“Ele respondeu e disse: Dai-lhes vós, de comer…” — (Marcos,
6:37)
Em muitas ocasiões propomos a Benfeitores Espirituais
determinados serviços que, acima de tudo, são oportunidades de trabalho que o
Senhor, abnegado e vigilante, nos oferece.
Enunciamos rogativas e relacionamos diversos quadros
de ação para a caridade.
O doente de certa rua.
O parente necessitado.
O obsesso que sofre não distante.
A casa conflagrada do vizinho.
O companheiro algemado ao leito.
O amigo em prova inquietante.
Os obreiros da Espiritualidade movimentam-se e ajudam,
devotados e operosos; contudo, em suplicando o socorro alheio, não nos cabe
olvidar o socorro que podemos prestar por nós mesmos.
É indispensável acionar as possibilidades da nossa
cooperação fraterna, os recursos ainda que reduzidos de nossa bolsa, o nosso
concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas, a benefício daqueles que a
Sabedoria Divina situou em nossa estrada para testemunharmos a própria fé.
Diante da turba faminta, ouvindo as alegações dos
discípulos que lhe solicitavam a atenção para as necessidades do povo,
disse-lhes o Senhor: — “Dai-lhes vós, de comer…”
E os discípulos angariaram diminuta porção de
alimentos, antes que o Mestre a convertesse em pão para milhares.
A lição é expressiva.
Não basta rogar a intervenção do Céu, em favor dos
outros, com frases bem feitas, a fim de que venhamos a cumprir o nosso dever
cristão. Antes de tudo, é necessário fazer de nossa parte, quanto nos seja
possível, para que o bem se realize, de modo a entrarmos em sintonia com os
poderes do Bem Eterno.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 11