sábado, 2 de novembro de 2024

No dia dos mortos

 

O Dia dos Mortos, ou Dia de Finados, é uma data significativa em várias culturas, incluindo a brasileira, onde se presta homenagem aos entes queridos que já faleceram.

A comemoração tem suas raízes na tradição mesoamericana, especialmente entre os astecas e os maias. Esses povos acreditavam que os mortos voltavam ao mundo dos vivos durante um período específico do ano para visitar seus entes queridos.

Com a chegada dos colonizadores espanhóis e a fusão das tradições indígenas com o catolicismo, o Dia dos Mortos tomou a forma que conhecemos hoje, com elementos como altares, flores, velas e oferendas. A celebração é uma mistura de tradições pré-colombianas e influências europeias, resultando em uma festa única que homenageia e lembra os entes queridos que já partiram.

Os países asiáticos também celebram o dia dos mortos, a seu modo e em épocas diferentes. Na China, por exemplo, são realizados piqueniques nos cemitérios em meio a enfeites com flores e coroas, com o objetivo de celebrar a continuidade da vida após a morte. Os indianos se banham nos rios sagrados e oferecem comida e orações para seus antepassados. E no Japão, os ancestrais são reverenciados com danças e músicas, túmulos são limpos e lanternas são acessas para guiar os mortos ao céu.

Apesar de bastante diferentes estas tradições têm um ponto comum que é a reflexão sobre a vida e a morte.

Neste contexto, ensina-nos a Doutrina Espírita que “a morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução”, e sendo assim, “não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral...” (Léon Denis – O problema do ser, do destino e da dor). Também não devemos encará-la como perda do que nos trazia alegria, e por isso nos causando sofrimento, já que aqueles pelos quais choramos, muitas vezes estão ao nosso lado.

“A vida não cessa” (André Luiz – Nosso Lar) e no instante da morte, “a alma volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se aparta momentaneamente.” (Livro dos Espíritos, questão 149).

Logo, “o homem deve pensar na morte conforme pensa na vida” (Manoel Philomeno de Miranda – Temas da vida e da morte), e então, ao lembrarmos os nossos entes queridos que nos precederam na romagem ao mundo espiritual, devemos elevar mais alto os nossos pensamentos em preces, vibrações de amor e paz emanadas do mais íntimo de nosso ser,  colocando-nos diante da vida de maneira mais operosa, avaliando nossos comportamentos, e nosso relacionamento com nossos pais, irmãos, amigos, desejando, enfim,  que os nossos amores sejam felizes nesta nova etapa da caminhada evolutiva, nas dimensões invisíveis junto ao amor de Deus.

Equipe DCSE/CEJG


Nenhum comentário:

Postar um comentário