quinta-feira, 16 de maio de 2019

Sofrerá perseguições

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” Paulo (II Timóteo, 3:12)

Incontestavelmente, os códigos de boas maneiras do mundo são sempre respeitáveis, mas é preciso convir que, acima deles, prevalecem os códigos de Jesus, cujos princípios foram por Ele gravados com a própria exemplificação.
O mundo, porém, raramente tolera o código de boas maneiras do Mestre Divino.
Se te sentes ferido e procuras a justiça terrestre, considerar-te-ão homem sensato; contudo, se preferes o silêncio do Grande Injustiçado da Cruz, ser-te-ão lançadas ironias à face.
Se reclamas a remuneração de teus serviços, há leis humanas que te amparam, considerando-te prudente; mas se algo de útil produzes sem exigir recompensa, recordando o Divino Benfeitor, interpretar-te-ão por louco.
Se te defendes contra os maus, fazendo valer as tuas razões, serás categorizado por homem digno; entretanto, se aplicares a humildade e o perdão do Senhor, serás francamente acusado de covarde e desprezível.
Se praticares a exploração individual, disfarçadamente, mobilizando o próximo a serviço de teus interesses passageiros, ser-te-ão atribuídos admiráveis dotes de inteligência e habilidade; todavia, se te dispões ao serviço geral para benefício de todos, por amor a Jesus, considerar-te-ão idiota e servil.
Enquanto ouvires os ditames das leis sociais, dando para receber, fazendo algo por buscar alheia admiração, elogiando para ser elogiado, receberás infinito louvor das criaturas, mas no momento em que, por fidelidade ao Evangelho, fores compelido a tomar atitudes com o Mestre, muita vez com pesados sofrimentos para o teu coração, serás classificado à conta de insensato.
Atende, pois, ao teu ministério onde estiveres, sem qualquer dúvida nesse particular, certo de que, por muito tempo ainda, o discípulo fiel de Jesus, na Terra, sofrerá perseguições.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 77

Prospera no trabalho



Com toda a certeza, o ser humano estranha, ainda agora, o fato de ter que trabalhar para atender as necessidades da vida material.
Muitos, visivelmente agastados, questionam-se, tanto quanto indagam a terceiros, sobre quem tem a autoria do trabalho.
Um pouco de atenção, contudo, levar-nos-á aos questionadores, bem como aos que demonstram ojeriza ao trabalho, à compreensão de que o trabalho é uma das bem-aventuradas leis de Deus, ainda que muitos mantenham sua indisposição a qualquer tipo de ocupação útil. Foi o Criador da Vida, sem embargo, o criador do trabalho.
Recordemo-nos de que o Cristo afirmou que o Pai Celestial trabalhava sempre, e que Ele trabalhava também.
Assim, longe de ser um ato lamentável ou algo doloroso, é o trabalho uma das grandes oportunidades para que a criatura humana se desenvolva e se aproxime do Senhor dos Mundos. Temos na Terra diferentes modos de realizar trabalho.
O trabalho de iluminação intelectual, que impõe vontade e disciplina, regularidade e disposição para realizá-lo.
O trabalho de renovação do universo cultural, que exige amadurecimento e sensibilidade, a fim de que a alma se assenhoreie desses valores.
O trabalho na gleba terrena, onde se desatam as folhas verdes e os grãos, que precisam de quem conheça o ofício de adubar, de podar e de regar, para que não se mutile o vegetal.
O trabalho de lavrar a madeira ou o ferro, com ancinhos e formões, serrotes e martelos, com forjas, bigornas e tornos, o que exige prudência e imaginação, para que se leve a cabo a empreitada.
O trabalho de projetar, calcular e construir a morada humana, por meio da criatividade da arquitetura, da lucidez do cálculo e da força muscular, o que somente se consegue após longos anos de bancos escolares e de experiências com as várias combinações e traçados dos materiais.
O trabalho realizado no mundo, portanto, apresenta-se como recurso indispensável para que se possa conquistar tanto os valores da teoria quanto os dotes experimentais.
Não foi sem sentido que os nobres Mensageiros da humanidade ensinaram que toda ocupação útil é trabalho.
Pobre de quem somente vê o trabalho como fonte de ganhos e de lucros pecuniários.
Triste de quem não consegue ver no trabalho, que ilumina a mente e faz crescer a alma ou que fortifica a musculatura e honra a existência, a forma feliz de o homem conseguir prestar serviço ao semelhante, o que redunda em favor de si mesmo.
É por esses motivos que nos devemos lançar no aprimoramento da alma e do corpo, por meio do trabalho, quer dizer, de toda e qualquer ação de utilidade que venhamos a desenvolver na Terra.
Adotemos, pois, os bons costumes de gostar de ler, de estudar, de tocar um instrumento, de desenvolver ciências e artes, ao mesmo tempo que nos cabe forjar luz na mente e no coração, a fim de que o Cristo passe a pulsar em nossas atitudes, fale com nossas palavras e brilhe na luz projetada dos nossos raciocínios e sentimentos.
Seja qual for a luta a enfrentar na Terra, não deveremos deixar de desenvolver, em nós e em redor de nós, o hábito por demais salutar de servir por meio do trabalho que possamos realizar.
Trabalho sempre, eis a nossa meta para que nos acerquemos sempre mais do nosso Pai Criador.

Guilherme March / Psicografia de Raul Teixeira

sexta-feira, 10 de maio de 2019

"No Mundo Maior": Andrezinho e as áreas da mente humana





Andrezinho, o avatar da Microcampanha "A Vida no Mundo Espiritual" fala sobre o livro "No Mundo Maior", de autoria de André Luiz e psicografado por Chico Xavier, que completa 72 anos de lançamento em 2019. 

22º aniversário do Centro Espírita Irmã Scheilla


23º Semana Espírita de Nanuque/MG



Almoço Fraterno - Centro Espírita João Batista


Existimos


Existimos.
Existem todas as criaturas saídas do Hálito Criador.
A pedra existe, a planta existe, o animal existe...
Existem almas nos passos diversos da evolução.
Em sentido espiritual, no entanto, viver é algo diferente de existir.
A vida é a experiência digna da imortalidade.
Há muita gente que se esfalfa, perdendo saúde e possibilidades em movimento vazio, quando não se mergulha nas tramas do mal, entretecendo reencarnações dolorosas.
Há muita gente que destrói o próprio cérebro, escrevendo sem proveito, quando não expressa o pensamento para inspirar negação e crueldade, entrando em sofrimentos reparadores.
Há muita gente que aniquila as horas, falando a esmo, quando não se utiliza do verbo para ferir e enlouquecer os semelhantes, adquirindo débitos escabrosos.
Há muita gente que pede essa ou aquela concessão para frustrá-la em atividades sem sentido, quando não a maneja em prejuízo dos outros, criando lágrimas que empregará longo tempo para enxugar.
Todos esses agentes da inutilidade e da delinquência existem como todos nós existimos.
Observa, assim, o que fazes.
O berço confere a existência, mas a vida é obra nossa.

Emmanuel / Chico Xavier– Livro: Palavras de vida eterna

Na propaganda eficaz

“É necessário que ele cresça e que eu diminua.” João Batista (João, 3:30)

Há sempre um desejo forte de propaganda construtiva no coração dos crentes sinceros.
Confortados pelo pão espiritual de Jesus, esforçam-se os discípulos novos por estendê-lo aos outros. Mas nem sempre acertam na tarefa. Muitas vezes, movidos de impulsos fortes, tornam-se exigentes ou precipitados, reclamando colheitas prematuras.
O Evangelho, porém, está repleto de ensinamentos nesse sentido.
A assertiva de João Batista, nesta passagem, é significativa.
Traça um programa a todos os que pretendam funcionar em serviço de precursores do Mestre, nos corações humanos.
Não vale impor os princípios da fé.
A exigência, ainda que indireta, apenas revela seus autores. As polêmicas destacam os polemistas...  As discussões intempestivas acentuam a colaboração pessoal dos discutidores. Puras pregações de palavras fazem belos oradores, com fraseologia preciosa e deslumbrantes ornatos da forma.
Claro que a orientação, o esclarecimento e o ensino são tarefas indispensáveis na extensão do Cristianismo, entretanto, é de importância fundamental para os discípulos que o Espírito de Jesus cresça em suas vidas. Revelar o Senhor na própria experiência diária é a propaganda mais elevada e eficiente dos aprendizes fiéis.
Se realmente desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração. Somente nessa diretriz é possível atender ao Divino Administrador e servir aos semelhantes, curando-se a hipertrofia congenial do “eu”.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 76