quarta-feira, 19 de abril de 2023

A cortina do “eu”

 “Porque todos buscam o que é seu e não o que é do Cristo Jesus.” — Paulo. (Filipenses, 2:21)

 

Em verdade, estudamos com o Cristo a ciência divina de ligação com o Pai, mas ainda nos achamos muito distantes da genuína comunhão com os interesses divinos.

Por trás da cortina do “eu”, conservamos lamentável cegueira diante da vida.

Examinemos imparcialmente as atitudes que nos são peculiares nos próprios serviços do bem, de que somos cooperadores iniciantes, e observaremos que, mesmo aí, em assuntos da virtude, a nossa percentagem de capricho individual é invariavelmente enorme.

A antiga lenda de Narciso permanece viva, em nossos mínimos gestos, em maior ou menor porção.

Em tudo e em toda parte, apaixonamo-nos pela nossa própria imagem.

Nos seres mais queridos, habitualmente amamos a nós mesmos, porque, se demonstram pontos de vista diferentes dos nossos, ainda mesmo quando superiores aos princípios que esposamos, instintivamente enfraquecemos a afeição que lhes consagrávamos.

Nas obras do bem a que nos devotamos, estimamos, acima de tudo, os métodos e processos que se exteriorizam do nosso modo de ser e de entender, porquanto, se o serviço evolui ou se aperfeiçoa, refletindo o pensamento de outras personalidades acima da nossa, operamos, quase sem perceber, a diminuição do nosso interesse para com os trabalhos iniciados.

Aceitamos a colaboração alheia, mas sentimos dificuldade para oferecer o concurso que nos compete.

Se nos achamos em posição superior, doamos com alegria uma fortuna ao irmão necessitado que segue conosco em condição de subalternidade, a fim de contemplarmos com volúpia as nossas qualidades nobres no reconhecimento de longo curso a que se sente constrangido, mas raramente concedemos um sorriso de boa vontade ao companheiro mais abastado ou mais forte, posto pelos Desígnios Divinos à nossa frente.

Em todos os passos da luta humana, encontramos a virtude rodeada de vícios e o conhecimento dignificante quase sufocado pelos espinhos da ignorância, porque, infelizmente, cada um de nós, de modo geral, vive à procura do “eu mesmo”.

Entretanto, graças à Bondade de Deus, o sofrimento e a morte nos surpreendem, na experiência do corpo e além dela, arrebatando-nos aos vastos continentes da meditação e da humildade, onde aprenderemos, pouco a pouco, a buscar o que pertence a Jesus-Cristo, em favor da nossa verdadeira felicidade, dentro da glória de viver.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 101


terça-feira, 18 de abril de 2023

Seminário - Evangelizar de todo coração

 


💌 A Área da Infância e Juventude (AIJ) - AME /TO - 12°CRE, traz um CONVITE ESPECIAL...

 

🗓️ SEMINÁRIO PARA EVANGELIZADORES, PAIS E TRABALHADORES.

🔖 DIA: 06/05

HORÁRIO: 15h30 às 17h30.

👀  FORMATO: online.

 

Vocês, PAIS, EVANGELIZADORES ATUANTES E/OU  TRABALHADORES que desejam adentrar a essa tarefa do Cristo, venham participar conosco!

💌 "Eu Sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva. Entrará e sairá; e encontrará pastagem." ( João 10:9 ).📖

 

#VemPraEvangelização.



sábado, 15 de abril de 2023

Mais Luz - Edição 626 - 16/04/2023

 

Reflita conosco:

https://mailchi.mp/1b24406d06e2/o-evangelho-segundo-o-espiritismo

 

Imitação do Evangelho – Obras Póstumas

Ante o Evangelho: Objetivo desta Obra

Mensagem da semana: Ausentes – Fonte Viva 100

Poema: A escola de Jesus convida – Casimiro Cunha

Oração: Prece de aprendiz- Albino Teixeira



Abril: Mês do Livro Espírita

 



A Livraria Joanna de Ângelis,  em comemoração ao "Mês do Livro Espírita", todas as sextas-feiras do mês de abril, estará aberta promovendo a venda de livros infantis com preços acessíveis e exposição de todo o seu acervo.

Um bom livro, um bom presente.
Visite-nos: será das 19h00 às 21h30.


quinta-feira, 13 de abril de 2023

Imitação do Evangelho

 


Ségur, 9 de agosto de 1863. — (Médium: Sr. d’A…)

 

NOTA. — Eu a ninguém dera ciência do assunto do livro em que estava trabalhando. Conservara-lhe de tal modo em segredo o título, que o editor, Sr. Didier, só o conheceu quando da impressão. Esse título foi, a princípio: Imitação do Evangelho. Mais tarde, por efeito de reiteradas observações do mesmo Sr. Didier e de algumas outras pessoas, mudei-o para o de O Evangelho segundo o Espiritismo. Assim, as reflexões contidas nas comunicações seguintes não podem ser tidas como fruto de ideias preconcebidas do médium.

 

Pergunta. — Que pensais da nova obra em que trabalho neste momento?

 

Resposta. — Esse livro de doutrina terá considerável influência, pois que explanas questões capitais, e não só o mundo religioso encontrará nele as máximas que lhe são necessárias, como também a vida prática das nações haurirá dele instruções excelentes. Fizeste bem enfrentando as questões de alta moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos. A dúvida tem que ser destruída; a terra e suas populações civilizadas estão prontas; já de há muito os teus amigos de além-túmulo as arrotearam; lança, pois, a semente que te confiamos, porque é tempo de que a Terra gravite na ordem irradiante das esferas e que saia, afinal, da penumbra e dos nevoeiros intelectuais. Acaba a tua obra e conta com a proteção do teu guia, guia de todos nós, e com o auxílio devotado dos Espíritos que te são mais fiéis e em cujo número digna-te de me incluir sempre.

 

P. — Que dirá o clero?

 

R. — O clero gritará — heresia, porque verá que atacas decisivamente as penas eternas e outros pontos sobre os quais ele baseia a sua influência e o seu crédito. Gritará tanto mais, quanto se sentirá muito mais ferido do que com a publicação de O Livro dos Espíritos, cujos dados principais, a rigor, poderia aceitar. Agora, porém, tu entraste por um novo caminho, no qual não poderá ele acompanhar-te. O anátema secreto se tornará oficial e os espíritas serão repelidos, como o foram os judeus e os pagãos, pela Igreja Romana. Em compensação, os espíritas verão aumentar-se-lhes o número, em virtude dessa espécie de perseguição, sobretudo com o qualificarem, os padres, de demoníaca uma doutrina cuja moralidade esplenderá como um raio de sol pela publicação mesma do teu novo livro e dos que se seguirão.

Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana. Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez das tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual muro de aço, resistiria a todos os ataques.

Entretanto, amigo, se a tua coragem ainda não desfaleceu sob a tarefa tão pesada que aceitaste, fica sabendo que foste feliz até ao presente, mas que é chegada a hora das dificuldades. Sim, caro Mestre, prepara-se a grande batalha; o fanatismo e a intolerância, exacerbados pelo bom êxito da tua propaganda, vão atacar-te e aos teus com armas envenenadas. Prepara-te para a luta. Tenho, porém, fé em ti, como tu tens fé em nós, e sei que a tua fé é das que transportam montanhas e fazem caminhar por sobre as águas. Coragem, pois, e que a tua obra se complete. Conta conosco e conta sobretudo com a grande alma do Mestre de todos nós, que te protege de modo muito particular.

 

Obras póstumas — 2ª Parte / Capítulo 21. 


quarta-feira, 12 de abril de 2023

Prece de aprendiz

 


Senhor Jesus,

dá-me forças para viver com alegria,

coragem para sustentar o fardo das provas com dignidade,

compreensão para não perder a fé em Deus,

boa vontade para servir ao próximo,

discernimento para trilhar o melhor caminho…


Que eu nada faça que prejudique a ninguém e que aprenda a não me queixar senão de minhas próprias fraquezas!

Que acima de todas as sombras da vida, eu possa enxergar a tua divina luz a nortear-me os passos nas lutas de cada dia.

Amado Mestre, que eu saiba me esforçar para não decepcionar os companheiros que depositam em mim a sua confiança e que eu não me sinta decepcionado quando esse ou aquele amigo tropeçar nas pedras da invigilância…

Não me abandones às trevas de mim mesmo!

Toma-me, Senhor o coração de aprendiz e guarda-me contigo, hoje e sempre.

Assim seja!

 

Albino Teixeira / Carlos. A. Baccelli – Livro: Palavras da coragem



terça-feira, 11 de abril de 2023

Ausentes

 “Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.” — (João, 20:24)

 

Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.

Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.

A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.

O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento. Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.

Prevalece idêntico processo no aprimoramento do Espírito.

Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glórias eternas?

Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.

Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.

Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.

Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.

A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.

Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer.

O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 100