sábado, 6 de agosto de 2022

Semeadores

 “Eis que o semeador saiu a semear”. Jesus (Mateus, 13:3)

 

Todo ensinamento do Divino Mestre é profundo e sublime na menor expressão. Quando se dispõe a contar a parábola do semeador, começa com ensinamento de inestimável importância que vale relembrar.

Não nos fala que o semeador deva agir, através do contrato com terceiras pessoas, e sim que ele mesmo saiu a semear.

Transferindo a imagem para o solo do espírito, em que tantos imperativos de renovação convidam os obreiros da boa vontade à santificante lavoura da elevação, somos levados a reconhecer que o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios.

É necessário desintegrar o velho cárcere do "ponto de vista" para nos devotarmos ao serviço do próximo.

Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do "eu", excursionaremos através do grande continente denominado "interesse geral". E, na infinita extensão dele, encontraremos a "terra das almas", sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.

Foi nesse roteiro que o Divino Semeador pautou o ministério da luz, iniciando a celeste missão do auxílio entre humildes tratadores de animais e continuando-a através dos amigos de Nazaré e dos doutores de Jerusalém, dos fariseus palavrosos e dos pescadores simples, dos justos e dos injustos, ricos e pobres, doentes do corpo e da alma, velhos e jovens, mulheres e crianças...

Segundo observamos, o semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós, espalhando as claridades da Revelação e aumentando-nos a visão e o discernimento. Humilhou-se para que nos exaltássemos e confundiu-se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se substituído por milhões de mensageiros, se desejasse.

Afastemo-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear.


Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 064

Oração do pintor


         Senhor!...

Através de pincéis e tintas, cores e telas, concedeste-me o trabalho de que se me honorifica a existência.

Obtenho os recursos que se me fazem necessários, criando imagens com que influencio o espírito alheio. Deste-me, porém, tanta facilidade para exteriorizar a minha própria imaginação que, às vezes, receio descambar para figurações menos felizes, capazes de conturbar quem as vê, simplesmente pela sede de popularidade ou dinheiro fácil.

Ensina-me, Senhor, a compreender a harmonia com que distribuíste sabidamente as cores nos quadros da natureza, no orbe que nos emprestaste para viver.

Tingiste o firmamento de azul e a vegetação de verde, as cores repousantes que nos tranquilizam o campo mental, mas, imprimiste ao sangue o vermelho alarmante e agressivo para que, ao menor sinal de perigo, venhamos a defender prontamente a vida corpórea.

Situaste as cores resplendentes do Sol, de cima para baixo, como dar-nos a ideia da marcha que a todos nos compele da sombra para a luz.

Entretanto, não puseste cor alguma no ar, a fim de que ninguém possa criar o mínimo traço de privilégio ou separatividade na distribuição do agente essencial à sustentação de todas as criaturas da Terra.

Coloriste a verdade com o realismo que lhe é próprio, mas não desprezaste a beleza e o sonho inventando para o nosso olhar as maravilhas do arco-íris que não existe como elemento substancial e, sim, como inspiração de paz e harmonia que nos sublime os impulsos.

Senhor!...

Ensina-me equilíbrio e o respeito aos outros para que eu apenas crie formas do bem e para o bem, a fim de que eu possa cooperar na segurança e na ordem, na serenidade e na alegria permanentes de tua obra, hoje e sempre.


Meimei / Chico Xavier – Livro: Sentinelas da Alma

sábado, 30 de julho de 2022

Mais Luz - Edição 589 - 31/07/2022

 

Leia conosco nesta edição:

  • O grande educandário - Livro: Roteiro
  • Ante o Evangelho: Destinação da Terra. – Causa das misérias humanas
  • Poema: Em vão – Augusto dos Anjos
  • Diferenças – Livro Fonte Viva
  • Súplica - Livro: Apostilas da Vida

 

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

O grande educandário

De portas abertas à glória do ensino, a Terra, nas linhas da atividade carnal, é, realmente, uma universidade sublime, funcionando, em vários cursos e disciplinas, com dois bilhões de alunos, aproximadamente, matriculados nas várias raças e nações.

Mais de vinte bilhões de almas conscientes, desencarnadas, sem nos reportarmos aos bilhões de inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do progresso planetário, cercam o domicílio terrestre, demorando-se noutras faixas de evolução.

Para a maioria dessas criaturas, necessitadas de experiência nova e mais ampla, a reencarnação não é somente um impositivo natural, mas também um prêmio pelo ensejo de aprendizagem.

Assim é que, sob a iluminada supervisão das Inteligências Divinas, cada povo, no passado ou no presente, constitui uma seção preparatória da Humanidade, à frente do porvir.

Ontem, aprendíamos a ciência no Egito, a espiritualidade na Índia, o comércio na Fenícia, a revelação em Jerusalém, o direito em Roma e filosofia na Grécia. Hoje, adquirimos a educação na Inglaterra, a arte na Itália, a paciência na China, a técnica industrial na Alemanha, o respeito à liberdade na Suíça e a renovação espiritual nas Américas.

Cada nação possui tarefa específica no aprimoramento do mundo. E ainda mesmo quando os blocos raciais, em desvairo, se desmandam na guerra, movimentam-se à procura de valores novos no próprio engrandecimento.

Nos círculos do Planeta, vemos as mais primitivas comunidades dirigindo-se para as grandes aquisições culturais.

Se é verdade que a civilização refinada de hoje voa, pelo mundo, contornando-o em algumas horas, caracterizando-se pelos mais altos primores da inteligência, possuímos milhões de irmãos pela forma, infinitamente distantes do mundo moral. Quase nada diferindo dos irracionais, não conseguiram ainda fixar a mínima noção de responsabilidade.

Os anões docos da Abissínia, sem qualquer vestuário e pronunciando gritos estranhos à guisa de linguagem, mais se assemelham aos macacos.

Os nossos irmãos negros de Kytches passam os dias estirados no chão, à espera de ratos com que possam mitigar a própria fome.

Entre grande parte dos africanos orientais, não existe ligação moral entre pais e filhos.

Os Latucas, no interior da África, não conhecem qualquer sentimento de compaixão ou dever.

Remanescentes dos primitivos habitantes das Filipinas erram nas montanhas, à maneira de animais indomesticáveis.

E, não longe de nós, os botocudos, entregues à caça e à pesca, são exemplares terríveis de bruteza e ferocidade.

No imenso educandário, há tarefas múltiplas e urgentes para todos os que aprendem que a vida é movimento, progresso, ascensão.

Na fé religiosa como na administração dos patrimônios públicos, na arte tanto quanto na indústria, nas obras de instrução como nas ciências agrícolas, a individualidade encontra vastíssimo campo de ação, com dilatados recursos de evidenciar-se.

O trabalho é a escada divina de acesso aos lauréis imarcescíveis do espírito.

Ninguém precisa pedir transferência para Júpiter ou Saturno, a fim de colaborar na criação de novos céus. A Terra, nossa casa e nossa oficina, em plena paisagem cósmica, espera por nós, a fim de que a convertamos em glorioso paraíso.

 Emmanuel / Chico Xavier / Livro: Roteiro 

Diferenças

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Jesus (João, 13:35)

 

Nas variadas escolas do Cristianismo, vemos milhares de pessoas que, de alguma sorte, se ligam ao Mestre e Senhor.

Há corações que se desfazem nos louvores ao Grande Médico, exaltando-lhe a intercessão divina nos acontecimentos em que se reconheceram favorecidos, mas não passam das afirmativas espetaculares, qual se vivessem indefinidamente mergulhados em maravilhosas visões.

São os simplesmente beneficiários e sonhadores.

Há temperamentos ardorosos que impressionam da tribuna, através de preleções eruditas e comoventes, em que relacionam a posição do Grande Renovador, na religião, na filosofia e na história, não avançando, contudo, além dos discursos preciosos.

São os simplesmente sacerdotes e pregadores.

Há inteligências primorosas que vazam páginas sublimes de crença consoladora, arrancando lágrimas de emoção aos leitores ávidos de conhecimento revelador, todavia, não ultrapassam o campo do beletrismo religioso.

São os simplesmente escritores e intelectuais.

Todos guardam recursos e méritos especializados.

Existe, no entanto, nos trabalhos da Boa Nova, um tipo de cooperador diferente.

Louva o Senhor com pensamentos, palavras e atos, cada dia.

Distribui o tesouro do bem, por intermédio do verbo consolador, sempre que possível.

Escreve conceitos edificantes, em torno do Evangelho, toda vez que as circunstâncias lho permitem.

Ultrapassa, porém, toda pregação falada ou escrita, agindo incessantemente na sementeira do bem, em obras de sacrifício próprio e de amor puro, nos moldes de ação que o Cristo nos legou.

Não pede recompensa, não pergunta por resultados, não se sintoniza com o mal. Abençoa e ajuda sempre.

Semelhante companheiro é conhecido por verdadeiro discípulo do Senhor, por muito amar.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 063 

sábado, 23 de julho de 2022

Mais Luz - Edição 588 - 24/07/2022

 Confira conosco em mais uma edição do nosso boletim semanal:

 

  • Coragem e responsabilidade
  • Ante o Evangelho: Os bons espíritas
  • Poema: Entende a Jesus - Adelaide Augusta Câmara (AURA CELESTE)
  • Devagar, mas sempre – Livro Fonte Viva
  • Oração dos aprendizes – Aniceto

 

Clique e leia: https://mailchi.mp/07f4108fbab7/coragem-e-responsabilidade

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Coragem e responsabilidade

 

Quando o ser humano descobre o Espiritismo é tomado por especial alegria de viver, passando a compreender as razões lógicas da sua existência, os mecanismos que trabalham em favor da felicidade, experimentando grande euforia emocional.

Quando o Espiritismo penetra na mente e no sentimento do ser humano, opera-se-lhe uma natural transformação intelecto-moral para melhor, propondo-lhe radical alteração no comportamento que enseja a conquista de metas elevadas e libertadoras.

Quando o indivíduo mantém os primeiros contatos com a Doutrina Espírita vê-se diante de um mundo maravilhoso, rico de bênçãos que pretende fruir, deixando-se fascinar pelas propostas iluminativas de que é objeto.

Quando o Espiritismo encontra guarida no indivíduo, logo se lhe despertam os conceitos de responsabilidade, coragem e fidelidade à nova conquista.

Nem todos, porém, alteram a conduta convencional a que se acostumaram. Ao entusiasmo exagerado sucede o convencionalismo do conhecimento sem a sua vivência diária, aguardando recolher conveniências e soluções para os problemas afugentes, sem maior esforço pela transformação moral. Não se afeiçoando ao estudo correto dos postulados espíritas e neles reflexionando, detêm-se nas exterioridades das informações que recolhem, nem sempre verdadeiras, tornando-se apenas beneficiários dos milagres que esperam aconteçam-lhes a partir do momento da sua adesão.

Com o tempo e a frequência às reuniões, acomodam-se ao novo ritualismo da participação sem realizações edificantes, ou entregam-se à parte da assistência social, procurando negociar com Deus o futuro espiritual em razão do bem e da caridade que acreditam estar realizando.

O conhecimento do Espiritismo de forma natural e consciente desperta os valores enobrecidos da responsabilidade e da coragem indispensáveis à existência ditosa.

Todo conhecimento nobre liberta o ser humano da ignorância, apresentando-lhe a realidade desvestida dos formalismos e das ilusões, na sua face mais bela e significativa, por ensejar a conquista dos valores legítimos que devem ser cultivados.

O homem livre da superstição e dos complexos mecanismos da tradição da fé imposta, redescobre-se e exulta por compreender que é o autor de todas as ocorrências que lhe sucedem, exceção ao nascimento e à desencarnação, e mesmo essa, dependendo muito do seu comportamento durante a vilegiatura física, podendo antecipá-la ou postergá-la.

Adquire a responsabilidade moral pelos atos, não mais apoiando-se nas bengalas psicológicas de transferir para os outros a razão dos insucessos que lhe ocorrem, dando lugar aos sofrimentos e às suas inevitáveis consequências.

Compreende que uma excelente filosofia não basta para proporcionar uma existência feliz, mas sim, a vivência dos seus ensinamentos que se tornam responsáveis pelo que venha a ocorrer-lhe na área do seu comportamento moral.

É comum, a esses adeptos precipitados, passado algum tempo, apresentar-se decepcionados e tristes, informando que esperavam muito mais do Espiritismo e que encontraram pessoas confusas e perversas, insensatas e desequilibradas no seu movimento.

Da alegria exagerada passam à crítica contumaz, à maledicência, ao azedume.

Afinal, essa responsabilidade não é do Espiritismo, mas daqueles que o visitam levianamente e não incorporam à vida espiritual os ensinamentos excepcionais de que se constitui a sã doutrina.

De igual maneira que esses neófitos não se preocuparam em conseguir a autoiluminação, o mesmo sucedeu com outros adeptos que os precederam, acostumados que estavam ao ócio espiritual, à leviandade religiosa, aguardando sempre receber sem a menor preocupação em contribuir.

O movimento espírita não é o Espiritismo. O primeiro é constituído pelos indivíduos, bons e maus, conhecedores e ignorantes das verdades do mundo espiritual, ativos ou ociosos, que se deveriam integrar de corpo e alma ao serviço de renovação interior e da divulgação pelo exemplo. No entanto, para esse cometimento é necessária a coragem da fé, essa robustez de ânimo que enfrenta as dificuldades de maneira lúcida e clara com destemor e espírito de ação para remover-lhe os obstáculos e alcançar os patamares mais elevados de harmonia e de bem-estar.

Em muitos que permanecem na irresponsabilidade do comportamento e na falta de coragem para arrostar as consequências da sua conversão ao Espiritismo, permanecendo na dubiedade, nas incertezas que procuram não esclarecer, receando os impositivos da fidelidade pessoal à doutrina, instalam-se as justificativas infantis para prosseguirem sem alteração, esperando que os Espíritos realizem as tarefas que lhes dizem respeito.

Outros, ainda, viciados na conduta da inutilidade, esperam ter resolvidos todos os problemas de saúde, família, economia, surpreendendo-se, quando convocados aos fenômenos existenciais das enfermidades, dos desafios domésticos e financeiros, sociais e profissionais, que desejavam não lhes ocorressem em decorrência da sua adesão ao Espiritismo...

Só mesmo a mente insensata pode elaborar conceito dessa magnitude: a adesão a uma doutrina feliz basta para que tudo lhe ocorra, a partir de então, de maneira especial e magnífica!

O Espiritismo enseja a compreensão dos fatores existenciais, dos compromissos que a cada qual dizem respeito, do esforço que deve ser envidado em favor da construção do próprio futuro.

Elucida as ocorrências dolorosas, explicando as suas causas e oferecendo os instrumentos para a sua erradicação com a consequente construção dos dias felizes do porvir.

Eis por que se impõe, logo após a adesão aos seus postulados, de par com a responsabilidade da conduta, a coragem para as mudanças interiores que devem ocorrer ao longo do tempo, com a vigilância indispensável à produção de fatores elevados para o desenvolvimento intelecto-moral que aguarda o candidato às suas fileiras.

Tomando como modelar a conduta de Jesus, o Espiritismo trá-lo de volta, desmistificado das fábulas com que O envolveram através dos tempos, real e companheiro de todos os momentos, ensinando sempre pelo exemplo de que as Suas palavras se revestem.

O espírita sincero, que se redescobre através do conhecimento doutrinário, transforma-se em verdadeiro cristão, conforme os padrões estabelecidos pelo Mestre galileu.

Não se permite justificativas infantis após os insucessos, levanta-se dos erros e recomeça as atividades tantas vezes quantas ocorram, tem a coragem para o autoenfrentamento, libertando-se dos inimigos de fora para vencer aqueles de natureza interna, sempre disposto a servir e a amar.

Evocando os mártires do Cristianismo primitivo, enfrenta hoje valores decadentes da ética e da moral, graves problemas sociais e morais, que lhe exigem sacrifício para uma existência honorável sem os conchavos com a indignidade, a traição e o furto legalizado.

Torna-se alguém intitulado como portador de comportamento excêntrico, porque tem a coragem de preservar a vida saudável, mantendo-se digno em todas as circunstâncias, responsável pelos pensamentos, palavras e atos, incompreendido e, não poucas vezes, perseguido, mesmo nos locais em que labora doutrinariamente, em face da conduta doentia dos acostumados à leviandade e ao ócio.

Sem qualquer dúvida, a adesão ao Espiritismo impõe a consciência de responsabilidade e de coragem para tornar-se verdadeiramente espírita, todo aquele que lhe sinta a sublime atração.


Vianna de Carvalho / Divaldo Franco – Livro: Espiritismo e vida

Devagar, mas sempre

 “Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova, de dia em dia.” Paulo (II Coríntios, 4:16)

Observa o espírito de sequência e gradação que prevalece nos mínimos setores da Natureza.

Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.

Enche-se a espiga de grão em grão.

Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.

Nasce a floresta de sementes insignificantes.

Levanta-se a construção, peça por peça.

Começa o tecido nos fios.

As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.

A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo.

As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.

A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.

O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.

Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.

A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.

Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à expectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de autoaperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.

Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.

Há ensejo favorável à realização?

Age com regularidade, de alma voltada para a meta.

Há percalços e lutas, espinhos e pedrouços na senda?

Prossegue mesmo assim.

O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.

Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.

Devagar, mas sempre.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 062

Oração dos aprendizes

 


Senhor,

Ilumina-nos a visão de trabalhadores imperfeitos.

Justo Juiz ampara os criminosos e transviados.

Construtor Celeste restaura as obras respeitáveis, ameaçadas pela destruição.

Divino Médico salva os doentes.

Amigo dos Bons regenera os maus.

Mensageiro da luz expulsa as trevas que ainda nos rodeiam.

Emissário da Sabedoria esclarece-nos a ignorância.

Dispensador do Bem compadece-te de nossos males.

Advogado dos Aflitos reajusta os infelizes que provocam o sofrimento.

Sumo Libertador, emancipa-nos a mente, encarcerada em nossas próprias criações menos dignas.

Benfeitor do Alto estende compassivas mãos a todos aqueles que te desconhecem os princípios de amor e trabalho, humildade e perdão, nas zonas inferiores da vida.

Senhor, eis aqui os teus servos incapazes. Cumpra-se em nós a tua vontade sábia e justa, porque a nossa pequenez é tudo o que possuímos, para que, em Teu Nome, possamos operar a nossa própria redenção, hoje, aqui e agora.

Assim Seja.

Aniceto / Chico Xavier – Livro: À Luz da Oração


sábado, 16 de julho de 2022

Mais Luz - Edição 587 - 17/07/2022


Confira conosco em mais uma edição:


Máximas extraídas dos ensinos dos Espíritos

Ante o Evangelho: O mandamento maior

Poema: Segundo Milênio – Ciro Costa

Nunca desfalecer – Livro Fonte Viva

Senhor e Mestre – Oração de André Luiz


 Clique:

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