sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Discípulos do Cristo



O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI – item 3

Somos discípulos do Cristo.
Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação: – “Pai nosso que estais no céu”, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular, atento às nossas ilusões e caprichos.

Somos discípulos do Cristo.
Contudo, redizendo junto a Ele as inesquecíveis palavras de submissão ao Criador: – “Seja feita a vossa vontade”, assemelhamo-nos a vulcões de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos desejos.

Somos discípulos do Cristo.
Entretanto, refazendo com Ele a súplica ao Pai de Infinito Amor:
– “o pão de cada dia dai-nos hoje”, reclamamos a carcaça do boi e a safra do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.

Somos discípulos do Cristo.
Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna Justiça: – “perdoai as nossas dívidas”, mentalizamos, de imediato, a melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.

Somos discípulos do Cristo.
No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do Grande Benfeitor: – “Não nos deixeis cair em tentação”, procuramos, por nós mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício.

Somos discípulos do Cristo.
Contudo, rogando ao Todo Poderoso, junto do Inefável Companheiro:
– “livrai-nos de todo mal”, construímos canhões e fabricamos bombas mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.

Somos discípulos do Cristo.
Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo, a parte do leão.

É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos incrédulos, que ensinam sem crer e pregam sem praticar, trazendo o cérebro luminoso e o coração amargo.

E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda espécie – aflitiva colheita de velhos males –, cada qual de nós tem necessidade de prosternar-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho, guardando n’alma o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a exorar em contraditória rogativa:
– “Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade!”

Jacinto Fagundes / Chico Xavier – Livro: O Espírito da Verdade

Fatos e Personalidades espíritas do mês de agosto


Divaldo Franco agradece as orações após operação



Em vídeo gravado na tarde do dia 3 de agosto, o médium e orador Divaldo Franco agradece emocionado as mensagens e preces feitas por ele neste período em que se submeteu a uma cirurgia em São Paulo.

Bezerra de Menezes




Agosto é marcado pelo nascimento de Adolfo Bezerra de Menezes e a UEM aproveita a oportunidade para divulgar durante todo esse mês, trechos de falas importantes desse benfeitor.


quarta-feira, 29 de julho de 2020

A importância da Evangelização infantil


A criança é um Espírito reencarnado, uma alma que recomeça uma nova existência na carne.

Como ser espiritual, traz toda uma bagagem acumulada ao longo de sua trajetória evolutiva. Seu destino é a perfeição de que é suscetível e, para isso, conta com o tempo necessário, pois seu esforço de aperfeiçoamento não se circunscreve apenas a uma existência terrena.

No corpo e fora dele, dá continuidade ao seu aperfeiçoamento e à sua caminhada na conquista da felicidade.

Precisamos entender bem a função própria do período infantil para avaliarmos a real importância da Evangelização Espírita Infantojuvenil.

A principal finalidade de o Espírito nascer criança outra vez é ser educado novamente.

“Nessa fase é que se lhe pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores” Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 385).

As impressões positivas que recebe durante a infância podem ser determinantes em sua existência atual e até em próximas vidas.

Exatamente por causa do estado de semiconsciência do Espírito encarnado num corpo infantil, suas barreiras de defesa psíquica estão neutralizadas: ele está brando, mais receptivo, mais maleável, mais aberto a todas as influências.

Daí a importância da Evangelização Espírita, pois evangelizar é preparar o ser humano para enfrentar todos os momentos e adversidades da vida nos postulados do Evangelho.

É o único meio de cultivar no Espírito da criança, desde o alvorecer da vida, o entendimento da prática das boas obras, a aquisição da moral e do saber, para que ela atinja o crepúsculo físico consciente de suas conquistas espirituais, conhecendo a si mesma e situando-se no Universo como colaborador da Divindade Suprema.

Quando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos, esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e à vestimenta. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação.

A criança é o sorriso do futuro na face do presente. Evangelizá-la é, pois, espiritualizar o porvir, legando-lhe a lição clara e pura do ensinamento cristão, a fim de que, verdadeiramente, viva o Cristo nas gerações de amanhã.

Sob a ótica da doutrina espírita, devemos entender que, na juventude, o indivíduo já deixou de ser criança, mas ainda não é adulto.

Ele está numa outra fase de seu desenvolvimento, etapa difícil, marcada por mudanças de ordem biológica, psicológica, social e necessita, mais do que nunca, de orientação e amparo para que possa estar bem consigo, com o próximo e com Deus, conforme nos instrui Kardec em O Livro dos Espíritos, questão 385: “Na adolescência o espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era”. Allan Kardec

É um período de reorganização que se inicia, na maioria das vezes, com contestações, rebeldias, rupturas, inquietações, podendo passar por transgressões, para desembocar numa reflexão sobre os valores que o cercam sobre o mundo e sobre a sua existência.

É preciso saber um pouco da história de vida do adolescente para conhecer suas potencialidades e dificuldades. Esse conhecimento facilita o diálogo entre adolescente, evangelizador e grupo.

No jovem, ainda é possível corrigir, compensar falhas e deficiências da infância, mas no adulto a tarefa de remodelação é normalmente muito mais difícil.

O homem será o que de sua infância se faça.

A criança é sementeira que aguarda, o jovem é campo fecundado, o adulto é seara em produção.

Desse modo, conforme a qualidade da semente, teremos a colheita.

Saibamos cuidar de nossos jovens, moldando-lhes o caráter e a personalidade, sob as diretrizes dos ensinamentos do Cristo à luz da Doutrina Espírita e estaremos, assim, contribuindo para a formação de adultos mais equilibrados e conscientes de suas responsabilidades diante da construção do Mundo do terceiro milênio.

O caminho pode ser longo. Estamos sempre por chegar, construindo e reconstruindo. Trata-se de um caminhar continuo repleto de descobertas e surpresas.

Assim é o trabalho: cheio de possibilidades e de reconstruções. As sementes deixadas germinarão a seu tempo.

Os frutos, talvez não os possamos colher, mas sabemos que lá estarão para serem colhidos.

Trabalhamos para estabelecer bases para a compreensão e vivência dos valores morais calcados nas leis de Deus, e essa compreensão e vivência precisam de tempo para construir-se e consolidar-se.

Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri

"Evangelizemos nossos lares"


O capacete

“Tomai também o capacete da salvação” Paulo (Efésios, 6:17)

Se é justa a salvaguarda de membros importantes do corpo, com muito mais propriedade é imprescindível defender a cabeça, nos momentos de luta.
Aliás, é razoável considerar que os braços e as pernas nem sempre são requisitados a maiores dispêndios de energia.
A cabeça, porém, não descansa.
A sede do pensamento é um viveiro de trabalho incessante.
Necessário se faz resguardá-la, defendê-la.
Nos movimentos bélicos, o soldado preserva-a, através de recursos especiais.
Na luta diária mantida pelo discípulo de Jesus, igualmente não podemos esquecer o conselho do apóstolo aos gentios.
É indispensável que todo aprendiz do Evangelho tome o capacete da salvação, simbolizado na cobertura mental de ideias sólidas e atitudes cristãs, estruturadas nas concepções do bem, da confiança e do otimismo sincero.
Teçamos, pois, o nosso capacete espiritual com os fios da coragem inquebrantável, da fé pura e do espírito de serviço. De posse dele enfrentaremos qualquer combate moral de grandes proporções.
Nenhum discípulo da Boa Nova olvide a sua condição de lutador.
As forças contrárias ao bem, meu amigo, alvejar-te-ão o mundo íntimo, através de todos os flancos. Defende a tua moradia interior. Examina o revestimento defensivo que vens usando, em matéria de desejos e crenças, de propósitos e ideias, para que os projéteis da maldade não te alcancem por dentro.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.140

O Esperanto é para você...


Código Divino


Outrora, os mártires sofreram nos circos para doar ao mundo a Bênção da Revelação.
Através de fogueiras e sacrifícios, traçaram um roteiro de luz para o mundo paganizado.
Em seguida, quando as trevas da Idade Média consagravam a autocracia do poder, os cristãos livres experimentaram a perseguição, a morte e o anátema para restaurarem a senda luminosa, conferindo à Terra as Luzes da Verdade.

Hoje, porém, meus amigos, os seguidores do Mestre Divino, irmanados em torno da cruz redentora, foram chamados à doação da Fraternidade às criaturas.
Amparados pela evolução dos códigos que se tocaram das claridades sublimes da Boa Nova, através dos séculos, desfrutam de liberdade relativa para concretizarem a divina missão de que foram cometidos.

Antigamente, dolorosa renunciação era exigida aos companheiros do Mestre Nazareno, de fora para dentro; agora, no entanto, é a luta renovadora do santuário íntimo para o mundo externo.

Não é o circo do martírio que se abre na praça pública, nem a fogueira dos autos de fé, instalada dentro de povos livres e robustos em nome das confissões religiosas. A Atualidade reclama corações consagrados ao Senhor na esfera de si mesmos.

A fraternidade constituir-nos-á abençoado clima de trabalho e realização, dentro do Espiritismo Evangélico, ou permaneceremos na mesma expectação inoperante do princípio quando o material divino da Revelação e da Verdade não encontrava acesso em nossos espíritos irredimidos.

Formemos não somente grupos de indagação intelectual ou de crítica nem sempre construtiva, mas, sobretudo, ergamos um templo interior à bondade, porque sem espírito de amor todas as nossas obras falham na base, ameaçadas pela vaga incessante que caracteriza o campo falível das formas transitórias.

“Amemo-nos uns aos outros,” segundo a palavra do Mestre que nos reúne, sem desarmonia, sem discussões ruinosas, sem desinteligências destrutivas, sem perda de tempo nos comentários vagos e inoportunos, amparando-nos, reciprocamente, pelo trabalho, pela tolerância salvadora, pela fé viva e imperecível.

Se nos encontramos realmente empenhados no Espiritismo que melhora e regenera, que esclarece e redime, que salva e ilumina, sob a égide de Jesus, recordemos a palavra do Código Divino, para vivê-las na acústica de nossa alma, seguindo o Senhor em Sua exemplificação de sacrifício, de solidariedade e de amor: _ “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”; “ninguém irá até o Pai senão por Mim”.

Bezerra de Menezes / Chico Xavier - Livro: Doutrina e aplicação