sábado, 3 de agosto de 2019

Reflexões


O objetivo da Doutrina Espírita não é fascinar para dominar: é esclarecer para redimir.
A fé espírita é trigo, não é joio: nutre e fortalece a mente, não alucina nem incendeia a imaginação. Sua escola não visa a aliciar e arranchar indivíduos passivos que se movam tangidos pelo cajado de zagais que a si mesmos se divinizam e outorgam poderes e privilégios.
A moral espírita, revivendo a do Cristo de Deus, cria personalidades, consolida caracteres, faz homens livres.
***
É com a chave da coragem moral revelada na organização dos lares, colaborando com Deus no aperfeiçoamento das suas obras mediante a criação e educação dos filhos, que os sacerdotes e as sacerdotisas da família farão girar em seus gonzos os portais dos tabernáculos eternos, penetrando, vitoriosos, em seus arcanos, acompanhados daqueles com quem lutaram ombro a ombro, ajudando a vencer as asperezas e a escabrosidade do carreiro percorrido.
Jamais será com a gazua do celibato, dos claustros e das clausuras, fugindo àquelas responsabilidades e àqueles encargos pesados, que se logrará abrir, para si próprio e para outrem, as portas do Céu.

Vinícius / Livro: Na Seara do Mestre

Tu e tua casa

“E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” (Atos, 16:31)

Geralmente, encontramos discípulos novos do Evangelho que se sentem profundamente isolados no centro doméstico, no capítulo da crença religiosa.
Afirmam-se absolutamente sós, sob o ponto de vista da fé. E alguns, despercebidos de exame sério, tocam a salientar o endurecimento ou a indiferença dos corações que os cercam. Esse reporta-se à zombaria de que é vítima, aquele outro acusa familiares ausentes.
Tal incompreensão, todavia, demonstra que os princípios evangélicos lhes enfeitam a zona intelectual, sem lhes penetrarem o âmago do coração.
Por que salientar os defeitos alheios, olvidando, por nossa vez, o bom trabalho de retificação que nos cabe, no plano da bondade oculta?
O conselho apostólico é profundamente expressivo.
No lar onde exista uma só pessoa que creia sinceramente em Jesus e se lhe adapte aos ensinamentos redentores, pavimentando o caminho pelos padrões do Mestre, aí permanecerá a suprema claridade para a elevação.
Não importa que os progenitores sejam descrentes, que os irmãos se demorem endurecidos, nem interessam a ironia, a discussão áspera ou a observação ingrata.
O cristão, onde estiver, encontra-se no domicílio de suas convicções regenerativas, para servir a Jesus, aperfeiçoando e iluminando a si mesmo.
Basta uma estaca para sustentar muitos ramos. Uma pedra angular equilibra um edifício inteiro.
Não te esqueças, pois, de que se verdadeiramente aceitas o Cristo e a Ele te afeiçoas, serás conduzido para Deus, tu e tua casa.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 88

Introspecção



Quanto tempo não paro para observar ao meu lado e ver se não tem alguém precisando de mim.
Meus problemas me cegam e não me permitem escutar o que está ao meu redor.
Só tenho tempo para mim. Minhas dores são mais fortes, meu medo tem razão de ser, minhas dúvidas me atormentam e com isso sofro mais e me doo menos.
A cada dia que passa eu perco mais oportunidades de aprender e de crescer. A correria não me deixa perceber pequenas coisas que muito me acrescentariam e diminuiriam o sofrimento.
E é por isso que devemos parar para observar o que esta à nossa volta. Dar tempo para os filhos se sentirem amparados, ouvidos, amados. Olhar em seus olhos quando os ouvimos e procurar compreendê-los para que se sintam seguros.
Quando assim agimos com eles, desde pequeninos, desenvolvemos em nós a capacidade de percebermos as variações mais sutis e com isso não permitimos que elas se tornem grandes problemas.
Quando repreendermos um filho deverá ser com amor e por amor. Porque antes de tudo deveremos ser exemplos.
Devemos ter o cuidado constante para não nos afastarmos deles e depois querermos impor a nossa presença e os nossos conselhos.
O dia-a-dia nos apresenta oportunidades de aprendizado recíproco e contínuo, mas, devemos ter tempo para o outro.
Um amigo que se aproxima de nós para desabafar é porque confia e necessita de nossa atenção. Saber ouvir é um dom.
Quantas vezes evitamos situações extremas quando nos dispomos a escutar com a calma e a aconselhar como um pai amoroso.
De repente, era só isso que este amigo precisava: atenção. Um ombro amigo para chorar e dividir o peso dos problemas.
Jesus espera de cada um de nós a caridade em forma de atos. Ele quer que coloquemos em prática tudo o que vivemos escutando no Centro Espírita, no Culto no Lar, nos exemplos de cada dia.
Devemos observar mais e agir mais. De nada adiantará partirmos de cada encarnação com mais conhecimentos se não nos dispusermos a colocá-los em prática.
Por isso queridos amigos, aproveitemos essa nova oportunidade para nos doarmos um pouco mais.
O trabalho nos educa à medida que estabelecemos regras e, o tempo, criamos quando nos desvencilhamos da preguiça.
Deixemos de ser observadores e tomemos as rédeas dos compromissos assumidos.
Só passaremos a enxergar o próximo quando não nos colocarmos à nossa própria frente o tempo todo. Essa mudança nos tornará melhores e nossos fardos serão mais leves.
Fiquem em paz.
                         Joseph Gleber

sexta-feira, 26 de julho de 2019

CEJG - 64 anos irradiando Amor e Luz

Nos idos de 1955, um grupo de abnegados irmãos, a quem externamos nossa eterna gratidão por contribuírem para que hoje pudéssemos desfrutar deste Oásis de Luz, se reuniu nas dependências da Legião da Boa Vontade, com vistas a estudarem o Evangelho Segundo o Espiritismo.
O trabalho se manteve e onze anos depois, em uma reunião na Fazenda Eureca, nosso irmão Joaquim Portugal foi orientado pelo querido Benfeitor Espiritual Joseph Gleber a consolidar um novo agrupamento espírita, ao qual o companheiro acedeu prontamente, com a condição de que o Venerando Espírito fosse seu condutor no plano extrafísico.
A partir daí os precursores passaram a frequentar, quinzenalmente, o Grupo Espírita Dias da Cruz, na cidade de Caratinga, ávidos por esclarecimentos e mais estudo.
E assim nasceu juridicamente o Grupo da Fraternidade Joseph Gleber, cujo Estatuto foi elaborado em consonância com o Estatuto Padrão dos Grupos da Fraternidade filiados à Organização Social Cristã André Luiz – OSCAL, devidamente registrado em cartório.
Inicialmente o Grupo reunia-se numa sala da Loja Maçônica Filadélfia, até adquirir o próprio espaço, lançando em 25 de dezembro de 1966 a pedra fundamental do Grupo da Fraternidade Joseph Gleber.
Desde o seu nascedouro, este Portal de Luz tem como preocupação primeira a fidelidade irrestrita aos ensinamentos doutrinários prescritos pelo Divino Mestre e Senhor Jesus, bem como a codificação kardequiana, primando pelo estudo e prática do dever e da moral cristã, contribuindo assim para a divulgação e difusão do espiritismo, fundamentando-se no exercício da caridade, da fraternidade, por meio das seguintes ações:
·     Promoção da evangelização infantojuvenil;
·  Preparação através de cursos específicos de colaboradores da seara espírita;
·   Manutenção de reuniões de estudo dos fenômenos e da doutrina espírita;
· Realização de palestras visando a difusão dos ensinamentos espíritas;
·  E outros temas de cunho social como assistência às necessidades de pessoas carentes.
  Nestes 64 anos de existência desta Casa, a nossa homenagem deve ser em forma de retribuição, ainda que minimamente, por tantas benesses recebidas, com a nossa fraternidade, responsabilidade, trabalho, dedicação, a fim de que os alicerces permaneçam firmes, fincados nas bases sólidas do Amor e da Solidariedade. 

                         OBRIGADO CENTRO ESPÍRITA JOSEPH GLEBER!

Equipe de Divulgação do DCSE/CEJG

Olhai

“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.” Jesus (Marcos, 13:33)

Marcos registra determinada fórmula de vigilância que revela a nossa necessidade de mobilizar todos os recursos de reflexão e análise.
Muitas vezes, referimo-nos ao “orai e vigiai”, sem meditar-lhe a complexidade e a extensão.
É indispensável guardar os caminhos, imprescindível se torna movimentar possibilidades na esfera do bem, entretanto, essa atitude não dispensa a visão com entendimento.
O imperativo colocado por Marcos, ao princípio da recomendação de Jesus, é de valor inestimável à perfeita interpretação do texto.
É preciso olhar, isto é, examinar, ponderar, refletir, para que a vigilância não seja incompleta.
Discernir é a primeira preocupação da sentinela.
O discípulo não pode guardar-se, defendendo simultaneamente o patrimônio que lhe foi confiado, sem estender a visão psicológica, buscando penetrar a intimidade essencial das situações e dos acontecimentos.
Olhai o trabalho de cada dia.
O serviço comum permanece repleto de mensagens proveitosas.
Fixai as relações afetivas. São portadoras de alvitres necessários ao vosso equilíbrio.
Fiscalizai as circunstâncias observando as sugestões que vos lançam ao centro d’alma.
Na casa sentimental, reúnem-se as inteligências invisíveis que permutam impressões convosco, em silêncio.
Detende-vos na apreciação do dia; seus campos constituídos de horas e minutos são repositórios de profundos ensinamentos e valiosas oportunidades.
Olhai, refleti, ponderai!... Depois disso, naturalmente, estareis prontos a vigiar e orar com proveito.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 87

Não julgar

Nenhum de nós está em condições de julgar. Não sabemos os débitos que carregamos do passado.
A névoa que toma conta dos nossos olhos nos impede de enxergarmos o que fizemos, e com isso, não temos a certeza de que os erros que vemos não sejam os mesmos cometidos por nós.
Condenaram-se, com certeza, cumpriremos igual pena, pois, ao apontarmos o dedo devemos ter a consciência das responsabilidades que aquele ato acarreta.
Quantas oportunidades são perdidas quando não nos damos o tempo de reflexão.
Queremos que os outros nos façam o que seja bom. Não permitimos vacilos. Colocamos a responsabilidade de nossa felicidade nas mãos do próximo, quando cabe a nós a luta pela conquista através do prazer da doação.
Muitas vezes, nos tornamos inimigos do outro, porque não damos o tempo necessário para uma reflexão.
Gritamos e não permitimos que nos falem alto. Esperamos reconhecimento sem nos lembrarmos da grandeza do servir pelo simples prazer de servir.
Não ouvimos porque nossa mente está se preparando para contra-atacar, sem percebermos a oportunidade que estamos tendo naquele momento e que, nosso orgulho não pode nos dominar.
Esquecemos todos os ensinamentos do Pai quando nos sentimos humilhados e achamos que o revide nos faz fortes e poderosos. Quanta ilusão.
A humildade sim, esta nos torna gigantes. Ela nos demonstra o tamanho do amor que carregamos dentro de nós.
Cada ser que reencarna nesse planeta, um dia terá consciência que estamos tendo oportunidades como todos.
Precisamos um do outro para crescer. Somos seres imperfeitos em busca de um melhoramento.
As situações vão surgindo diante de nós e temos a obrigação de buscarmos em nossa bagagem todos os ensinamentos e os colocarmos em prática.
A mensagem que ontem ouvimos e achamos maravilhosa precisa ser vivida hoje com toda intensidade, senão, não passará de palavras ao vento, que se perdem sem terem cumprido o seu objetivo. Por isso, devemos ouvir com o cérebro e analisar com o coração. Guardar num lugar de fácil acesso para ser buscada sempre que necessário.
Tirem proveito de tudo. Analisem os fatos, se coloquem no lugar do outro e vivam como se fossem o outro.
Só assim um dia aprenderemos a nos conhecer melhor, a nos respeitar e, acima de tudo, a nos amarmos, como é o desejo do Pai.
Que esta mensagem sirva de reflexão para trazermos à tona e colocar em prática, tudo de bom que aprendemos até hoje. Pois, é exatamente o exemplo que nos torna melhores. Fiquem em paz, esse que vos ama,

Joseph Gleber

Microcampanha "A vida no Mundo Espiritual"

"Nos Domínios da Mediunidade" é o oitavo livro da Microcampanha "A Vida no Mundo Espiritual" por iniciativa da UEM/COFEMG.

Palestras CEJG - Agosto/2019


quinta-feira, 18 de julho de 2019

"Entre a Terra e o Céu" - Entrevista com José Ávila Neto

Divulgação Espírita

Se existe uma expressão fecunda de gratidão à luz do Espiritismo que nos libertou da ignorância e dos vícios morais, ela pode ser reconhecida no trabalho consciente e ardoroso de sua divulgação, a bem de outros corações...
Pensar o conteúdo doutrinário para sentir Jesus em retorno ao nosso convívio representa a estrada nova e bem pavimentada, capaz, por sua utilidade e valor, de beneficiar toda a Humanidade.
Espiritismo é o clarim matinal que anuncia a Era da Regeneração tão aguardada, e, sob seus auspícios reveladores, a sabedoria e a doçura da fraternidade – fraternidade que é o amor em expansão –, como radioso sol a todos alcança, para a efetiva libertação espiritual de nosso Globo.
Urge, por consciência e dever moral, formarmos fileiras de entendimento e aplicação cadenciada do que nos oferece a Doutrina do Consolador.
Firmeza de ânimo que caracterize um genuíno idealista;
Sentimento solidário, que enalteça os planos do Bem, então concebidos pelo adepto;
Lealdade aos fundamentos da Verdade codificada, por princípio de segurança e valor.
Irmãos: o Espiritismo é o Consolador, abrigando-nos em caridade e paz; todavia, o excelso trabalho que ao Paracleto divino compete executar, necessita de nossas mãos, para que, íntegro e benfeitor, alcance as comunidades – das choupanas singelas e geralmente violentas aos palácios de onde promanam as decisões de ordem e governança do mundo!
Mãos à obra, com Jesus e Kardec!

Caibar Schutel

 Mensagem psicografada pelo médium Wagner G. Paixão durante o encerramento do XV Congresso Espírita de São Paulo, promovido pela USE, em Franca, no dia 01/05/2012