No
mês em que convencionamos homenagear os pais, recordemos o que nos esclarece O
Livro dos Espíritos, na questão 582, quando Allan Kardec pergunta aos Guias da
Humanidade se poderia considerar como missão a paternidade, obtendo como resposta, logo em seu início, uma afirmativa categórica: “É,
sem contestação possível, uma verdadeira missão.”
Se
é assim, uma missão incontestável, cabe a todos nós, que assumimos a
incumbência de desempenhar essa tarefa, refletir sobre como temos agido para
alcançar bons resultados em cada capítulo da história que escrevemos, dia após
dia, em nossa existência.
Diz-nos
ainda o Espírito da Verdade, na mesma questão mencionada: “Deus colocou o
filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e
lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização física débil e delicada,
que o torna propício a todas as impressões. [...]”
Eis,
portanto, nossa grave responsabilidade, assumida perante Aquele que tudo sabe.
Comprometemo-nos a receber sob nossa guarda outras criaturas do Seu imenso Amor
e Bondade, para, como ourives da beleza interior, trabalharmos com esmero e
equilíbrio as joias preciosas que recebemos como nossos filhos.
Passamos
pela experiência como filhos, aprendendo a honrar nossos pais, conforme nos
recomenda a Escritura. Agora, ocupando a outra posição, tornamo-nos
instrumentos da Providência Divina para contribuir com nosso quinhão no tão
esperado melhoramento moral da sociedade humana terrena.
Estamos
reunidos, entre as paredes dos nossos lares, como Espíritos ainda em processo
de aperfeiçoamento, incompletos, muitas vezes sem nos reconhecermos como
credores e devedores uns dos outros. Mas, confiando na Misericórdia Divina, é
preciso seguir adiante, trilhando as veredas do progresso, valendo-nos de todos
os recursos possíveis para cumprir esses compromissos — dentro da simplicidade
que a vida nos permite, longe da busca pela evidência, que pode envenenar
nossos melhores esforços rumo ao cumprimento dessa missão.
Lembremos
de José da Galileia: “...houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados
pelas Forças Divinas a um homem [...]. [...] Embora honrado pela solicitação de
um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.”¹ Honrou seu compromisso
no “divino silêncio de Deus”¹, oferecendo-lhes tudo o que pôde, mantendo
assim a porta aberta para o florescimento do Cristianismo.
Não
nos permitamos o desvio nem a queda espetacular, relegando a segundo plano essa
tarefa que deve estar sempre em primeiro. Afinal, participamos, como
cocriadores em plano menor, da formação da grande humanidade.
Aprendamos
a lidar, dentro da nossa microssociedade, com respeito, apoio e afeto —
semeando, assim, para a grande colheita que advirá no cumprimento da promessa
da Vida Abundante.
Lembrando
o Dia dos Pais,
Do mais rico aos mais plebeus,
Festejemos nesta data,
O Grande Dia de Deus.
(Auta
de Souza)
1 – José da Galileia - Levantar e seguir – Cap. 6 – Emmanuel / F. C. Xavier
Gilson Pereira – DCSE/CEJG
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