“Tudo sofre…” — Paulo (I Coríntios, 13:7)
O noticiário terrestre reporta-se diariamente a
desvarios cometidos em nome do amor.
Homicídios são perpetrados publicamente.
Suicídios sulcam de pranto e desolação a rota de lares
esperançosos.
Furto, contenda, injúria e perversidade aparecem todos
os dias invocando a inspiração do sentimento sublime.
Mulheres indefesas, homens dignos, jovens promissores
e infelizes crianças, em toda a parte, sofrem abandono e aflição sob a legenda
celeste.
Entretanto, só o egoísmo, traduzindo apego da alma ao
bem próprio, é que patrocina os golpes da delinquência, os enganos da posse, os
erros da impulsividade e os desacertos da pressa… Apenas o egoísmo gera ciúme e
despeito, vingança e discórdia, acusação e cegueira.
O amor, longe disso, sabe rejubilar-se com a alegria
dos corações amados, esposando-lhes as lições e as dificuldades, as dores e os
compromissos.
Não se atropela, nem se desmanda.
Abraça no sacrifício próprio, em favor da felicidade
da criatura a quem ama, a razão da própria felicidade.
Por esse motivo, no amor verdadeiro não há sinal de
qualquer precipitação conclamando à imoderação ou à loucura.
O apóstolo Paulo afirmou divinamente inspirado: — “O
amor tudo sofre…”
E, de nossa parte, acrescentaremos: — O amor genuíno
jamais se desregra ou se cansa, porque realmente sabe esperar.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 32