo o que se repete na escola vasta do mundo?
O
homem, nas lutas vulgares, poderá socorrer-se, indefinidamente, dos
bons amigos. O Pai permite semelhantes contatos para que as
oportunidades de aprender se lhe tornem irrestritas; no entanto, lá
vem “aquela hora” em que a criatura deve tomar o giz alvo e puro
das realizações espirituais, colocando-se junto ao quadro negro das
provas edificantes.
Alguns
aprendizes fracassam porque não sabem multiplicar os bens, nem
dividi-los.
Ignoram
como subtrair a luz das trevas, somam os conflitos e formam equações
de ódio e vingança. Esquecem-se de que Jesus salientou o amor, por
máxima glória, em todas as situações do apostolado evangélico e
que, mesmo na cruz, depois de receber os fatores da injúria, da
perseguição, da ironia e do desprezo, somou-os na tábua do
coração, extraindo a divina equação de serenidade, entendimento e
perdão.
Oh!
Vós, que ides ao quadro negro das atividades terrestres, abandonai o
giz escuro da desesperação! Escrevei em caracteres de luz o que
aprendestes do Mestre Divino! Revela o próprio valor! Lembrai-vos
que instrutores benevolentes e sábios vos inspiram as mãos!
Abençoai o quadro negro que vos pede o giz de suor e lágrimas,
porque junto dele podereis conquistar o curso maior!…
Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 114
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