“O perfeito amor lança fora o temor.” — (1 João, 4:18)
Para que nossa alma se expanda sem receio, através das
realizações que o Senhor nos confia, não basta o imperfeito amor que estipula
salários de gratidão ou que se isola na estufa do carinho particular,
reclamando entendimento alheio.
É necessário rendamos culto ao perfeito amor que tudo
ilumina e a todos se estende sem distinção.
O imperfeito amor, procurando o gozo próprio no
concurso dos outros, é quase sempre o egoísmo em disfarce brilhante, buscando a
si mesmo nas almas afins para atormentá-las sob múltiplas formas de temor,
quais sejam a exigência e o ciúme, a crueldade e o desespero, acabando ele
próprio no inferno da amargura e da frustração.
O perfeito amor, contudo, compreende que o Pai Celeste
traçou caminhos infinitos para a evolução e aprimoramento das almas, que a
felicidade não é a mesma para todos e que amar significa entender e ajudar,
abençoar e sustentar sempre os corações queridos, no degrau de luta que lhes é
próprio.
Para que te libertes, assim, das algemas do medo, não
basta te acolhas no anseio de ser ardentemente querido e auxiliado pelos
outros, segundo as disposições do amor incompleto. É indispensável saibas amar,
com abnegação e ternura, entre a esperança incansável e o serviço incessante
pela vitória do bem, sob a tutela dos quais viverás sempre amado, segundo o
amor equilibrado e perfeito, pela força divina que nos ergue, triunfante, dos
abismos da sombra para os cimos da luz.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 4