Quanto tempo não paro
para observar ao meu lado e ver se não tem alguém precisando de mim.
Meus problemas me cegam e
não me permitem escutar o que está ao meu redor.
Só tenho tempo para mim.
Minhas dores são mais fortes, meu medo tem razão de ser, minhas dúvidas me
atormentam e com isso sofro mais e me doo menos.
A cada dia que passa eu
perco mais oportunidades de aprender e de crescer. A correria não me deixa
perceber pequenas coisas que muito me acrescentariam e diminuiriam o
sofrimento.
E é por isso que devemos
parar para observar o que esta à nossa volta. Dar tempo para os filhos se
sentirem amparados, ouvidos, amados. Olhar em seus olhos quando os ouvimos e
procurar compreendê-los para que se sintam seguros.
Quando assim agimos com
eles, desde pequeninos, desenvolvemos em nós a capacidade de percebermos as
variações mais sutis e com isso não permitimos que elas se tornem grandes
problemas.
Quando repreendermos um
filho deverá ser com amor e por amor. Porque antes de tudo deveremos ser
exemplos.
Devemos ter o cuidado
constante para não nos afastarmos deles e depois querermos impor a nossa
presença e os nossos conselhos.
O dia-a-dia nos apresenta
oportunidades de aprendizado recíproco e contínuo, mas, devemos ter tempo para
o outro.
Um amigo que se aproxima
de nós para desabafar é porque confia e necessita de nossa atenção. Saber ouvir
é um dom.
Quantas vezes evitamos
situações extremas quando nos dispomos a escutar com a calma e a aconselhar
como um pai amoroso.
De repente, era só isso
que este amigo precisava: atenção. Um ombro amigo para chorar e dividir o peso
dos problemas.
Jesus espera de cada um
de nós a caridade em forma de atos. Ele quer que coloquemos em prática tudo o
que vivemos escutando no Centro Espírita, no Culto no Lar, nos exemplos de cada
dia.
Devemos observar mais e
agir mais. De nada adiantará partirmos de cada encarnação com mais
conhecimentos se não nos dispusermos a colocá-los em prática.
Por isso queridos amigos,
aproveitemos essa nova oportunidade para nos doarmos um pouco mais.
O trabalho nos educa à
medida que estabelecemos regras e, o tempo, criamos quando nos desvencilhamos
da preguiça.
Deixemos de ser observadores
e tomemos as rédeas dos compromissos assumidos.
Só passaremos a enxergar
o próximo quando não nos colocarmos à nossa própria frente o tempo todo. Essa
mudança nos tornará melhores e nossos fardos serão mais leves.
Fiquem em paz.
Joseph Gleber
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