terça-feira, 7 de abril de 2020

Mensagem psicografada quinta-feira, 02/04/2020, em reunião da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla


Amadas flores do meu jardim,

São chegados os tempos difíceis, das tempestades que avassalam a todos, sem distinção.
Ondas de medo, insegurança, desequilíbrio, invadem a psicosfera do nosso planeta, fomentadas por informações de toda natureza, veiculadas pelos meios de comunicação e propagadas aos quatro cantos do mundo.
Jesus vem vos alertando através de suas parábolas e mensagens, levadas adiante pelos seus discípulos e cristãos de todos os tempos.
Os avisos estão nos escritos do Evangelista Mateus, nas Leis de Conservação e Destruição contidas no Livro dos Espíritos, e em muitas outras mensagens recebidas através dos tempos por inúmeros emissários do Senhor.
A necessidade de permanecerem unidos para que possam vencer as intempéries desses tempos foi amplamente divulgada. E então é chegado o momento de mostrar que, vós espíritas, são os trabalhadores da última hora, apoiando-se mutuamente, auxiliando os irmãos que se encontram enfermos do corpo e da alma, em total desespero.
Na mensagem A Piedade, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, um espírito amigo vos conclama dizendo: “Temeis ficar indiferentes, quando puderdes ser úteis!”.
A utilidade do trabalhador espírita não está limitada às paredes da Casa a qual faz parte. Vós sóis aqueles que levarão a palavra de confiança e fé. Os vossos testemunhos devem cessar o medo da morte, por saberem que ela não existe, pois é apenas a passagem do corpo físico para o espiritual, o retorno à verdadeira vida do espírito.
Todos os acontecimentos estão sempre sob a direção e o amparo do Alto, portanto, não há o que temer.
Amem-se, apoiem-se, instruam-se, auxiliem-se e, principalmente, auxiliem àqueles que não professam da mesma fé ou religião.

A Mãe Santíssima ora por todos vós.

Com amor,

Scheilla

O Som


“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” Paulo (I Coríntios, 14:8)

Ninguém julgue sejam necessários grandes cataclismos para que se efetue a modificação de planos da criatura.
O homem pode mudar-se de esfera, sem alarido cósmico, e as zonas superiores e inferiores representam graus de vida, na escala do Infinito.
Elevação e queda, diante da própria consciência, constituem impulso para cima ou para baixo, no campo ilimitado de manifestações do espírito imperecível.
Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço.
É imprescindível a preparação de cada um para a subida espiritual.
É natural, portanto, que os vanguardeiros sejam porta vozes a todos aqueles que acompanham o trabalho de melhoria, aglomerados em multidão.
Eis por que, personificando no discípulo do Evangelho a trombeta viva do Cristo, dele devemos esperar avisos seguros.
Em quase todos os lugares observamos os instrumentos de sons incertos que dão notícia do serviço a fazer, mas não revelam caminhos justos.
Na maioria dos núcleos do Cristianismo renascente, deparam-se-nos trabalhadores altamente dotados de luz espiritual, que duvidam de si mesmos, companheiros valiosos cuja fé somente vibra em descontínuas fulgurações.
É necessário compreender, porém, que o som incerto não atende ao roteiro exato. Serve para despertar, mas não fornece orientação.
Os aprendizes da Boa Nova constituem a instrumentalidade do Senhor.
Sabemos que, coletivamente, permanecem todos empenhados em servi-lo, entretanto, ninguém olvide a necessidade de afinar a trombeta dos sentimentos e pensamentos pelo diapasão do Divino Mestre, para que a interferência individual não se faça nota dissonante no sublime concerto do serviço redentor.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 124

Provas e expiações


A vida no corpo físico possui um significado profundo que deve ser observado, que é o da evolução.
Natural que se anele pela saúde perfeita, por ocorrências jubilosas, pelos encantamentos e distrações, que produzem o prazer e mantêm a leviana superficialidade das coisas nenhumas as quais contribuem para o bem-estar momentâneo.
É, normalmente, quando se está nas paisagens ricas de gozo que surgem os abusos, aumentam as aspirações do prazer, a fim de evitar-se o tédio e suas várias manifestações.
O Espírito, contudo, é criado sem experiências que lhe devem constituir o patrimônio imortal.
Toda e qualquer realização, quando repetida sem alteração, dá lugar à indiferença, deixando de produzir novas sensações e emoções. A monotonia substitui a alegria infrene inicial, e as novidades, graças à sua continuidade, perdem o brilho, o fascínio.
Surgem ambições mais audaciosas, o ócio estimula atitudes atrevidas, radicais, e acumpliciamento com o desrespeito ao comportamento dos outros, ao ludíbrio, ao crime, na busca de sensações novas e mais fortes.
Nascem, então, as intrigas, as traições, as infâmias, os problemas de alta gravidade, que entorpecem os sentimentos, ludibriam a dignidade e induzem a situações de conduta lamentável.
É inevitável, que se vivendo no Universo regido pela ordem e por leis de equilíbrio, o infrator não seja convidado ao resgate, à correção dos atos reprocháveis.
Eis a causa das atuais aflições.
Nada obstante, quando convocado à regularização, mas prossegue na marcha da desobediência e da soberba, seja recambiado à escola terrestre sob injunção penosa, amargurado nas expiações incoercíveis.
A verdade é que ninguém consegue ludibriar a divina legislação, aparentando uma força e um poder que não possui, já que a organização fisiológica, acostumada a suportar situações vigorosas é muito frágil em relação às infecções, aos processos degenerativos, à debilidade, reduzindo-a ao estado de fragilidade extrema.
Ademais, o fenômeno biológico da morte sempre está presente na maquinaria física, qual os transtornos emocionais de tão fácil ocorrência, como os distúrbios mentais e as limitações do soma, que o precedem.
Provas e expiações constituem os regularizadores da existência plena ou aparentemente desventurada.
Agradece a Deus a tua momentânea aflição, seja de qual expressão se constitua.
Auto penetra-te mentalmente em uma autoanálise honesta e pergunta-te qual é a mensagem que te está sendo enviada. Indaga-Lhe onde necessitas e como reparar a sua causa, a fim de libertar-te.
Com sinceridade, busca compreendê-la, e ao detectares a nascente, sem qualquer ressentimento, corrige o fator de desintegração e rejubila-te. No entanto, se não conseguires encontrá-la, de imediato, não te envolvas nos tecidos sombrios da melancolia ou do desespero, permanecendo alegre, isto é, consciente de que se trata de uma ocorrência transitória e benéfica.
Tenha a certeza de que sairás da situação melhor do que quando se te instalou, num momento em que não esperavas, tal acontecimento.
Notarás um amadurecimento psicológico fascinante, que te permitirá harmonia interior, compreensão do sentido de viver e estímulo para valorizar apenas aquilo que seja de duração real: os valores do Espírito.
É justo que se aspire pela paz, no entanto, apoiando-se no amor que é o seu alicerce.
De maneira alguma se pode desfrutar de serenidade sem o concurso da afetividade correta, do sentimento de amizade fraternal, sem a generosidade do sorriso rico de ternura, sem a consciência do dever cumprido corretamente.
O amor fomenta a compreensão das situações mais embaraçosas, porque dulcifica aquele que o cultiva.
Retira do psiquismo os miasmas do ressentimento e de outras paixões que vitalizam vidas microscópicas, na área das viroses e no sistema emocional. Porque, compreende, o amor é suave bálsamo para todas as feridas do corpo e da alma.
Quando tudo estiver bem na tua jornada, agradece a Deus e cuida-te, porque são concessões de bondade e de simpatia, beneficiando o solo dos corações para a ensementação da plenitude.
Não existe dor sem causa nem alegria sem título de merecimento.
Em ambas as situações, mantém-te vigilante, porque ninguém passa pelo mundo sem as suas vivências, e a dor faz parte do processo iluminativo.
O aperfeiçoamento moral do Espírito é da sombra para a luz, do bruto para o sublime.
O estado de angelitude começa na primeira molécula que irá constituir o ser, prosseguindo, indefinidamente, no rumo da perfeição relativa que a todos está destinada.
Jesus foi peremptório quando propôs: Sede perfeitos como o Pai Celestial é perfeito.
Se estás sob o ardor de alguma provação, alegra-te, por te encontrares no rumo libertador.
Se te encontras aureolado pela fortuna da alegria, da juventude, das facilidades, mantém-te atento e aplica com sabedoria esses bens da vida para apresentação de resultados, mais tarde.
Resguarda, pois, a tua consciência de remorsos e arrependimentos, enquanto brilha a luz da tranquilidade e da inocência nos teus sentimentos...
Mantém-te criança...

 Joanna de Ângelis / Divaldo Franco - Sessão da noite de 3 de janeiro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em  Salvador, Bahia – Fonte: www.divaldofranco.com.br

Chico Xavier - 1929


sábado, 4 de abril de 2020

O Evangelho e o Lar (Palestra pública) - César Henrique


Ainda impossibilitados de comparecermos presencialmente à Casa Espírita, a Equipe de Divulgação juntamente com a Direção do CEJG envida esforços no sentido de manterem as atividades de estudo e reuniões da melhor maneira possível em ambientes virtuais. 

Na noite de sexta-feira, 03/04/2020, o companheiro César Henrique ministrou  a palestra "O Evangelho e o Lar" que foi ao ar ao vivo pelo Youtube. 

Devido a problemas técnicos a exposição não se encontra disponível, entretanto, em todos os dias de reuniões públicas, quais sejam domingo, quarta e sexta-feira haverá transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Acesse o canal Joseph Gleber no YouTube e confira!

A caridade maior


Ao Homem que alcançara o Céu, pedindo orientação sobre as tarefas de benemerência social que pretendia estender na Terra, o Anjo da Caridade falou compassivo:
– Volta ao mundo e cumpre, de boa vontade, as obrigações que o destino te assinalou!...
Para que te sintas de pé, cada dia, milhões de vidas microscópicas esforçam-se em tua carne, garantindo-te o bem-estar...
Cada órgão e cada membro de teu corpo amparam-te, abnegadamente, para que te facas abençoado discípulo da civilização.
Os olhos identificam as imagens que já podes perceber, livrando-te da desordem interior.
Os ouvidos selecionam sons e vozes para que não vivas desorientado.
A língua auxilia-te a expressar os pensamentos, enriquecendo-te de sabedoria.
As mãos realizam-te os sonhos, engrandecendo-te o caminho na ciência e na arte, no progresso e na indústria.
Os pés sustentam-te a máquina física para que te não arrojes à inércia.
A boca mastiga os alimentos para que te não condenes à inação.
Os pulmões asseguram-te o ar puro contra a asfixia.
O estômago digere as peças com que nutrirás o próprio sangue.
O fígado gera forças vitais que te entretêm a harmonia orgânica.
O coração movimenta-se sem parar, escorando-te a existência.
Vives da caridade de inúmeras vidas inferiores que te obedecem a mente.
Torna, pois, ao lugar em que o Senhor te situou e satisfaze as tarefas imediatas que o mundo te reserva!...
Caridade é servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso;
é cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros ;
é não incomodar quem trabalha;
é aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil;
é suportar sem revolta a bílis do companheiro;
é auxiliar os parentes, sem reprovação ;
é rejubilar-se com a prosperidade do próximo;
é resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases;
é não afligir quem nos acompanha;
é ensurdecer-se para a difamação;
é guardar o bom humor, cancelando a queixa de qualquer procedência;
é respeitar cada pessoa e cada coisa na posição que lhes é própria...
E por que o Homem ensaiasse inoportunas indagações, o Anjo concluiu:
– Volta ao corpo e age incessantemente no bem!...
Não percas um minuto em descabidas inquirições. Conduze os problemas que te atormentam o espírito ao teu próprio trabalho e o teu próprio trabalho liquidá-los-á...
A experiência aclara o caminho de quantos lhe adquirem o tesouro de luz. Recolhe as crianças desvalidas, ampara os doentes, consola os infelizes e socorre os necessitados. Não olvides, pois, que a execução de teus deveres para com o próximo será sempre a tua caridade maior.

 Humberto de Campos / Chico Xavier – Livro: Cartas e Crônicas

Poema em homenagem a Chico Xavier


Permita que o meu verso aqui registre
A pura candidez de tuas ternuras
Muito embora o sofrer das amarguras
Que o chão da terra impõe se administre!

Por amor a Jesus tu te apagaste
Em meio à ignorância deste mundo
Sorvendo a taça escura do contraste
Num esforço sincero e mais fecundo.

Em vão a sombra espessa te envolveu
Acenando com híbridas quimeras…
Estandarte das novas primaveras
Tua fé não vacilou e nem tremeu.

Teu coração se fez em pouso santo
A iluminar os dias da descrença
A enxugar o mais pungente pranto
Dos pequenos do mundo em dor intensa.

A nova era enfim, Jesus de novo!
Trazendo pão e paz, luz e agasalho
Amar e esclarecer a alma do povo
É o ideal, teu lema de trabalho!

Por isto eu canto o pobre do meu verso
Sabendo que és tudo, menos cisco…
Para nós, tu serás sempre Francisco
O Cândido Xavier, do Universo.

Auta de Souza