segunda-feira, 30 de junho de 2025
sábado, 28 de junho de 2025
Prossigamos
“Irmãos, quanto a mim não julgo que o haja alcançado;
mas, uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e
avançando para as que estão diante de mim…” — Paulo (Filipenses, 3:13)
Se te imobilizas na estrada, a pretexto de amarguras
acumuladas ou de ofensas recebidas, lembra-te de Paulo, o apóstolo intrépido,
que, sobrecarregado de problemas, não se resignava a interromper o trabalho que
o Mestre lhe conferira.
O amigo providencial da gentilidade não se entretinha
a escutar os remorsos que trazia do seu tempo de adversário e perseguidor do
Evangelho.
Não lamentava os amigos descrentes da renovação de que
fornecia testemunho.
Não se queixava dos parentes que o recebiam,
empunhando o azorrague da expulsão.
Não se detinha para lastimar a alteração dos afetos
que a incompreensão azedara no vaso do tempo.
Não cultivava a volúpia da solidão porque lhe faltasse
a bênção do tálamo doméstico.
Não se fixava nos espinhos que lhe ferreteavam a alma
e a carne, não obstante reconhecer-lhes a existência.
Não parava com o objetivo de reclamar contra as
pedradas do caminho.
Não se concedia férias de choro inútil, ante as
arremetidas do mal.
Não se demorava na rede dos elogios, sob o fascínio da
ilusão.
Não se cristalizava nos próprios impedimentos.
Seguia sempre na direção do alvo que lhe cabia
atingir.
Assim também nós, endividados ou pecadores, pobres ou
doentes, fracos ou inábeis, desiludidos ou torturados, uma coisa façamos… Acima
de todos os tropeços e inibições, prossigamos sempre para diante, olvidando o
mal e fazendo o bem.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 34
sábado, 21 de junho de 2025
Acalma-te
“… A Deus tudo é possível…” — Jesus (Mateus, 19:26)
Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e
espera, fazendo o melhor que possas.
Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para
exprimir-se com segurança.
A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças
tranquilas.
O fruto que te nutre representa um ano inteiro de
trabalho silencioso da árvore generosa.
Cada dia que se levanta é convite de Deus para que Lhe
atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor.
Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano.
Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz.
Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de
sacrifício.
Decerto, encontrarás ainda hoje corações envenenados
que destilam irritação e desgosto, medo e fel.
Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e
abençoa-os com a tua paz.
Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes
voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão…
É da Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído
e sem violência.
Recorda que toda dor, como toda nuvem, forma-se,
ensombra e passa…
Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam,
acalma-te e espera…
Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que
a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em
Deus.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 33
sábado, 14 de junho de 2025
O amor tudo sofre
“Tudo sofre…” — Paulo (I Coríntios, 13:7)
O noticiário terrestre reporta-se diariamente a
desvarios cometidos em nome do amor.
Homicídios são perpetrados publicamente.
Suicídios sulcam de pranto e desolação a rota de lares
esperançosos.
Furto, contenda, injúria e perversidade aparecem todos
os dias invocando a inspiração do sentimento sublime.
Mulheres indefesas, homens dignos, jovens promissores
e infelizes crianças, em toda a parte, sofrem abandono e aflição sob a legenda
celeste.
Entretanto, só o egoísmo, traduzindo apego da alma ao
bem próprio, é que patrocina os golpes da delinquência, os enganos da posse, os
erros da impulsividade e os desacertos da pressa… Apenas o egoísmo gera ciúme e
despeito, vingança e discórdia, acusação e cegueira.
O amor, longe disso, sabe rejubilar-se com a alegria
dos corações amados, esposando-lhes as lições e as dificuldades, as dores e os
compromissos.
Não se atropela, nem se desmanda.
Abraça no sacrifício próprio, em favor da felicidade
da criatura a quem ama, a razão da própria felicidade.
Por esse motivo, no amor verdadeiro não há sinal de
qualquer precipitação conclamando à imoderação ou à loucura.
O apóstolo Paulo afirmou divinamente inspirado: — “O
amor tudo sofre…”
E, de nossa parte, acrescentaremos: — O amor genuíno
jamais se desregra ou se cansa, porque realmente sabe esperar.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 32
domingo, 8 de junho de 2025
Combatendo a sombra
“E não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos…” — Paulo (Romanos, 12:2)
O aviso evangélico é demasiado eloquente, todavia é
imperioso observar-lhe a expressão profunda.
O apóstolo divinamente inspirado adverte-nos de que em
verdade, não nos será possível a tácita conformação com os enganos do mundo,
tanta vez abraçados espontaneamente pela maioria dos homens, no entanto, não
nos induz a qualquer atitude de violência.
Não nos pede rebelião e gritaria.
Não nos aconselha azedume e discussão.
A palavra da Boa Nova solicita-nos simplesmente a
nossa transformação.
Não nos cabe, a pretexto de seguir o Mestre, sair de
azorrague em punho, golpeando aqui e ali, na pretensão de estender-lhe a
influência.
É imprescindível adotar a conduta dele próprio que, em
nos conhecendo as viciações e fraquezas, suportou-nos a rijeza de coração,
orientando-nos para o bem, cada dia, com o esforço paciente da caridade que
tudo compreende para ajudar.
Não movimentes, desse modo, o impulso da força,
constrangendo os semelhantes a determinadas regras de conduta, diante da ilusão
em que se comprazem.
Renovemo-nos para o melhor.
Eleva o padrão vibratório das emoções e dos
pensamentos.
Cresce para a Vida Superior e revela-te em silêncio,
na altura de teus propósitos, convertendo-te em auxiliar precioso da divina
iluminação do espírito, na convicção de que a sementeira do exemplo é a mais
duradoura plantação no solo da alma.
Não te resignes aos hábitos da treva. Mas clareia-te,
por dentro, purificando-te sempre mais, a fim de que a tua presença irradie, em
favor do próximo, a mensagem persuasiva do amor, para que se estabeleça entre
os homens o domínio da eterna luz.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 31
sábado, 31 de maio de 2025
Para vencer o mal
“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o
bem.” — Paulo (Romanos, 12:21)
Muita gente, quando não se mostre positivamente
inclinada à vingança, perante o mal que recebe, demonstra atitudes de
hostilidade indireta, como sejam o favor adiado, o fel da reprovação de permeio
com o mel do elogio, o deliberado esquecimento quando se trate da honra ao
mérito ou a diminuição do entusiasmo na prestação de serviço, em favor da
pessoa menos simpática…
Entretanto, para vencer o mal não basta essa
“meia-bondade”, peculiar a quantos se devotam à desculpa cortês sem adesão do
campo íntimo…
Todas as nossas manifestações que acusem essa ou
aquela percentagem de mal, são sempre plantação do mal, gerando insucesso e
desgosto contra nós mesmos.
O Evangelho é claro na fórmula apresentada para a
extinção do flagelo.
Para que estejamos libertos da baba sinistra do antigo
dragão que trava o progresso da Humanidade, é indispensável guardemos paciência
contra as suas investidas, procurando esquecê-lo, perdoá-lo e fazer-lhe o bem
tanto quanto nos seja possível, porque o bem puro é a única força suscetível de
desarmar-lhe as garras inconscientes.
Não nos esqueçamos de que para anular a sombra noturna
não basta arremeter os punhos cerrados contra o domínio da noite. É preciso
acender uma luz.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 30
A importância da prática mediúnica bem conduzida
“Para
conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da natureza
material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos
especiais. Com o telescópio, ele
mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o
mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a
mediunidade.” (Evangelho Segundo Espiritismo, cap. 28, item 9)
“Não
existisse a mediunidade, inumeráveis problemas seriam insolucionáveis,
permitindo que mais graves conjunturas conspirassem contra a criatura
humana. Sem ouvir-se, nem sentir-se a
realidade espiritual de que os implementos mediúnicos se fazem instrumento,
certamente grassariam mais terríveis dramas e tormentosas situações
injustificáveis.” (Luz Viva - Joanna
de Ângelis)
“O Espiritismo
cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e a
mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A mediunidade, porém, não é exclusiva dos
chamados “médiuns”. Todas as criaturas a possuem, porquanto significa percepção
espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não bastará, entretanto, perceber, é
imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do
bem.” (Missionários da Luz - Capitulo 03, Desenvolvimento mediúnico)
“Nenhuma
instituição de Espiritismo pode, a rigor, desinteressar-se desse trabalho
imprescindível à higiene, harmonia, amparo ou restauração da mente humana,
traçando esclarecimento justo, seja aos desencarnados sofredores, seja aos
encarnados desprovidos de educação íntima que lhes sofram a atuação deprimente,
conquanto, às vezes, involuntária. Cada templo espírita deve e precisa possuir
a sua equipe de servidores da desobsessão, quando não seja destinada a socorrer
as vítimas da desorientação espiritual que lhes rondam as portas, para defesa e
conservação de si mesmas.” (Desobsessão - André Luiz - Introdução)
Considerando
essas verdades, a prática mediúnica bem conduzida nas casas Espíritas, passa a ser
uma necessidade. Sendo assim, o Centro Espírita Joseph Gleber, há décadas vem
mantendo reuniões praticas da mediunidade, colaborando para uma sociedade
harmônica, saudável e mais justa.
Departamento de Orientação
Mediúnica (DOM) – C. E. Joseph Gleber
Diretores: Maria
Augusta Nascimento Santos e César Henrique Pereira Santos
Mais Espiritismo
no cérebro — mais educação;
no lar — mais bênçãos;
no matrimônio — mais união;
na família — mais concórdia;
no grupo — mais eficiência;
na arte — mais beleza;
na ciência — mais luz;
no estudo — mais proveito;
na ideia — mais construtividade;
na palavra — mais acerto;
no trabalho — mais rendimento;
nas decisões — mais lógica;
na tentação — mais resistência;
na liberdade — mais controle;
na provação — mais paciência;
nas relações — mais solidariedade.
Mais Espiritismo na vida, em suma, é mais progresso e mais felicidade, porque a Doutrina Espírita é o ensinamento de Jesus posto ao alcance de todas as inteligências do mundo, e o ensinamento é a religião do amor e da sabedoria tanto para a Terra quanto para as outras “Terras” dos Céus.
Reformador — outubro de 1966.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
Você conhece a história de Albino Teixeira?
Espírita
muito operoso, era médium psicógrafo semimecânico de apuradíssima faculdade. Militou
no Rio de Janeiro, colaborando particularmente na Federação Espírita Brasileira
(FEB) onde, durante 16 anos, fez parte de diretoria no cargo de 1º secretário.
Exemplar no exato desempenho de suas funções, era o irmão, o amigo, o obreiro
incansável. Zeloso e vigilante na pureza doutrinária, era eficiente e
cuidadoso, quer no atendimento de passes, quer na missão de médium curador ou
no receituário mediúnico, ao qual sempre se entregou, abnegado, solícito e
bondoso, fiel às mais espinhosas obrigações que a caridade determina.
Vítima
de paralisia, que o prendeu ao leito por quase dois anos, em decorrência de uma
enfermidade circulatória, desencarnou no dia 30 de junho de 1923, em idade
avançada, mas permanece, ainda hoje, no plano espiritual, atuando no movimento
doutrinário, ditando páginas de instrução e alertamento, nas quais se lhe percebe
a fidelidade aos preceitos evangélicos, a submissão humilde aos desígnios providenciais,
bem como o culto da caridade que lhe norteou a existência.
Incansável
trabalhador, muito fez para o crescimento do espiritismo em nosso País. Seu
preparo e conhecimento espiritual eram tão grandes que, um dia após o seu
desencarne, mandou mensagem do mundo espiritual, contando em detalhes sua
recepção no outro lado da vida.
Em
mensagem recebida no Departamento de Orientação Espiritual do Grupo de
Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, no ano de 1980, o espírito iluminado de
Scheilla disse que Albino Teixeira em outras encarnações fora médico,
enfermeiro e alfaiate, tendo uma encarnação maravilhosa na cidade de Sacramento
em Minas Gerais. Atualmente se encontra numa situação de muita luz no plano
espiritual, de onde tem sempre enviado lindas páginas de alerta e incentivo
para todos nós por meio do médium Chico Xavier e de outros renomados médiuns brasileiros.
Extraído
do site Correio Espírita.
sábado, 24 de maio de 2025
No estudo da salvação
“E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja
aqueles que se encontravam em salvação.” — (Atos, 2:47)
A expressão fraseológica do texto varia por vezes,
acentuando que o Senhor acrescentava à comunidade apostólica todos aqueles “que
estavam se salvando” ou “que se iam salvar”.
De qualquer modo, porém, a notícia serve de base a
importante estudo da salvação.
Muita gente acredita que salvar-se será livrar-se de todos
os riscos, na conquista da suprema tranquilidade.
Entretanto, vemos o Cristo apartando as almas em
processo de salvação para testemunho incessante no sacrifício.
Muitos daqueles que foram acrescentados, ao serviço da
Igreja nascente, conheceram aflição e martírio, lapidação e morte.
Designados por Jesus para a Obra Divina, não se
forraram à dor.
Mãos calejadas em duro trabalho, conheceram sarcasmos
soezes e vigílias atrozes.
Encontraram no Excelso Amigo não apenas o Benfeitor
que lhes garantia a segurança, mas também o Mestre ativo que lhes oferecia a
lição em troca do conhecimento e a luta como preço da paz.
É que salvar não será situar alguém na redoma da
preguiça, à distância do suor na marcha evolutiva; tanto quanto triunfar não
significa deserção do combate.
Consoante o ensinamento do próprio Cristo, que não
isentou a si mesmo do selo infamante da cruz, salvar é, sobretudo, regenerar,
instruir, educar e aperfeiçoar para a Vida Eterna.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 29
sábado, 17 de maio de 2025
Na conquista da liberdade
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade,
porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns
dos outros pelo amor.” — Paulo (Gálatas, 5:13)
A mente humana, antes do contato com o Cristo, o
Divino Libertador, padecia milenárias algemas de servidão.
Era o cativeiro da violência, convertendo o mundo em
arena de senhores e escravos…
Era o grilhão implacável do ódio garantindo impunidade
aos crimes de raça…
Era a treva da ignorância aprisionando a inteligência
nas teias do vício dourado…
Era a obsessão da guerra permanente, encarcerando os
povos em torrentes de sangue e lama…
Cristo veio, porém, e conquistando a libertação
espiritual do mundo, a preço de sacrifício, descerra novos horizontes à
Humanidade.
Da Manjedoura à Cruz, movimenta-se o Amigo Divino,
reintegrando o homem na posse da simplicidade, do equilíbrio, da esperança, da
alegria e da vida eterna que constituem fatores essenciais da justa libertação
do espírito.
Devemos, pois, ao Senhor, a felicidade de nossa
gradativa independência, para a imortalidade; entretanto, para atingir a glória
divina a que estamos destinados, é preciso saibamos renunciar conscientemente à
nossa própria emancipação, sustentando-nos no serviço espontâneo em favor dos
outros, porquanto somente através da nossa voluntária rendição ao dever, por
amor aos nossos próprios deveres, é que realmente alcançaremos a auréola da
liberdade vitoriosa.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 28
sábado, 10 de maio de 2025
Maternidade à luz do Espiritismo
O Dia das Mães é uma celebração que homenageia a
figura materna, sendo comemorado em diferentes datas ao redor do mundo. No
Brasil, como se sabe, é celebrado no segundo domingo de maio.
A origem dessa data remonta aos Estados Unidos do
início do século XX, com a iniciativa da ativista Anna Jarvis, que após a morte
de sua mãe, Ann Reeves Jarvis, em 1905, organizou uma cerimônia em sua memória,
três anos depois.
Ann Reeves se tornou conhecida por seu trabalho social
realizado com outras mães durante a Guerra da Secessão. Após perder 10 dos
13 filhos para doenças infantis como diarreia e tuberculose, ela se dedicou a
combater a mortalidade infantil na cidade onde morava, e para isso, se envolveu
em grupos de trabalho da igreja com o intuito de ensinar técnicas de higiene
básica e saneamento às mães, fornecendo também medicações e tratamentos a
famílias que estivem enfermas.
A homenagem de Anna Jarvis para sua mãe ganhou apoio
e, em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio
como o ‘Dia das Mães’ nos Estados Unidos. A primeira celebração no Brasil
ocorreu quatro anos depois, mas só foi oficializada pelo governo Vargas em
1932.
Mas qual é a importância desta data à luz da Doutrina
Espírita?
A maternidade é uma missão elevada e transformadora,
que transcende os vínculos biológicos e se insere no contexto da evolução
espiritual. Ser mãe é assumir um compromisso divino de auxiliar na jornada de
um espírito reencarnante, oferecendo-lhe amor, educação e orientação moral.
Essa tarefa não se limita à gestação ou ao cuidado físico, mas envolve a
formação integral do ser, preparando-o para os desafios da vida terrena e para
seu progresso espiritual.
O amor materno é visto como uma das expressões mais
puras do amor incondicional, capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e da
morte. Na questão 890 de "O Livro dos Espíritos", os benfeitores
esclarecem que esse sentimento persiste além da existência física,
acompanhando o filho mesmo após o desencarne. Tal vínculo profundo sugere que
mães e filhos frequentemente compartilham laços espirituais anteriores,
reencontrando-se em novas existências para fortalecer afetos ou reparar
desavenças passadas.
A maternidade, portanto, é uma oportunidade de
crescimento mútuo, onde tanto a mãe quanto o filho têm a chance de evoluir
espiritualmente. A mãe é chamada a exercer virtudes como paciência, tolerância
e abnegação, enquanto o filho recebe o suporte necessário para seu
desenvolvimento moral. Essa relação é fundamental para a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, pois é no seio familiar que se formam os
valores que guiarão o indivíduo ao longo da vida.
Contudo, a missão materna não está isenta de desafios,
especialmente diante de filhos com comportamentos difíceis, ou em situações
adversas. Nesses casos, é essencial que a mãe compreenda a importância de sua
responsabilidade espiritual, buscando forças na fé e nos ensinamentos do
Evangelho para superar os obstáculos e cumprir sua missão com amor e dedicação.
Em suma, a maternidade é uma dádiva divina que oferece
à mulher a sublime oportunidade de colaborar com Deus na obra da criação e na
edificação de almas. É um chamado ao amor verdadeiro, à entrega e ao serviço
desinteressado, que, quando aceito com consciência e responsabilidade, conduz à
elevação espiritual e à construção de um mundo melhor.
Que Jesus possa abençoar todas as mães nesta sublime
missão de amor!
Equipe DCSE
Referências: Wikipédia; Brasil Escola; BBC News; Livro dos Espíritos.
Liberdade em Jesus
“Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei,
pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão.” — Paulo
(Gálatas, 5:1)
Disse o apóstolo Paulo, com indiscutível acerto, que
“para a liberdade Cristo nos libertou”.
E não são poucos aqueles que na opinião terrestre
definem o Senhor como sendo um revolucionário comum.
Não raro, pintam-no à feição de petroleiro* vulgar,
ferindo instituições e derrubando princípios.
Entretanto, ninguém no mundo foi mais fiel cultor do
respeito e da ordem.
Através de todas as circunstâncias, vemo-lo
interessado, acima de tudo, na lealdade a Deus e no serviço aos homens.
Não exige berço dourado para ingressar no mundo.
Aceita de bom grado a infância humilde e laboriosa.
Abraça os companheiros de ministério, quais se
mostram, sem deles reclamar certidão de heroísmo e de santidade.
Nunca se volta contra a autoridade estabelecida.
Trabalha na extinção da crueldade e da hipocrisia, do
simonismo* e da delinquência, mas em momento algum persegue ou golpeia os
homens que lhes sofrem o aviltante domínio.
Vai ao encontro dos enfermos e dos aflitos para
ofertar-lhes o coração.
Serve indistintamente.
Sofre a incompreensão alheia, procurando compreender
para ajudar com mais segurança.
Não espera recompensa, nem mesmo aquela que surge em
forma de simpatia e entendimento nos círculos afetivos.
Padece a ingratidão de beneficiados e seguidores, sem
qualquer ideia de revide.
Recebe a condenação indébita e submete-se aos
tormentos da cruz, sem recorrer à justiça. E ninguém se fez mais livre que Ele
— livre para continuar servindo e amando, através dos séculos renascentes.
Ensinou-nos, assim, não a liberdade que explode de
nossas paixões indomesticadas, mas a que verte, sublime, do cativeiro
consciente às nossas obrigações, diante do Pai Excelso.
Nas sombras do “eu”, a liberdade do “faço o que quero”
frequentemente cria a desordem e favorece a loucura.
Na luz do Cristo, a liberdade do “devo servir” gera o
progresso e a sublimação.
Assimilemos do Mestre o senso da disciplina.
Se quisermos ser livres, aprendamos a obedecer.
Apenas através do dever retamente cumprido,
permaneceremos firmes, sem nos dobrarmos diante da escravidão a que, muitas
vezes, somos constrangidos pela inconsequência de nossos próprios desejos.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 27
*Petroleiro:
Revolucionário, anarquista
Simonismo: Comércio
de objetos sagrados
(Dicionário Priberam)
sábado, 3 de maio de 2025
Mais Luz - Edição 690 - 04/05/2025
https://mailchi.mp/2a7eaa98530c/maternidade-luz-do-espiritismo
Confira nesta edição:
🔅Editorial: Maternidade à luz do Espiritismo
🔅Roseirais de Luz – Mensagem de Palminha
🔅Aconteceu: Almoço Beneficente, Páscoa no Domingo, Juventude nas reuniões públicas, Seminário Evolução em dois mundos.
🔅Atividades
🔅Agenda
🔅Personalidades: Biografia de Joanna de Ângelis
🔅Você sabia?
🔅Campanhas
Roseirais de Luz
A flor é o símbolo do amor. Assim, os corações que
cultivam as virtudes do bem formam:
Os roseirais de luz.
Não importam as intempéries, nem mesmo a rudeza dos
vendavais, as virtudes são focos de luz clareando as agruras do mundo.
Cultivemos os dons abençoados do perdão que ilumina e
eleva o ser. Envolvamos todos os seres em nossas irradiações de amor e
estaremos emitindo energias excelsas que transformarão pouco a pouco a face do
mundo.
Doemos paz, aos nossos semelhantes e a paz nos
envolverá nos caminhos da vida e na eternidade.
Sejamos humildes e conquistaremos a amizade de todos
que nos observam. Amealhemos os tesouros das virtudes ministradas por Jesus,
como joias que nos adornarão a alma como estrela refulgente de luz.
Vivamos unidos, céu e Terra, irmãos na luta corpórea e
nós outros, vossos humildes companheiros espirituais e doemos meus amados
incessantemente este amor divino que transborda de nosso ser, como gotas de paz
a consolar, aliviar e socorrer a imensa dor da Terra.
Amemos, fechemos nossos olhos aos pequenos defeitos de
nossos irmãos e abraçados, unidos, sirvamos na seara abençoada do Cristo.
Amanhã todos congregados na pátria comum, sentiremos a felicidade que nasce do
sacrifício, do amor da compreensão a nos recompensar e iluminar a alma,
eternamente.
Palminha
Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli.
Açoitando o ar
“Eu por minha parte assim corro, não como na incerteza;
de tal modo combato, não como açoitando o ar.” — Paulo (1 Coríntios, 9:26)
Definindo o trabalho intenso que lhe era peculiar na
extensão do Evangelho, disse o apóstolo Paulo com inegável acerto: — “Eu por
minha parte assim corro, não como na incerteza; de tal modo combato, não como
açoitando o ar.”
Hoje como ontem, milhares de aprendizes da Boa Nova
gastam-se inutilmente, através da vida agitada, asseverando-se em atividade do
Mestre, quando apenas simbolizam números vazios nos quadros da precipitação.
Possuem planos admiráveis que nunca realizam.
Comentam, apressados, os méritos do amor, guardando
lamentável indiferença para com determinados familiares que o Senhor lhes
confia.
Exaltam a tolerância, como fator de equilíbrio no
sustento da paz, contudo se queixam amargamente do chefe que lhes preside o
serviço ou do subordinado que lhes empresta concurso.
Recebem os problemas que o mundo lhes oferece,
buscando o escape mental.
Expressam-se, acalorados, em questões de fé,
alimentando dúvidas íntimas quanto à imortalidade da alma.
Exigem a regeneração plena dos outros, sem cogitar de
reajustamento a si mesmos.
Clamam, acusam, projetam, discutem, correm, sonham…
Mas, visitados pela crise que afere em cada Espírito
os valores que acumulou em si próprio, diante da vida eterna, vacilam,
desencantados, nas sombras da incerteza, e, quando chamados pela morte do corpo
à grande renovação, reconhecem, aflitos, que em verdade estiveram na carne
combatendo improficuamente, como quem passa na Terra açoitando o ar.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 26
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Você conhece a história de Joanna de Ângelis?
Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador (BA) em
1761, filha de abastada família aos 21 anos ingressou no Convento Franciscano
da Lapa, como Sóror Joana Angélica de Jesus. Foi irmã, escrivã e vigária e em
1815 tornou-se abadessa no convento da Lapa. Temos notícia de quatro
reencarnações deste espírito, todas consagradas à causa do Evangelho.
Viveu Joanna de Ângelis a personalidade de Joana de
Cusa, na época de Jesus no século I. Já naquela época seguia os ensinamentos de
Jesus, inclusive citada no evangelho como uma das mulheres piedosas, foi esposa
de importante autoridade romana tendo sido queimada viva ao lado de seu único
filho e de outros cristãos no Coliseu de Roma.
Séculos depois viveu na figura doce de uma freira,
Santa Clara de Assis seguidora de São Francisco de Assis e fundadora da Ordem
das Clarissas.
Sua penúltima encarnação se deu no México, no século
XVII, em mais uma vida dedicada ao bem. De uma inteligência precoce,
demonstrava desde cedo a ânsia de compreender Deus através de sua criação e aos
16 anos ingressa-se no Convento das Carmelitas Descalças. Com o objetivo de se
dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo
interior, posteriormente ingressa no convento da Ordem de São Jerônimo da
Conceição, onde tomou o nome de Sóror Juana Inés de La Cruz, numa busca
incessante de união com o divino.
É conhecida até hoje no México como a “Monja da
Biblioteca” e se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser
inteligente, capaz de lecionar e de pregar livremente. Suas obras são lidas e
respeitadas, sendo a principal delas a sua “Carta Magna da Liberdade
Intelectual da Mulher Americana”.
No dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo
corajosamente o Convento da Lapa e suas irmãs foi sacrificada na porta de
entrada do mosteiro, a golpes de baioneta, quando tentava impedir que soldados
do Império invadissem o Convento, durante as lutas pela Independência do
Brasil.
Hoje adotando o nome Joanna de Ângelis, segundo
Divaldo Pereira Franco médium diretamente assistido por ela, esta benfeitora
estagia no mundo espiritual numa bonita região perto da crosta terrestre e vem,
há muito, trabalhando nos céus do Brasil. Junto a vários espíritos reencarnados
ligados a ela é um dos guias espirituais da humanidade.
No plano dos espíritos dirige a “Mansão do Caminho”,
grande obra de assistência social na Bahia.
Possui diversos livros publicados por intermédio de Divaldo Franco, tendo sido
o seu primeiro livro editado em 1964 sob o título de “Messe de Amor”.
Extraído do site FEIG - Fraternidade Espírita Irmão Glacus
sábado, 26 de abril de 2025
Ouvirás decerto
“Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.” — (Marcos, 15:30)
Se te encontras realmente empenhado na execução do
bem, ouvirás, decerto, as provocações do mal em todos os instantes de
testemunho.
— “Se, em verdade, vives à procura do Cristo, por que
choras sob o fardo das provações?”
— “De que te serve a fé para o caminho de tanta dor?”
— “Se és médium com tarefa na caridade, onde estão os
Espíritos protetores que te não aliviam as amarguras?”
— “Se guardas confiança em Jesus, mostra-te livre dos
obstáculos…”
— “Se louvas o Espiritismo como Doutrina de luz, por
que te demoras na sombra das aflições?”
Registarás interrogações como essas a cada passo.
É necessário te reveles à altura do conhecimento
superior com que a Bondade Divina te favorece, demonstrando que os princípios
sublimes de tua fé não se movimentam na direção do conforto imediatista da
carne, mas sim no rumo do burilamento espiritual, pelos tempos afora.
Ensinarás com o teu exemplo que o Evangelho não é
oficina de vantagens na experiência material, mas sim templo de trabalho
redentor para que venhamos a consertar nós mesmos, diante da Vida Eterna.
Farás da mediunidade instrumento para a lavoura do
bem, ainda mesmo te custe imensuráveis sacrifícios, ajudando aos outros sem
cogitar de auxílio a ti mesmo, como quem sabe que a Lei do Amor é o
sustentáculo do Universo, providenciando socorro natural a quem se consagra ao
socorro dos semelhantes.
Converterás o Espiritismo, na tua senda, em força
educativa da alma, sem exigir que o mundo se te afeiçoe às conveniências.
Buscarás a luz onde a luz se encontre.
Desculparás toda ofensa.
Elegerás na fraternidade a tua bandeira.
Conjugarás o verbo servir onde estiveres.
Começarás o trabalho de redenção em ti mesmo.
Orarás por quem te fira ou calunie.
Amarás os próprios adversários.
Ajudarás sem exigência.
Contudo, para o exercício de semelhante apostolado,
não passarás sobre a Terra sem o assédio da incompreensão e do escárnio, porque
o próprio Cristo foi por eles visado, através daqueles que, em lhe rodeando o
madeiro de sacrifício, lhe gritavam, zombeteiros e irônicos:
— “Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.”
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 25