O Dia dos Mortos, ou Dia de Finados, é uma data
significativa em várias culturas, incluindo a brasileira, onde se presta
homenagem aos entes queridos que já faleceram.
A comemoração tem suas raízes na tradição
mesoamericana, especialmente entre os astecas e os maias. Esses povos
acreditavam que os mortos voltavam ao mundo dos vivos durante um período
específico do ano para visitar seus entes queridos.
Com a chegada dos colonizadores espanhóis e a fusão
das tradições indígenas com o catolicismo, o Dia dos Mortos tomou a forma que
conhecemos hoje, com elementos como altares, flores, velas e oferendas. A
celebração é uma mistura de tradições pré-colombianas e influências europeias,
resultando em uma festa única que homenageia e lembra os entes queridos que já
partiram.
Os países asiáticos também celebram o dia dos mortos,
a seu modo e em épocas diferentes. Na China, por exemplo, são realizados piqueniques
nos cemitérios em meio a enfeites com flores e coroas, com o objetivo de celebrar
a continuidade da vida após a morte. Os indianos se banham nos rios sagrados e
oferecem comida e orações para seus antepassados. E no Japão, os ancestrais são
reverenciados com danças e músicas, túmulos são limpos e lanternas são acessas
para guiar os mortos ao céu.
Apesar de bastante diferentes estas tradições têm um
ponto comum que é a reflexão sobre a vida e a morte.
Neste contexto, ensina-nos a Doutrina Espírita que “a
morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já
não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua
evolução”, e sendo assim, “não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por
embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e
conquista da beleza moral...” (Léon Denis – O problema do ser, do destino e da
dor). Também não devemos encará-la como perda do que nos trazia alegria, e por
isso nos causando sofrimento, já que aqueles pelos quais choramos, muitas vezes
estão ao nosso lado.
“A vida não cessa” (André Luiz – Nosso Lar) e no
instante da morte, “a alma volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos
Espíritos, donde se aparta momentaneamente.” (Livro dos Espíritos, questão
149).
Logo, “o homem deve pensar na morte conforme pensa na
vida” (Manoel Philomeno de Miranda – Temas da vida e da morte), e então, ao
lembrarmos os nossos entes queridos que nos precederam na romagem ao mundo
espiritual, devemos elevar mais alto os nossos pensamentos em preces, vibrações
de amor e paz emanadas do mais íntimo de nosso ser, colocando-nos diante da vida de maneira mais
operosa, avaliando nossos comportamentos, e nosso relacionamento com nossos
pais, irmãos, amigos, desejando, enfim, que os nossos amores sejam felizes nesta nova
etapa da caminhada evolutiva, nas dimensões invisíveis junto ao amor de Deus.
Equipe
DCSE/CEJG
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