sábado, 9 de agosto de 2025

Missão Paterna: Luz no lar, semente para o mundo

 


No mês em que convencionamos homenagear os pais, recordemos o que nos esclarece O Livro dos Espíritos, na questão 582, quando Allan Kardec pergunta aos Guias da Humanidade se poderia considerar como missão a paternidade, obtendo como resposta, logo em seu início, uma afirmativa categórica: “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão.”

Se é assim, uma missão incontestável, cabe a todos nós, que assumimos a incumbência de desempenhar essa tarefa, refletir sobre como temos agido para alcançar bons resultados em cada capítulo da história que escrevemos, dia após dia, em nossa existência.

Diz-nos ainda o Espírito da Verdade, na mesma questão mencionada: “Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem,  e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização física débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. [...]”

Eis, portanto, nossa grave responsabilidade, assumida perante Aquele que tudo sabe. Comprometemo-nos a receber sob nossa guarda outras criaturas do Seu imenso Amor e Bondade, para, como ourives da beleza interior, trabalharmos com esmero e equilíbrio as joias preciosas que recebemos como nossos filhos.

Passamos pela experiência como filhos, aprendendo a honrar nossos pais, conforme nos recomenda a Escritura. Agora, ocupando a outra posição, tornamo-nos instrumentos da Providência Divina para contribuir com nosso quinhão no tão esperado melhoramento moral da sociedade humana terrena.

Estamos reunidos, entre as paredes dos nossos lares, como Espíritos ainda em processo de aperfeiçoamento, incompletos, muitas vezes sem nos reconhecermos como credores e devedores uns dos outros. Mas, confiando na Misericórdia Divina, é preciso seguir adiante, trilhando as veredas do progresso, valendo-nos de todos os recursos possíveis para cumprir esses compromissos — dentro da simplicidade que a vida nos permite, longe da busca pela evidência, que pode envenenar nossos melhores esforços rumo ao cumprimento dessa missão.

Lembremos de José da Galileia: “...houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados pelas Forças Divinas a um homem [...]. [...] Embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.”¹ Honrou seu compromisso no “divino silêncio de Deus”¹, oferecendo-lhes tudo o que pôde, mantendo assim a porta aberta para o florescimento do Cristianismo.

Não nos permitamos o desvio nem a queda espetacular, relegando a segundo plano essa tarefa que deve estar sempre em primeiro. Afinal, participamos, como cocriadores em plano menor, da formação da grande humanidade.

Aprendamos a lidar, dentro da nossa microssociedade, com respeito, apoio e afeto — semeando, assim, para a grande colheita que advirá no cumprimento da promessa da Vida Abundante.

 

Lembrando o Dia dos Pais,
Do mais rico aos mais plebeus,
Festejemos nesta data,
O Grande Dia de Deus.

(Auta de Souza)

 

1 –   José da Galileia - Levantar e seguir – Cap. 6 – Emmanuel / F. C. Xavier 

Gilson Pereira – DCSE/CEJG


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