sábado, 29 de agosto de 2020

Homenagem

Amigo Amaro,

Pelas virtudes que expendias imaginamos que já prelibavas dessa semeadura mesmo aqui entre nós.

Podemos escolher o seu sorriso simpático, amigo, acolhedor e inesquecível, para ser o ícone representativo dessas virtudes, pois nos julgamos sem a devida competência para enumerá-las sem prejuízo ao registro de todas.

Agora, nobre amigo, certamente usufruirás com mais intensidade daquilo que plantou em toda a sua existência.

Diz Emmanuel: 
“madureza física nunca foi obstáculo para o Espírito sequioso de progresso.” 

Foste tu assim, aqui na carne querido amigo. 

E pelo que aprendemos com a nossa Doutrina Consoladora, agora podes mais, pois estás pássaro livre e certamente se lembrará do Cristo ensinando-nos:
“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”

Sê feliz e bom trabalho, caro irmão!

Equipe DCSE/CEJG

Bezerra de Menezes


Aniversário de Bezerra de Menezes, incansável trabalhador e exemplo para todos nós.
Saiba mais sobre o "médico dos pobres":
https://www.uemmg.org.br/noticias/homenagem-bezerra-de-menezes



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Sê fiel até o final


Por mais perturbadoras e afligentes sejam as circunstâncias e a convivência com as demais pessoas do teu círculo de amizade ou não, porfia nos teus bons ideais e objetivos existenciais.

Não aguardes entendimento e cooperação dos outros em relação ao que realizas, porquanto a tua é a atividade que faculta a libertação da ignorância e da crueldade.

Embora esperes consciente ou inconscientemente compreensão e ajuda porque anelas pelo bem da coletividade, talvez os demais não estejam interessados no que te fascina e não têm qualquer compromisso contigo. O deles é um destino diferente ao qual se vinculam.

Estão contigo, mas têm as suas próprias aspirações, buscando diferentes formas de viver. Alguns são simpáticos contigo, o que não significa terem compromisso com o que faças ou estimas. De igual maneira ocorre contigo em relação a eles.

Desde quando passaste a reflexionar nos ensinamentos de Jesus e compreendeste os enganos em que te movimentavas, compreendeste a necessidade de operar mudanças interiores e oferecer esses conhecimentos libertadores a todos que conheces ou não, na expectativa de que seria recebido com júbilo.

Ledo engano que cultivas vitimado pela ingenuidade.

Cada ser tem o seu próprio destino, o que não justifica, porém, voltar-se contra ti e tentar crucificar-te.

Percebeste a excelência da paz que te fazia muita falta, embora não o identificasses de maneira clara.

Sentias o fastio que o erro produz nos indivíduos, o vigoroso mal-estar que expressa a inutilidade de certos prazeres que mais comprometem do que agradam sem proporcionarem harmonia.

Quando sentias os prejuízos das irregularidades praticadas, em vez de meditação necessária à reparação mais chafurdavas nos lôbregos embriagadores dos sentidos e perdias a capacidade do discernimento.

Desconhecias a mensagem de Jesus, ou melhor, tinhas notícias a seu respeito, porém, nunca te detiveste a examinar os conteúdos maravilhosos de que é portadora.

Ouvias falar-se a seu respeito, mas não entendias o poder que possui de modificar a estrutura do pensamento vulgar e proporcionar lucidez para a existência digna e tranquila.

Ao tomar-lhe conhecimento, hoje desvelada pelos Imortais que te vieram demonstrar a plenitude do após desencarnação, tirou-te a venda dos olhos e percebeste a grandeza luminosa da vida que antes se te apresentava sombria e pesada...

É natural, portanto, que sofras discriminação e suspeita, qual fazias também àqueles que se dedicavam à abnegação e ao trabalho de autoiluminação.

Todo missionário do bem, do amor, e do conhecimento sedimenta os seus ideais sobre a argamassa das lágrimas, dos tormentos que lhe são impostos, do exílio, quando não lhe são solicitados testemunhos mais severos.

Não te permitas, porém, desfalecimento nem receios ante as agressões dos iludidos no poder temporal, dos vaidosos, dos comprometidos com realidade nenhuma.

Cabe-te semear exemplos de fé que demonstrem a tua capacidade de promover a verdade.

Quando se prepara um pomar ou um jardim a tarefa inicial é sempre desafiadora.

Tem-se que trabalhar o solo adusto ou sem vitalidade, coberto ou não de cardos e relvas perversas.

À hora de semear surgem novos perigos que devem ser vencidos, logo após, pelas plântulas frágeis e pelos seus zeladores.

Somente com a perseverança no tempo é que se pode ver a vida vegetal triunfar.

Confia no teu esforço e na Divina Providência que está sempre vigilante, pronta para auxiliar todos aqueles que se lhe entregam.

A História demonstra-nos mediante lições empolgantes o valor da fidelidade aos próprios ideais.

Abraham Lincoln, por exemplo, para alcançar a glória da imortalidade, candidatou-se a posições políticas de relevo várias vezes e perdeu-as todas. Insistiu até à exaustão e logrou os seus objetivos como Presidente da República do seu país.

Libertou os escravos, viveu a terrível Guerra de Secessão e pagou com a vida a coragem de amar e servir ao seu país.

O jovem pastor Luther King teve o sonho de ver livres os seus irmãos de ascendência africana e foi sacrificado, apesar das homenagens que recebeu em vida, padecendo angústias inimagináveis.

Os discípulos de Jesus saíram a ensinar e a viver o Evangelho, porém, foram perseguidos, cruelmente caluniados até serem sacrificados em inomináveis holocaustos pelo ideal.

Mandela experimentou o cárcere e o abandono por quase três décadas, a fim de conseguir libertar o seu povo.

Apesar de tuberculoso, Pasteur prosseguiu na caça dos bichinhos voadores, sofrendo sarcasmos de toda ordem e abriu novos horizontes à ciência médica.

Nunca houve exceção para os apóstolos do Bem na Terra.

Para que a sociedade desfrutasse de comodidades e bem-estar, houve a escravidão odienta e as guerras mortíferas.

Faz a tua parte.

O teu triunfo não será agora como ocorreu com todos os mártires, heróis e idealistas.

Insiste e dispõe-te a pagar com sorrisos os dardos da malquerença e da ingratidão.

Nada vence o amor que é a força viva mais atuante do Universo.

Continua amando mesmo desamado moralmente.

Os anjos guardiães que zelam por ti e pelo destino da Humanidade estão vigilantes e ativos ao teu lado.

Invisíveis, mas não inoperantes, confortam-te nas horas graves, estimulam-te ao prosseguimento e dão-te força em nome do Amigo crucificado que ressuscitou para que sejas fiel até o fim...

 Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 6 de abril de 2020, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia. Fonte: http://divaldofranco.com.br

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Em meio de lobos

“Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.” Jesus (Lucas, 10:3)

Naturalmente Jesus, em pronunciando semelhante recomendação, reportava-se a cordeiros fortes que conseguissem respirar em plano superior aos lobos vorazes.
Seria razoável enviar ovelhas frágeis a bestas violentas? Seria o mesmo que ajudar a carnificina.
O Mestre, indubitavelmente, desejava as qualidades de ternura e magnanimidade dos continuadores, mas não lhes endossaria as vacilações e fraquezas.
Aliás, para serviço de tal envergadura, desdobrado em verdadeiras batalhas espirituais, ele necessitava de cooperadores fiéis, bondosos, prudentes, mas valorosos. Enviava os discípulos ao centro de conflito áspero, não no gesto de quem remete carneiros ao matadouro, e sim à gleba de serviço, onde pudessem semear novos e sublimados dons espirituais, entre os lobos famintos, através da exemplificação no bem incessante.
Entretanto, há companheiros, ainda hoje, que se acreditam colaboradores do Cristo apenas porque levantam aos céus as mãos postas, em atitude suplicante.
Esquecem-se de que Jesus afirmou, peremptório: “Ide! Eis que vos mando!...”
Em tal determinação, vemos claramente que existem trabalhos a efetuar, ações beneméritas a instituir.
O mundo é o campo, onde o trabalhador encontrará a sua cota de colaboração.
É preciso realmente ir aos lobos. Seria perigoso esperá-los.
Muitos lidadores, porém, reclamam contra a cruz e o martírio, olvidando que o Senhor e seus corajosos sucessores neles encontraram a ressurreição e a eternidade através da resistência construtiva contra o mal.
Se os madeiros e leões retornassem, deveriam encontrar o trabalhador no esforço que lhe compete e nunca em atitude de inércia, a distância do ministério que lhe foi confiado.
O apelo do Cristo ressoa, ainda agora...
É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera contra fera, mas na posição de cordeiros embaixadores; não por emissários da morte, mas por doadores da vida eterna.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.144

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

189 anos de nascimento de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes


Virá um dia


(...) Virá um dia em que a criatura humana esquecer-se-á de si mesma e, naturalmente quando chegue esse dia, que não está longe e não está perto, as criaturas humanas se abraçarão carinhosamente.
Virá um dia em que o lobo feroz beberá no mesmo regato do cordeiro.
Virá um dia em que as criaturas estreitarão os corações numa doce afetividade.
Virá um dia em que o Santuário dos Espíritos agasalhará a misericórdia de Deus deixando de ser um clube para ser um altar da natureza.
Virá um dia em que nos amaremos uns aos outros com ternura e ciciaremos aos ouvidos palavras doces de encantamento.
Virá um dia em que o amor conseguirá superar o ódio e a amargura.
Filhas e filhos do coração, o Senhor convocou-nos para a implantação do Seu Reino nas paisagens lúgubres da Terra, nos lugares escusos em que a dor se homizia e a vergonha marca com sinete de fogo os corações derrotados.
Haja o que houver, amai! A honra do amor é daquele que ama. Estendei as mãos da caridade, deixai que o amor penetre pelo cérebro, desça através da voz e caminhe pela ternura das mãos, brilhando no coração como o do crucificado que cheio de sangue nos convidou à redenção.
Não amanhã, hoje. Não mais tarde, agora é o momento santo de ajudar.
Exultai vós que chorais. Aqui estamos aqueles que vos amamos para vos dizer, suavemente – vinde, nós vos esperamos.
Vinde para fluirmos da mercê e ternura do Amor não amado: “Vinde, e eu vos consolarei!”
Filhas e filhos da alma, voltai aos vossos lares e amai ao próximo mais próximo de vós - a família. Honrai-a com os vossos beijos de carinho e amai enriquecendo de vida os que estão sedentos de amor e esfaimados de compreensão.
Jesus espera por nós.
Eia, o instante azado da nossa integração no Espírito do Cristo!
Muita paz.
Exoramos a Deus que a todos vos abençoe e vos abraçamos em nome dos Espíritos espíritas que aqui estamos.
O servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra

Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco ao final da Conferência Pública, proferida no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 22 de setembro 2016. – Fonte: www.divaldofranco.com.br

sábado, 22 de agosto de 2020

Segue em frente


Nunca te surpreendas com o surgimento de dificuldades, no ministério a que te afervoras.
Toda ação enobrecida gera simpatia entre os que se afeiçoam ao Bem. Entretanto, produzem animosidade entre aqueles que preferem a vigência do desequilíbrio e do mal.
Não te escuses, por isso mesmo, de levar o teu labor avante.
As tarefas de pequena monta, as fáceis, podem ser realizadas por qualquer pessoa, até mesmo como forma de espairecimento.
Os serviços estafantes e desagradáveis, no entanto, pertencem aos idealistas devotados, aos lutadores incansáveis.
Assim, não anotes queixas, nem relaciones problemas.
Cada etapa vencida faz parte da meta a ser conquistada.
Um passo à frente e uma ação em triunfo são avanços no programa a executar.
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Chocam-te as atitudes de beligerância entre os companheiros e aturdem-te reações que os levam a assumir posições danosas ao trabalho.
Os homens ainda são as paixões que cultivam, todavia, continuando a merecer o mesmo afeto e simpatia.
Estão despertando, sem possuírem, por enquanto, as condições características dos servidores ideais.
Nem poderia ser diferente.
Muitos, ainda ontem, opunham-se tenazmente ao que ora aceitam e a transição mental de uma para outra ideia ou opinião nem sempre faz-se acompanhada por uma real mudança de atitude e de comportamento.
Há quem se afervore a um serviço, desde que esse esforço o promova; muitos apoiam as realizações somente quando elas os beneficiam; inumeráveis trabalhadores apenas cooperam com aqueles que se lhes submetem ao talante...
Sê tu quem ajuda, sem condições nem exigências.
Coloca o combustível da paciência e do amor na chama que arde no teu sentimento espírita e prossegue.
Ninguém é obrigado a ajudar-te nem a compreender-te.
Tu, no entanto, deves a todos auxiliar e entender.
Desde que já consegues superar um pouco as tuas limitações e dificuldades, faze-te o companheiro dos outros, ensinando sem palavras o que se deve fazer, como fazer e para que fazer o bem sem descanso.
A multidão tem os seus líderes, que sempre são por ela devorados.
Respeita-os e opera ao lado dos que se acerquem de ti, sem prejuízo do teu compromisso para com a Vida.
O dia se desenrola em apenas vinte e quatro horas, que são suficientes para marcar presença e atuar no programa da Eternidade.
Vai, portanto, em frente, com tranquilidade e fé.    

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro:  Roteiro de Libertação

Cartas espirituais

“E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodiceia lede-a vós também.” Paulo (Colossenses, 4 :16)

O correio do céu nunca se interrompeu. Desde que a inteligência humana se colocou em condições de receber a vibração dos planos mais altos, não cessou o Pai de enviar-lhe apelos, através de todos os recursos.
Em razão disso, a inspiração edificante nunca faltou às criaturas.
E, na atualidade, com a intensificação do intercâmbio entre os círculos visíveis e invisíveis, à face do Espiritismo evangélico que restaura no mundo o Cristianismo, na sua pureza essencial, as cartas espirituais são mais diretas, mais tangíveis.
Grande parte dos estudantes, contudo, seguindo a velha corrente do indiferentismo, em reparando essa ou aquela página edificadora, procura avidamente os nomes daqueles a quem são dirigidas.
Se há conselhos sábios, devem ser para os outros; se surgem advertências amigas ou severos apelos, devem ser igualmente para os outros. E compacta assembleia de companheiros demonstra singular ansiedade para receber mensagens particularistas, com apontamentos individuais. Para prevenir tais extremos, recomendava Paulo que as epístolas dedicadas a determinada igreja fossem lidas e comentadas em diferentes santuários para a necessária fusão e dilatação dos conhecimentos elevados.
As cartas espirituais de hoje devem observar idêntico processo.
Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente, portadores de um templo interno. Saibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada mensagem do Plano Superior a consolação, o remédio, o conselho ou a advertência de que carecemos.
Quando soubermos compreender as pequeninas experiências de cada dia com a luz do Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a comunidade geral de seus filhos.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – cap.143

Ante os tempos novos

(...) Enquanto os Espíritos Sábios e Benevolentes trazem a visão celeste, alargando o campo das esperanças humanas, todos os companheiros encarnados nos ouvem, extáticos, venturosos. É a consolação sublime. O conforto desejado. Congregam–se os corações para receber as mensagens do céu. Mas, se os emissários do plano superior revelam alguns ângulos da vida espiritual, falando–lhes do trabalho, do esforço próprio, da responsabilidade pessoal, da luta edificante, do estudo necessário, do autoaperfeiçoamento, não ocultam a desagradável impressão.
Contrariamente às suposições da primeira hora, não enxergam o céu das facilidades, nem a região dos favores, não divisam acontecimentos milagrosos nem observam a beatitude repousante. Ao invés do paraíso próximo, sentem–se nas vizinhanças de uma oficina incansável, onde o trabalhador não se elevará pela mão beijada do protecionismo e sim à custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota. Percebem a lei imperecível que estabelece o controle da vida, em nome do Eterno, sem falsos julgamentos.
Compreendem que as praias de beleza divina e os palácios encantados da paz aguardam o Espírito noutros continentes vibratórios do Universo, reconhecendo, no entanto, que lhes compete suar e lutar, esforçar–se e aprimorar–se por alcançá–los, bracejando no imenso mar das experiências.
A maioria espanta–se e tenta o recuo. Pretende um céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais.
Ninguém, contudo, perturbará a lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarzinho, com paciência maternal.
Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa. Não basta definir–lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também lhe revelar a feição de movimento libertador de consciências e corações.
A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representa uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna.
Infinito campo de serviço aguarda a dedicação dos trabalhadores da verdade e do bem. Problemas gigantescos desafiam os Espíritos valorosos, encarnados na época presente, com a gloriosa missão de preparar a nova era, contribuindo na restauração da fé viva e na extensão do entendimento humano.
Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra, e amparar a Ciência, transformada em gênio satânico da destruição. A espiritualidade vitoriosa percorre o mundo, regenerando–lhe as fontes morais, despertando a criatura no quadro realista de suas aquisições. Há chamamentos novos para o homem descrente, do século XX, indicando–lhe horizontes mais vastos, a demonstrar–lhe que o Espírito vive acima das civilizações que a guerra transforma ou consome na sua voracidade de dragão multimilenário.
Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita–se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando–se e elevando–se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.
Na consecução da tarefa superior, congregam–se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo a ponte de luz, através da qual a Humanidade transporá o abismo da ignorância e da morte.
(...) André Luiz vem, uma vez mais, ao teu encontro (...), esclarecendo que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre, que o períspirito não é um corpo de vaga neblina e sim organização viva a que se amoldam as células materiais; que a alma, em qualquer parte, recebe segundo as suas criações individuais; que os laços do amor e do ódio nos acompanham em qualquer círculo da vida; que outras atividades são desempenhadas pela consciência encarnada, além da luta vulgar de cada dia; que a reencarnação é orientada por sublimes ascendentes espirituais e que, além do sepulcro, a alma continua lutando e aprendendo, aperfeiçoando–se e servindo aos desígnios do Senhor, crescendo sempre para a glória imortal a que o Pai nos destinou.
(...) recorre à oração e agradece ao Senhor o aprendizado, pedindo–lhe te esclareça e ilumine, para que a ilusão não te retenha em suas malhas. Lembra–te de que a revelação da verdade é progressiva e, rogando o socorro divino para o teu coração, atende aos sagrados deveres que a Terra te designou para cada dia, consciente de que a morte do corpo não te conduzirá à estagnação e sim a novos campos de aperfeiçoamento e trabalho, de renovação e luta bendita, onde viverás muito mais, e mais intensamente.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Missionários da Luz

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Carma da solidão


Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar.

Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face.

Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável.

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobres-te a sós, carpindo rude angústia interior.

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.

Sofres e consideras-te desditoso.

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.

Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.

Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles, cuja felicidade cobiças.

A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras.

Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão.

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do Bem.

O que ora te falta, malbarataste.

Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de que agora tens necessidade.

A invigilância levou-te ao abuso, e delinquiste contra o amor.

A tua consciência espiritual sabe que necessitas de expungir e de reparar, o que te leva, nas vezes em que o júbilo te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão…

Além disso, é muito provável que, aqueles a quem magoaste, não se havendo recuperado, busquem-te, psiquicamente, assim te afligindo.

Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução.

Ama, sem aguardar resposta.

Serve, sem pensar em recompensa.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro:  Viver é amar