Diz Jesus (Lucas 4:18-19): O Espírito do Senhor está sobre
mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para apregoar
liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e
anunciar o ano aceitável do Senhor.
Coletivamente,
envolvendo a Humanidade, podemos dizer que o ano aceitável do Senhor foi
aquele em que a mensagem de Jesus começou a ser transmitida, no ano trinta da
Era Cristã, segundo a cronologia estabelecida.
Individualmente, será
aquele em que estivermos dispostos a aceitar Jesus em plenitude, buscando colocar
em prática seus ensinamentos.
A orientação para essa
vivência está contida nas excelências do Evangelho, que tem a sua síntese no Sermão
da Montanha, o mais belo poema da Humanidade.
Nele temos o roteiro
perfeito para cumprir a vontade de Deus e edificar o Reino Divino na Terra.
E o próprio Sermão da
Montanha pode ser sintetizado, conforme a expressão de Jesus (Mateus, 7:12): Tudo o que quiserdes que os homens vos façam,
fazei-o assim também a eles.
Em favor dos homens,
representados por familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho,
transeuntes, e todos aqueles que cruzam nosso caminho, somos convocados a
fazer o melhor, tanto quanto gostaríamos que eles o fizessem por nós.
Isso nos remete aos
valores do perdão, da caridade, da solidariedade, da tolerância, da paciência
e das demais virtudes evangélicas, que o Mestre não se cansou de ensinar e
exemplificar ao longo de seu apostolado.
No empenho de servir os
carentes de todos os matizes, há que considerar nossa integração em grupos de
trabalho.
Aqueles que servem com
eficiência, que produzem em benefício da coletividade, invariavelmente estão
associados a outras pessoas, unidos por ideais comuns.
Há estímulos recíprocos
em que nos beneficiamos e somos beneficiados, em relação ao serviço.
Se nos propomos, por
exemplo, a visitar doentes num hospital, cumprindo solitariamente a tarefa, sempre
haverá certo constrangimento na abordagem dos pacientes.
Por outro lado,
dificilmente sustentaremos a assiduidade.
Se integrados num
movimento de solidariedade, haverá sempre a segurança do grupo e o estímulo dos
companheiros a nos cobrarem a presença.
Podemos estar dispostos
a atender eventualmente o pobre que bate à nossa porta, ajudar um colega de serviço,
atender à necessidade de um vizinho, visitar um doente…
Mas será sempre algo
por demais elementar para nos situar como legítimos servidores.
É preciso dar
regularidade e constância a esse empenho.
Para tanto, a melhor
alternativa é o Centro Espírita, a escola abençoada das Almas, onde, num
primeiro momento, aprendemos a raciocinar como Espíritos imortais em jornada de
aprendizado pela Terra.
E se houver empenho de
nossa parte nesse mister, logo perceberemos que ali está também a nossa abençoada
oficina de trabalho, onde, unidos em torno do ideal comum de servir,
integramo-nos nos abençoados serviços da solidariedade, que emprestam
significado e objetivo à existência.
Uma boa proposta para o
Ano Novo.
Integrando-nos nas
atividades da Casa Espírita, participando de suas campanhas, contribuindo
para seus serviços, estaremos fazendo de “2020”*
um ano aceitável do Senhor, aquele ano maravilhoso em que, despertando para
as realidades reveladas pela Doutrina Espírita, estejamos dispostos a
arregaçar as mangas, buscando a glória de servir.
*2005 no original
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